Abstract in English:
Equine piroplasmosis is an apicomplexan hemoprotozoan-caused disease that affects equids worldwide. Horses that survive piroplasmosis can become asymptomatic carriers for the rest of their lives. The present study aimed to determine the frequency of piroplasms and to compare three different blood smear tests (jugular, peripheral, and splenic blood) to detect piroplasms in asymptomatic wandering horses seized by the “Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal” (SEAGRI-DF), Midwest region of Brazil. Of the 100 horses evaluated, 38 were diagnosed positive for piroplasm (38%), with the etiological agents found at the jugular blood smear in 11% (11/100) of horses, peripheral blood smear in 13% (13/100), and splenic blood smear in 38% (38/100). Piroplasm-positive horses showed anemia, neutrophilia, and lymphopenia, but the hematological changes did not differ statistically between positive and negative horses. In summary, the stray horses evaluated showed a high incidence of piroplasm (38%). All positive horses presented one of the etiologic agents in the splenic blood, but some did not show the parasite in the jugular blood smear (27/38, 71%) or the peripheral blood smear (25/38, 65.8%). Thus, the splenic blood was shown to be the best sample to determine the presence of piroplasm in wandering horses. As it is a low-cost and easy-to-perform test, it can be included in the routine diagnosis of equine piroplasmosis, helping to monitor the prevalence of piroplasms in places where molecular techniques are not accessible.
Abstract in Portuguese:
A piroplasmose é uma doença causada por hemoprotozoários apicomplexos que afeta equídeos em todo o mundo. Equinos que sobrevivem à piroplasmose podem se tornar portadores assintomáticos pelo resto de suas vidas. O presente estudo teve como objetivo determinar a frequência de piroplasmas em equinos errantes apreendidos pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (SEAGRI-DF), região Centro-Oeste do Brasil, e comparar três diferentes exames diagnósticos de esfregaços sanguíneos: sangue jugular, periférico e esplênico. Dos 100 equinos avaliados, 38 foram diagnosticados positivos para piroplasmídeos, sendo o agente etiológico encontrado no esfregaço de sangue jugular em 11% (11/100), no esfregaço de sangue periférico em 13% (13/100) e no esfregaço de sangue esplênico em 38% (38/100) dos equinos. Os cavalos positivos apresentaram anemia, neutrofilia e linfopenia, mas as alterações hematológicas não apresentaram diferença estatística entre cavalos positivos e negativos. Em resumo, os equinos errantes avaliados apresentaram alta incidência de piroplasmídeos (38%). Todos os cavalos positivos apresentaram um dos agentes etiológicos no esfregaço sangue esplênico, mas alguns não apresentaram o parasita no esfregaço de sangue jugular (27/38, 71%) ou no esfregaço de sangue periférico (25/38, 65.8%). Assim, o sangue esplênico mostrou-se a melhor amostra para determinar a presença de piroplasmídeos em equinos errantes. Por ser um exame de baixo custo e fácil execução, pode ser incluído na rotina diagnóstica da piroplasmose equina, auxiliando no monitoramento da doença em locais onde as técnicas moleculares não são acessíveis.
Abstract in English:
Theileria equi is an infectious hemoprotozoan agent of equine piroplasmosis, a disease that has severe economic and sanitary impact internationally. In addition to its common clinical features, piroplasmosis can cause gestational losses and neonatal damage, which makes neonates susceptible to this disease. The aim of this study was to evaluate the dynamics of humoral immune response to recombinant EMA-2 of T. equi in pregnant mares and foals, as well as the transfer of vaccine antibodies through the colostrum ingested by sucking foals. For vaccine production, the EMA-2 expression gene was cloned and expressed in the yeast species, Pichia pastoris. Thirty-six horses were used, of which 18 were pregnant mares and 18 were foals. The mares were divided into control and vaccinated groups, and the vaccinated group received three doses of rEMA-2 every 21 days starting at 300 days of gestation. Foals from vaccinated and control groups were evaluated until the sixth month of life. The production of antibodies by foals on the rEMA-2 vaccination schedule was also evaluated from the second month of life. Foals in the vaccinated group had received three doses of the vaccine every 21 days. The method used to evaluate serum and colostrum samples was indirect ELISA, and plates were sensitized with the rEMA-2 protein. At the end of the vaccination schedule, vaccinated mares showed a 2.3-fold increase in antibody levels when compared to baseline values. The colostrum of vaccinated mares presented antibody levels of 1.0432±0.33. Foals delivered by vaccinated mares presented levels of antibodies greater than those of foals delivered by control mares after their first time sucking (at about twelve hours after birth). Foals vaccinated in the second month of life showed an 8.3-fold increase in antibody levels when compared to baseline values. The vaccination schedule with rEMA-2 was able to stimulate humoral immunity in pregnant mares. Vaccine immunoglobins were concentrated in the colostrum of vaccinated mares and foals delivered by these mares showed an increase in serum levels of vaccine antibodies after the first-time sucking.
Abstract in Portuguese:
Theileria equi é um hemoprotozoário, agente da piroplasmose equina, doença de impacto sanitário e econômico internacional. Em éguas gestantes além da doença clínica, podem ocorrer abortos e danos ao neonato, caracterizando grande susceptibilidade à doença no período neonatal. O objetivo deste estudo foi avaliar a dinâmica da resposta imune humoral à EMA-2 recombinante de T. equi em éguas gestantes e potros, bem como a transferência de anticorpos vacinais no colostro. Foram utilizados 36 equinos, sendo 18 éguas gestantes e 18 potros. As éguas foram divididas em grupo controle e vacinado, que receberam rEMA-2 a partir dos 300 dias de gestação em três doses com intervalos de 21 dias. Para produção da vacina, o gene de expressão de EMA-2 foi clonado e a proteína expressa em Pichia pastoris. Os potros provenientes de éguas dos grupos vacinado e controle foram avaliados até o 6º mês de vida. Avaliou-se também a produção de anticorpos em potros submetidos ao esquema vacinal com rEMA-2 a partir do 2º mês de vida, que receberam três doses da vacina em intervalos de 21 dias. O método escolhido para a avaliação das amostras de soro e colostro foi ELISA indireto, com sensibilização pela proteína rEMA-2. Nas éguas gestantes vacinadas com rEMA-2 ocorreu o incremento de 2,3 vezes o valor basal ao final do esquema vacinal. O colostro de éguas vacinadas apresentou título médio de anticorpos de 1,0432±0,33, e potros provenientes de éguas vacinadas apresentaram média maior que os provenientes de éguas controle após a primeira mamada (12 horas). Os potros que passaram por esquema vacinal a partir do 2º mês de vida obtiveram incremento de 8,3 vezes o valor basal de anticorpos. O esquema vacinal com rEMA-2 foi capaz de estimular a imunidade humoral em éguas gestantes. Éguas gestantes vacinadas concentraram imunoglobulinas vacinais no colostro, e os potros provenientes destas obtiveram incremento nos níveis séricos de anticorpos vacinais após a primeira mamada.