Abstract in English:
ABSTRACT.- Guimarães-Peixoto R.P.M., Souza V.K., Pinto P.S.A. & Santos T.O. 2012. [Distribution and identification of risk areas for bovine cysticercosis in the State of Paraná, Brazil.] Distribuição e identificação das regiões de risco para a cisticercose bovina no Estado do Paraná. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):975-979. Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Departamento de Veterinária, Universidade Federal de Viçosa, Av. PH Rolfs s/n, Viçosa, MG 36570-000, Brazil. E-mail: rafinhapaola@hotmail.com
Bovine cysticercosis is a problem of public and animal health highly spread in Brazil, which has negative repercussions in meat production in several states. This is one of the most common diseases occurring in the slaughterhouses under sanitary inspection, becoming a concern for cold stores and producers, because of the losses that it entails. Little is known about the distribution and evolution of the number of cases of bovine cysticercosis in the state of Paraná. Given the above, this work aimed to perform a retrospective survey on the occurrence of bovine cysticercosis, diagnosed by post-mortem examination by the Federal Inspection Service of the State of Paraná from 2004 to 2008; determine the distribution of cases in the state; identify the areas that most likely present cases of the disease, and analyze the economic loss of the state due to the condemnations for this parasitosis. It has been found a 2.23% prevalence of bovine cysticercosis in the state of Paraná. During the period analyzed, there was a statistically significant reduction (p<0.05) of the prevalence of bovine cysticercosis in the state. In the years 2004-2008, 29,708,550 kg of beef were condemned for cysticercosis, leading to economic losses. The state of Paraná is getting, through the deployment of the control program for the taeniasis-cysticercosis complex, a positive development since it got, during the analysis period, to reduce the prevalence of this parasite in cattle and, thus, reduce the economic losses.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Guimarães-Peixoto R.P.M., Souza V.K., Pinto P.S.A. & Santos T.O. 2012. [Distribution and identification of risk areas for bovine cysticercosis in the State of Paraná, Brazil.] Distribuição e identificação das regiões de risco para a cisticercose bovina no Estado do Paraná. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):975-979. Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Departamento de Veterinária, Universidade Federal de Viçosa, Av. PH Rolfs s/n, Viçosa, MG 36570-000, Brazil. E-mail: rafinhapaola@hotmail.com
A cisticercose bovina é um problema de saúde pública e animal amplamente difundido no Brasil, que repercute negativamente na produção de carne em diversos estados do país. Trata-se de uma das afecções mais ocorrentes nos abates sob inspeção sanitária tornando-se motivo de preocupação para frigoríficos e produtores, devido os prejuízos que acarreta. Pouco se conhece sobre a distribuição e a evolução do número de casos de cisticercose bovina no estado do Paraná. Diante do exposto este trabalho teve o objetivo realizar um levantamento retrospectivo sobre a ocorrência da cisticercose bovina, diagnosticada através do exame post-mortem pelo Serviço de Inspeção Federal do Estado do Paraná entre os anos de 2004 a 2008, além de determinar a distribuição dos casos no Estado, identificar as regiões com maiores chances de apresentarem casos da doença e analisar a perda econômica do Estado por conta das condenações por esta parasitose. Foi constatada prevalência de 2,23% cisticercose bovina no estado do Paraná. Durante o período analisado ocorreu uma redução estatisticamente significante (p<0,05) da prevalência de cisticercose bovina no estado. Nos anos de 2004-2008 foram condenadas 29.708.550 kg de carne bovina por cisticercose, acarretando prejuízos de ordem econômica. O estado do Paraná está conseguindo através da implantação do programa de controle do complexo teníase-cisticercose, uma evolução positiva já que conseguiu durante o período analisado diminuir a prevalência desta parasitose nos bovinos e consequentemente diminuir as perdas econômicas.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Teixeira W.T., Fonteque G.V., Ramos A.F., Mariante A.S., Egito A.A., Martins V.M.V., Saito M.E. & Fonteque J.H. 2012. Transfer of passive immunity and serum proteinogram in the first six months of life of Criollo Lageano and Black and White Holstein calves. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):980-986. Departamento de Medicina Veterinária, Centro de Ciências Agroveterinárias, Universidade do Estado de Santa Catarina, Av. Luiz de Camões 2090, Lages, SC 88520-000, Brazil. E-mail: fonteque@hotmail.com
The objective of this study was to evaluate and compare the transfer of passive immunity and the proteinogram in Criollo Lageano (CL) and Black and White Holstein (BWH) calves. Two groups were utilized with 13 Criollo Lageano and 10 BWH calves. Blood samples were collected for the measurement of total serum protein, electrophoresis of serum proteins, activity of the gamma glutamyl transferase, and concentration of IgG by the method of the zinc sulfate turbidity in periods between 24 and 36 hours of life, 15, 30, 60, 90, 120, 150 and 180 days. Statistical analysis was performed by ANOVA and Tukey test at 5% significance level, and correlations between variables were calculated. Variations of serum proteins followed a pattern of physiological behavior over the first six months of life and production of immunoglobulins was active earlier in BWH calves and slower in the Criollo Lageano, without causing any impact on their health. Gamma globulin in the first days of life (24-36h) was correlated with IgG (r=0.87 for CL and r=0.89 for BWH), PTS (r=0.91 for CL and r=0.92 for BWH), Glob (r=0.99 for CL and r=0.98 for BWH) and GGT (r=0.14 for CL and r=0.83 for BWH). It was concluded that there was no failure in the transfer of passive immunity in Criollo Lageano calves but this failure occurred in the BWH calves. IgG values estimated by the zinc sulfate turbidity and serum proteins were considered good indicators of the transfer of passive immunity in calves between 24 and 36 hours of life.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Teixeira W.T., Fonteque G.V., Ramos A.F., Mariante A.S., Egito A.A., Martins V.M.V., Saito M.E. & Fonteque J.H. 2012. Transfer of passive immunity and serum proteinogram in the first six months of life of Criollo Lageano and Black and White Holstein calves. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):980-986. Departamento de Medicina Veterinária, Centro de Ciências Agroveterinárias, Universidade do Estado de Santa Catarina, Av. Luiz de Camões 2090, Lages, SC 88520-000, Brazil. E-mail: fonteque@hotmail.com
O objetivo do presente trabalho foi verificar e comparar a transferência de imunidade passiva e o proteinograma em bezerros da raça Crioula Lageana (CL) e Holandesa Preta e Branca (HPB). Foram utilizados dois grupos sendo 13 bezerros da raça Crioula Lageana e 10 da raça HPB. Amostras de sangue foram colhidas para a mensuração da proteína sérica total, eletroforese das proteínas séricas, atividade da gama-glutamiltransferase e concentração de IgG pelo método de turvação pelo sulfato de zinco nos períodos entre 24 e 36 horas de vida, 15, 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias. A análise estatística foi realizada pelo teste de ANOVA e Tukey ao nível de 5% de significância, e correlações entre as variáveis. As variações das proteínas séricas obedeceram a um padrão de comportamento fisiológico ao longo dos seis primeiros meses de vida e a produção ativa de imunoglobulinas foi mais precoce nos bezerros da raça Holandesa e mais lenta nos da raça Crioula Lageana, sem provocar qualquer impacto sobre a saúde dos mesmos. A gamaglobulina no primeiro dia de vida (24-36h) correlacionou-se com a IgG (r=0,87 CL e r=0,89 HPB), PTS (r=0,91 CL e r=0,92 HPB), Glob (r=0,99 CL e r=0,98) e GGT (r=0,14 CL e r=0,83 HPB). Conclui-se que não houve falha na transferência de imunidade passiva nos bezerros da raça Crioula Lageana e falha na raça Holandesa Preta e Branca. Os valores de IgG estimados pelo método da turvação pelo sulfato de zinco e das proteínas séricas foram bons indicadores da transferência de imunidade passiva nos bezerros entre 24 e 36 horas de vida.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Leal J.S., Correa G.L.F., Dalto A.G.C., Boos G.S., Oliveira E.C., Bandarra P.M., Lopes R.F.F. & Driemeier D. 2012. [Use of third eyelid and rectal mucosa biopsies for diagnosis of sheep scrapie on a farm in Southern Brazil.] Utilização de biópsias da terceira pálpebra e mucosa retal em ovinos para diagnóstico de scrapie em uma propriedade da Região Sul do Brasil. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):990-994. Setor de Patologia Veterinária, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: davetpat@ufrgs.br
Scrapie, a form of transmissible spongiform encephalopathy (TSEs) is a fatal neurodegenerative disorder that affects sheep and goats. The disease is characterized by an accumulation of the abnormal prionic protein (PrPSc) in the encephalic and lymphoreticular tissues. This paper describes the use of anti-prionic protein immunohistochemical (IHC) procedure as a method of pre-clinical diagnosis of scrapie.The test was carried out in biopsied lymphoreticular tissues from third eyelid and rectal mucosa. Anti-prion protein monoclonal antibodies F89/160.1.5 and F99/97.6.1 were used. Scrapie diagnosis in lymphoreticular tissues through IHC was achieved when the samples had a minimum of three lymphoid follicles in well delimited germinal centre. Positive immunostaining was identified in 19 out of 318 samples of the third eyelid. Material sampled at post-mortem examination in 18 of these scrapie-positive sheep, which were previously verified by biopsy, and in 21 of its relatives, was confirmed with IHC tests. Positive immunostaining from rectal mucosa tissue was not observed. Third eyelid and tonsil were the organs with the larger amount of positive immunostaining (18/18 and 8/18 respectively) at post-mortem examination. None positive result was obtained along the 21 animals related to the positive ones, and none of the positive cases showed IHC labeling in the brain. The use of lymphoid tissues for scrapie diagnosis by IHC through biopsies showed to be a viable and efficient method for pre-clinical diagnostic.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Leal J.S., Correa G.L.F., Dalto A.G.C., Boos G.S., Oliveira E.C., Bandarra P.M., Lopes R.F.F. & Driemeier D. 2012. [Use of third eyelid and rectal mucosa biopsies for diagnosis of sheep scrapie on a farm in Southern Brazil.] Utilização de biópsias da terceira pálpebra e mucosa retal em ovinos para diagnóstico de scrapie em uma propriedade da Região Sul do Brasil. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):990-994. Setor de Patologia Veterinária, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: davetpat@ufrgs.br
Scrapie é uma encefalopatia espongiforme transmissível (EET) que causa lesões cerebrais degenerativas em ovinos e caprinos. Caracteriza-se pelo acúmulo, no tecido encefálico e linforreticular, da forma anormal da proteína priônica (PrPSc) que provoca a morte maciça de neurônios e células gliais, além de vacuolização intensa no tecido afetado. Esse trabalho descreve a utilização da técnica de imuno-histoquímica (IHQ) para proteína priônica em tecido linforreticular de biópsias de terceira pálpebra e mucosa retal, como método diagnóstico de scrapie em ovinos. Realizaram-se exames de IHQ para scrapie em amostras de uma propriedade de origem de um ovino com diagnóstico dessa enfermidade. Utilizaram-se anticorpos monoclonais antipríon para diagnóstico ante mortem pela técnica de IHQ. Nas 318 amostras de biópsias analisadas, encontrou-se 19 resultados positivos para PrPSc nos folículos de terceira pálpebra e não foi obtida marcação no tecido linfático de mucosa retal em nenhuma das amostras coletadas. Realizaram-se 18 necropsias dos animais positivos anteriormente por biópsia e 21 necropsias de ovinos parentes dos positivos de scrapie. Confirmou-se o resultado de scrapie pela IHQ após a necropsia dos animais positivos nas biópsias de terceira pálpebra. Nesses animais, os órgãos com maior número de cortes positivos foram a terceira pálpebra (18/18) e a tonsila (8/18). Nos ovinos com parentesco com os positivos, nenhum resultado de scrapie ocorreu. A utilização de tecidos linfoides no diagnóstico de scrapie por IHQ através de biópsias mostrou-se um método viável e eficaz para o diagnóstico pré-clínico.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Oliveira Filho R.B., Malta K.C., Oliveira J.M.B., Albuquerque P.P.F., Mota R.A., Assis Santana V.L., Alves L.C. & Pinheiro Jr J.W. 2012. [Epidemiological situation of Toxoplasma gondii infection in equids from Brejo Paraibano microregion, Brazil.] Situação epidemiológica da infecção por Toxoplasma gondii em equídeos na microrregião do Brejo Paraibano. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):995-1000. Laboratório de Doenças Infecto Contagiosas, Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Av. Bom Pastor s/n, Boa Vista, Garanhuns, PE 55296-901. E-mail: jrwilton@uag.ufrpe.br
The objective of the study was to characterize the epidemiological situation of Toxoplasma gondii infection in equids from Brejo Paraibano microregion, Northeastern Brazil. Antibodies against T. gondii were investigated in samples of 257 equids (204 horses, 46 mules and seven donkeys) in 26 properties. For serological diagnosis was used the Indirect Fluorescent Antibody Test (IFAT) and a cut-off of 1:64. The number of foci was found to be 46.1%. In the samples analyzed, the overall prevalence was 7.8% (C.I. 4.8-8.8). The prevalence was 8.3% (C.I. 4.9-13.0) for horses, 2.2% (C.I. 0.1-11.5) for mules and 28.6% (C.I. 3.7-71.0) among donkeys. Logistic regression of the variables showed that the water source was a risk factor, because in those properties that supplied running water to the animals the risk of infection was 4.4 times higher than in those properties which provided standing water (OR 4.4; C.I. 1.0-19.0). This is the first report of the presence of antibodies against T. gondii in equids in this micro-region of Paraiba State. To reduce the risk of infection in these species, good quality water should be given to the animals, as well as access of cats to water sources and facilities where animals are kept must be avoided.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Oliveira Filho R.B., Malta K.C., Oliveira J.M.B., Albuquerque P.P.F., Mota R.A., Assis Santana V.L., Alves L.C. & Pinheiro Jr J.W. 2012. [Epidemiological situation of Toxoplasma gondii infection in equids from Brejo Paraibano microregion, Brazil.] Situação epidemiológica da infecção por Toxoplasma gondii em equídeos na microrregião do Brejo Paraibano. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):995-1000. Laboratório de Doenças Infecto Contagiosas, Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Av. Bom Pastor s/n, Boa Vista, Garanhuns, PE 55296-901. E-mail: jrwilton@uag.ufrpe.br
Objetivou-se com o estudo caracterizar a situação epidemiológica da infecção por Toxoplasma gondii em equídeos na microrregião do Brejo Paraibano, região Nordeste do Brasil. Anticorpos contra T. gondii foram pesquisados em 257 amostras de equídeos (204 equinos, 46 muares e sete asininos) em 26 propriedades. Para o diagnóstico sorológico utilizou-se a Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e um ponto de corte de 1:64. O número de focos encontrado foi de 46,1%. Nas amostras analisadas, a prevalência geral foi de 7,8% (I.C. 4,8-8,8). A prevalência foi de 8,3% (I.C. 4,9-13,0) para os equinos, 2,2% (I.C. 0,1-11,5) para os muares e 28,6% (I.C. 3,7-71,0) entre os asininos. Na regressão logística das variáveis observou-se que a fonte de água foi um fator de risco, pois naquelas propriedades que forneciam água corrente para os animais o risco de infecção foi 4,4 vezes maior do que naquelas propriedades que forneciam água parada (OR 4,4; I.C. 1,0-19,0). Este é o primeiro relato da presença de anticorpos contra T. gondii em equídeos nessa microrregião do estado da Paraíba. Para diminuir os riscos de infecção nestas espécies, deve-se fornecer aos animais uma água de boa qualidade, bem como evitar acesso de gatos a fontes de água e instalações onde os animais são mantidos.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Albernaz R.M., Basile R.C., Dias D.P.M., Gomide L.M.W., Milaré, A.S., Bernardi N.S., Queiroz Neto A. & Lacerda Neto J.C. 2012. Corrective shoeing in horses: Analysis of the adaptation period to the new condition imposed. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1001-1004. Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Via de Acesso Prof. Dr. Paulo Donato Castellane s/n, Jaboticabal, SP 14884-900, Brazil. E-mail: raquel_albernaz@hotmail.com
Corrective shoeing is a method commonly used to alter the locomotion pattern in animals or as therapy for various disorders of the locomotive system of horses. However, to date, there have been no scientific studies discussing the period during which animals adapt to this type of intervention. The goal of this study was to evaluate the horseshoe adaptation period with the toe or heel elevated by six degrees at 0, 48, and 96 hours after each type of shoeing. For this analysis, the horses were recorded while walking on a treadmill. Stride length and gait qualitative analyzes were performed using Dvideow software. The level of significance adopted was 5%. In the present study, there was no significant difference between the evaluation times; elevating the toe or heel by six degrees do not generates discomfort during locomotion, therefore, horses are able to return to a regular exercise or training routine immediately after shoeing.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Albernaz R.M., Basile R.C., Dias D.P.M., Gomide L.M.W., Milaré, A.S., Bernardi N.S., Queiroz Neto A. & Lacerda Neto J.C. 2012. Corrective shoeing in horses: Analysis of the adaptation period to the new condition imposed. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1001-1004. Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Via de Acesso Prof. Dr. Paulo Donato Castellane s/n, Jaboticabal, SP 14884-900, Brazil. E-mail: raquel_albernaz@hotmail.com
O ferrageamento corretivo é um método comumente utilizado para alterar o padrão do andamento dos animais, assim como na terapêutica de diversas afecções do sistema locomotor dos equinos. No entanto, não existem, até o momento, estudos científicos que revelem o período de adaptação do andamento dos animais a este tipo de intervenção. O objetivo deste estudo foi avaliar o período de adaptação à ferraduras com elevação em seis graus da pinça ou talões em equinos caminhando em esteira rolante. O período de adaptação à ferradura foi avaliado nos tempos 0, 48 e 96 horas após cada tipo de ferrageamento proposto. Os animais foram gravados caminhando em esteira rolante. O comprimento da passada e a análise qualitativa do andamento foram realizados com o auxílio do programa Dvideow. O nível de significância adotado foi de 5%. No presente estudo, não houve diferença significativa entre os dias avaliados, a elevação em seis graus da pinça ou talões não gerou desconforto durante a passada, portanto, os animais podem retornar às atividades regulares de exercício e treinamento imediatamente após o ferrageamento.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Souza M.E., Porto W.J.N., Albuquerque P.P.F., Souza Neto O.L., Faria E.B., Pinheiro Júnior J.W. & Mota R.A. 2012. Seroprevalence and risk factors associated with infection by Neospora caninum of dairy cattle in the state of Alagoas, Brazil. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1009-1013. Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Recife, PE 52171-900, Brazil. E-mail: rinaldo.mota@hotmail.com
The objective of this study was to investigate the prevalence of anti-Neospora caninum antibodies in cattle from milk producing farms of the microregion of Batalha, state of Alagoas, Brazil, as well as to identify the risk factors associated with the infection. Blood samples were collected from 1,004 cattle of 17 farms for the serological investigation regarding the presence of anti-N. caninum antibodies by the Indirect Immunofluorescence Reaction Technique (IMRT). From the total amount of samples analyzed, 77/1,004 (7.67%) were positive and 927/1,004 (92.33%) were negative. The logistical regression identified that cattle from farms without consortium breeding have an infection risk 6.33 (p<0.001; C.I. 2.89-13.10) times higher than cattle from farms with that type of breeding. Cattle from farms where the aborted fetuses are not adequately buried have an infection risk 3.04 (p<0.001; C.I. 1.64-5.63) times higher than cattle from farms with adequate destination of these fetuses. Infection by N. caninum occurs in cattle of the investigated region. The factors identified in our study can be used as risk indicators, so that control measures could be implemented to avoid infection by N. caninum in the herds of this region.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Souza M.E., Porto W.J.N., Albuquerque P.P.F., Souza Neto O.L., Faria E.B., Pinheiro Júnior J.W. & Mota R.A. 2012. Seroprevalence and risk factors associated with infection by Neospora caninum of dairy cattle in the state of Alagoas, Brazil. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1009-1013. Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Recife, PE 52171-900, Brazil. E-mail: rinaldo.mota@hotmail.com
Objetivou-se com este estudo investigar a prevalência de anticorpos anti-Neospora caninum em bovinos procedentes de propriedades leiteiras da microrregião Batalha, Estado de Alagoas, Brasil, além de identificar os fatores de risco associados à infecção. Foram coletadas amostras de sangue de 1004 bovinos procedentes de 17 propriedades para investigação sorológica quanto à presença de anticorpos anti-N. caninum através do teste de Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI). Do total das amostras analisadas, 77/1004 (7,67%) foram positivas e 927/1004 (92,33%) foram negativas. A regressão logística identificou que animais de propriedades sem criação consorciada têm risco 6,33 (p<0,001; I.C. 2,89-13,10) vezes maior de infecção do que animais de propriedades onde ocorre esse tipo de criação. Animais de propriedades onde os fetos abortados não são adequadamente enterrados têm risco 3,04 (p<0,001; I.C. 1,64-5,63) vezes maior de infecção do que animais de propriedades onde é feito o destino adequado dos mesmos. A infecção por N. caninum ocorre em bovinos na região estudada. Os fatores identificados neste estudo podem servir como indicadores de risco para que sejam implantadas medidas de controle para evitar a infecção por N. caninum nos rebanhos dessa região.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Medeiros M.A., Riet-Correa F., Pessoa A.F.A., Pessoa M.C.R., Batista J.A., Dantas A.F.M., Miranda Neto E.G. & Medeiros R.M.T. 2012. [Use of Prosopis juliflora pods as food for cattle and horses.] Utilização de vagens de Prosopis juliflora na alimentação de ruminantes e equinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1014-1016. Hospital Veterinário, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, PB 58708-110, Brazil. E-mail: rmtmed@uol.com
The ingestion of pods of Prosopis juliflora causes nervous signs in cattle due to lesions in the trigeminal nuclei, and colics in horses due to the formation of phytobezoars in the gut. The objective of this research was to study the toxicity for of P. juliflora pods in horses, and to establish if 30% of pods in the feed are not toxic for cattle. Three experiments were performed. In Experiment 1, two steers were fed, during one year, with food containing 30% of P. juliflora pods. None of the experimental animals showed nervous signs. In Experiment 2, two horses received pods of P. juliflora in amount equivalent to 1% of their bw during four months. For other 3 months this amount was increased to 1.5% bw. In Experiment 3, two horses received P. juliflora pods ad libitum during 30 days. None of the horses showed nervous signs or colic due to the presence of phytobezoars in the gut. These results suggest that P. juliflora pods, despite their toxicity, can be used to feed cattle at concentrations of 30% of the food during one year. There are no restrictions for the use of P. juliflora pods in horses in confined or semi-confined systems, but it is not recommended to maintain equidae grazing in areas where P. juliflora is fructificating. It is suggested that there is a loss in the capacity of the pods to form phytobezoars after harvesting. Cattle may be kept in areas invaded by P. juliflora, during fructification, for no more than 30 days.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Medeiros M.A., Riet-Correa F., Pessoa A.F.A., Pessoa M.C.R., Batista J.A., Dantas A.F.M., Miranda Neto E.G. & Medeiros R.M.T. 2012. [Use of Prosopis juliflora pods as food for cattle and horses.] Utilização de vagens de Prosopis juliflora na alimentação de ruminantes e equinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1014-1016. Hospital Veterinário, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, PB 58708-110, Brazil. E-mail: rmtmed@uol.com
As vagens de Prosopis juliflora (algaroba) causam sinais nervosos em bovinos, devidos a lesões no núcleo motor do trigêmeo, e cólicas em cavalos devidos à formação de fitobezoários no intestino. O presente trabalho objetivou estudar a toxicidade das vagens de P. juliflora para equinos e comprovar que a utilização 30% de vagens adicionadas na ração de bovinos não causa intoxicação. Para isso foram realizados três experimentos. No Experimento 1, dois bovinos ingeriram, durante um ano, vagens de algaroba, em quantidade equivalente a 30% do total da matéria seca ingerida. Nenhum animal experimental apresentou sinais nervosos. No Experimento 2, dois cavalos receberam vagens em quantidade equivalente a 1% do peso corporal (pc) durante quatro meses e em quantidade equivalente a 1,5% do pc durante outros três meses. No experimento 3, dois equinos receberam vagens ad libitum, durante um mês. Em nenhum dos equinos foram observados sinais nervosos nem cólicas devidas à formação de fitobezoários. Esses resultados sugerem que as vagens de algoraba, apesar de sua toxicidade, podem ser utilizadas na alimentação de bovinos em confinamento ou semi-confinamento, nas concentrações de 30% da alimentação por períodos de até um ano. Não há restrições para a administração de vagens de algaroba em equinos confinados; no entanto, permanecem as restrições para o pastejo de equídeos em áreas invadidas por algaroba. Sugere-se que as vagens perdem a sua capacidade de formar fitobezoários em consequência do armazenamento. Bovinos não devem permanecer em áreas invadidas por P. juliflora, quando a planta está frutificando, por mais de 30 dias.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Bandarra P.M., Oliveira L.G., Dalto A.G., Boabaid F.M., Juffo G., Riet-Correa F., Driemeier D. & Cruz C.E.F. 2012. Sheep production as a Senecio spp. control tool. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1017-1022. Setor de Patologia Veterinária, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: claudio.cruz@ufrgs.br
Since poisoning by Senecio spp. is one of the main causes of cattle death in southern Brazil, control of these plants is a priority for the local livestock production. After the pasture has been mowed, grazing by 16 sheep was efficient for controlling Senecio brasiliensis and Senecio madagascariensis populations in a 5.5-hectare area that had long been severely infested with these species. A total of 28,629 plants among S. brasiliensis (flower-of-souls, 10,122) and S. madagascariensis (fireweed, 18,507) were almost completely eliminated in a two-year period. The number of sheep was kept at 3.0 stock units/ha, but a variable number of cattle were temporarily stocked according to pasture availability. The major sanitary practice applied to the sheep was anthelmintic administration. Liver biopsies taken from sheep and cattle before and after experimental period didn’t reveal any change associable with seneciosis. The performance levels of the sheep were comparable to those observed in flocks managed under traditional extensive grazing systems in southern Brazil.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Bandarra P.M., Oliveira L.G., Dalto A.G., Boabaid F.M., Juffo G., Riet-Correa F., Driemeier D. & Cruz C.E.F. 2012. Sheep production as a Senecio spp. control tool. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1017-1022. Setor de Patologia Veterinária, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: claudio.cruz@ufrgs.br
As intoxicações por Senecio spp. estão entre as principais causas de morte de bovinos no sul do Brasil; portanto, o controle dessas plantas é prioridade para a pecuária local. Depois de uma roçada, o pastejo por 16 ovinos controlou, eficientemente, populações de Senecio brasiliensis e Senecio madagascariensis em uma área de 5,5 hectares, a qual havia se mantido, por oito anos consecutivos, severamente, infestada por essas espécies. Um total de 28.629 plantas, entre S. brasiliensis (10.122) e S. madagascariensis (18.507) foi, virtualmente, eliminado em um período de dois anos. O número de ovelhas foi mantido em três unidades / hectare, mas variáveis lotações de bovinos foram associadas com a disponibilidade de forragem. As principais práticas de manejo sanitário aplicadas aos ovinos foram administrações de anti-helmínticos. Biópsias hepáticas, colhidas antes e após o período de estudo, não revelaram qualquer alteração associável com seneciose. Os níveis de desempenho dos ovinos foram comparáveis aos observados em rebanhos manejados em sistemas extensivos tradicionais no sul do Brasil.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Caldas A.A., Brito M.F., Prado J.S., Yamasaki E.M., Veronezi L., Jönck F., Maia D.S. & Tokarnia C.H. 2012. [Experimental poisoning by Metternichia princeps (Solanaceae) in sheep and cattle.] Intoxicação experimental por Metternichia princeps (Solanaceae) em bovinos e ovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1023-1029. Projeto Sanidade Animal Embrapa/UFRRJ, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: tokarnia@ufrrj.br
Metternichia princeps, had been shown responsible for deaths of goats on a farm in Itaguaí county, state of Rio de Janeiro. Its toxicity was proved by experiments in goats and rabbits. In the present study sheep and cattle were shown also to be sensitive to poisoning by the leaves of M. princeps. The lowest lethal dose was 10g/kg for sheep, and 20g/kg for cattle. The clinical signs of the poisoning were little specific. The course of the experimental poisoning varied from 6h4min to 99h in sheep, and from 4h46min to 75h30min in cattle. The most important findings at postmortem examination in the experimental animals were excessive cavitary fluid accumulation and edemas, especially of the perirenal tissue (present in 4 of 6 sheep, and in 2 of 3 cattle). The most important microscopic lesion was coagulative necrosis of the uriniferous tubules in the renal cortex (found in 8 of 9 cattle, except in one in which the course of poisoning was very short, but in all 6 sheep). In 5 of 6 sheep a diffuse swelling of the hepatocytes was found, a change not seen in cattle.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Caldas A.A., Brito M.F., Prado J.S., Yamasaki E.M., Veronezi L., Jönck F., Maia D.S. & Tokarnia C.H. 2012. [Experimental poisoning by Metternichia princeps (Solanaceae) in sheep and cattle.] Intoxicação experimental por Metternichia princeps (Solanaceae) em bovinos e ovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1023-1029. Projeto Sanidade Animal Embrapa/UFRRJ, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: tokarnia@ufrrj.br
Metternichia princeps foi responsabilizada pelas mortes que ocorreram em caprinos em uma criação de cabras no município de Itaguaí, estado do Rio de Janeiro; comprovou-se sua toxidez em caprinos e em coelhos. No presente estudo os ovinos e bovinos também foram sensíveis à intoxicação pelas folhas de M. princeps. A menor dose que causou a morte dos ovinos foi 10g/kg e dos bovinos foi 20g/kg. A sintomatologia nas duas espécies foi pouco específica; a evolução da intoxicação experimental nos ovinos variou de 6h4min a 99h e nos bovinos foi de 4h46min a 75h30min. Nos achados de necropsia destacaram-se derrames cavitários e edemas, especialmente no tecido perirrenal (presente em 4 de 6 dos ovinos e em 2 de 3 bovinos). Muito características foram as alterações renais, sob forma de necrose coagulativa dos túbulos uriníferos no córtex renal (encontrada em 8 dos 9 bovinos, exceto em um, no qual a evolução da intoxicação foi muito breve, e em todos os 6 ovinos). Em 5 dos 6 ovinos foi constatada, adicionalmente, lesão hepática sob forma de uma tumefação difusa de todos os hepatócitos, alteração que não foi verificada nos bovinos.
Abstract in English:
ABSTRACT.- De Marco V., Silva R.M.T., Karamm M.A., Florio J.C. & Lorigrados C.A.B. 2012. [L-levothyroxine therapeutic dosage evaluation in dogs with primary hypothyroidism.] Avaliação terapêutica e posológica da levotiroxina sódica em cães com hipotiroidismo primário adquirido. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1030-1036. Setor de Clínica Médica, Hospital Veterinário, Faculdade de Veterinária, Universidade Santo Amaro, Rua José Portolano 57, Jardim das Imbuias, São Paulo, SP 04829-300, Brazil. E-mail: vivianidemarco@terra.com.br
The acquired primary hypothyroidism is a frequently diagnosed endocrinopathy in dogs. The therapy constitutes in oral supplementation with sodium levothyroxine (L-thyroxine), however various therapeutic protocols have been proposed in the literature, with doses ranging from11 to 44mg/kg once or twice a day, since L-thyroxine has a great variability of absorption and plasma half life. We studied 30 dogs with primary hypothyroidism (13 males and 17 females, mean age 7.9±1.9 years and mean weight of 19.1±12.6 kg), in order to evaluate the dose and frequency of administration of L-thyroxine used more often able to secure a satisfactory therapeutic control as measured by clinical signs and test post-pill, and to correlate the amount of thyroxine employed with the animals’ weight. The mean dose of thyroxine used in our study was 16.9±3.1mg/kg, and the frequency of administration every 12 hours in 50% of cases. To investigate a possible correlation between weight and dose of thyroxine used, since small dogs have a higher metabolic rate than large dogs, the animals were grouped in Group A, dogs weighing ≤10 kg (n=12/30, 7.7±2.1 kg) and group B, dogs weighing> 10 kg (n=18/30, 26.8±10.7 kg). The mean dose of thyroxine used in groups A and B did not differ significantly and were respectively 16±3mg/kg and 17±3mg/kg. The frequency of administration was 50% every 24 hours and 50% every 12 hours for both groups. Thus, the dose of thyroxine does not seem to correlate with the weight of the animal being unpredictable who should receive the highest dose and frequency of the medication. The protocol should be individualized and the patient adequately monitored.
Abstract in Portuguese:
ABSTRACT.- De Marco V., Silva R.M.T., Karamm M.A., Florio J.C. & Lorigrados C.A.B. 2012. [L-levothyroxine therapeutic dosage evaluation in dogs with primary hypothyroidism.] Avaliação terapêutica e posológica da levotiroxina sódica em cães com hipotiroidismo primário adquirido. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1030-1036. Setor de Clínica Médica, Hospital Veterinário, Faculdade de Veterinária, Universidade Santo Amaro, Rua José Portolano 57, Jardim das Imbuias, São Paulo, SP 04829-300, Brazil. E-mail: vivianidemarco@terra.com.br
O hipotireoidismo primário adquirido é uma endocrinopatia frequentemente diagnosticada na espécie canina. A terapia consiste na suplementação oral com levotiroxina sódica (L-tiroxina), no entanto vários protocolos terapêuticos têm sido propostos pela literatura, com doses variando 11 a 44µg/kg uma a duas vezes ao dia, visto à grande variabilidade de absorção e meia-vida plasmática do fármaco. Foram estudados 30 cães com hipotiroidismo primário adquirido (13 machos e 17 fêmeas, idade média de 7,9±1,9 anos e peso médio de 19,1±12,6 kg) atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Guarulhos (UnG) e no Serviço de Endocrinologia de duas clínicas particulares da cidade de São Paulo (2009-2011), com o objetivo de avaliar a posologia e a frequência de administração da L-tiroxina, mais frequentemente utilizada, capaz de garantir um controle terapêutico satisfatório, avaliado através dos sinais clínicos e do teste pós-tiroxina, além de correlacionar a dose de tiroxina empregada com o peso dos animais. A dose média de tiroxina utilizada em nossa casuística foi de 16,9±3,1µg/kg, sendo a frequência de administração a cada 12 horas em 50% dos casos. Para se investigar uma possível correlação entre o peso e a dosagem de tiroxina utilizada, uma vez que cães de pequeno porte apresentam maior taxa metabólica que cães de grande porte, os animais foram agrupados em grupo A, cães com peso ≤10 Kg (n=12/30; 7,7±2,1 kg) e grupo B, cães com peso >10 kg (n=18/30, 26,8±10,7 kg). A dose média de tiroxina empregada nos grupos A e B não apresentaram diferença estatística e foram, respectivamente, 16±3µg/kg e 17±3µg/kg. A frequência de administração foi 50% a cada 24 horas e 50% a cada 12 horas para ambos os grupos. Dessa forma, a dose de tiroxina não parece se correlacionar com o peso do animal, sendo imprevisível quem deverá receber dose e frequência máxima da medicação. O protocolo deve ser individualizado e o paciente devidamente monitorado.