Resultado da pesquisa (12)

Termo utilizado na pesquisa epidemiological aspects

#11 - Epidemiological aspects and hepatic lesions pattern in 35 outbreaks of Senecio spp. poisoning in cattle in southern Brazil, 30(5):389-397

Abstract in English:

ABSTRACT.- Grecco F.B., Schild A.L., Soares M.P., Marcolongo-Pereira C., Estima-Silva P. & Sallis E.S.V. 2010. [Epidemiological aspects and hepatic lesions pattern in 35 outbreaks of Senecio spp. poisoning in cattle in southern Brazil.] Aspectos epidemiológicos e padrões de lesões hepáticas em 35 surtos de intoxicação por Senecio spp. em bovinos no sul do Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira 30(5):389-397. Laboratório Regional de Diagnóstico, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, Campus Universitário, Pelotas, RS 96010-900, Brazil. E-mail: alschild@terra.com.br The study aimed to characterize morphological patterns of 59 liver samples of Senecio spp. poisoned cattle from 35 outbreaks, observed in southern Rio Grande do Sul, Brazil, from 2000 to 2009. The lesions were associated with epidemiological changes during these years. The climate changes concerning accumulated rain and mean temperature during the different seasons were analyzed. The macroscopic and histological lesions were classified into 6 different patterns. The macroscopic classification was made according to capsular pattern, hepatic cut surface discoloration, and the presence of nodules. The histological classification was based on the distribution of fibrosis, the amount of megalocytes in 10 high magnification fields, and on bile duct proliferation. Pattern 1 was characterized by a whitish liver, diffuse fibrosis, severe bile duct proliferation, and discrete megalocytosis; pattern 2 was characterized by nodules consisting of groups of hepatocytes surrounded by fibrosis, severe bile duct proliferation, and discrete to mild megalocytosis; pattern 3 was characterized by a macro-nodular aspect to the cut surface with hepatic lobules surrounded by a thin septa of fibrous tissue, severe bile duct proliferation, and mild megalocytosis; pattern 4 was characterized by a non-nodular surface with marble aspect, mild to severe bile duct proliferation, and megalocytosis; pattern 5 was characterized by a non-nodular surface and bridging or diffuse fibrosis, mild megalocytosis, and severe bile duct proliferation; and pattern 6 was characterized by a non-nodular surface, severe megalocytosis, discrete bile duct proliferation, and incipient fibrosis of the portal system, central vein or among hepatocyte cords. The results of macroscopic and histological liver analysis showed that patterns 1, 2 and 4 were the most frequently observed. The results of this study demonstrated that the macroscopic lesion observed in Senecio poisoned cattle is variable. Histologically this variation is related to the amount and distribution of fibrosis, megalocytosis and bile duct proliferation observed in each liver. Age of the cattle, evolution period of poisoning and clinical signs did not interfere on the pattern of lesions observed. On the other hand, climatic conditions probably had influence on increased disease prevalence due to major availability of Senecio spp. plants.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Grecco F.B., Schild A.L., Soares M.P., Marcolongo-Pereira C., Estima-Silva P. & Sallis E.S.V. 2010. [Epidemiological aspects and hepatic lesions pattern in 35 outbreaks of Senecio spp. poisoning in cattle in southern Brazil.] Aspectos epidemiológicos e padrões de lesões hepáticas em 35 surtos de intoxicação por Senecio spp. em bovinos no sul do Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira 30(5):389-397. Laboratório Regional de Diagnóstico, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, Campus Universitário, Pelotas, RS 96010-900, Brazil. E-mail: alschild@terra.com.br O presente estudo teve como objetivo caracterizar os diferentes padrões morfológicos hepáticos em 59 fígados de bovinos intoxicados por Senecio spp. provenientes de 35 surtos observados na área de influência do Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (LRD) de 2000-2009, dos quais havia registro fotográfico das lesões macroscópicas, fazendo uma relação com as variações epidemiológicas observadas no período. Foram analisadas as variações climáticas referentes à precipitação pluviométrica e temperatura média nas diferentes estações do ano ocorridas neste intervalo de tempo. As alterações hepáticas macro e microscópicas foram agrupadas em padrões morfológicos semelhantes. Foi considerada como critérios de classificação macroscópica a coloração das superfícies capsular e de corte e a presença ou não de nódulos; e como critérios para a classificação histológica a quantidade e distribuição da fibrose, o número de megalócitos por campo de maior aumento, o grau estimado de proliferação de ductos biliares e a presença de hepatócitos vacuolizados. O Padrão 1 caracterizou-se por fígado esbranquiçado, fibrose difusa, acentuada proliferação de células de ductos biliares e megalocitose discreta; o Padrão 2 por presença de nódulos correspondentes a grupos de hepatócitos ou lóbulos hepáticos circundados por tecido conjuntivo fibroso, acentuada proliferação de células de ductos biliares e megalocitose de discreta a moderada; o Padrão 3 por superfície de corte com aspecto macronodular correspondente a lóbulos hepáticos circundados por delgado cordão de tecido conjuntivo, acentuada proliferação de ductos biliares e megalocitose moderada; o Padrão 4 por superfície sem nodulações e com aspecto marmorizado e histologicamente por fibrose em ponte, megalocitose e proliferação de células de ductos de moderadas a acentuadas; o Padrão 5 por superfície sem nodulações e microscopicamente por fibrose em ponte a difusa, megalocitose moderada e acentuada proliferação de células de ductos; e, o Padrão 6 por superfície sem nodulações e microscopicamente por megalocitose acentuada, proliferação de ductos discreta e fibrose em estágio inicial localizada nos espaços porta e veia centrolobular ou como colágeno imaturo entre os cordões de hepatócitos. Os resultados da análise macroscópica e histológica dos fígados dos bovinos demonstraram que os Padrões 1, 2 e 4 foram os mais frequentemente encontrados. Os resultados deste trabalho demonstram que a lesão hepática macroscópica que ocorre em bovinos intoxicados por Senecio spp. é variável e que histologicamente esta variação está relacionada à distribuição e a quantidade da fibrose, à quantidade de megalócitos e à proliferação biliar observadas em cada fígado. A idade dos animais, o tempo de evolução da intoxicação e os sinais clínicos não interferem nos padrões de lesões hepáticas encontradas. Por outro lado, as condições climáticas provavelmente tiveram influência no aumento da freqüência da doença devido ao aumento da disponibilidade da planta.


#12 - Etiological and epidemiological aspects of ulcerative posthitis of bulls

Abstract in English:

Aiming to test the hypothesis that ulcerative posthitis of bulls is an ammoniacal dermatitis produced in consequence of the urea hydrolysis by Corynebacterium renale, and to study the epidemiology of the disease, four experiments were developed. The first experiment was designed to determine the seasonal prevalence of the disease over an 18 month period. The rates were lower in spring and summer (10.4% and 28.3%), and higher in autumn and winter (60.9% and 74.9%) when the animals grazed on green pastures of ryegrass and oats. The second experiment involved 22 Charolais bulls divided in two groups of 11, maintained separately on native pastures. One group was supplemented with a ·ration containing 70% rice meal and 30% soybean meal. The prepuce of all animals was scarified and C. renale inocqlated. Sixty days post-inoculation, the prevalence ofulcerative posthitis was significantly higher (P< 0.01) in the supplemented group. ln the third experiment, C. renale was incoculated on the scarified prepuce of eigtht Hereford bulls, while another seven animals were only scarified. The two groups were kept in separa te native pastures. Thirty days post-incoculàtion the prevalence of ulcerative posthitis in the inoculated group was significantly higher (P < 0.01). The fourth experimente involved two groups of 14 Charlolais bulls, treated as in the third experiment: Ulcerative posthitis was produced in only one bull of the inoculated group. Results from experiments 1 and 2 demonstrated that the prevalence of the disease increased with better nutritional levels. Experiments 3 and 4, while demonstrating that C. renale can induce posthitis in bulls, did not confirm definitively the hypotesis that ulcerative posthitis is caused by the ammonia produced during urea hydrolization by C. renale.

Abstract in Portuguese:

Foram realizados 4 experimentos com o objetivo de estudar a epidemiologia e etiologia da postite ulcerativa dos touros, e comprovar a hipótese de que seria uma dermatite amoniacal causada em conseqüência da hidrólise da uréia pelo Corynebacterium renale. No primeiro experimento determinou-se a prevalência estacional da enfermidade, durante 1 ano e meio, observando-se que as mais baixas ocorreram na primavera e verão (10,44% e 28,26%) e as mais altas durante o autono e inverno (60,86% e 74,90%) quando os animais estavam em áreas com pastagens cultivadas de azevém e aveia. Em outro experimento, 22 touros Charolês foram separados em 2 grupos, sendo que um recebeu uma ração suplementar composta de 70% de farelo de arroz e 30% de farelo de soja. Todos os animais foram escarificados no prepúcio e inoculados com C. renale, permanecendo em 2 áreas similares de campo nativo. Sessenta dias após a inoculação a diferença de prevalência foi significativamente maior (P < 0,01) para o grupo suplementado. No terceiro experimento foram utilizados 15 touros Hereford, sendo que 8 foram escarificados no prepúcio e inoculados com C. renale e os restantes foram escarificados e permaneceram como controles. Os 2 grupos foram colocados em áreas separadas de campo nativo. Um mês após a inoculação a incidência da enfermidade foi significativamente maior (P < 0,01) para o grupo inoculado, sendo as lesões encontradas, similares às da postite ulcerativa. Em outro experimento similar ao anterior, utilizando-se 28 touros Charolês, não houve diferença significativa na prevalência da doença entre os 2 grupos, adoecendo apenas 1 animal do grupo inoculado. Os resultados dos experimentos 1 e 2 demonstraram que a prevalência da enfermidade aumenta com à melhora dos níveis nutricionais. Por outro lado os experimentos 3 e 4 apesar de demonstrarem que C renale é capaz de induzir lesões de postite não confirmaram definitivamente a hipótese de que a postite ulcerativa dos touros seja uma dermatite amoniacal causada pela hidrólise da uréia por C renale.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV