Abstract in English:
ABSTRACT.- Kokubun H.S., Esper G.V.Z., Franciolli A.L.R., Silva F.M.O., Rici R.E.G. & Miglino M.A. 2012. [Histological and comparative analysis of lingual papillae of the deer Mazama americana and Mazama gouzoubira by light and scanning electron microscopy.] Estudo histológico e comparativo das papilas linguais dos cervídeos Mazama americana e Mazama gouzoubira por microscopia de luz e eletrônica de varredura. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1061-1066. Setor de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Orlando Marques de Paiva 87, São Paulo, SP 05508-270, Brazil. E-mail: greyson@usp.br
The type of feeding is dependent on the environment in which the animal lives, fact that’s responsible for changes in morphology such as stratification, level of keratinization and functionality. Among the functional morphological structures of the tongue the papillae are worth mentioning due to their close relation to the diet. Two Cervidae species were used, five Mazama gouazoubira and two Mazama americana. Their tongues were divided into three parts, apex, body and root, and comparatively analyzed by light and scanning electron microscopy. The filiform, fungiform and vallate papillae were present in the two species’ tongue and presented the same distribution, differing only in the quantity of vallate papillae on the root of the tongue, fact that might be related to the diet. Moreover, their distribution resembles that of other herbivore species.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Kokubun H.S., Esper G.V.Z., Franciolli A.L.R., Silva F.M.O., Rici R.E.G. & Miglino M.A. 2012. [Histological and comparative analysis of lingual papillae of the deer Mazama americana and Mazama gouzoubira by light and scanning electron microscopy.] Estudo histológico e comparativo das papilas linguais dos cervídeos Mazama americana e Mazama gouzoubira por microscopia de luz e eletrônica de varredura. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(10):1061-1066. Setor de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Orlando Marques de Paiva 87, São Paulo, SP 05508-270, Brazil. E-mail: greyson@usp.br
O tipo de alimentação depende do ambiente em que o animal se encontra, sendo este um fator responsável pela alteração da morfologia, como a estratificação e o nível de queratinização da língua, e a funcionalidade da mesma. Dentre as estruturas morfológicas funcionais da língua, as papilas vêm merecendo destaque devido a sua estreita relação com a dieta. Foram utilizadas duas espécies de cervídeos: cinco Mazama gouazoubira e duas Mazama americana, dividindo-se a língua em três partes: ápice, corpo e raiz. Analisou comparativamente a língua de duas espécies por meio de microscopia de luz e eletrônica de varredura. As papilas filiforme, fungiforme e valada apresentaram na língua das duas espécies estudadas, e com a mesma distribuição, mudando apenas a quantidade e formato de papilas filiformes no ápice lingual e a quantidade e disposição das papilas valadas na raiz da língua, fator este que pode ser ligado à dieta dos animais. . Além disto, sua distribuição é semelhante à de outras espécies de herbívoros.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Laskoski L.M.,Valadão C.A.A., Vasconcelos R.O., Faleiros R.R., Mendes H.M.F., Ferrucci D., Silva J.A.F. & Machado D.D.R.S. 2012. [Neutrophil gelatinase associated lipocalin (NGAL) and calprotectin in equine laminar tissue after jejunal obstruction, treated or not with hidrocortisone.] Lipocalina associada à gelatinase de neutrófilos (NGAL) e calprotectina no tecido laminar de equinos após obstrução jejunal, tratados ou não com hidrocortisona. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):817-823. Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Prof. Paulo Donato Castellane s/n, Jaboticabal, SP 14884-900, Brazil. E-mail: luciane-laskoski@hotmail.com
Laminitis is a severe hoof condition in horses that may cause intense suffering. In this study, leukocyte infiltration in hoof laminar tissue was investigated in horses subject to intestinal obstruction using immunohistochemistry to detect calprotectin, and zymography to detect neutrophil gelatinase associated lipocalin (NGAL). There were four groups: the Control Group (Gc), with seven horses, without surgical procedures; the Sham-operated Group (Gi), with five horses that were subjected to surgical procedure without intestinal obstruction; the No Treat group (Gnt), with four horses subjected to intestinal obstruction (jejunal distention using an intraluminal balloon) without treatment; and Treated group (Gt), with four horses subjected to intestinal obstruction and treated with hydrocortisone. Positive calprotectin imunostaining was detected in all experimental groups, with increase cell counts in horses of the distended group compared with the control group. NGAL expression was increased in Gd compared with Gc e Gi. The Gt did not differ from the others. In conclusion, small intestine distension can promote leukocyte infiltration in equine hoof laminar tissue, and NGAL zymography was considered a useful method for leukocyte tissue detection in horses. New studies will be conducted to verify the possible beneficial anti-inflammatory effects of hydrocortisone in hoof of horses with intestinal obstruction.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Laskoski L.M.,Valadão C.A.A., Vasconcelos R.O., Faleiros R.R., Mendes H.M.F., Ferrucci D., Silva J.A.F. & Machado D.D.R.S. 2012. [Neutrophil gelatinase associated lipocalin (NGAL) and calprotectin in equine laminar tissue after jejunal obstruction, treated or not with hidrocortisone.] Lipocalina associada à gelatinase de neutrófilos (NGAL) e calprotectina no tecido laminar de equinos após obstrução jejunal, tratados ou não com hidrocortisona. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):817-823. Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Prof. Paulo Donato Castellane s/n, Jaboticabal, SP 14884-900, Brazil. E-mail: luciane-laskoski@hotmail.com
A laminite é uma doença podal grave que acomete os equídeos, sendo responsável por intenso sofrimento. Neste estudo foram pesquisadas a presença de calprotectina por meio da imunoistoquímica, e de lipocalina associada à gelatinase de neutrófilos (NGAL), por zimografia, no tecido laminar do casco de equinos após obstrução intestinal. Os animais foram divididos em quatro grupos: Grupo controle (Gc), contendo sete animais normais, sem procedimento cirúrgico; Grupo Instrumentado (Gi), contendo cinco animais, os quais passaram por todo o procedimento cirúrgico sem sofrerem obstrução intestinal; Grupo Não Tratado (Gnt), contendo quatro equinos submetidos a obstrução intestinal do jejuno por distensão de balão intraluminal, sem tratamento; e Grupo Tratado (Gt), contendo quatro equinos submetidos a obstrução intestinal, e tratados preventivamente com hidrocortisona. Houve imunomarcação de calprotectina em todos os grupos experimentais, com aumento nos equinos do grupo distendido em relação ao Gc. Com relação ao NGAL, houve aumento também do Gnt e do Gi em relação ao Gc. O Gt não diferiu dos demais. Conclui-se que a distensão do intestino delgado pode promover acúmulos de leucócitos nos cascos de equinos e que o NGAL é um método viável para se detectar infiltração neutrofílica em equinos. Novos estudos deverão ser realizados para se verificar possível benefício anti-inflamatório da hidrocortisona no casco de equinos com obstrução intestinal.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Lopes C.T.A., Tokarnia C.H., Brito M.F. Sousa M.G.S., Oliveira C.M.C., Silva N.S., Lima D.H.S. & Barbosa J.D. 2012. [Clinical and pathological aspects of experimental crotalic envenoming in horses.] Aspectos clínico-patológicos e laboratoriais do envenenamento crotálico experimental em equinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):843-849. Central de Diagnóstico Veterinário, Universidade Federal do Pará, Rua Maximino Porpino da Silva 1000, Pirapora, Castanhal, PA 68743-080, Brazil. E-mail: cinthiatal@gmail.com
The clinic-pathological picture and laboratory findings in horses experimentally inoculated with the venom of Caudisona durissa terrificus (Crotalus durissus terrificus, according to the former nomenclature) are described. The purpose of this study was to contribute to the understanding of this type of snake accident in horses. The lyophilized venom was diluted into 1ml of a 0.9% saline solution and was inoculated subcutaneously into five horses, at the doses of 0.12mg/kg (one horse), 0.066mg/kg (two horses) and 0.03mg/kg (two horses). The venom caused death of the horse that had received 0.12mg/kg, and of one horse of the two that had received the dose of 0.066mg/kg. The clinical course varied from 27h27min to 52h29min. The second horse inoculated with 0.066mg/kg recovered within 12 days after inoculation. The dose of 0.03mg/kg had a course of 6 to 10 days, but did not cause fatal envenomation. The clinical picture in the horses was characterized by swelling of the inoculation site (shoulder) that spread to the whole leg, by apathy and lowered head, locomotory alterations shown by dragging of the hoves on the ground, decubitus and difficulty to get up, reduction of auricular, palatal, upperlip and threat reflexes, and increase of heart and breathing frequency. The laboratory examination revealed leukocytosis and lymphocytosis in two horses. There was increase of the creatine-kinase (CK), lactic dehydrogenase (DHL) and urea, and reduction in the seric levels of calcium, phosphorus and magnesium. The activated partial tromboplastina time (TTPA) increased in the horses that died. Postmortem findings were edema of the subcutaneous tissue of the whole leg into which the venom was inoculated, suffusions in the epicard of left and right heart ventricles, and bladder with hemorrhagic areas in its mucosa. Histopatologic examination revealed the liver parenchyma with diffuse moderate vacuolation affecting predominantly the intermediate area of the hepatic lobe, and slight dilation of the sinusoides in some areas, and slight dilation of the kidney tubules mainly in the cortex.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Lopes C.T.A., Tokarnia C.H., Brito M.F. Sousa M.G.S., Oliveira C.M.C., Silva N.S., Lima D.H.S. & Barbosa J.D. 2012. [Clinical and pathological aspects of experimental crotalic envenoming in horses.] Aspectos clínico-patológicos e laboratoriais do envenenamento crotálico experimental em equinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):843-849. Central de Diagnóstico Veterinário, Universidade Federal do Pará, Rua Maximino Porpino da Silva 1000, Pirapora, Castanhal, PA 68743-080, Brazil. E-mail: cinthiatal@gmail.com
Descrevem-se os quadros clínico-patológicos e laboratoriais de equinos inoculados experimentalmente com a peçonha de Caudisona durissa terrificus (Crotalus durissus terrificus na antiga nomenclatura), com a finalidade de fornecer subsídios que favoreçam a compreensão desse tipo de acidente ofídico em equinos. O veneno liofilizado foi diluído em 1ml de solução salina a 0,9% e inoculado por via subcutânea em cinco equinos, nas doses de 0,12mg/kg (um animal), 0,066mg/kg (dois animais) e 0,03mg/kg (dois animais). O veneno causou a morte do equino que recebeu a dose de 0,12mg/kg e de um dos dois que receberam a dose de 0,066mg/kg, com evolução de 27h27min e 52h29min, respectivamente. O segundo animal que recebeu a dose de 0,066mg/kg também adoeceu, mas recuperou-se após 12 dias da inoculação. A dose de 0,03mg/kg determinou quadros não fatais do envenenamento, com período de evolução que variou entre 6 e 10 dias. O quadro clínico caracterizou-se por considerável aumento de volume no local de inoculação (escápula) que se estendeu por todo o membro, apatia e cabeça baixa, alterações locomotoras evidenciadas pelo arrastar das pinças no solo, decúbito e dificuldade para levantar, redução dos reflexos auricular, palatal, do lábio superior e de ameaça, e aumento das frequências cardíaca e respiratória. Os exames laboratoriais revelaram leucocitose por neutrofilia e linfocitose em apenas dois animais. Houve aumento das enzimas creatina quinase (CK), dehidrogenase láctica (DHL) e da ureia, e também redução nos níveis séricos de cálcio, fósforo e magnésio. O tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) aumentou nos equinos que morreram. Os achados de necropsia foram edema do tecido subcutâneo em todo o membro em que foi aplicado o veneno, sufusões no epicárdio dos ventrículos cardíacos esquerdo e direito, e bexiga com áreas hemorrágicas em grande parte da mucosa. Ao exame histopatológico observaram-se fígado com moderada vacuolização difusa, afetando mais a zona intermediária do lóbulo hepático, leve dilatação dos sinusoides hepáticos em algumas áreas e rim com leve dilatação dos túbulos uriníferos, principalmente no córtex.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Maran N.B., Caldas S.A., Prado J.S., Gomes A.D., Tokarnia C.H. & Brito M.F. 2012. [Experimental poisoning of rabbits by Metternichia princeps (Solanaceae).] Intoxicação experimental por Metternichia princeps (Solanaceae) em coelhos. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):872-880. Setor de Anatomia Patológica, Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: marilene@ufrrj.br
Metternichia princeps, a tree that belongs to the Solanaceae family, occurs in the Atlantic Forest of Brazil, from the state of Rio de Janeiro to Bahia. In the county of Itaguaí, state of Rio de Janeiro, M. princeps was suspected to cause a lethal kidney disease in goats. The poisoning was experimentally reproduced in goats confirming the suspicion. Experiments were then performed in rabbits. Leaves of M. princeps were collected in the county of Itaguaí, where the poisoning in goats occurred. Eleven rabbits received the dried plant material, ten received the fresh plant and one rabbit served as control. The dehydrated leaves were ground and mixed with water. Initially the suspension was administered by stomach tube to nine rabbits and caused death of seven of them at doses from 0.125g/kg on. Two rabbits that got sick, but survived at doses of 0.0625g/kg and 0.125g/kg, received doses of 0.5 and 0.25g/kg respectively, two months later and died, indicating that no tolerance to the plant poisoning effects developed. Additionally the dried leaves administered six months after collection to two rabbits at doses of 0.5 and 1g/kg respectively, caused death only of the rabbit that received the dose of 1g/kg, indicating that the stored leaves lost toxicity. Fresh sprouts caused death in three of six rabbits at doses of 1.55g/kg to 3g/kg. Fresh mature leaves caused death in one of four rabbits at the dose of 2g/kg, what suggests that there is no difference in toxicity between mature leaves and sprouts. The dried leaves caused death of rabbits at smaller doses than fresh leaves, what can be explained by the way of administration of the plant; dried leaves were given within a few minutes, whilst fresh leaves were ingested during one or two days, a fact that may influence absorption of the toxic principle. In all experiments with the dried and fresh leaves (sprouts and mature leaves) of M. princeps, liver and heart lesions predominated. The course of the poisoning was peracute to acute. The rabbits became apathetic with pale and cyanotic mucosae and cold ears; they fell down with struggling movements, vocalization and spaced breathing and died. At postmortem examination, the liver was pale with marked hepatic lobules; the other organs were congested and blood vessels were ingurgitated. The histopathological examination revealed as the more important changes in the liver, intense, especially centrilobular congestion, severe swelling of the hepatocytes, and foci of incipient necrosis of hepatocytes. In the heart, beside congestion, small groups of eosiophilic cardiac fibers, with nuclear picnosis and vacuolation were found. In the kidney, congestion and swelling of epithelial cells was seen. The performed experiments show that rabbits are susceptible to poisoning with dried and fresh leaves of M. princeps. It is suggested that the toxic principle of M. princeps, responsible for the clinical and pathological picture in rabbits, may not be the same compound that causes poisoning in goats or that the rabbit reacts differently as react goats; rabbits showed liver and heart lesions whilst goats had kidney lesions.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Maran N.B., Caldas S.A., Prado J.S., Gomes A.D., Tokarnia C.H. & Brito M.F. 2012. [Experimental poisoning of rabbits by Metternichia princeps (Solanaceae).] Intoxicação experimental por Metternichia princeps (Solanaceae) em coelhos. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):872-880. Setor de Anatomia Patológica, Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: marilene@ufrrj.br
Metternichia princeps, árvore que pertence à família Solanaceae, ocorre na Mata Atlântica desde o estado do Rio de Janeiro até a Bahia. É conhecida popularmente com os nomes de “café-do-mato”, “trombeteira” e “jasmin-do-morro”. Em um estabelecimento no município de Itaguaí, RJ, suspeitou-se que M. princeps era responsável por doença renal letal em caprinos. A intoxicação foi reproduzida experimentalmente nessa espécie, confirmando a suspeita. Foram então realizados experimentos em coelhos. Folhas de M. princeps foram coletadas no município de Itaguaí/RJ, local onde foi diagnosticada a intoxicação em caprinos. Onze coelhos receberam a planta dessecada, dez receberam a planta fresca e um coelho serviu como controle. As folhas dessecadas de M. princeps foram trituradas e misturadas com água. Inicialmente, a suspensão foi administrada por via intragástrica através de sonda a nove coelhos e causou a morte de sete coelhos nas doses a partir de 0,125g/kg. Dois coelhos que adoeceram mas sobreviveram às doses de 0,0625 e de 0,125g/kg, dois meses mais tarde receberam doses de 0,5 e 0,25g/kg, respectivamente, e morreram, o que indica que não houve desenvolvimento de tolerância à toxidez da planta. Adicionalmente, a planta dessecada, administrada a dois coelhos nas doses de 0,5 e 1g/kg seis meses após a coleta, causou a morte somente do coelho que recebeu a dose de 1g/kg, indicando que a planta armazenada perde em toxidez. Os brotos frescos causaram a morte de três dos seis coelhos, nas doses de 1,55g/kg a 3g/kg. As folhas maduras frescas causaram a morte de um dos quatro coelhos, na dose de 2g/kg, o que sugere que não há diferença na toxidez entre a brotação e as folhas maduras. As folhas dessecadas causaram a morte dos coelhos em doses menores que as folhas frescas, o que talvez possa ser explicado pelo modo de administração da planta; as folhas dessecadas eram administradas em poucos minutos, enquanto que as folhas frescas eram ingeridas durante um a dois dias, o que influenciaria a rapidez da absorção do princípio tóxico da planta. Tanto nos experimentos com as folhas dessecadas quanto com as folhas frescas (brotos e folhas maduras), predominaram no quadro clínico-patológico alterações relativas ao coração e ao fígado. A evolução da intoxicação foi superaguda a aguda. Os coelhos tornaram-se apáticos, com mucosas pálidas a cianóticas e orelhas frias, até que subitamente se debatiam na gaiola, faziam movimentos de pedalagem, vocalizavam, apresentavam acentuada dispneia e morriam. À necropsia, o fígado apresentava-se com evidenciação da lobulação; os demais órgãos estavam congestos e os vasos sanguíneos ingurgitados. À histopatologia, as lesões mais relevantes foram: no fígado, intensa congestão, especialmente centrolobular, tumefação acentuada dos hepatócitos e focos de necrose incipiente de hepatócitos; no coração, além de congestão, fibras cardíacas com aumento de eosinofilia, com picnose nuclear, fibras cardíacas com vacuolização, e no rim, congestão e tumefação de células epiteliais. Esses experimentos demonstram que o coelho é sensível à intoxicação pelas folhas dessecadas e frescas de M. princeps. Sugere-se que o princípio tóxico responsável pelo quadro clínico-patológico da intoxicação por M. princeps em coelhos não seja o mesmo princípio responsável pela intoxicação nos caprinos, ou que os coelhos reagem de maneira diferente dos caprinos; nos coelhos predominam alterações cardíacas e hepáticas enquanto que em caprinos as lesões são renais.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Kamikawa L. & Bombonato P.P. 2012. [Morphometric and haemodynamic evaluation of the vessels associated with the congenital portosystemic shunting in dogs.] Avaliação morfométrica e hemodinâmica comparativa dos vasos envolvidos no shunt portossistêmico congênito em cães. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):941-946. Setor de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Avenida Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva 87, Cidade Universitária, São Paulo, SP 05508-270, Brazil. E-mail: likamik@uol.com.br
The morphometry and haemodynamic aspects of portal vein were studied in 20 normal dogs with less than 120 days of age and in 14 dogs presenting portosystemic shunting with ages between 90 and 360 days. In the control group the hepatic margins were seen 1.50cm to 3.00cm caudal to the costal margin. Collected data indicated that the mean diameter of portal vein (VP), caudal vena cava (VCC) and abdominal aorta (AO) measured respectively, 0.38cm, 0.37cm and 0.41cm. The VP/VCC and VP/AO mean ratios were respectively, 1.10 and 0.94. The average of VP, VCC and AO areas were respectively, 0.12cm2, 0.11cm2 and 0.14cm2. The haemodynamic of portal vein was studied by ultrasound Doppler and the mean velocity of portal blood flow (VMFSP) measured was 17.76cm/s. It was verified that portal blood flow (FSP) average was 83.11ml/min/kg and the congestion index (IC) average was 0.006. In the group of animals presenting portosystemic shunting, the hepatic margins were seen 1.00cm to 2.00cm cranial to the costal margin. The morphometry of VP, VCC and AO presented a mean diameter of 0.40cm, 0.74cm and 0.56cm, respectively. The VP/VCC and VP/AO mean ratios were respectively, 0.54 and 0.69. The average of VP, VCC and AO areas were respectively, 0.14cm2, 0.31cm2 and 0.25cm2. The haemodynamic study demonstrated that the VMFSP measured was 22.29cm/s and the IC average was 0.006.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Kamikawa L. & Bombonato P.P. 2012. [Morphometric and haemodynamic evaluation of the vessels associated with the congenital portosystemic shunting in dogs.] Avaliação morfométrica e hemodinâmica comparativa dos vasos envolvidos no shunt portossistêmico congênito em cães. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):941-946. Setor de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Avenida Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva 87, Cidade Universitária, São Paulo, SP 05508-270, Brazil. E-mail: likamik@uol.com.br
Foram realizados o estudo morfométrico e o estudo hemodinâmico da veia porta em vinte cães clinicamente normais, de idade igual e inferior a 120 dias e em quatorze cães portadores de shunt portossistêmico, de idades entre 90 e 360 dias. Nos cães do grupo controle, as margens hepáticas apresentaram-se entre 1,50cm e 3,00cm caudalmente à margem costal. Os diâmetros médios da veia porta (VP), veia cava caudal (VCC) e aorta abdominal (AO) obtidas foram respectivamente, 0,38cm, 0,37cm e 0,41cm. As proporções entre os diâmetros médios VP/VCC e VP/AO apresentaram médias de 1,10 e 0,94, respectivamente. As médias das áreas da VP, VCC e AO resultaram respectivamente em 0,12cm2 , 0,11cm2 e 0,14cm2. No estudo hemodinâmico da VP destes animais, utilizando-se o ultrassom Doppler, a velocidade média de fluxo sangüíneo portal (VMFSP) mediu 17,76cm/s. A média de fluxo sangüíneo portal (FSP) resultou em 83,11ml/min/kg. O índice de congestão (IC) apresentou média de 0,006. Para o grupo de cães portadores de shunt portossistêmico, o fígado apresentou redução de seu volume, sendo as margens hepáticas visibilizadas entre 1,00cm e 2,00cm cranialmente à margem costal. No estudo morfométrico, as médias dos diâmetros médios obtidos de VP, VCC e AO resultaram respectivamente em 0,40cm, 0,74cm e 0,56cm. As proporções entre os diâmetros médios VP/VCC e VP/AO resultaram respectivamente em 0,54 e 0,69. As médias das áreas de VP, VCC e AO resultaram respectivamente em 0,14cm2, 0,31cm2 e 0,25cm2. Ao ultrassom Doppler a VMFSP mediu 22,29cm/s e a média do IC da VP obtido foi de 0,006.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Medeiros J.M.A., Garino Jr F., Matos R.A.T., Costa V.M.M. & Riet-Correa F. 2012. [Frequency of antibodies against paratuberculosis in cattle in the state of Paraiba.] Frequência de anticorpos para paratuberculose em bovinos no semiárido paraibano. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(8):697-700. Hospital Veterinário, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Campus de Patos, Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB 58700-000, Brasil. E-mail: franklin.riet@pq.cnpq.br
Paratuberculosis is an important disease of cattle in the state of Paraíba, northeastern Brazil. In the Veterinary Hospital of the Federal University of Campina Grande, five outbreaks of paratuberculosis were diagnosed in the last four years. The objective of this paper is to report the frequency of antibodies against paratuberculosis in different regions of the state of Paraíba, in farms with previous diagnosis of the disease and in farms without diagnosis. The prevalence of antibodies against paratuberculosis, examined by ELISA, in two farms with cases of the disease, was of 72.22% (13/18) and 68.75% (11/16), respectively. Serum samples from 486 healthy cattle from 36 farms without paratuberculosis diagnosis, from three different regions of Paraíba (sertão, cariri, and agreste), were also examined by ELISA. The frequency of antibodies was 10.08±1,07% (49/486). Antibodies against paratuberculosis were found in 21 (58.33%) out of 36 farms examined. These results suggest that paratuberculosis is an important disease of cattle in the state of Paraíba and that control measures to decrease the prevalence of the disease are necessary.
Abstract in Portuguese:
RESUME.- Medeiros J.M.A., Garino Jr F., Matos R.A.T., Costa V.M.M. & Riet-Correa F. 2012. [Frequency of antibodies against paratuberculosis in cattle in the state of Paraiba.] Frequência de anticorpos para paratuberculose em bovinos no semiárido paraibano. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(8):697-700. Hospital Veterinário, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Campus de Patos, Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB 58700-000, Brasil. E-mail: franklin.riet@pq.cnpq.br
A paratuberculose é uma doença importante em bovinos na Paraíba, tendo sido diagnosticados, pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, cinco focos da doença nos últimos quatro anos. Neste trabalho objetivou-se realizar um estudo sorológico em rebanhos com e sem histórico da doença para estimar a frequência da infecção por Mycobacterium avium subsp. paratuberculosis (Map) em diferentes regiões do semiárido Paraibano. Utilizando o teste de ELISA pesquisou-se a frequência de animais soropositivos contra Map em duas fazendas onde tinha sido diagnosticada a doença, encontrando-se 72,22% (13/18) e 68,75% (11/16), respectivamente de bovinos sorologicamente positivos. Amostras de soro de 486 bovinos de 36 fazendas sem histórico da doença de diferentes regiões da Paraíba (sertão, cariri e agreste), também foram examinados por ELISA. A frequência de animais soropositivos foi de 10,08±1,07% (49/486). Foram encontrados animais positivos em 21 (58.33%) das 36 fazendas estudadas. Os resultados sugerem que o agente da paratuberculose está disseminado em bovinos na Paraíba e que são necessárias medidas de controle para diminuir a frequência de casos clínicos e subclínicos da doença.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Almeida P.R., Andrade C.P., Almeida L.L., Oliveira L.G.S., Castro L.A., Zlotowski P., Silva S.C. & Driemeier D. 2012. Nested-PCR for the detection of Mycoplasma hyopneumoniae in bronchial alveolar swabs, frozen tissues and formalin-fixed paraffin-embedded swine lung samples: Comparative evaluation with immunohistochemical findings and histological features. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(8):715-720. Setor de Patologia Veterinária, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: davetpat@ufrgs.br.
The diagnosis of Mycoplasma hyopneumoniae infection is often performed through histopathology, immunohistochemistry (IHC) and polymerase chain reaction (PCR) or a combination of these techniques. PCR can be performed on samples using several conservation methods, including swabs, frozen tissue or formalin-fixed and paraffin-embedded (FFPE) tissue. However, the formalin fixation process often inhibits DNA amplification. To evaluate whether M. hyopneumoniae DNA could be recovered from FFPE tissues, 15 lungs with cranioventral consolidation lesions were collected in a slaughterhouse from swine bred in herds with respiratory disease. Bronchial swabs and fresh lung tissue were collected, and a fragment of the corresponding lung section was placed in neutral buffered formalin for 48 hours. A PCR assay was performed to compare FFPE tissue samples with samples that were only refrigerated (bronchial swabs) or frozen (tissue pieces). M. hyopneumoniae was detected by PCR in all 15 samples of the swab and frozen tissue, while it was detected in only 11 of the 15 FFPE samples. Histological features of M. hyopneumoniae infection were presented in 11 cases and 7 of these samples stained positive in IHC. Concordance between the histological features and detection results was observed in 13 of the FFPE tissue samples. PCR was the most sensitive technique. Comparison of different sample conservation methods indicated that it is possible to detect M. hyopneumoniae from FFPE tissue. It is important to conduct further research using archived material because the efficiency of PCR could be compromised under these conditions.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Almeida P.R., Andrade C.P., Almeida L.L., Oliveira L.G.S., Castro L.A., Zlotowski P., Silva S.C. & Driemeier D. 2012. Nested-PCR for the detection of Mycoplasma hyopneumoniae in bronchial alveolar swabs, frozen tissues and formalin-fixed paraffin-embedded swine lung samples: Comparative evaluation with immunohistochemical findings and histological features. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(8):715-720. Setor de Patologia Veterinária, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: davetpat@ufrgs.br.
O diagnóstico de infecção por Mycoplasma hyopneumoniae é frequentemente realizado através de histopatologia, imuno-histoquímica (IHQ) e reação em cadeia da polimerase (PCR), ou uma combinação dessas técnicas. PCR pode ser realizada a partir de amostras submetidas a vários métodos de conservação, incluindo swabs, tecido refrigerado ou congelado, ou ainda tecido fixado em formalina e embebido em parafina (FFEP). Entretanto, o processo de fixação em formalina pode inibir a amplificação de DNA. Para avaliar se DNA de M. hyopneumoniae poderia ser recuperado de tecido FFEP, 15 pulmões com lesões de consolidação crânio-ventral de suínos oriundos de rebanhos com problemas respiratórios foram selecionados no abatedouro. Swabs bronquiais e pulmão fresco foram colhidos, e um fragmento da mesma porção de pulmão foi colocado por 48 horas em solução de formalina tamponada e posteriormente processado e embebido em parafina. PCR foi realizada comparando amostras de tecido fixado em formalina com amostras que passaram somente por refrigeração (swab bronquial) ou foram congeladas (fragmentos de tecido). A detecção de M. hyopneumoniae ocorreu em todas as 15 amostras de swabs e tecido congelado enquanto em amostras de tecido FFEP, o agente foi detectado somente em 11 das 15 amostras. Características histológicas de infecção por M. hyopneumoniae ocorreram em 11 casos e 7 destas amostras obtiveram marcação imuno-histoquímica positiva. Concordância entre histologia e detecção a partir de tecido FFEP foi observada em 13 casos. Dentre as técnicas analisadas, a PCR foi a mais sensível. A comparação de diferentes métodos de conservação de amostras indica que é possível detectar M. hyopneumoniae a partir de tecido FFEP, fato importante para pesquisa utilizando material arquivado, porém a eficácia do teste de PCR pode ficar comprometida sob essas condições.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Lima A.S., Weigel R.A., Morgado A.A., Nunes G.R., Souza F.N., Moreno A.M., Della Libera A.M.M.P. & Sucupira M.C.A. 2012. Parenteral administration of vitamins A, D and E on the oxidative metabolism and function of polymorphonuclear leukocytes in swine. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(8):727-734. Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Dr. Orlando M. de Paiva 87, São Paulo, SP 05508 270, Brazil. E-mail: msucupir@usp.br
The weaning period of piglets is characterized by physiological alterations, such as decreased weight gain, increased reactive oxygen species (ROS) and increased serum cortisol levels with possible effects on the immune response. The effect of parenteral administration of vitamins A, D and E on production performance, oxidative metabolism, and the function of polymorphonuclear leukocytes (PMNLs) was assessed in piglets during the weaning period. The sample was comprised of 20 male piglets that were given an injectable ADE vitamin combination (135,000 IU vitamin A, 40,000 IU vitamin D and 40mg vitamin E/animal) at 20 and 40 days of age. Weight gain, concentration of reduced glutathione (GSH), malondialdehyde (MDA), superoxide dismutase (SOD) and the microbicidal and phagocytic activity of PMNLs were assessed. No difference was observed in the average piglet weight during the study; however, a greater percentage of weight gain was observed after weaning in the treated group. The concentrations of GSH and SOD did not differ between groups, although lipid peroxidation was greater in the control group at 60 days of age. The investigated variables of oxidative metabolism were correlated as follows: -0.41 for GSH and MDA, -0.54 for GSH and SOD and 0.34 for MDA and SOD. The intensity of intracellular ROS production, the percentage of ROS-producing PMNLs and the intensity of phagocytosis by PMNLs did not differ between treatment groups. Administration of the injectable ADE combination improved the percentage of weight gain between 20 and 40 days of age, decreased oxidative stress at 60 days of age and did not influence the function of PMNLs in piglets.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Lima A.S., Weigel R.A., Morgado A.A., Nunes G.R., Souza F.N., Moreno A.M., Della Libera A.M.M.P. & Sucupira M.C.A. 2012. Parenteral administration of vitamins A, D and E on the oxidative metabolism and function of polymorphonuclear leukocytes in swine. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(8):727-734. Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Dr. Orlando M. de Paiva 87, São Paulo, SP 05508 270, Brazil. E-mail: msucupir@usp.br
O período de desmame nos leitões é caracterizado por alterações fisiológicas como menor ganho de peso, aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e aumento na concentração plasmática de cortisol com possíveis implicações para a resposta imune. Foi avaliado o efeito da administração parenteral das vitaminas A, D e E sobre o desempenho produtivo, o metabolismo oxidativo e a função de leucócitos polimorfonucleares (PMNLs) em suínos durante esta fase de crescimento. Foram utilizados 20 leitões, machos, com 20 dias de idade que receberam ADE injetável (135.000 UI vitamina A, 40.000 UI vitamina D e 40mg vitamina E/animal), aos 20 e 40 dias de idade. Foi determinado o ganho de peso e as concentrações de glutationa reduzida (GSH), malondialdeído (MDA) e superóxido dismutase (SOD) e a capacidade microbicida e fagocítica dos PMNLs. Não houve diferença entre o peso vivo médio durante o experimento, porém maior ganho de peso percentual foi observado 20 dias após o desmame para o grupo tratado. As concentrações de GSH e SOD não diferiram entre os grupos, porém a lipoperoxidação foi maior no grupo controle aos 60 dias de idade. As correlações entre as variáveis do metabolismo oxidativo foram -0,41 para GSH e o MDA, -0,54 para GSH e SOD e 0,34 para MDA e SOD. A intensidade da produção intracelular de EROs, a porcentagem de PMNLs que produziram EROs e a intensidade de fagocitose dos PMNLs não diferiram entre os tratamentos. A administração de ADE injetável melhorou o ganho de peso percentual no período de 20 a 40 dias de idade, diminuiu o estresse oxidativo aos 60 dias de idade e não influenciou função dos PMNLs dos leitões.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Libardoni F., Scherer C.F.C., Farias L., Vielmo A., Balzan C. & Vargas A.C. 2012. [Moraxella bovoculi in cases of infectious bovine keratoconjunctivitis in Rio Grande do Sul, Brazil.] Moraxella bovoculi em casos de ceratoconjuntivite infecciosa bovina no Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(8):743-746. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Centro de Ciências Rurais, Universidade Federal de Santa Maria, Avenida Roraima 1000, Cidade Universitária, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: agueda.vargas@gmail.com
Infectious keratoconjunctivitis (IK), although rarely fatal, results in significant economic losses for cattle and sheep farmers. The main causative agents of this disorder are Moraxella bovis and Moraxella ovis. In 2007, a new species also responsible for IK was described. This newly described pathogen, called Moraxella bovoculi, was never reported in Brazil. Therefore, the aim of this study was confirmed the M. bovoculi among the samples analyzed. For this, 54 isolates of Moraxella spp. from clinical samples derived from 34 cattle and 18 sheep, sent to the laboratory of bacteriology from 1991 to 2011 was characterized. Differentiation among the species was based on genotypic characteristics, using partial amplification of 16S-23S intergenic region and cleavage products of amplification with enzyme RsaI. Results showed that 25 isolates (46%) were characterized as M. bovis, 17 (32%) as M. ovis, and 12 (22%) as M. bovoculi. This means that M. bovoculi is present among cattle herds in Rio Grande do Sul and, therefore, in Brazil.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Libardoni F., Scherer C.F.C., Farias L., Vielmo A., Balzan C. & Vargas A.C. 2012. [Moraxella bovoculi in cases of infectious bovine keratoconjunctivitis in Rio Grande do Sul, Brazil.] Moraxella bovoculi em casos de ceratoconjuntivite infecciosa bovina no Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(8):743-746. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Centro de Ciências Rurais, Universidade Federal de Santa Maria, Avenida Roraima 1000, Cidade Universitária, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: agueda.vargas@gmail.com
A ceratoconjuntivite infecciosa (CI), embora raramente fatal, resulta em perdas econômicas significativas para os rebanhos bovinos e ovinos. Os principais agentes causadores dessa enfermidade são Moraxella bovis e Moraxella ovis. Em 2007 foi descrita uma nova espécie também responsável pela CI e denominada Moraxella bovoculi, que até o presente momento, não havia sido relatada no Brasil. Assim, objetivou-se com este trabalho caracterizar e distinguir 54 isolados de Moraxella spp. de amostras clínicas oriundas de 34 bovinos e 17 ovinos, encaminhadas ao Laboratório de Bacteriologia da Universidade Federal de Santa Maria no período de 1990 a 2011, visando a identificação de M. bovoculi. A distinção dos isolados foi fundamentada nas características genotípicas, pela amplificação parcial da região intergênica 16S-23S e clivagem dos produtos da amplificação com enzima RsaI. Como resultados, 25 (46%) isolados foram caracterizados como M. bovis, 17 (32%) como M. ovis e 12 (22%) como M. bovoculi. Logo, conclui-se que M. bovoculi encontra-se presente no rebanho bovino do Rio Grande do Sul e, portanto, no Brasil.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Inkelmann M.A., Kommers G.D., Trost M.E., Barros C.S.L., Fighera R.A., Irigoyen L.F. & Silveira I.P. 2012. [Lesions of the urinary system in 1,063 dogs.] Lesões do sistema urinário em 1.063 cães. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(8):761-771. Laboratório de Patologia Veterinária, Departamento de Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: glaukommers@yahoo.com
The aim of this study was to determine the prevalence, epidemiology, clinical significance, and possible associated causes of the urinary system lesions in dogs necropsied between January 1999 and December 2010 at the Laboratório de Patologia Veterinária of the Universidade Federal de Santa Maria (LPV-UFSM). To accomplish this, the necropsy reports were analyzed retrospectively. In this time frame, 3,189 dogs were necropsied and about 30% had lesions in the urinary system. In most of the dogs (79.1%), lesions were single and in about 21% they were multiple, totalizing 1,373 lesions. Out of them, 1,014 (73.8%) were observed in the kidney and 359 (26.2%) were in the lower urinary tract (LUT). One third of the lesions in the urinary system were causes of spontaneous death or reason for euthanasia (SD/EUTH) of the affected dogs. The other two third of the lesions were considered incidental findings. The main renal lesions diagnosed, in descending order of prevalence, were: tubulointerstitial nephritis, infarct, granulomatous nephritis (parasitary), glomerulonephritis, metastatic/multicentric neoplasms, pyelonephritis/pyelitis, and hydronephrosis. The main LUT lesions, in descending order of prevalence, were: cystitis, presence of viral inclusions bodies (morbillivirus), urolithiasis, urinary bladder dilatation, urinary bladder rupture (with uroperitoneum), and metastatic/multicentric neoplasms. Epidemiological aspects such as gender, breed, and age of affected dogs had expressive variations according to the type of lesion diagnosed. Uremia was observed in a significant number of cases of SD/EUTH and was mostly due to renal lesions.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Inkelmann M.A., Kommers G.D., Trost M.E., Barros C.S.L., Fighera R.A., Irigoyen L.F. & Silveira I.P. 2012. [Lesions of the urinary system in 1,063 dogs.] Lesões do sistema urinário em 1.063 cães. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(8):761-771. Laboratório de Patologia Veterinária, Departamento de Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: glaukommers@yahoo.com
Com o objetivo de realizar um estudo abrangente das lesões do sistema urinário em cães e determinar a sua prevalência, epidemiologia, importância clínica e possíveis causas associadas, foram revisados os protocolos de necropsias de cães realizadas no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2010 no LPV-UFSM. Nesse período foram necropsiados 3.189 cães e destes, cerca de 30% apresentaram lesões no sistema urinário. Na maioria dos cães (79,1%) foram observadas lesões únicas e em aproximadamente 21% havia lesões múltiplas no sistema urinário, totalizando 1.373 lesões. Destas, 1.014 (73,8%) foram observadas no rim. No trato urinário inferior (TUI) foram diagnosticadas 359 (26,2%) lesões. Um terço das lesões no sistema urinário dos cães necropsiados foram causa de morte espontânea ou razão para eutanásia (ME/EUT). As demais foram consideradas como achados incidentais. As principais lesões renais diagnosticadas, em ordem decrescente de prevalência, foram: nefrite túbulo-intersticial, infarto, nefrite granulomatosa (parasitária), glomerulonefrite, neoplasmas metastáticos/multicêntricos, pielonefrite/pielite e hidronefrose. As principais lesões do TUI diagnosticadas, em ordem decrescente de prevalência, foram: cistite, presença de inclusões virais (morbilivírus), urolitíase, dilatação da bexiga, ruptura de bexiga (com uroperitônio) e neoplasmas metastáticos/multicêntricos. As características epidemiológicas como sexo, raça e idade dos cães afetados tiveram variações expressivas de acordo com o tipo de lesão diagnosticada. Uremia foi observada em um número significativo de casos de ME/EUT e foi principalmente secundária a lesões renais.