Abstract in English:
The agar gel immunodiffusion tests performed in plates and on slides were compared in their efficiency to detect antibodies against the major glycoprotein gp51 of enzootic bovine leukosis virus (BLV). Materiais tested were milk, plasma and serum obtained from cattle belonging to seven dairy herds located in the States of Rio de Janeiro and São Paulo. Both tests were equally inefficient in the detection of antibodies in the milk. The plate immunodiffusion test was more sensitive than the slide test in the detection of antibodies in plasma, although, when the tests were performed with serum, both were equally sensitive in the identification of infected cattle. Out of a total of 1031 sera tested, 361 (35.0%) were identified as positive using the plate test, while the slide test detected 355 (34.4%) positives. It is concluded that- the slide inununodiffusion test can efficiently substitute for the plate immunodiffusion test in the detection of antibodies against gp51 of BLV in the serum, with the additional advantage of utilizing smaller amounts of glycoprotein antigen.
Abstract in Portuguese:
As provas de imunodifusão em ágar gel, realizadas em placa e em lâmina, foram comparadas quanto à eficiência em detectar anticorpos contra a glicoproteína maior gp51 rio vírus da leucose enzoótica bovina (VLB). As amostras testadas constaram de leite, plasma e soro, obtidos de bovinos pertencentes a sete rebanhos leiteiros dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Ambas as provas foram igualmente ineficientes na detecção de anticorpos no leite. A prova de imunodifusão em placa foi mais sensível que a prova em lâmina, na detecção de anticorpos no plasma, porém, quando as provas eram realizadas com soro, as duas eram igualmente sensíveis na identificação de bovinos infectados. De um total de 1031 soros testados, a prova em placa detectou 361 (35,0%) soros positivos enquanto a prova em lâmina 355 (34,4%). Concluiu-se que a prova em lâmina pode substituir a prova em placa eficientemente na detecção de anticorpos contra gp51 do VLB no soro, com a vantagem de utilizar menores quantidades de antígeno glicoprotéico.
Abstract in English:
Two groups of 33 Romney Marsh wethers were treated four times, at three month intervals, with implants of either 70.S mg of testosterone or 12.0 mg of zeranol, to evaluate these drugs in the control of ovine posthitis. Wethers in a third group were kept as untreated controls. The incidence of posthitis was 21.9% in those animals implanted with testosterone, 70.0% in those treated with zeranol and 48.3% in the control wethers. The chisquare test showed that the inicidence of the disease depended on the treatment used (P ≤ 0.05). Mean weight gains were 18.6, 16.2 and 14.0 kg for testosterone, zeranol and control groups, respectively. Animals treated with zeranol gained more weight than the controls after each of the first two implants (P < 0.05), but less after the fourth (P < 0.05). Those animals treated with testosterone gained more weight than control animals after the first and third implants (P < 0.05), while no diferences were observed after the fourth implant. Wool production was greater (P < 0.05) in the group receiving testosterone than in the other two groups. Animals showing lesions of ovine posthitis during the experiment produced a smaller quantity of wool (P < 0.05) than healthy animals. After the third zeranol implant, the mammary gland increased in size and had a secretion with a milk appearance.
Abstract in Portuguese:
Dois grupos de 33 ovinos machos castrados da Raça Romney Marsh foram tratados trimestralmente, durante o ano de 1979, com implantes de 70,5 mg de testosterona e 12 mg de zeranol, respectivamente, com o objetivo de determinar-se a eficiência dessas drogas no controle da postite ovina. Um terceiro grupo permaneceu como controle. A incidência da postite foi 21,9% para os animais implantados com testosterona, 70,0% para os tratados com zeranol e 48,3% para os controles, determinando-se pelo teste de x2, que a incidência da enfermidade dependeu dos tratamentos utilizados (P ≤ 0,05). Os. ganhos de peso durante o experimento foram em média de 18,6, 16,2 e 14,0 kg para os animais tratados com testosterona, zeranol e para os controles, respectivamente. O ganho de peso dos animais que receberam zeranol foi maior (P < 0,05) do que o dos animais controle após cada um dos dois primeiros implantes, e menor (P < 0,05) após o 4º implante. Os animais tratados com testosterona obtiveram ganhos de peso maiores (P < 0,05) em relação aos controles após o 1º e o 3º implantes, não havendo diferenças, em relação ao mesmo grupo, na última observação. A produção de lã de. velo foi maior (P < 0,05) no grupo que recebeu testosterona, quando comparada com a produção dos outros grupos. Os animais que apresentaram lesões de postite durante o experimento produziram menor quantidade de lã (P < 0,05) em relação aos sadios. No grupo tratado com zeranol observou-se, após o 3º implante, desenvolvimento da glândula mamária com secreção de aspecto
lácteo.
Abstract in English:
Among the plants in the Amazon region suspected of being. toxic, are two shrubs of the Icacinaceae family, Humirianthera ampla (Miers.) Baehni and Humirianthera rupestris Ducke, both being commonly known as "mairá". The fresh leaves of both plants were shown to be toxic for cattle in experimental studies performed using 16 animals. H. ampla caused the death of three bovines which had ingested doses of 6.3, 13.3 or 13.4 g/kg of bodyweight; 3.3 g/kg produced only slight symptoms of poisoning. The first symptoms in the four animals were seen between 15 and 23 hours after the beginning of the ingestion of the plant, and the course of the poisoning was from approximately 8 to 30 hours; the main clinical signs consisted of digestive disturbances: anorexia, diminished rumen movements, dry muzzle and salivation, and in the animals which died diarrhea (3/4). Post-mortem findings were congestion of the mucosa and the presence of liquid. contents, from the rumen to the large intestine. The most important histopathological changes were vacuolar degeneration of the superficial epithelial cells of the rumen mucosa and their detachment by edema (2/3), and areas of necrosis in the epitelial lining of the rumen (1/3). In the experiments with H. rupestris the dose of 5 g/kg given to tqree bovines did not cause symptoms of poisoning. Doses of 9 .6 and 10 g/kg caused symptoms in one of four animals, whereas doses from 15 to 20 g/kg caused symptoms of poisoning in four of five bovines, resulting in the death of one. First symptoms were seen between 10 and 20 hours after the beginning of the ingestion of the plant. The course of the poisoning was between 46 hours and 6 days. SymJ?toms were also characterized by digestive disturbances: anorexia and dirninished rumen movements; the animals were thirsty and the one that died had diarrhea. Post-mortem findings and histopathological changes were necrosis of the epithelium of rumen and reticulum. The dried leaves of H. ampla had lost almost all toxicity by two mottths after collection. Amounts corresponding to at least five times the original lethal dose caused only slight, brief symptoms of poisoning. The occurrence of poisoning by H. ampla and H. rupestris under natural conditions, however has not yet been confirmed.
Abstract in Portuguese:
Entre as plantas apontadas como tóxicas, na Região Amazônica, figura o "mairá", nome popular dado às espécies Humirianthera ampla (Miers.) Baehni e Humirianthera rupestris Ducke, arbustos escandentes da fam11ia Icacinaceae. As folhas frescas revelaram-se tóxicas nos experimentos feitos em 16 bovinos. H. ampla causou a morte de três animais que ingeriram as folhas nas doses de 6,3, 13,3 e 13,4 g/kg e apenas leve intoxicação em um que ingeriu a dose de 3,3 g/kg. Os primeiros sintomas foram observados, nesses quatro animais, 15 a 23 horas após o começo da ingestão da planta; a evolução do quadro clínico variou de 8 a 30 horas. Os principais sintomas observados foram relativos ao aparelho digestivo e consistiram em anorexia, diminuição dos movimentos do rúmen, focinho seco, sialorréia e, nos que morreram, diarréia (3/4). Os achados de necropsia consistiram em congestão da mucosa, e presença de conteúdo líquido do rúmen ao intestino grosso. Os achados histopatológicos mais importantes foram degeneração vesicular das células das camadas superficiais do epitélio do rúmen com seu desprendimento por edema (2/3) e presença de áreas de necrose no epitélio do rúmen (1/3). H. rupestris, dada a três bovinos na dose de 5 k/kg, não causou sintomas de intoxicação. Nas doses de 9,6 e 10 g/kg, causou sintomas em um de quatro bovinos, e nas de 15 a 20 g/kg, em quatro de cinco bovinos, dos quais morreu um. Os primeiros sintomas, nos animais submetidos à experimentação com H. rupestris, foram observados entre 10 e 20 horas após o início da administração da planta; a evolução do quadro clínico variou de 46 horas a 6 dias. Os principais sintomas observados, também relativos ao tubo digestivo, consistiram em anorexia, diminuição dos movimentos do rúmen, sede e, no animal que morreu, diarréia. Os achados· de necropsia e histopatológicos consistiram em necrose do epitélio do rúmen e retículo. As folhas de H. ampla, dessecadas, tinham perdido já quase toda sua toxidez, dois meses após a coleta, pois quantidade correspondente a pelo menos cinco vezes a dose letal causou apenas o aparecimento de leves e passageiros sintomas de intoxicação. Adverte-se que não foi ainda confirmada a: ocorrência de intoxicação espontânea por H. ampla ou por H. rupestris.
Abstract in English:
A study on ovine perinatal mortality was done on one farm near Bagé in 1978 and on 15 farms in the counties of Bagé, Pelotas and Santa Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul, in 1979. Six hundred and twelve lambs were necropsied. The most commom cause of death was starvation/exposure which accounted for 58.2% of deaths in 1978 and 56.7% in 1979. Dystocia was the second cause of mortality, 8.6% in 1978 and 22.9% in 1979. Predators were the primary cause of death of 2.4% of necropsied lambs, in 1979. Other causes of death (congenital infections, neonatal infections, congenital malformations) were not considered important in the total number of mortalities. When a comparison was made of birth weights on one farm, it was observed that those lambs that died had weighed significantly less than those that survived (P < 0.01). Lambs which had died from starvation/exposure were significantly lighter than those that died of complications due to dystocia (P < 0.01). Lambing percentages, lamb mortality and survival rate were determined on seven of the farms studied in 1979. Perinatal mortality (21%) was the main cause of the low reproductive performance on only one farm. Although lamb mortality was not great, between· 8 and 13% on the rest of the farms, the low marking percentage, between 66 and 84%, was due to low lambing rates.
Abstract in Portuguese:
O estudo foi realizado em um estabelecimento de Bagé em 1978, e em 15 estabelecimentos de Bagé, Pelotas e Santa Vitória do Palmar, RS, em 1979. Pela necropsia de 612 cordeiros, observou-se que a causa mais freqüente de mortalidade foi o complexo inanição/exposição (58,2% em 1978 e 56,7% em 1979), ficando a distocia em segundo lugar (8,6% em 1978 e 22,9% em 1979). A predação primária foi diagnosticada em 2,4% dos cordeiros necropsiados, não sendo causa importante de mortalidade, já que foi superada tanto pela predação secundária como pela de pós-morte. Infecções congênitas, infecções neonatais e malformações congênitas também não foram causas importantes no total das mortes. Em um estabelecimento os cordeiros foram pesados ao nascimento e verificou-se que os que morreram foram significativamente mais leves que os sobreviventes (P < 0,01). Os cordeiros mortos devido ao complexo inanição/exposição foram significativamente mais leves (P < 0,01) do que os mortos por distocia. Em 7 dos estabelecimentos estudados em 1979, foram determinadas as porcentagens de parição, de mortalidade de cordeiros e de assinalação. Somente em um estabelecimento a mortalidade perinatal (21%) foi a principal causa de baixa eficiência reprodutiva. Nos 6 restantes, apesar de a mortalidade ter sido considerada baixa (entre 8 e 13%), a porcentagem de assinalação variou entre 66 e 84%, devido, aparentemente, às baixas taxas de parição.
Abstract in English:
The aerial parts of Crotalaria mucronata Desv. (syn. Crotalaria striata DC.), one the three most common species of Crotalaria in Brazil, were orally administered to 21 young bovines. The fresh, recently collected leaves caused an acute poisoning and death when given in single doses of 60 or 80 g/kg of bodyweight, although one animal died after receiving only 25 g/kg. The administration of 20 g/kg of fresh recently collected leaves as a single dose did not cause any symptoms in two of three animals. In six other bovines which ingested the plant in doses from 25 to 40 g/kg, brief, slight to moderate symptoms were observed. Small amounts, 2.5, 5 and 10 g/kg, of the fresh recently collected leaves, given daily for 120, 60 and 30 days, respectively, and amounting to 300 g/kg, did not cause any symptoms of poisoning. Similarly, no clinical signs were observed when the fresh flowers and green· fruits of C. mucronata were given in single doses of 60 g/kg. The leaves lost most of their toxicity when dried. The first symptoms of poisoning, in the animals that died, were observed between approximately 13 and 24 hours, and in the animals that survived, between approximately 6 and 24 hours, after the beginning of the administration of the plant. In the animals which died, symptoms lasted from 4 to 44 hours, with death occurring between 16 and 68 hours after feeding had begun. Surviving animals showed symptoms for 23 to 72 hours, recovering between 29 and 94 hours after feeding had begun. In the animals which died, muscular tremors were the most conspicuous symptom. In the animals which survived, anorexia, dry muzzle and abnormal feces were observed. At necropsy a characteristic odor of the macerated plant was noticed·in the two calves that ingested 60 or 80 g/kg, however no gross lesions were observed. Severe hidrothorax and pulmonary edema were found in the calf that ingested 25 g/kg of the plant. Histopathological examination did not reveal consistent changes. Since Crotalaria mucronata has a low grade toxicity, and there is no field information that indicates the occurrence of natural poisoning in clatte, the plant is not likely to be the cause of poisoning in the field.
Abstract in Portuguese:
As partes aéreas de Crotalaria mucronata Desv. (syn. Crotalaria striata DC.), com nomes populares de ''chique- chique" ou "guizo de cascavel", uma das três espécies de Crotalaria mais comuns no Brasil, foram administradas por via oral a 21 bovinos. As folhas frescas recém-colhidas causaram um quadro agudo de intoxicação e morte quando administradas em doses únicas de 60 ou 80 g da planta por kg de peso corporal; excepcionalmente tiveram efeito letal na dose de 25 g/kg em um bovino. Dose única de 20 g/kg das folhas frescas recém-colhidas não causou sintomas de intoxicação em 2 de 3 animais. Em 6 outros bovinos, que as ingeriram em doses únicas de 25 a 40 g/kg, sintomas leves a moderados, passageiros, foram observados. Quando administradas repetidamente em quantidades pequenas (doses diárias de 2,5, 5 ou 10 g/kg durante 120, 60 e 30 dias, sempre até completar 300 g/kg), as folhas frescas recém-colhidas não causaram sintomas de intoxicação. Também as inflorescências e as vagens verdes recém-colhidas, administradas de uma única vez na dose de 60 g/kg, não provocaram sintomas de intoxicação. Pela dessecagem, as folhas perderam a maior parte de sua toxicidade. Os primeiros sintomas de intoxicação foram observados, nos animais que morreram, após aproximadamente 13 a 24 horas, e nos que sobreviveram, após aproximadamente 6 a 24 horas contadas do início da administração da planta. A evolução da intoxicação nos casos fatais foi de 4 a 44 horas, a morte sobrevindo entre 16 e 68 horas após o início da administração da planta. Nos bovinos que sobreviveram, a evolução da intoxicação foi de aproximadamente 23 a 72 horas, estando recuperados entre 29 e 94 horas após o início da administração da planta. Os sintomas mais evidentes nos animais que morreram, foram tremores musculares; nos que sobreviveram foram observados anorexia, focinho seco, e fezes levemente alteradas. Os achados de necropsia nos dois bovinos que ingeriram 60 e 80 g/kg, foram negativos, salvo o cheiro forte da planta macerada que o cadáver exalava, e no que ingeriu 25 g/kg, hidrotórax e edema pulmonar acentuados. Os exames histopatológicos não revelaram alterações consistentes. Concluiu-se ser pouco provável ocorrerem casos de intoxicação natural por Crotalaria mucronata em bovinos no Brasil devido a ser relativamente baixa sua toxicidade, a não se ter verificado a ingestão espontânea da planta por bovinos e a não se ter obtido dados que permitissem suspeitar desta planta como causa de intoxicação.