Resultado da pesquisa (31)

Termo utilizado na pesquisa equina

#11 - Multidrug resistant bacteria isolated from septic arthritis in horses, 37(4):325-330

Abstract in English:

ABSTRACT.- Motta R.G., Martins L.S.A., Motta I.G., Guerra S.T., De Paula C.L., Bolanos C.A.D., Silva R.C. & Ribeiro M.G. 2017. Multidrug resistant bacteria isolated from septic arthritis in horses. Pesquisa Veterinária Brasileira 37(4):325-330. Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Cx. Postal 560, Botucatu, SP 18618-681, Brazil. E-mail: rgmottafmvz@gmail.com Septic arthritis is a debilitating joint infectious disease of equines that requires early diagnosis and immediate therapeutic intervention to prevent degenerative effects on the articular cartilage, as well as loss of athletic ability and work performance of the animals. Few studies have investigated the etiological complexity of this disease, as well as multidrug resistance of isolates. In this study, 60 horses with arthritis had synovial fluid samples aseptically collected, and tested by microbiological culture and in vitro susceptibility test (disk diffusion) using nine antimicrobials belonging to six different pharmacological groups. Bacteria were isolated in 45 (75.0%) samples, as follows: Streptococcus equi subsp. equi (11=18.3%), Escherichia coli (9=15.0%), Staphylococcus aureus (6=10.0%), Streptococcus equi subsp. zooepidemicus (5=8.3%), Staphylococcus intermedius (2=3.3%), Proteus vulgaris (2=3.3%), Trueperella pyogenes (2=3.3%), Pseudomonas aeruginosa (2=3.3%), Klebsiella pneumoniae (1=1.7%), Rhodococcus equi (1=1.7%), Staphylococcus epidermidis (1=1.7%), Klebsiella oxytoca (1=1.7%), Nocardia asteroides (1=1.7%), and Enterobacter cloacae (1=1.7%). Ceftiofur was the most effective drug (>70% efficacy) against the pathogens in the disk diffusion test. In contrast, high resistance rate (>70% resistance) was observed to penicillin (42.2%), enrofloxacin (33.3%), and amikacin (31.2%). Eleven (24.4%) isolates were resistant to three or more different pharmacological groups and were considered multidrug resistant strains. The present study emphasizes the etiological complexity of equine septic arthritis, and highlights the need to institute treatment based on the in vitro susceptibility pattern, due to the multidrug resistance of isolates. According to the available literature, this is the first report in Brazil on the investigation of the etiology. of the septic arthritis in a great number of horses associated with multidrug resistance of the isolates.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Motta R.G., Martins L.S.A., Motta I.G., Guerra S.T., De Paula C.L., Bolanos C.A.D., Silva R.C. & Ribeiro M.G. 2017. Multidrug resistant bacteria isolated from septic arthritis in horses. [Bactérias multirresistentes isoladas de artrite séptica equina.] Pesquisa Veterinária Brasileira 37(4):325-330. Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Cx. Postal 560, Botucatu, SP 18618-681, Brazil. E-mail: rgmottafmvz@gmail.com Artrite séptica é uma artropatia infecciosa debilitante de equinos, que requer diagnóstico precoce e intervenção terapêutica imediata, com intuito de evitar a degeneração de a cartilagem articular e a perda da capacidade atlética e de trabalho dos animais. Poucos estudos têm investigado a complexidade etiológica da afecção, bem como a presença de multirresistência dos isolados aos antimicrobianos. Foram investigados 60 equinos portadores de artrite, submetidos à colheita asséptica de líquido sinovial para a realização de cultivo microbiológico e teste de sensibilidade microbiana in vitro (difusão com discos) com nove antimicrobianos pertencentes a seis diferentes grupos farmacológicos. Foi obtido isolamento microbiano em 45 (75,0%) amostras, como segue: Streptococcus equi subsp. equi (11=18,3%), Escherichia coli (9=15,0%), Staphylococcus aureus (6=10,0%), Streptococcus zooepidemicus (5=8,3%), Staphylococcus intermedius (2=3,3%), Proteus vulgaris (2=3,3%), Trueperella pyogenes (2=3,3%), Pseudomonas aeruginosa (2=3,3%), Klebsiella pneumoniae (1=1,7%), Rhodococcus equi (1=1,7%), Staphylococcus epidermidis (1=1,7%), Klebsiella oxytoca (1=1,7%), Nocardia asteroides (1=1,7%) e Enterobacter cloacae (1=1,7%). Ceftiofur foi o antimicrobiano mais efetivo (>70% eficácia) in vitro diante dos patógenos. Em contraste, alta resistência dos isolados (>70% de resistência) foi observada para penicilina (42,2%), enrofloxacino (33,3%) e amicacina (31,2%). Onze (24,4%) isolados foram resistentes a três ou mais diferentes grupamentos de fármacos e considerados com resistência múltipla aos antimicrobianos. O presente estudo enaltece a complexidade etiológica envolvida na artrite séptica em equinos e ressalta a necessidade de instituir o tratamento dos animais com respaldo de testes de sensibilidade microbiana in vitro em virtude da resistência múltipla dos isolados. De acordo com a literatura consultada, esta é a primeira descrição no país da etiologia da artrite séptica em grande número de equinos associada a multirresistência dos isolados aos fármacos testados.


#12 - Equine infectious anaemia in equids of Southern Pantanal, Brazil: seroprevalence and evaluation of the adoption of a control programme, 37(3):227-233

Abstract in English:

ABSTRACT.- Nogueira M.F., Oliveira J.M., Santos C.J.S., Petzold H.V., Aguiar D.M., Juliano R.S., Reis J.K.P. & Abreu U.G.P. 2017. Equine infectious anaemia in equids of Southern Pantanal, Brazil: seroprevalence and evaluation of the adoption of a control programme. Pesquisa Veterinária Brasileira 37(3):227-233. Embrapa Pantanal, Rua 21 de Setembro 1880, Bairro Nossa Senhora de Fátima, Cx. Postal 109, Corumbá, MS 79320-900, Brazil. E-mail: marcia.furlan@embrapa.br The working equid population in Corumbá, Southern Pantanal, is very large and has a crucial role in the main economic activity of the State of Mato Grosso do Sul, the beef cattle industry. The aim of the present study was to estimate the prevalence of equine infectious anaemia (EIA) in working equids of ranches in the municipality of Corumbá, by the official agar gel immunodiffusion (AGID) test, and evaluate the adoption of the Programme for the Prevention and Control of Equine Infectious Anaemia proposed by Embrapa Pantanal and official entities in the 1990s. From September to November 2009, forty ranches distributed through the area of the municipality were visited, and serum samples were obtained from 721 equines and 232 mules. According to previous publications and the present data, it was concluded that the prevalence of EIA in this population has increased from 18.17% to 38.60%, which represents at this time approximately 13,000 infected animals. There was no significant difference between the apparent prevalence of equines and mules. It was also verified that the control programme was not known by the greater part of the interviewed ranch owners, managers and foremen and, in their perception, EIA is not a primary threat to address. Among the studied variables, the serologic testing practice significantly reduced the risk for the presence of EIA seropositivity, as well as the separation of riding equipment and segregation of seropositives.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Nogueira M.F., Oliveira J.M., Santos C.J.S., Petzold H.V., Aguiar D.M., Juliano R.S., Reis J.K.P. & Abreu U.G.P. 2017. Equine infectious anaemia in equids of Southern Pantanal, Brazil: seroprevalence and evaluation of the adoption of a control programme. [Anemia infecciosa equina em equídeos do Pantanal Sul, Brasil: soroprevalência e avaliação da adoção de um programa de controle.] Pesquisa Veterinária Brasileira 37(3):227-233. Embrapa Pantanal, Rua 21 de Setembro 1880, Bairro Nossa Senhora de Fátima, Cx. Postal 109, Corumbá, MS 79320-900, Brazil. E-mail: marcia.furlan@embrapa.br A população de equídeos de serviço em Corumbá, Pantanal Sul, é muito numerosa e tem um papel crucial na principal atividade econômica do estado de Mato Grosso do Sul, a pecuária de corte extensiva. O objetivo deste trabalho foi estimar a prevalência atual da anemia infecciosa equina (AIE) em equídeos de serviço em fazendas do município de Corumbá, pelo teste oficial de imunodifusão em gel de ágar (IDGA), e avaliar a adoção do Programa de Prevenção e Controle da Anemia Infecciosa Equina proposto pela Embrapa Pantanal e entidades oficiais nos anos 1990. De setembro a novembro de 2009, quarenta fazendas distribuídas na área do município foram visitadas, e amostras de soro obtidas de 721 equinos e 232 muares. De acordo com publicações anteriores e os dados obtidos neste trabalho, concluiu-se que a prevalência da AIE nesta população aumentou de 18.17% para 38,60%, o que representa atualmente cerca de 13.000 animais infectados. Não houve diferença significativa entre as prevalências aparentes de equinos e muares. Verificou-se, também, que o programa de controle era desconhecido pela maior parte dos produtores, gerentes e capatazes entrevistados e, na percepção dos mesmos, a AIE não é uma ameaça importante a ser enfrentada. Dentre as variáveis estudadas, a prática da realização de testes sorológicos reduziu significantemente o risco para a presença de soropositividade para AIE, assim como a separação dos equipamentos de montaria e a segregação dos soropositivos.


#13 - Epidemiological survey of Neorickettsia risticii in equids from the State of Rio de Janeiro, 36(10):939-946

Abstract in English:

ABSTRACT.- Roier E.C.R., Costa R.L., Pires M.S., Vilela J.A.R., Santos T.M., Santos H.A., Baldani C.D. & Massard C.L. 2016. Epidemiological survey of Neorickettsia risticii in equids from the State of Rio de Janeiro. Pesquisa Veterinária Brasileira 36(10):939-946. Departamento de Parasitologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, BR-465 Km 7, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: carlosmassard@ufrrj.br Equine neorickettsiosis (EN), also known as Potomac Horse Fever, is a non-contagious disease caused by the bacterium Neorickettsia risticii of the Anaplasmataceae family. The objectives of this study were to detect the presence of anti-N. risticii antibodies by the indirect immunofluorescence assay (IFA) and of its DNA by qPCR in equids at high and low altitude regions in the State of Rio de Janeiro, Brazil, and to identify factors associated with seropositive equids by multiple logistic regression analysis. The frequency of anti-N. risticii antibodies was 16.05% (n=113/704). The animal age and breeding region were the factors that influenced the seropositivity rate for N. risticii in the equids (p<0.05). Equids from the lowland region had higher seropositivity (p<0.05; OR=5.87) compared to those of the mountain region. The presence of snails on the farm was a factor associated with this result (p<0.05; OR=2.88). In the lowland region, age of the animal and site of breeding were protective factors for the detection of antibodies anti-N. risticii in equids, with lower frequency of seropositivity in younger animals (p<0.05; OR=0.06) and in animals raised in dry areas (p<0.05; OR=0.22). The presence of the target DNA of N. risticii by qPCR was not observed in any of the samples tested. The existence of seropositive equids for N. risticii demonstrates a possible circulation of this agent in the studied area, and that the age related characteristics and equids breeding region are important factors regarding seropositivity in the State of Rio de Janeiro.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Roier E.C.R., Costa R.L., Pires M.S., Vilela J.A.R., Santos T.M., Santos H.A., Baldani C.D. & Massard C.L. 2016. Epidemiological survey of Neorickettsia risticii in equids from the State of Rio de Janeiro. [Levantamento epidemiológico de Neorickettsia risticii em equídeos do Estado do Rio de Janeiro.] Pesquisa Veterinária Brasileira 36(10):939-946. Departamento de Parasitologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, BR-465 Km 7, Seropédica, RJ 23890-000, Brazil. E-mail: carlosmassard@ufrrj.br A Neorickettisiose equina (NE), também conhecida como Febre do Cavalo de Potomac, é uma doença não contagiosa causada pela bactéria Neorickettsia risticii da família Anaplasmataceae. Os objetivos deste estudo foram detectar a presença de anticorpos anti-N. risticii através da reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e do DNA dessa bactéria através da qPCR em equídeos de regiões de alta e baixa altitude no Estado do Rio de Janeiro, Brasil; e identificar os fatores associados com a soropositividade dos equídeos através da análise de regressão logística múltipla. A frequência de anticorpos anti-N. risticii foi de 16,05% (n=113/704). Observou-se que a idade e a região de criação foram os fatores que influenciaram a taxa de soropositividade para N. risticii nos equídeos (p<0,05). Equídeos da região de baixada apresentaram maior soropositividade (p<0,05; OR=5,87) quando comparado aos criados em região de montanha. A presença de caramujos na propriedade foi um fator associado a este resultado (p<0,05; OR=2,88). Na região de baixada, animais mais jovens (p<0,05; OR=0,06), criados em áreas secas (p<0,05; OR=0,22) demonstraram serem fatores de proteção na detecção de anticorpos anti-N. risticii. Não foi observada a presença do DNA-alvo de N. risticii através da qPCR em nenhuma das amostras testadas. A existência de equídeos soropositivos para N. risticii demonstra a possível circulação desse agente na área estudada, e as características inerentes a idade e a região de criação dos equídeos são fatores importantes relacionados à soropositividade no estado do Rio de Janeiro.


#14 - Macroscopic and histological evaluations of equine joint cartilage repair treated with microperforation of the subchondral bone associated or not with intra-articular kartogenin, 36(4):272-278

Abstract in English:

ABSTRACT.- Rocha Junior S.S., Mendes H.M.F., Beier S.L., Paz C.F.R., Azevedo D.S.D., Lacerda I.G.O., Correa M.G. & Faleiros R.R. 2016. [Macroscopic and histological evaluations of equine joint cartilage repair treated with microperforation of the subchondral bone associated or not with intra-articular kartogenin.] Avaliações macroscópica e histológica do reparo da cartilagem articular equina tratada com microperfurações do osso subcondral associadas ou não à injeção intra-articular de cartogenina. Pesquisa Veterinária Brasileira 36(4):272-278. Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Avenida Antônio Carlos 6627, Cx. Postal 567, Campus Pampulha, Belo Horizonte, MG 31270-901, Brazil. E-mail: faleirosufmg@gmail.com The aim of this study was to evaluate the joint cartilage repair by macroscopic (via arthroscopy) and histological (biopsy fragments) analyses in chondral defects induced into equine femoral trochlea treated by microperforation associated with or without intra-articular administration of kartogenin. Six horses weighing 342±1.58 kg (mean ± SD), aged approximately 7.2±1.30 years and with a body condition score of 7.1±0.75, were used. The horses underwent arthroscopy for induction of 1-cm2 chondral lesions in lateral femoral trochlea immediately treated by microperforation of the subchondral bone of both knees. Four weekly intra-articular injections of kartogenin (20µM) in one knee (treated group) and Ringer lactate solution in the contralateral joint (control group) were performed during the postoperative period. After 60 days, macroscopic evaluations were performed by video-arthroscopy, and biopsy samples of the repair tissue were taken for histopathological healing evaluation. No significant change was observed in macroscopic and histological scores for chondral healing between treated and untreated groups (P>0.05). The overall mean percentage of hyaline cartilage in both groups (17.5%) was consistent with other international studies using other types of chondral microperforation; however, no statistical differences were observed between groups (P>0.05). In conclusion, the therapy with kartogenin, according to the used protocol, did not produce any macroscopic and histological healing improvement in induced chondral lesions treated with microperforations in equine femoral trochlea.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Rocha Junior S.S., Mendes H.M.F., Beier S.L., Paz C.F.R., Azevedo D.S.D., Lacerda I.G.O., Correa M.G. & Faleiros R.R. 2016. [Macroscopic and histological evaluations of equine joint cartilage repair treated with microperforation of the subchondral bone associated or not with intra-articular kartogenin.] Avaliações macroscópica e histológica do reparo da cartilagem articular equina tratada com microperfurações do osso subcondral associadas ou não à injeção intra-articular de cartogenina. Pesquisa Veterinária Brasileira 36(4):272-278. Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Avenida Antônio Carlos 6627, Cx. Postal 567, Campus Pampulha, Belo Horizonte, MG 31270-901, Brazil. E-mail: faleirosufmg@gmail.com O objetivo deste estudo foi avaliar o reparo da cartilagem hialina equina, por meio de análises macroscópica (através de videoartroscopia) e histológica (através de fragmentos de biopsia), em defeitos condrais induzidos na tróclea lateral do fêmur tratados pela técnica de microperfurações subcondral associada ou não com administração intra-articular de cartogenina. Foram utilizados seis equinos pesando em média (±DP) 342±1,58 kg, com a idade aproximada de 7,2±1,30 anos e escore corporal de 7,1±0,75, que foram submetidos a videoartroscopia para indução da lesão condral de 1 cm2 na tróclea lateral do fêmur e realização da técnica de microperfuração do osso subcondral de ambos os joelhos. Foram realizadas quatro aplicações semanais com 20 µM de cartogenina intra-articulares em um dos joelhos (grupo tratado) e solução de ringer com lactato na articulação contralateral (grupo controle). Após o período de 60 dias, foram feitas as avaliações macroscópicas, através de videoartroscopias, e histológicas, através de biopsia. Não foram observadas diferenças significativas nos escores macroscópicos e histológicos para reparação condral entre animais dos grupos tratados e não tratados (P>0,05). De modo geral, a porcentagem média de cartilagem hialina no tecido de reparo (17,5%) foi condizente com a literatura internacional usando outros tipos de perfuração condral. Entretanto, não se observaram diferenças estatísticas entre grupos (P>0,05). A terapia com cartogenina, segundo protocolo utilizado, não produziu melhora do processo cicatricial em lesões condrais induzidas e tratadas com microperfurações na tróclea lateral do fêmur em equinos.


#15 - Equine infectious anemia on Marajo Island at the mouth of the Amazon river, 35(12):947-95

Abstract in English:

ABSTRACT.- Freitas N.F.Q.R., Oliveira C.M.C., Leite R.C., Reis J.K.P., Oliveira F.G., Bomjardim H.A., Salvarani F.M. & Barbosa J.D. 2015. Equine infectious anemia on Marajo Island at the mouth of the Amazon river. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(12):947-950. Instituto de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Pará, Rodovia BR-316 Km 61, Bairro Saudade, Castanhal, PA 68740-970, Brazil. E-mail: diomedes@ufpa.br Equine infectious anemia (EIA) is a transmissible and incurable disease caused by a lentivirus, the equine infectious anemia virus (EIAV). There are no reports in the literature of this infection in Equidae on Marajo Island. The objective of this study was to diagnose the disease in the municipalities of Cachoeira do Arari, Salvaterra, Santa Cruz do Arari and Soure, on Marajó Island, state of Pará, Brazil. For serological survey samples were collected from 294 horses, over 5-month-old, males and females of puruca and marajoara breeds and from some half-breeds, which were tested by immunodiffusion in Agar gel (AGID). A prevalence of 46.26% (136/294) positive cases was found. EIA is considered endemic in the municipalities studied, due to the ecology of the region with a high numbered population of bloodsucking insect vectors and the absence of official measures for the control of the disease.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Freitas N.F.Q.R., Oliveira C.M.C., Leite R.C., Reis J.K.P., Oliveira F.G., Bomjardim H.A., Salvarani F.M. & Barbosa J.D. 2015. Equine infectious anemia on Marajo Island at the mouth of the Amazon river. [Anemia infecciosa equina na Ilha de Marajó na foz do Rio Amazonas.] Pesquisa Veterinária Brasileira 35(12):947-950. Instituto de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Pará, Rodovia BR-316 Km 61, Bairro Saudade, Castanhal, PA 68740-970, Brazil. E-mail: diomedes@ufpa.br A anemia infecciosa equina (EIA) é uma importante enfermidade, transmissível e incurável causada por um lentivírus, equine infectious anemia vírus (EIAV), e não há relatos na literatura desta infecção em equinos da Ilha de Marajó. O objetivo deste estudo foi diagnosticar a anemia infecciosa equina nos municípios de Cachoeira do Arari, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Soure, Ilha de Marajó, no bioma amazônico do estado do Pará, Brasil. Para a pesquisa sorológica foram coletadas 294 amostras de animais da espécie equina, acima de cinco meses de idade, de ambos os sexos, das raças puruca, marajoara e de mestiços, testadas pela imunodifusão em gel de Agar (IDGA). Foi verificada uma prevalência de 46.26% (136/294) de casos positivos para EIA. A doença é considerada endêmica nos municípios estudados, tanto pelos aspectos ecológicos da região que propiciam a manutenção da população de insetos hematófagos vetores, quanto pela ausência de medidas oficiais de controle da doença.


#16 - Equine proliferative enteropathy on a Brazilian farm, 35(5):443-447

Abstract in English:

ABSTRACT.- Gabardo M.P., Sato J.P.H., Resende T.P. & Guedes R.M.C. 2015. Equine proliferative enteropathy on a Brazilian farm. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(5):443-447. Departamento de Clinica e Cirurgia Veterinária, Escola de Medicina Veterinária, Universidade de Federal de Minas Gerais, Av. Antônio Carlos 6627, Pampulha, Belo Horizonte, MG 31270-901, Brazil. E-mail: guedesufmg@gmail.com Lawsonia intracellularis infection on a horse farm in the Midwest region of Brazil is described. Thirty-nine foals a few days to months old from a herd with 300 horses, experienced diarrhea with variable characteristics and intensities, weight loss, hyperemic mucous membranes and dehydration. In foals 3 to 6 months of age, hypoproteinemia associated with submandibular edema were also common. Intestinal fragments of a 7-month-old foal were sent to an animal disease laboratory for diagnosis. The observed macroscopic lesions were hyperemic serosa, thickening of the intestinal wall with a corrugation, thickening of the mucosa folds and reduction of intestinal lumen. Histological analysis of the small and large intestine revealed enterocyte hyperplasia of the crypts associated with diffuse marked decrease in the number of goblet cells and positive L. intracellularis antigen labeling by immunohistochemistry. Three out of 11 animals of the same property were seropositive for L. intracellularis, demonstrating the circulation of the agent throughout the farm, but none were PCR positive in fecal samples. Based on clinical signs and pathological findings, the diagnosis of equine proliferative enteropathy was confirmed.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Gabardo M.P., Sato J.P.H., Resende T.P. & Guedes R.M.C. 2015. Equine proliferative enteropathy on a Brazilian farm. [Enteropatia proliferativa em um haras brasileiro.] Pesquisa Veterinária Brasileira 35(5):443-447. Departamento de Clinica e Cirurgia Veterinária, Escola de Medicina Veterinária, Universidade de Federal de Minas Gerais, Av. Antônio Carlos 6627, Pampulha, Belo Horizonte, MG 31270-901, Brazil. E-mail: guedesufmg@gmail.com Descreve-se a infecção por Lawsonia intracellularis em uma propriedade na região Oeste do Brasil. Em um rebanho de 300 equinos, 39 potros com poucos dias de vida à 21 meses apresentaram diarreia de características e intensidades variáveis, com perda de peso e desidratação. Em potros com três a seis meses de idade, hipoproteinemia associada a edema submandibular também foram frequentes. Fragmentos intestinais de um potro de 7 meses foram enviados ao laboratório de patologia animal para diagnóstico. Na macroscopia foi observada hiperemia de serosa e moderado espessamento de parede intestinal. Na histologia do intestino delgado existia hiperplasia de enterócitos de criptas difusa intensa com redução marcante de células caliciformes e marcação positiva na imuno-histoquímica para L. intracellularis. Na sorologia de 11 animais da mesma propriedade, três foram positivos. Já a PCR foi negativa para todos os animais. Com base nos sinais clínicos e nos achados patológicos confirmou-se o diagnóstico de enteropatia proliferativa equina, associada a sorologia positiva que demonstrava circulação do agente na propriedade.


#17 - Morphometry of primary and secondary epidermal laminae in equine hoof, 34(1):79-82

Abstract in English:

ABSTRACT.- Oliveira L.S., Barreto-Vianna A.R.C., Leonardo A.S., Godoy R.F. & Lima E.M.M. 2014. Morphometry of primary and secondary epidermal laminae in equine hoof. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(1):79-82. Departamento de Anatomia Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, ICC, Ala Sul, Campus Darcy Ribeiro, Cx. Postal 4508, Brasília, DF 70760-701, Brazil. E-mail: limaemm@unb.br We studied the length of primary and secondary epidermal laminae of the toe and the lateral and medial quarters of horses, distributed into proximal, middle and distal thirds of the hooves. Eight limbs from adult crossbred horses, four females and four males, used to pull carts without pedal conditions. Fragments were taken from different regions of the hooves and subjected to conventional histological techniques. The samples were stained with hematoxylin-eosin and analyzed by light microscopy. The primary epidermal laminae were higher in the hooves of forelimbs compared to hindlimbs in the proximal and middle thirds and the regions of the medial quarter and toe. The secondary laminae were higher in forelimb of the middle third and medial quarter. Comparing the length of the epidermal laminae between hoof parts, it was seen that the primary laminae are lower in the proximal third and higher in the toe, while the secondary laminae are lower in the proximal third and medial quarter. The results suggested that the morphology of the laminae in the different regions of the hooves is influenced through the work performed by the animal, as well as through the different distribution of forces.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Oliveira L.S., Barreto-Vianna A.R.C., Leonardo A.S., Godoy R.F. & Lima E.M.M. 2014. Morphometry of primary and secondary epidermal laminae in equine hoof. [Morfometria das lâminas epidérmicas primárias e secundárias do casco de equinos.] Pesquisa Veterinária Brasileira 34(1):79-82. Departamento de Anatomia Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, ICC, Ala Sul, Campus Darcy Ribeiro, Cx. Postal 4508, Brasília, DF 70760-701, Brazil. E-mail: limaemm@unb.br Foi estudado o comprimento das lâminas epidérmicas primárias e secundárias da pinça e dos quartos lateral e medial, distribuídas nos terços proximal, médio e distal dos cascos de equinos. Utilizaram-se os membros de oitos cavalos adultos utilizados para tração de carroças, que não apresentavam afecções podais, sendo quatro fêmeas e quatro machos, sem raça definida. Fragmentos foram retirados das diferentes regiões dos cascos e submetidos à técnica histológica convencional. As amostras foram coradas com H&E e analisadas em microscópio óptico. As lâminas epidérmicas primárias apresentaram-se maiores nos cascos dos membros torácicos em relação aos membros pélvicos nos terços proximal e médio e nas regiões do quarto medial e na pinça. As lâminas secundárias foram maiores também no membro torácico no terço médio e no quarto medial. Comparando-se o comprimento das lâminas epidérmicas entre as regiões do casco, observou-se que as lâminas primárias são menores no terço proximal e maiores na pinça, enquanto as menores lâminas secundárias estão no terço proximal e no quarto medial. Os resultados sugerem que a morfologia das lâminas nas diversas regiões do casco sofra influência do trabalho realizado pelo animal, assim como, das diferentes distribuições de força existentes no mesmo.


#18 - Bone plates produced from equine cortical bone in rabbits femoral osteosynthesis, 33(10):1201-1207

Abstract in English:

ABSTRACT.- Milori F.P., Prado A.M.R.B., Quitzan J., Souza R.S., Cirio S.M. & Dornbusch P.T. 2013. [Bone plates produced from equine cortical bone in rabbits femoral osteosynthesis.] Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhos. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(10):1201-1207, Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Campus II, Rodov. BR-376 Km 14, Cx. Postal 129, São José dos Pinhais, PR 83010-500, Brazil. E-mail: fernandomilori@yahoo.com.br Actually, technological advances have contributed to the development and improvement of new materials for implants. Despite the fundamental benefits provided by orthopedic materials, complications resulting from corrosion, degradation, infection, and others may occur. The knowledge of characteristics of the biomaterials is important to predict their behavior in vivo, supporting that the most suitable compound is chosen to reconstruct the bone defect. Metallic plates are the most common material used for repair of long bone fractures, and they are mechanically stable and biocompatible. However, the need of removal and bone weakening are their disadvantages. In this paper, plates made from equine cortical bone were used experimentally in osteotomized rabbit femur (bone-GO Group), in a comparative study with metal plates (metal GM Group). Radiographic evaluation was performed every 30 days during 120 days, at which time was then performed femur histological analysis. During all evaluated moments of the study, there was no statistically significant difference between the two groups in callus morphometry, and complete consolidation was observed in all animals. However, it was observed that the callus was lower in GO compared to GM, all times during the study. Moreover, most of the GO animals showed complete consolidation fracture at 90 days only, whereas this occurred in GM at 60 days. There were no foreign-body cells in the histopathology exam of the GO animals, but larger amount of fibrous tissue was identified, involving this biomaterial. The plate made from horse bone represents a low cost alternative and it is very feasible, it allowed adequate stabilization of femur fracture in rabbits. In this study, the lower periosteal callus associated with a longer time for consolidation in GO suggest greater fracture stability when the bone plate was used.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Milori F.P., Prado A.M.R.B., Quitzan J., Souza R.S., Cirio S.M. & Dornbusch P.T. 2013. [Bone plates produced from equine cortical bone in rabbits femoral osteosynthesis.] Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhos. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(10):1201-1207, Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Campus II, Rodov. BR-376 Km 14, Cx. Postal 129, São José dos Pinhais, PR 83010-500, Brazil. E-mail: fernandomilori@yahoo.com.br A evolução tecnológica tem possibilitado o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de novos materiais para implantes. Apesar dos fundamentais benefícios providos pelos dispositivos ortopédicos, complicações decorrentes de corrosão, degradação, infecção, além de outras podem ocorrer. O entendimento das características dos biomateriais é fundamental para a previsibilidade do seu comportamento in vivo, fornecendo subsídios para que o composto mais adequado seja escolhido na reconstrução do defeito ósseo. As placas de origem metálica são as mais utilizadas para o reparo de fraturas de ossos longos, sendo mecanicamente resistentes e biocompatíveis. No entanto, a necessidade de remoção e o enfraquecimento do osso são suas principais desvantagens. Neste trabalho, placas produzidas a partir de osso cortical equino foram empregadas experimentalmente em fêmur osteotomizado de coelhos (Grupo osso-GO), num estudo comparativo com placas de metal (Grupo metal-GM). A avaliação radiográfica foi realizada a cada 30 dias, durante 120 dias, momento em que foi então realizada análise histológica do material em estudo. Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos com relação à morfometria do calo ósseo e consolidação óssea em todos os momentos avaliados, sendo que ambas as placas permitiram a consolidação em todos os animais. Entretanto, observou-se que o calo ósseo foi menor no GO, em relação ao GM, em todos os momentos do estudo. Por outro lado, a maior parte dos animais do GO apresentou consolidação completa da fratura aos 90 dias, enquanto que no GM isto ocorreu aos 60 dias. Não foram evidenciadas células do tipo corpo estranho na histopatologia dos animais do GO, mas maior quantidade de tecido fibroso foi identificada, envolvendo este biomaterial. A placa confeccionada com osso equino representa uma alternativa de baixo custo e muito viável, uma vez que permitiu estabilização adequada para consolidação óssea de fratura de fêmur em coelhos. Neste estudo, a menor formação de calo periosteal, associada a um tempo superior para consolidação em GO sugerem maior estabilidade da fratura onde a placa de osso foi utilizada.


#19 - Frequency of Equine Monocytic Ehrlichiosis (EME) in Brazil, 33(6):697-699

Abstract in English:

ABSTRACT.- Moreira L.M.C., Cardoso K.M., Aboud-Dutra A.E., Ferrão C.M. & Gazêta G.S. 2013. Frequency of Equine Monocytic Ehrlichiosis (EME) in Brazil. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(6):697-699. Laboratório Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses, Instituto Oswaldo Cruz, Avenida Brasil 4365, Rio de Janeiro, RJ 21040360, Brazil. E-mail: leonardo.moerbeck@ioc.fiocruz.br From a cross-sectional observational study with convenience samples, 347 blood samples from horses were collected from different physiographic regions, as follows: Santa Catarina Plateau (Santa Catarina State - SC), Médio Paraíba do Sul (São Paulo State - SP and Rio de Janeiro State - RJ), Mountainous and Metropolitan regions (Rio de Janeiro State - RJ). Samples were tested for the presence of antibodies (IgG) anti Neorickettsia risticii by indirect immunofluorescence assay (IFA). The frequency obtained in this study corroborates with the ones obtained in the U.S.A., which refers to endemic regions. Fisher’s exact test showed significant differences in the number of positive animals between regions, indicating that the probability of an animal becoming infected varies depending on the area. The CI 95% revealed no association between infection and geopolitical space. Moreover, Odds ratio test showed differences of an animal getting infected in different regions. This event could be influenced by the type of treatment used in each area, as the seasonal frequency of injury or even potential vectors. Therefore, there are seropositive animals for N. risticii in the studied areas, suggesting that this agent may be circulating in those regions. Future studies mainly based on molecular analyzes are needed to confirm these serological findings.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Moreira L.M.C., Cardoso K.M., Aboud-Dutra A.E., Ferrão C.M. & Gazêta G.S. 2013. Frequency of Equine Monocytic Ehrlichiosis (EME) in Brazil. [Relato epidemiológico da Erlichiose monocítica equina (EME) no Brasil.] Pesquisa Veterinária Brasileira 33(6):697-699. Laboratório Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses, Instituto Oswaldo Cruz, Avenida Brasil 4365, Rio de Janeiro, RJ 21040360, Brazil. E-mail: leonardo.moerbeck@ioc.fiocruz.br A partir de um delineamento observacional transversal com amostras de conveniência, 347 amostras de sangue foram coletadas de diferentes regiões fisiográficas: Planalto de Santa Catarina (Estado de Santa Catarina - SC), Região do Médio Paraíba do Sul (Estados de São Paulo - SP e Rio de Janeiro - RJ), Região Serrana e Metropolitana (ambas do Estado do Rio de Janeiro - RJ). As amostras foram testadas para a presença de anticorpos (IgG) anti-Neorickettsia risticii por imunofluorescência indireta (IFI). A prevalência obtida no presente estudo corrobora com demais resultados obtidos nos Estados Unidos da América. O Teste Exato de Fisher demonstrou diferença significativa no número de animais positivos entre as regiões, indicando assim que a probabilidade de um animal se infectar varia dependendo da região. O intervalo de confiança (IC 95%) revelou não haver associação entre a infecção e o espaço geopolítico, este evento pode ser influenciado pelo tipo de tratamento em cada área, como sazonalidade do agravo ou frequência de potenciais vetores. Assim, a soropositividade ora encontrada sugere a circulação de N. risticii nas áreas estudadas. Estudos futuros baseados, principalmente, em análises moleculares serão importantes para a confirmação dos achados sorológicos no presente trabalho.


#20 - Susceptibility profile of Brazilian Rhodococcus equi isolates to different antimicrobial classes and the presence of vapA gene, 33(6):735-740

Abstract in English:

ABSTRACT.- Girardini L.K., Gressler L.T., Costa M.M., Botton S.A., Pellegrini D.C.P. & Vargas A.C. 2013. [Susceptibility profile of Brazilian Rhodococcus equi isolates to different antimicrobial classes and the presence of vapA gene.] Perfil de suscetibilidade antimicrobiana e presença do gene vapA em Rhodococcus equi de origem humana, ambiental e equina. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(6):735-740. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Centro de Ciências Rurais, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: agueda@ccr.ufsm.br Rhodococcus equi is a facultative intracellular bacterium and etiological agent of rodococosis, an important disease that affects specially foals under six months old and leading the death generally due to pulmonary lesions. R. equi also has zoonotic potential, and it has emerged as an opportunistic pathogen in the world, specially infecting solid organ transplant recipients and immunocompromised human patients, mainly those infected by human immunodeficiency virus (HIV). Additionally, R. equi infections by healthy hosts have been reported principally in children and elderly individuals. Studies have shown an increasing level of resistance of isolates of R. equi against antibiotics commonly used to treat affected animals and humans. The virulence of this agent is associated with a protein located on a plasmid, designated vapA, it is essential for survival and replication of R. equi within macrophages. The present study evaluated the susceptibility profile of R.equi isolates from different sources against the antimicrobials most commonly used to treat animals and humans, as well as the occurrence and association of vapA gene and the antimicrobial multiple resistance index (AMRI). Sixty-seven Brazilian isolates of R. equi from different sources were analyzed: 30 clinical samples of horses, seven of human and 30 of environmental (six from soil and 24 from horse feces). To evaluate the susceptibility profile of R. equi isolates, the Kirby Bauer method was performed by using 16 drugs of 11 distinct antimicrobials classes. Additionally, those samples were also resistant to macrolides (azithromycin 6.7%, erythromycin 6% and clarithromycin 3.3%) as well as rifamycin (13%). All human and environmental samples were sensitive to macrolides and rifamycin. However, environmental isolates demonstrated high levels of resistance to penicillin and chloramphenicol. Similarly, human isolates had high level of resistance to ceftiofur, lincomycin and sulfazotrim. AMRI in all R. equi isolates ranged 0 to 0.67, in clinical samples of horses the AMRI mean value obtained was 0.19, in environmental was 0.14 and in human isolates was 0.1. Despite of high sensitivity observed in most Brazilian R. equi isolates analyzed, it was verified in clinical samples of horses different levels of resistance against all antibiotics commonly used in the treatment of rodococosis. In contrast, environmental isolates not demonstrated any resistance against antimicrobials employed in equine rodococosis therapy. In addition, in human isolates it was not observed resistance against drugs for restricted use in human rodococosis therapy. Based on the AMRI achieved in clinical horse isolates, we highlight the importance of restrictive measures and more caution to use antimicrobial drugs in R. equi infections to avoid increasing of new multidrug-resistant strains.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Girardini L.K., Gressler L.T., Costa M.M., Botton S.A., Pellegrini D.C.P. & Vargas A.C. 2013. [Susceptibility profile of Brazilian Rhodococcus equi isolates to different antimicrobial classes and the presence of vapA gene.] Perfil de suscetibilidade antimicrobiana e presença do gene vapA em Rhodococcus equi de origem humana, ambiental e equina. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(6):735-740. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Centro de Ciências Rurais, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: agueda@ccr.ufsm.br Rhodococcus equi é um micro-organismo intracelular facultativo, agente etiológico da rodococose, uma importante enfermidade que acomete principalmente potros com menos de seis meses de idade, causando a morte geralmente em decorrência de lesões pulmonares. Este agente também tem potencial zoonótico e emergiu como um patógeno oportunista no mundo, acometendo humanos imunocomprometidos, especialmente os transplantados e infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Entretanto, infecções por R. equi em hospedeiros hígidos tem sido relatadas, principalmente em crianças e idosos. Estudos tem mostrado um nível crescente na resistência de isolados de R. equi em relação aos antimicrobianos comumente utilizados no tratamento de animais e seres humanos infectados por este agente. A virulência deste pode estar associada a fatores como a cápsula de polissacarídeo, fosfolipase C e à enzima colesterol oxidase (fator equi). No entanto, uma proteína localizada em um plasmídeo, designada vapA, é essencial para a sobrevivência e replicação do agente em macrófagos. Com isso, os objetivos deste estudo foram avaliar o perfil de suscetibilidade de isolados de R. equi de diferentes fontes em relação aos antimicrobianos mais comumente utilizados na terapêutica animal e humana, bem como verificar a associação entre a presença do gene vapA e o índice de resistência múltipla aos antimicrobianos (IRMA). Neste estudo, 67 isolados brasileiros de R. qui de diferentes fontes foram analisados: 30 provenientes de amostras clínicas de equinos, sete de humanos e 30 ambientais (seis do solo e 24 de fezes de equinos). Para avaliar o perfil de suscetibilidade dos isolados utilizou-se o método de disco difusão, sendo testadas 16 drogas de diferentes classes de antimicrobianos. As amostras clínicas de equinos apresentaram as maiores taxas de resistência à penicilina (86,7%) e lincomicina (30%). Além disso, foram também resistentes a macrolídeos (azitromicina a 6,7%, eritromicina a 6% e claritromicina a 3,3%) e rifamicina (13%). Todas as amostras humanas e ambientais foram sensíveis aos macrolídeos e rifamicina. Contudo, isolados ambientais demonstraram níveis elevados de resistência à penicilina e cloranfenicol. Da mesma forma, os isolados humanos apresentaram alto nível de resistência ao ceftiofur, lincomicina e sulfazotrim. O IRMA em todos os isolados de R. equi variou de 0 a 0,67, tendo como valores médios 0,19 para as amostras clínicas de equinos, 0,14 nas ambientais e em isolados humanos foi de 0,1. Apesar da alta sensibilidade observada nos isolados analisados, verificaram-se diferentes níveis de resistência nas amostras clínicas de equinos. Em contraste, os isolados ambientais não demonstraram resistência em relação aos agentes antimicrobianos utilizados na terapia da rodococose equina. Além disso, em isolados humanos não se observou resistência contra a droga para uso restrito em terapia de humano. Com base no IRMA observado em isolados clínicos de equinos, destacamos a importância de medidas restritivas e mais cautela na utilização de antimicrobianos em infecções causadas por R. equi para evitar o aumento de novas cepas multirresistentes.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV