Abstract in English:
Cutaneous lymphomas are uncommon tumors in dogs that can occur as epitheliotropic and non-epitheliotropic types. The epitheliotropic type comprises three, already well established, distinct clinicopathological presentations. However, the non-epitheliotropic lymphoma, despite its poor characterization, represents a heterogeneous group of not yet correlated presentations that can mimic different skin tumors, configuring a diagnostic challenge. Therefore, this study’s main aim was to establish whether there is a correlation between the macroscopic presentation and the histological subtypes of cutaneous non-epitheliotropic lymphoma in the population of dogs involved in this study. Additionally, we aimed to determine the prevalence of each type and histological subtype of canine cutaneous lymphoma and describe the epidemiological and anatomopathological characteristics of the presented cases. From a total of 38 cases of cutaneous lymphoma diagnosed in dogs, 17 (44.7%) were considered as epitheliotropic and 21 (55.3%) as non-epitheliotropic. From the 17 cases of cutaneous epitheliotropic lymphoma, 13 (34.2%) and four (10.5%) were subclassified as mycosis fungoides and pagetoid reticulosis, respectively. The cases of cutaneous non-epitheliotropic lymphoma included were: anaplastic large T-cell lymphoma (ALTCL – 9/21, 23.9%), peripheral T-cell lymphoma, unspecified (PTCL-NOS – 4/21, 10.5%), subcutaneous panniculitis-like T-cell lymphoma (SPTCL – 4/21, 10.5%), diffuse large B-cell lymphoma – immunoblastic type (DLBCL – 2/21, 5.2%), lymphomatoid granulomatosis (LYG – 1/21, 2.6%), and marginal zone lymphoma (MZL) of mucosa-associated lymphoid tissue (MALT) - lymphoplasmacytic variant (1/21, 2.6%). Based on the anatomopathological findings, it was possible to infer that when faced with multiple, nodular or placoid skin lesions, predominantly on the trunk and limbs, the diagnosis is more likely to be consistent with ALTCL. Whereas, with solitary skin nodules or plaques, PTCL-NOS will be the most frequently observed histological type. When these lesions are exclusively located in the subcutaneous tissue, one should first think about SPTCL and, more rarely, DLBCL. Regarding to epitheliotropic cutaneous lymphomas, the most commonly observed type in dogs is the cutaneous form of mycosis fungoides, especially in the pre-mycotic and mycotic phases. We hope that this information can assist veterinary clinicians and pathologists in their diagnostic routines and contribute to the characterization of non-epitheliotropic cutaneous lymphomas in the canine species.
Abstract in Portuguese:
Linfomas cutâneos são tumores incomuns em cães que podem ocorrer sob as formas epiteliotrópica e não epiteliotrópica. A forma epiteliotrópica compreende três apresentações clinicopatológicas distintas já bem estabelecidas. Contudo, a forma não epiteliotrópica, apesar de ser reconhecida, é menos caracterizada, representando um grupo heterogêneo de apresentações ainda não correlatas e que aparentemente podem mimetizar diferentes tumores de pele, configurando um desafio diagnóstico. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi tentar estabelecer se há correlação entre a apresentação macroscópica e os subtipos histológicos de linfoma cutâneo não epiteliotrópico da população de cães em estudo. Adicionalmente, objetivou-se determinar a prevalência de cada tipo e subtipo histológico de linfoma cutâneo canino, e ainda, descrever as características epidemiológicas e anatomopatológicas dos casos. Foram incluídos 38 casos de linfomas cutâneos caninos, desses, 17 (44,7%) eram epiteliotrópicos e 21 (55,3%) eram não epiteliotrópicos. Dos 17 casos de linfomas epiteliotrópicos, 13 (34,2%) foram subclassificados como micose fungoide e quatro (10,5%) como reticulose pagetoide. Os casos de linfomas cutâneos não epiteliotrópicos foram subclassificados como: linfoma anaplásico de grandes células T (ALTCL – 9/21; 23,9%), linfoma de células T periféricas inespecífico (PTCL-NOS – 4/21; 10,5%), linfoma de células T semelhante à paniculite subcutânea (SPTCL – 4/21; 10,5%), linfoma difuso de grandes células B – variante imunoblástica (DLBCL – 2/21; 5,2%), granulomatose linfomatoide (LYG – 1/21; 2,6%) e linfoma da zona marginal (MZL) do tecido linfoide associado à mucosa (MALT) – variante linfoplasmocítica (1/21; 2,6%). Com base nos achados anatomopatológicos foi possível inferir que diante da suspeita de linfoma cutâneo não epiteliotrópico em cães, ao se deparar com lesões cutâneas múltiplas, nodulares ou placoides e predominantes em tronco e membros, é mais provável que na histopatologia o diagnóstico seja consistente com ALTCL. Por outro lado, perante nódulos ou placas cutâneas solitárias, PTCL-NOS será o tipo histológico mais frequentemente visto. E quando essas lesões estiverem exclusivamente localizadas no tecido subcutâneo, deve-se primeiramente pensar em SPTCL e, mais raramente, em DLBCL. No que se refere aos linfomas cutâneos epiteliotrópicos, a forma cutânea da micose fungoide é a mais comumente observada em cães, em especial, nas fases pré-micótica e micótica. Espera-se essas informações possam auxiliar médicos veterinários clínicos e patologistas em suas rotinas diagnósticas, bem como, contribuir para a caracterização dos linfomas cutâneos não epiteliotrópicos na espécie canina.