Ano 2016 - Volume 36, Número 8


Título
Gyrostigma rhinocerontis (Diptera: Oestridae, Gasterophilinae) em rinocerontes-brancos (Ceratotherium simum) importados da África do Sul: ocorrência em Itatiba, São Paulo, 36(8):749-752
Autores

Resumo
RESUMO.- Pachaly J.R., Monteiro-Filho L.P.C., Gonçalves D.D. & Voltarelli-Pachaly E.M. 2016. Gyrostigma rhinocerontis (Diptera: Oestridae, Gasterophilinae) in white rhinoceroses (Ceratotherium simum) imported from South Africa: occurrence in Itatiba, São Paulo, Brazil. [Gyrostigma rhinocerontis (Diptera: Oestridae, Gasterophilinae) em rinocerontes-brancos (Ceratotherium simum) importados da África do Sul: ocorrência em Itatiba, São Paulo.] Pesquisa Veterinária Brasileira 36(8):749-752. Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal com Ênfase em Produtos Bioativos, Universidade Paranaense, Praça Mascarenhas de Moraes 4282, Centro, Umuarama, PR 87502-210, Brazil. E-mail: pachaly@uol.com.br

As larvas dos dípteros da subfamília Gasterophilinae da família Oestridae parasitam ungulados perissodáctilos, tanto domésticos (equídeos) quanto selvagens (rinocerontes e equídeos). O parasito gástrico dos rinocerontes africanos é Gyrostigma rhinocerontis (anteriormente Gyrostigma pavesii), que na fase larval pode ser encontrada nas fezes dos hospedeiros, e chega a medir 40mm de comprimento. O adulto é a maior mosca daquele continente, atingindo até 41mm de comprimento, e envergadura de 71 mm. O gênero Gyrostigma não ocorre naturalmente no Brasil, onde anteriormente existia somente um relato do achado de larvas, nas fezes de um rinoceronte-branco oriundo da África do Sul nos anos 90 do século XX, e albergado num zoológico localizado no Rio Grande do Sul. Este artigo apresenta dados sobre o achado, em um zoológico no município de Itatiba, Estado de São Paulo, Brasil, de larvas de Gyrostigma rhinocerontis nas fezes de um grupo de rinocerontes-brancos (Ceratotherium simum) importados legalmente da África do Sul, onde eram mantidos em uma fazenda de preservação com criação manejada, em 2005. São relatadas também as medidas tomadas para controle do caso e prevenção da disseminação do parasito, e se discutem os riscos da globalização, que viabiliza o trânsito internacional e intercontinental de animais selvagens, com riscos potenciais de adaptação de parasitos exóticos a novos ecossistemas.
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