Abstract in English:
Trypanosoma evansi can affect a broad range of domestic and wild animals, such as feral pigs, horses, cattle, goats, dogs, and other carnivores. The growth in wild boar (Sus scrofa) populations is considered a significant risk factor, given their status as known reservoirs. This article reviews the epidemiological, clinicopathological, and molecular dimensions, including the identification and genetic characterization, of a T. evansi outbreak in dogs. Thirty-four dogs, utilized for wild boar management, underwent physical examinations, complete blood counts, hemoparasite detection via direct microscopic examination of blood smears, DNA detection using polymerase chain reaction, and serological testing for antibodies against Trypanosoma spp., alongside post mortem analyses of two deceased animals. Clinical signs observed included changes in the color of ocular, oral, and genital mucous membranes, lymphadenomegaly, subcutaneous edema, and anemia. Trypanosoma spp. DNA was detected in blood and tissue samples, while blood smears (8/34) revealed the presence of organisms morphologically consistent with the trypomastigote forms of Trypanosoma spp. Serological testing failed to detect antibodies. Our results suggest that the dogs were likely infected with T. evansi through contact with the blood and/or tissues of infected wild boars. Given the spread of wild boars and their role as reservoirs of T. evansi, we emphasize the need to incorporate this protozoan species into routine diagnostic procedures for dogs and the urgency of preventive measures to reduce contact between dogs and wildlife, along with wild boar control initiatives.
Abstract in Portuguese:
Trypanosoma evansi pode afetar uma ampla variedade de animais domésticos e selvagens, como javalis, cavalos, bovinos, caprinos, cães e outros carnívoros. O crescimento das populações de javalis (Sus scrofa) é considerado um fator de risco significativo, visto que são conhecidos como reservatórios. Este artigo revisa as dimensões epidemiológicas, clinicopatológicas e moleculares, incluindo a identificação e caracterização genética, de um surto de T. evansi em cães. Trinta e quatro cães, utilizados no manejo de javalis, foram submetidos a exames físicos, hemogramas completos, detecção de hemoparasitas por exame microscópico direto de esfregaços sanguíneos, detecção de DNA utilizando a reação em cadeia da polimerase (PCR) e testes sorológicos para anticorpos contra Trypanosoma spp., além de análises post mortem de dois animais que vieram a óbito. Nossos resultados sugerem que a infecção dos cães por T. evansi provavelmente ocorreu devido ao contato com sangue e/ou tecidos de javalis infectados. Considerando a disseminação dos javalis e sua importância como reservatórios de T. evansi, ressaltamos a necessidade de incorporar essa espécie do protozoário na rotina diagnóstica de cães e a urgência de medidas preventivas para reduzir o contato entre cães e animais selvagens, junto com iniciativas de controle dos javalis.