Abstract in English:
ABSTRACT-. Reischak D., Ravazzolo A.P. & Moojen V. 2002. [lmmunofluorescence using Brazilian isolates for serological diagnosis of lentivirus infection in goats.] Imunofluorescência utilizando isolados brasileiros no diagnóstico soro lógico de infecção por lentivírus em caprinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 22(1):7-12. Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: dilchak@hotmail.com
Small ruminant lentiviruses (SRLV) are distributed worldwide and cause persistente infections in sheep and goats. The purpose of this work was to develop an indirect immunofluorescent antibody (IFA) test using Brazilian SRLV isolates for serological diagnosis of infection in goats. The IFA test was compared in its sensitivity and specificity to the AGID test in which Maedi-Visna WLC-1 strain was used as antigen. Ovine synovial secondary cell cultures infected with two goat SRLV isolates (CAEV UFRGS/Br-2 and CAEV UFRGS/Br-5) were used for the IFA. Goat serum samples (n = 239) were tested by the two tests. The AGID test detected antibodies in 129 (53.9%) serum samples. A higher number of animals was considered positive for the IFA. However, different results were obtained depending on the isolate used for the antigen preparation. When CAEV UFRGS/Br-2 was used as antigen, 216 (90.3%) sérum samples tested positive, against 213 (89.1%) with CAEV UFRGS/Br-5. There was no significant statistical difference between the antigens prepared with these two isolates. The IFA had sensitivity of 94.6% and 96.9%, and specificity of 14.5 % and 20%, when CAEV UFRGS/Br-2 and CAEV UFRGS/Br-5 were used as antigens, respectively. These results demonstrate that the IFA with antigens prepared with Brazilian SRLV isolates may play an important a role as a complementary serological test for the diagnosis of infections by these agents.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Reischak D., Ravazzolo A.P. & Moojen V. 2002. [lmmunofluorescence using Brazilian isolates for serological diagnosis of lentivirus infection in goats.] Imunofluorescência utilizando isolados brasileiros no diagnóstico soro lógico de infecção por lentivírus em caprinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 22(1):7-12. Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: dilchak@hotmail.com
Os lentivírus de pequenos ruminantes (SRLV) têm distribuição mundial e causam infecções persistentes em ovinos e caprinos. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um teste de imunofluorescência indireta (IFA), utilizando isolados brasileiros de SRLV, para o diagnóstico sorológico de infecção por estes agentes em caprinos. A técnica de IFA foi comparada, quanto à sensibilidade e à especificidade, ao teste de AGID com antígeno do vírus Maedi-Visna WLC-1. Cultivas celulares secundários de membrana sinovial ovina infectadas com dois isolados de SRLV de origem caprina (CAEV Br/UFRGS-2 e CAEV BiiUFRGS-5) foram utilizados para o teste de IFA. Duzentas e trinta e nove amostras de soro caprino foram submetidas aos dois testes. O teste de AGID detectou 129 (53.9%) amostras de soro caprino com anticorpos para SRLV. O teste de IFA detectou mais amostras reagentes, sendo que resultados diferentes foram observados de acordo com o isolado de SRLV empregado. Quando o isolado CAEV Br/UFRGS-2 foi utilizado corno antígeno, 216 (90.3%) amostras de soro caprino foram reagentes, enquanto que o isolado CAEVBr/UFRGS-5 detectou 213 (89.1%) amostras de soro positivas. Não houve diferença estatisticamente significativa entre esses dois isolados. O teste de IFA desenvolvido teve sensibilidade de 94.6% e 96.9% e especificidade 14.5% e 20%, quando os isolados CAEV Br/UFRGS-2 e CAEV Br/UFRGS-5 foram usados como antígeno, respectivamente. O aprimoramento da técnica, assim como sua comparação com um teste mais sensível, ainda se fazem necessários. No entanto, os resultados demonstraram que a técnica de IFA, utilizando isolados brasileiros de SRLV como antígeno, apresenta potencial como um teste alternativo e complementar para o diagnóstico sorológico de infecção por estes agentes.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Souza V.F, Melo S.V., Esteves P.A., Schmidt C.S.R., Gonçalves D.A., Schaefer R., Silva T.C., Almeida R.S., Vicentini F., Franco A.C., Oliveira E.A., Spilki F.R., Weiblen R., Flores E.F., Lemos R.A., Alfieri A.A., Pituco E.M. & Roehe P.M. 2002. [Monoclonal antibody characterization of bovine herpesviruses types 1 (BHV-1) and 5 (BHV-5).] Caracterização de herpesvírus bovinos tipos 1 (BHV-1) e 5 (BHV-5) com anticorpos monoclonais. Pesquisa Veterinária Brasileira 22(1):13-18,-Depto Microbiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, and Centro de Pesquisas Universitárias Desidério Finamor, Estrada do Conde 6000, Eldorado do Sul, RS 90001-970, Brazíl. E-mail: proehe@vottex.ufrgs.br
The antigenic profile of 45 herpesviruses (44 viruses from cattle, including six reference BHV-1 strains and 15 putative BHV-1; three reference BHV-5 strains and 20 putative BHV-5) and one butfalo isolate (BuHV) were examined with a panei of monoclonal antibodies (Mabs) prepared against bovine herpesvirus antigens. Tests were performed by immunoperoxidase (IPX) on infected cell cultures, with the Mabs as primary antibodies. lmmunostaining allowed the differentiation between types 1 and 5 viruses. Ali isolates from cases of encephalitis displayed BHV-5 profiles. Four BHV-5 isolates obtained from geographically distinct áreas displayed different and highly variable IPX patterns of reactivity. Two viruses with BHV-5 antigenic profile were isolated from semen of asymptomatic bulis. The results showed that the antigenic characterization with the Mab panei employed here is useful for typing BHV-1 and BHV-5 isolates.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Souza V.F, Melo S.V., Esteves P.A., Schmidt C.S.R., Gonçalves D.A., Schaefer R., Silva T.C., Almeida R.S., Vicentini F., Franco A.C., Oliveira E.A., Spilki F.R., Weiblen R., Flores E.F., Lemos R.A., Alfieri A.A., Pituco E.M. & Roehe P.M. 2002. [Monoclonal antibody characterization of bovine herpesviruses types 1 (BHV-1) and 5 (BHV-5).] Caracterização de herpesvírus bovinos tipos 1 (BHV-1) e 5 (BHV-5) com anticorpos monoclonais. Pesquisa Veterinária Brasileira 22(1):13-18,-Depto Microbiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, and Centro de Pesquisas Universitárias Desidério Finamor, Estrada do Conde 6000, Eldorado do Sul, RS 90001-970, Brazíl. E-mail: proehe@vottex.ufrgs.br
O perfil antigénico de 45 herpesvírus (44 de bovinos, sendo seis amostras de referência de BHV-1 e 15 prováveis BHV-1; três amostras de referência de BHV-5 e 20 prováveis BHV-5) e uma amostra de herpesvírus bubalino (BuHV) foi examinado com um painel de anticorpos monoclonais (Acms) produzidos contra antígenos de herpesvírus bovinos. Para os exames, foi utilizada a prova de imunoperoxidase (IPX) sobre cultivas de células infectadas, tendo os Acms como anticorpos primários. A determinação dos padrões de reatividade das amostras de vírus frente aos Acms permitiu a diferenciação entre os tipos 1 e 5. Todas as amostras isoladas de casos de encefalite apresentaram perfil de BHV-5. Quatro amostras de BHV-5 isoladas de áreas geograficamente distintas apresentaram perfis de reatividade diferenciados em relação às demais amostras do tipo 5. Duas amostras de vírus com perfil antigénico de BHV-5 foram isoladas de sêmen de animais infectados. Estes resultados comprovam a utilidade da caracterização antigénica com este painel de Acms na tipagem de amostras de BHV-1 e BHV-5.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Callado A.K.C., Castro R.S. & Teixeira M.F.S. 2001. [Lentiviruses of small ruminants (CAEV and Maedi-Visna): a review and perspectives] Lentivírus de pequenos ruminantes (CAEV e Maedi-Visna): revisão e perspectivas. Pesquisa Veterinária Brasileira 21(3):87-97. Depto Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE 55171-000, Brazil. E-mail: callado@altavista.net
Small ruminant lentiviruses (SRLV), whose prototypes are Caprine Arthritis-Encephalitis virus (CAEV) and Maedi-Visna virus, are the causative agents of slow progressive degenerative diseases of goats and sheep (infected animals), responsible for significant economic losses. These viruses cause persistent infections with long periods of incubation and induce inflammatory and degenerative lesions. The lesions are induced in target organs of the host such as joints, CNS, lungs and mammary glands dueto viral replication in cells of the monocyte/macrophage lineage which is the main target cell. Infections occur particularly in the young and are acquired through ingestion of virus in milk or colostrum from infected does or ewes. The induction of immune response is variable and does not protect against the infection. Diagnosis is primarily based on the presence of SRLV antibodies usually detected by agar gel immunodiffusion (AGID) or enzyme linked immunosorbent assays (ELISA). As no vaccine is available, most often employed schemes to prevent spread of SRLV are based on segregation or/and culling of positive animals associated with management practices, especially the offspring. The strategies of SRLV for dealing with the immune system make difficult to accomplish diagnosis of infection, control or prevention of the viral spread. This review shows aspects of SRLV based on their phylogenetic studies of fields isolates, clinical, and immunopathological features.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Callado A.K.C., Castro R.S. & Teixeira M.F.S. 2001. [Lentiviruses of small ruminants (CAEV and Maedi-Visna): a review and perspectives] Lentivírus de pequenos ruminantes (CAEV e Maedi-Visna): revisão e perspectivas. Pesquisa Veterinária Brasileira 21(3):87-97. Depto Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE 55171-000, Brazil. E-mail: callado@altavista.net
Os lentivírus de pequenos ruminantes (SRLV), cujos protótipos são os vírus da Artrite-Encefalite Caprina (CAEV) e Maedi-Visna, são patógenos amplamente distribuidos, os quais causam doenças degenerativas progressivas lentas em caprinos e ovinos, determinando importantes perdas econômicas. Estes vírus causam infecções persistentes com período de incubação longo e causam inflamatórias e degenerativas. As lesões são induzidas em tecidos específicos do hospedeiro como articulações, pulmões, CNS e glândulas mamárias devido à replicação virai em células da linhagem monocítico-fagocitária que são as principais células-alvo. A infecção ocorre principalmente durante os primeiros meses de vida, através da ingestão de vírus no leite ou colostro de cabras ou ovelhas infectadas. A indução da resposta imunológica é variável e não protege contra a infecção. O diagnóstico é baseado primariamente na detecção de anticorpos para SRLV, geralmente por imunodifusão em gel de agar (AGID) e enzyme linked immunosorbent assay (ELISA). O diagnóstico e separação ou descarte dos animais soropositivos associado ao uso de certas práticas de manejo, especialmente das crias, são os principais meios implementados para prevenir a disseminação de SRLV, uma vez que ainda não existe vacina contra o vírus. As estratégias adotadas pelos SRLV para enfrentar o sistema imune dificultam o diagnóstico da infecção, controle ou prevenção da disseminação de SRLV. Esta revisão apresenta alguns aspectos das lentivíroses de pequenos ruminantes baseadas em estudos filogenéticos de amostras isoladas, aspectos clínicos e imunopatológicos.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Teixeira M.F.B., Esteves, P.A., Schmidt, C.S., Dotta M.A. & Roehe, P.M. 2001. [A monoclonal blocking ELISA for the serological diagnosis of bovine herpesvirus type 1 (BHV-1) infections] ELISA de bloqueio monoclonal para o diagnóstico sorológico de infecções pelo herpesvírus bovino tipo 1 (BHV-1). Pesquisei Veterinária Brasileira 21(1):33-37. Centro de Pesquisá Veterinária Desidério Finamor (CPVDF), FEPAGRO, Cx. Postal 2076, Porto Alegre, RS 90001-970, Brazil.
A monoclonal antibody-based blocking enzyme linked immunosorbent assay (ELISA-M) was developed and standardized for the detection of antibodies to irífectious bovine rhinotracheitis virus (Bovine Herpesvirus type 1; BHV-1). A total of 266 samples of bovine sera (148 negative and 118 positive) were tested and compared with the results of a standard sérum neutralization (SN) test. The ELISA-M was adjusted to 92.37% sensitivity, 92.56% especificity, 93.83% negative predictive value, 90.83% positive predictive value and to na accuracy of 92.48%, with an agreement index (k) equal to 0.85. The main advantages presented by the ELISA-M were its practicality and rapidity in performance. This test was shown to be a suitable alternative to SN tests in the detection of BHV-1 antibodies in cattle. However, the ELISA was unable to discriminate between BHV-1 and bovine herpesvirus type 5 (BHV-5) antibodies.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Teixeira M.F.B., Esteves, P.A., Schmidt, C.S., Dotta M.A. & Roehe, P.M. 2001. [A monoclonal blocking ELISA for the serological diagnosis of bovine herpesvirus type 1 (BHV-1) infections] ELISA de bloqueio monoclonal para o diagnóstico sorológico de infecções pelo herpesvírus bovino tipo 1 (BHV-1). Pesquisei Veterinária Brasileira 21(1):33-37. Centro de Pesquisá Veterinária Desidério Finamor (CPVDF), FEPAGRO, Cx. Postal 2076, Porto Alegre, RS 90001-970, Brazil.
Um ensaio imunoenzimático do tipo ELISA de bloqueio com anticorpo monoclonal (ELISA-M) foi desenvolvido e padronizado para a detecção de anticorpos contra o vírus da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (Herpesvírus Bovino tipo 1; BHV-1). Foram utilizadas nesta avaliação 266 amostras de soros bovinos, sendo 148 negativos e 118 positivos em testes de soroneutralização (SN). Em comparação com este último, o ELISA-M demonstrou uma sensibilidade de 92,37%, especificidade de 92,56%, valor preditivo positivo de 90,83%, valor preditivo negativo de 93,83% e precisão de 92,48%. O índice de concordância (k) entre os testes foi de 0,85. O ELISA-M apresentou como vantagens a rapidez e a praticidade de execução. Com base nestes resultados, o ELISA-M foi considerado uma alternativa apropriada para o diagnóstico sorológico de infecções pelo BHV-1. Entretanto, o teste não foi capaz de diferenciar anticorpos induzidos por BHV-1 ou BHV-5.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Flores E.F., Weiblen R., Botton S.A., Medeiros M., lrigoyen L.F., Driemeier D., Schuch L.F. & Moraes M.S. 2000. A retrospective search for bovine respiratory syncytial virus (BRSV) antigens in histological specimens by immunofluorescence and immunohistochemistry. [Pesquisa retrospectiva de antígenos do Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV) em cortes histológicos por imunofluorescência e imunohistoquímica.] Pesquisa Veterinária Brasileira 20(4): 139-143. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900 Santa Maria, RS, Brazil.
Bovine respiratory syncytial vírus (BRSV) has been only sporadically identified as a causa tive agent of respiratory disease in Brazil. This contrasts with frequent reports of clinical and histopathological findings suggestive of BRSV-associated disease. In order to examine a possible involvement of BRSV in cases of calf pneumonia, a retrospective search was performed for BRSV antigens in histological specimens submitted to veterinary diagnostic services from the states of Rio Grande do Sul and Minas Gerais. Ten out of 41 cases examined (24.4%) were positive for BRSV antigens by immunohistochemistry (IPX). Eight of these cases (19.5%) were also positive by indirect immunofluorescence (IFA), and 31 cases (75.6%) were negative in both assays. In the lungs, BRSV antigens were predominantly observed in epithelial cells of bronchioles and less frequently found in alveoli. In one case, antigens were detected only in the epithelium of the alveolar septae. The presence of antigen-positive cells was largely restricted to epithelial cells of these airways. In two cases, positive staining was also observed in cells and cellular debris in the exudate within the pulmonary airways. The clinical cases positive for BRSV antigens were observed mainly in young animals (2 to 12 month-old) from dairy herds. The main microscopic changes included bronchointerstitial pneumonia characterized by thickening of alveolar septae adjacent to airways by mononuclear cell infiltrates, and the presence of alveolar syncytial giant cells. In summary, the results demonstrate the suitability of the immunodetection of viral antigens in routinely fixed tissue specimens as a diagnostic tool for BRSV infection. Moreover, the findings provide further evidence of the importance of BRSVas a respiratory pathogen of young cattle in southeastern and southern Brazil.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Flores E.F., Weiblen R., Botton S.A., Medeiros M., lrigoyen L.F., Driemeier D., Schuch L.F. & Moraes M.S. 2000. A retrospective search for bovine respiratory syncytial virus (BRSV) antigens in histological specimens by immunofluorescence and immunohistochemistry. [Pesquisa retrospectiva de antígenos do Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV) em cortes histológicos por imunofluorescência e imunohistoquímica.] Pesquisa Veterinária Brasileira 20(4): 139-143. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900 Santa Maria, RS, Brazil.
O Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV) tem sido raramente identificado como agente etiológico de doença respiratória em bovinos no Brasil. Isso contrasta com freqüentes relatos clínicos e histopatológicos sugestivos de enfermidade associada ao BRSV. Com o objetivo de investigar o possível envolvimento do BRSV em casos de pneumonia em bovinos jovens, realizou-se uma pesquisa retrospectiva para antígenos do BRSV em cortes histológicos de materiais submetidos a quatro serviços de diagnóstico nos Estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Dez entre 41 casos examinados (24,4%) foram positivos para antígenos do BRSV por imunohistoquímica (lPX). Oito desses casos (19,5%) também foram positivos por imunofluorescência (lFA) e 31 casos (75,6%) foram negativos em ambos os testes. Nos pulmões, antígenos virais foram detectados predominantemente nas células epiteliais dos bronquíolos e menos freqüentemente nos alveólos. Em um caso, antígenos virais foram detectados exclusivamente no epitélio alveolar. A presença de células positivas restringiu-se ao epitélio dessas vias aéreas. Em dois casos, antígenos virais foram detectados em células descamativas e em restos celulares no exsudato das vias aéreas. Os casos positivos para antígenos do BRSV eram oriundos principalmente de animais jovens (2 a 12 meses de idade) de rebanhos leiteiros. As principais alterações histológicas observadas foram pneumonia bronco-intersticial caracterizada por espessamento dos septos alveolares adjacentes às vias aéreas, infiltrados de células mononucleares e presença de células gigantes multinucleadas nos alveólos. Os resultados obtidos demonstram a utilidade dos métodos de detecção de antígenos em cortes histológicos para o diagnóstico da infecção pelo BRSV. Além disso, esses resultados confirmam evidências anteriores sobre a importância do BRSV como patógeno respiratório no sudeste e sul do Brasil.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Beltrão, N., Flores E.F., Weiblen R., Silva A.M., Roehe, P.M. & lrigoyen L.F. 2000. [Acute infection and neurological disease by bovine herpesvirus type-5 (BHV-5): Rabbits as an experimental model.] Infecção aguda e enfermidade neurológica pelo herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5): coelhos como modelo experimental. Pesquisa Veterinária Brasileira 20(4):144-150. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-
900 Santa Maria, RS, Brazil.
Rabbits are susceptible to bovine herpesvirus type 5 (BHV-5) infection and often develop an acute and fatal neurological disease upon intranasal inoculation. The kinetics of viral infection of the central nervous system (CNS) was investigated by testing serial brain sections for infectivity at intervals after virus inoculation. The virus was first detected in the main olfactory bulb at 48h, followed by the olfactory cortex at 48/72h. At 72/96h infectivity was also detected in the trigeminal ganglia, pons and cerebral cortex. Two experiments were conducted to investigate the role of the olfactory system in the invasion of the rabbits’ CNS by BHV-5. In the first experiment, rabbits were inoculated with two BHV-5 isolates in the conjunctival sac. Rabbits inoculated by this route developed the neurological disease, yet with a reduced frequency and delayed clinical course. In a second experiment, twelve rabbits were submitted to surgical removal of the olfactory bulb and subsequently inoculated intranasally with BHV-5. Eleven out of 12 (91.6%) of the control rabbits developed the disease, against four out of 12 (33.3%) of the animals lacking the olfactory bulb. These results suggest that the olfactory system is the main pathway utilized by BHV-5 to reach the CNS of rabbits after intranasal inoculation. Nevertheless, the development of neurological infection in rabbits inoculated in the conjunctival sac and in rabbits lacking the olfactory bulb indicate that BHV- 5 may utilize an alternative route to invade the CNS, probably the sensory and autonomic fibers of the trigeminal nerve. The effects of immunization with homologous (BHV-5) and heterologous (BHV-1) strains in prevention of neurological disease by BHV-5 were investigated. Five out of 10 rabbits (50%) immunized with BHV-5 showed mild and transient neurological signs and one died upon challenge. Interestingly, the degree of protection against BHV-5 challenge was higher in rabbits immunized with BHV-1: only two rabbits showed transiente neurological signs and subsequently recovered. Thus, prevention of neurological disease by BHV-5 in rabbits may be achieved by immunization with either BHV-5 or BHV-1, likely reflecting the extensive serological cross-reactivity between these viruses. Further studies in rabbits may help in understanding the pathogenesis and immune response to BHV-5 infection.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Beltrão, N., Flores E.F., Weiblen R., Silva A.M., Roehe, P.M. & lrigoyen L.F. 2000. [Acute infection and neurological disease by bovine herpesvirus type-5 (BHV-5): Rabbits as an experimental model.] Infecção aguda e enfermidade neurológica pelo herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5): coelhos como modelo experimental. Pesquisa Veterinária Brasileira 20(4):144-150. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-
900 Santa Maria, RS, Brazil.
Coelhos são susceptíveis à infecção pelo herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5) e freqüentemente desenvolvem enfermidade neurológica aguda fatal após inoculação intranasal. A cinética da invasão do sistema nervoso central (SNC) de coelhos pelo BHV-5 foi estudada através de pesquisa de vírus em secções do SNC a diferentes intervalos pósinoculação. Após inoculação intranasal, o vírus foi inicialmente detectado no bulbo olfatório às 48h, seguido do córtex olfatório às 48/72h. Às 72/96h o vírus foi detectado também no gânglio trigêmeo, ponte e córtex cerebral. Dois experimentos foram realizados para avaliar a importância do sistema olfatório na invasão do SNC de coelhos pelo BHV-5. No primeiro experimento, coelhos foram inoculados com duas amostras do BHV-5 no saco conjuntival. Coelhos inoculados por essa via também desenvolveram a enfermidade neurológica, porém com menor freqüência com curso clínico tardio. No segundo experimento, doze coelhos foram submetidos à ablação cirúrgica do bulbo olfatório e posteriormente inoculados com o BHV-5 pela via intranasal. Onze de 12 coelhos controle (91,6%), não submetidos à cirurgia, desenvolveram a doença neurológica, contra quatro de 12 (33,3%) dos animais submetidos à remoção cirúrgica do bulbo olfatório. Esses resultados demonstram que o sistema olfatório constitui-se na principal via de acesso do BHV-5 ao encéfalo de coelhos após inoculação intranasal. No entanto, o desenvolvimento de infecção neurológica em coelhos inoculados pela via conjuntival e em coelhos sem o bulbo olfatório indica que o BHV-5 pode utilizar outras vias para invadir o SNC, provavelmente as. fibras sensoriais e autonômicas que compõe o nervo trigêmeo. Os efeitos da imunização com vírus homólogo (BHV-5) e heterólogo (BHV-1) na proteção à infecção neurológica foram investigados. Cinco entre 10 coelhos (50%) imunizados com o BHV-5 apresentaram sinais neurológicos discretos e transitórios e um morreu após o desafio com o BHV-5. Curiosamente, o grau de proteção foi superior nos coelhos imunizados com o BHV-1: apenas dois animais apresentaram sinais clínicos passageiros e recuperaram-se. Portanto, proteção da enfermidade neurológica pelo BHV-5 em coelhos pode ser obtida por imunização com o BHV-5 ou BHV-1, provavelmente devido à extensa reatividade sorológica cruzada entre esses vírus. Estudos adicionais em coelhos podem auxiliar no esclarecimento da patogênese e resposta imunológica a infecção pelo BHV-5.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Peixoto P.V., Mota R.A., Brito M.F., Corbellini L.G., Driemeier D. & Souza M.I. 2000. [Spontaneous BRSV infection in cattle of the state of Alagoas, Brazil.] Infecção natural pelo Vírus Sincicial Respiratório Bovino (BRSV) em bovinos no Estado de Alagoas. Pesquisa Veterinária Brasileira 20(4):171-175. Projeto Sanidade Animal Embrapa/UFRRJ, Km 47,
Seropédica, RJ 23851-970, Brazil.
Cases of bovine respiratory syncytial virus (BRSV) infection affecting calves in the State of Alagoas, Brazil, are described. At least 220 calves, which were the progeny of Brown Swiss and Holstein Friesian cattle imported from Germany, Austria, and Uruguay, have died from the disease since 1995. Clinical signs included fever, dry cough, serous ocular discharge and, towards the final stages, marked dyspnea. On auscultation therewere loud and harsh breathing sounds, and a strong wheezing could be heard from a distance. Histopathology of the lung revealed interstitial pneumonia associated with syncytial cells and infiltration by lymphocytes and eosinophils. A few plasma cells containing Russel bodies in their cytoplasm were also observed. There was hyperplasia of type li pneumocytes and mild squamous metaplasia of the respiratory epithelium. Bronchiolar epithelial cells and syncytial cells were positively stained with anti-BRSV antibody. The finding of BRSV infection in calves in Northeast Brazil plus identical findings already reported from South Brazil, strongly indicate the need for a wide epidemiologic survey in arder to evaluate the lasses due to BRSV infection and the incidence of infected cattle. There is evidence that at least part of the imported animals involved in this outbreak was already infected on arrival at the port of Belém, in the State of Pará, Brazil.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Peixoto P.V., Mota R.A., Brito M.F., Corbellini L.G., Driemeier D. & Souza M.I. 2000. [Spontaneous BRSV infection in cattle of the state of Alagoas, Brazil.] Infecção natural pelo Vírus Sincicial Respiratório Bovino (BRSV) em bovinos no Estado de Alagoas. Pesquisa Veterinária Brasileira 20(4):171-175. Projeto Sanidade Animal Embrapa/UFRRJ, Km 47,
Seropédica, RJ 23851-970, Brazil.
Descreve-se a ocorrência de infecção pelo vírus sincicial respiratório bovino (BRSV) em bezerros descendentes de animais das raças pardo-suíça e holandesa importados da Alemanha, Áustria, Suíça e Uruguai, na qual morreram em Alagoas, Brasil, pelo menos 220 cabeças, de 1995 até apresente data. O quadro clínico caracterizou-se por hipertermia, tosse seca, mais tarde dispnéia acentuada e por vezes lacrimejamento; à auscultação havia estertores secos, depois úmidos, com sibilos, muitas vezes audíveis à distância. O exame histológico revelou pneumonia intersticial com formação de células sinciciais, infiltração predominantemente linfocitária com presença de eosinófilos e de corpúsculos de Russel, proliferação de pneumócitos tipo II e leve metaplasia escamosa. Células epiteliais de bronquíolos e células sinciciais marcaram-se positivamente com o anticorpo anti-BRSV. A ocorrência da enfermidade no Sul e agora no Nordeste do Brasil indica a necessidade de se promover um amplo levantamento epidemiológico para se avaliar o grau de perdas e a proporção de animais infectados no país. Lembramos que parte dos animais importados, ao que tudo indica, já estavam infectados nos países de origem, quando desembarcaram em Belém, Pará.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Flores E.F., Weiblen R., Scherer C.F.C., Gil L.H.V.G., Pilati C., Driemeier D., Moojen V. & Wendelstein A.C. 2000. [ldentification of bovine virus diarrhea virus type-2 (BVDV-2) in southern Brazil.] Identificação do vírus da diarréia viral bovina tipo 2 (BVDV-2) no sul do Brasil. Pesquisa Veterinária Brasileira 20(2):85-89. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900 Santa Maria, RS, Brazil.
Highly virulent bovine viral diarrhea virus (BVDV) isolates, named BVDV type-2 (BVDV-2), were initially identified in outbreaks of acute and hemorrhagic BVD and have been previously isolated mainly in North America. The present article describes two cases of gastroenteric/respiratory disease in southern Brazil from which BVDV type 2 viruses were isoiated. The. viruses were isolated from two heifers belonging to different herds. One animal developed na acute disease, characterized by anorexia, ruminal atony, dark to bloody diarrhea, tenesmo and mucopurulent nasal discharge. The other animal developed a long lasting disease (7 months), characterized by retarded growth, anorexia, recurrent episodes of diarrhea, interdigital dermatitis, occasional digestive and genital bleeding, conjuntivitis, arthritis and chronic pneumonia. Disseminated mucosal congestion, extensive and deep ulcerations in the tangue, palate and esophagus, necrotic areas in.the ruminal mucosa, areas of congestion covered with fibrin in the small intestine were the most prominent findings. BVDV antigens were detected by immunohistochemístry in the tangue epithelium, lungs and in mesenteric lymph nades. Non-cytopathic BVD viruses were isolated from white blood cells and spleen from the affected animals through inoculation of cultured cells and demonstration of viral antigens by immunofluorescence. Subsequently, antigenic characterization and phylogenetic analysis of these - plus two BVD viruses that have been isolated from healthy fetuses – allowed their classification into the genotype 2. The presence of BVDV-2 among Brazilian cattle is epidemiologically relevant and may have important implications for diagnosis, immunization strategies and vaccine production.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Flores E.F., Weiblen R., Scherer C.F.C., Gil L.H.V.G., Pilati C., Driemeier D., Moojen V. & Wendelstein A.C. 2000. [ldentification of bovine virus diarrhea virus type-2 (BVDV-2) in southern Brazil.] Identificação do vírus da diarréia viral bovina tipo 2 (BVDV-2) no sul do Brasil. Pesquisa Veterinária Brasileira 20(2):85-89. Depto Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, 97105-900 Santa Maria, RS, Brazil.
Amostras do vírus da Diarréia Virai Bovina (BVDV), denominadas de BVDV tipo 2 (BVDV-2), foram inicialmente identificadas em surtos de BVD aguda e enfermidade hemorrágica e têm sido isoladas predominantemente na América do Norte. O presente artigo descreve dois casos de enfermidade gastroentérica/respiratória seguidos de isolamento e identificação de amostras de BVDV tipo 2 no sul do Brasil. Os vírus foram isolados de duas novilhas de diferentes rebanhos. Um dos animais apresentou enfermidade aguda, cursando com anorexia, atonia ruminal, diarréia escura ou muco-sanguinolenta, tenesmo e descarga nasal muco-purulenta. O outro animal desenvolveu enfermidade de longa duração (7 meses), caracterizada por crescimento retardado, anorexia, quadros recorrentes de diarréia, dermatite interdigital, hemorragias digestivas e genitais ocasionais, conjuntivite, artrite e pneumonia crônica. Congestão disseminada das mucosas, ulcerações extensivas e profundas na língua, palato e esôf9go, áreas necróticas na mucosa do rúmen, áreas de congestão e ulcerações cobertas com fibrina no intestino delgado foram os achados mais. proeminentes Antígenos do BVDV foram demonstrados por imunohistoquímica no epitélio da língua, nos pulmões e em linfonodos mesentéricos. Amostras não-citopáticas do BVDV foram isoladas em cultivo celular a partir de leucócitos e do baço dos animais afetados e identificadas por imunofluorescência. Caracterização antigénica e análise filogenética desses isolados, e de outras duas amostras de BVDV isoladas de fetos coletados em matadouros, revelou tratar-se de BVDV tipo 2. A presença do BVDV tipo 2 na população bovina do Brasil possui um significado epidemiológico importante e pode ter conseqüências para o diagnóstico, estratégias de imunização e produção de vacinas.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Caldas A.P.F., Leal E.S., Silva E.F.A. & Ravazzolo A.P. [Detection of feline immunodeficiency provirus in domestic cats by polymerase chain reaction.] Detecção do provírus da Imunodeficiência Felina em gatos domésticos pela técnica de Reação em Cadeia da Polimerase. Pesquisa Veterinária Brasileira 20(1):20-25. Centro de Biotecnologia/Faculdade de Veterinária, UFRGS, Av. Bento Gonçalves 9500, Porto Alegre, RS 91501-970, Brazil.
Feline immunodeficiencyvirus (FIV) infection of domestic cats is one of the most promising animal models for the infection by the human immunodeficiency virus (HIV) which causes acquired immunodeficiency syndrome (AIDS). lnfected cats may develop a disease similar to that observed in AIDS patients, with increased susceptibility to opportunistic infections. Ln this study we used the polymerase chain reaction (PCR) to detect proviral DNA of feline immunodeficiency virus on the blood and tissue samples from cats with a clinical diagnosis of immunodeficiency. The PCR primers were used to amplify the gag gene, which is conserved among different isolates. From 40 samples analyzed, 15 were positive and 4 of them were submitted to hybridization to confirm the specificity of the amplified fragments. These results confirm the presence of FIV in domestic cats in Rio Grande do Sul, Brazil.
Abstract in Portuguese:
SINOPSE.- Caldas A.P.F., Leal E.S., Silva E.F.A. & Ravazzolo A.P. [Detection of feline immunodeficiency provirus in domestic cats by polymerase chain reaction.] Detecção do provírus da Imunodeficiência Felina em gatos domésticos pela técnica de Reação em Cadeia da Polimerase. Pesquisa Veterinária Brasileira 20(1):20-25. Centro de Biotecnologia/Faculdade de Veterinária, UFRGS, Av. Bento Gonçalves 9500, Porto Alegre, RS 91501-970, Brazil.
A infecção de gatos domésticos pelo Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) é um dos modelos mais promissores para o estudo da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) que causa a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS). O FIV causa, em gatos, uma enfermidade similar àquela observada em pacientes com AIDS, sobretudo no que diz respeito ao aumento da susceptibilidade a infecções oportunistas. No presente estudo, utilizou-se a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), com o objetivo de detectar o provírus do FIV em gatos com sinais clínicos de imunodeficiência. O fragmento de DNA escolhido como alvo para amplificação situa-se no gene gag do lentivírus felino, o qual é conservado entre as diferentes amostras do vírus. O DNA utilizado foi extraído a partir de amostras de sangue e de tecidos de animais com suspeita clínica de imunodeficiência. Das 40 amostras analisadas, 15 foram positivas, das quais 4 foram submetidas à hibridização, confirmando a especificidade dos fragmentos amplificados. Esses resultados demonstram a presença do FIV na população de gatos domésticos do Rio Grande do Sul, Brasil.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Mayr A. & Mayr B. 1999. A new concept in prophylaxis and therapy: paramunization by poxvirus inducers. Pesquisa Veterinária Brasileira 19(3/4):91-98. Lehrstuhl für Mikrobiologie und Seuchenlehre der Tierarztlichen Fakultat der Ludwig-Maximilians-Universitat München, Veterinarstrage 13, D-80539 München, Germany.
The so-called primitive, innate or paraspecific immune system is the phylogenetically older part of the complex immune system. It enables the organism to immediately attack various foreign substances, infectious pathogens, toxins and transformed cells of the organism itself. „Paramunity" is defined as an optimal regulated and activated, antigen-nonspecific defence, acquired through continuous active and succesful confrontation with endogenous and exogenous noxes or by means of „paramunization" with so called . „paramunity inducers". Paramunity inducers based on different pox virus species (e.g. Baypamun®, Duphapind®, Conpind) have turned out to be effective and safe when applied with human beings as well as with animals. Pox virus inducers activate phagocytosis and NK-cells in addition to regulation of various cytokines, notably interferon a and g, IL 1, 2, CSF and TNF which comprise the network of the complex paraspecific immune system. The results of experimental work as well as practical use in veterinary medicine have shown that paramunization by pox inducers goes far beyond the common understanding of so-called „immuno-therapy". They are „bioregulators", beca use they have 1. a regulatory effect on a disturbed immune system in the sense of an optimal homoeostasis, and 2. Simultaneously a regulatory effect between the immune, nervous, circulatory and hormone system. Therefore, the use of paramunization by pox inducers opens a new way of prophylaxis and therapy, not only with regard to infections, but also with regard to different other indications.
Abstract in Portuguese:
ABSTRACT.- Mayr A. & Mayr B. 1999. A new concept in prophylaxis and therapy: paramunization by poxvirus inducers. Pesquisa Veterinária Brasileira 19(3/4):91-98. Lehrstuhl für Mikrobiologie und Seuchenlehre der Tierarztlichen Fakultat der Ludwig-Maximilians-Universitat München, Veterinarstrage 13, D-80539 München, Germany.
The so-called primitive, innate or paraspecific immune system is the phylogenetically older part of the complex immune system. It enables the organism to immediately attack various foreign substances, infectious pathogens, toxins and transformed cells of the organism itself. „Paramunity" is defined as an optimal regulated and activated, antigen-nonspecific defence, acquired through continuous active and succesful confrontation with endogenous and exogenous noxes or by means of „paramunization" with so called . „paramunity inducers". Paramunity inducers based on different pox virus species (e.g. Baypamun®, Duphapind®, Conpind) have turned out to be effective and safe when applied with human beings as well as with animals. Pox virus inducers activate phagocytosis and NK-cells in addition to regulation of various cytokines, notably interferon a and g, IL 1, 2, CSF and TNF which comprise the network of the complex paraspecific immune system. The results of experimental work as well as practical use in veterinary medicine have shown that paramunization by pox inducers goes far beyond the common understanding of so-called „immuno-therapy". They are „bioregulators", beca use they have 1. a regulatory effect on a disturbed immune system in the sense of an optimal homoeostasis, and 2. Simultaneously a regulatory effect between the immune, nervous, circulatory and hormone system. Therefore, the use of paramunization by pox inducers opens a new way of prophylaxis and therapy, not only with regard to infections, but also with regard to different other indications.