Abstract in English:
The emergence and spread of resistance to antimicrobials is one of the three main threats to public health in the 21st century. It must be analyzed using an integrated One Health approach, as it is a health risk shared by people, animals, and the environment. Among these, the necropsy space represents a point of cohesion, being an extremely relevant place for research and understanding the circulation of the bacterial microbiota and its resistance genes. The present study evaluated the occurrence of superbugs in samples from animals necropsied at the Federal Rural University of Rio de Janeiro, considering the priority criteria established by the World Health Organization (WHO). Of the 198 samples collected from 45 animals, 20 pet animals, 20 production animals and three wild animals, 325 strains were isolated, of which 51.38% (167/325) were Enterobacterales, 31.69% (103/325) Staphylococcus spp., 12.62% (41/325) Enterococcus spp., 2.46% (8/325) Streptococcus spp. and 1.85% (6/325) non-fermenting Gram-negative bacilli (NFGNB). In 29.13% (30/103) of Staphylococcus spp., the blaZ gene was detected, and in enterobacteria, the presence of blaSHV was detected in 10.18% (17/167), blaTEM in 6.59% (11/167) and blaCTX-M-1 in 4.19% (7/167). These results reveal the occurrence of species characterized as critical superbugs by the WHO in the necropsy environment and reinforce the need to monitor these strains in the veterinary environment not only for the adoption of appropriate control and treatment measures for animals but also for the implementation of protocols safe for the disposal of their carcasses.
Abstract in Portuguese:
O surgimento e a disseminação da resistência aos antimicrobianos é uma das três principais ameaças à saúde pública no século XXI, e deve ser analisado em uma abordagem integrada de Saúde Única, por se tratar de um risco à saúde compartilhado por pessoas, animais e meio ambiente. Dentre estes, o espaço de necropsia representa um ponto de coesão, sendo um local de extrema relevância para pesquisa e compreensão da circulação da microbiota bacteriana e seus genes de resistência. O presente estudo avaliou a ocorrência de superbactérias em amostras de animais necropsiados na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, considerando os critérios de prioridade estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Das 198 amostras coletadas de 45 animais, sendo 20 animais de companhia, 20 de produção e três selvagens, foram isoladas 325 cepas, das quais 51,38% (167/325) foram Enterobacterales, 31,69% (103/325) Staphylococcus spp., 12,62% (41/325) Enterococcus spp., 2,46% (8/325) Streptococcus spp. e 1,85% (6/325) bacilos Gram-negativos não fermentadores (BGNNF). Em 29,13% (30/103) dos Staphylococcus spp. houve detecção do gene blaZ e nas enterobactérias detectou a presença de blaSHV em 10,18% (17/167), blaTEM em 6,59% (11/167) e blaCTX-M-1 em 4,19% (7/167). Esses resultados revelam a ocorrência de espécies caracterizadas como superbactérias críticas pela OMS em ambiente de necropsia e reforçam a necessidade de monitoramento dessas cepas no ambiente veterinário não apenas para a adoção de medidas de controle e tratamento adequados dos animais, mas também para a implementação de protocolos seguros para o descarte de suas carcaças.