Resultado da pesquisa (2740)

Termo utilizado na pesquisa A.

#1891 - Proliferative analysis of trophoblastic cells in cattle.] Análise proliferativa nas células trofoblásticas em bovinos, 31(6):538-542

Abstract in English:

ABSTRACT.- Rici R.E.G., Facciotti P.R., Franciolli A.L.R., Mançanares A.C.F., Pastori J., Maria D.A. & Miglino M.A. 2011. [Proliferative analysis of trophoblastic cells in cattle.] Análise proliferativa nas células trofoblásticas em bovinos.] Análise proliferativa nas células trofoblásticas em bovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(6):538-542. Programa de Pós-Graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva 87, Cidade Universitária, São Paulo, SP 05508-270, Brazil. E-mail: roseeli@usp.br The aim of the present study was to evaluate the cell proliferative activity, by AgNORs number, in different regions of bovine placenta throughout gestation. A total of 28 bovine placentas were separated into four groups: group I (60 to 120 days), group II (121 to 170 days), group III (171 to 220 days), and group IV (221 to 290 days). It was found a greater number of AgNORs in giant trophoblastic cells (GTC) when compared with mononuclear trophoblastic cells (MTC) (p<0,001) in all regions and gestational groups analyzed, that confirms their intensive synthesis activity in trophoblast epithelium. The central region of the placentome begins an intense proliferative activity in group II, observed by clusters, while placentomes edges showed a higher number of clusters on group III. These data suggest that the central region of the placentomes began an intense proliferative activity prior to its edge, both declines at the end of pregnancy. Interplacentomal area showed a higher number of AgNORs in the group IV, suggesting a higher proliferative activity of these cells at the end of pregnancy. The results of this study indicate that the proliferative activity, as determined by the amount of intranuclear AgNORs, exhibits patterns that are not only specific to each type of trophoblastic cells, but also for each specific region of bovine placenta throughout pregnancy.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Rici R.E.G., Facciotti P.R., Franciolli A.L.R., Mançanares A.C.F., Pastori J., Maria D.A. & Miglino M.A. 2011. [Proliferative analysis of trophoblastic cells in cattle.] Análise proliferativa nas células trofoblásticas em bovinos.] Análise proliferativa nas células trofoblásticas em bovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(6):538-542. Programa de Pós-Graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva 87, Cidade Universitária, São Paulo, SP 05508-270, Brazil. E-mail: roseeli@usp.br Este estudo teve como objetivo analisar atividade proliferativa das células trofoblásticas, através da quantificação de AgNORs, em diferentes regiões da placenta bovina ao longo da gestação. Foram utilizados 28 úteros, sendo estes agrupados de acordo com as idades gestacionais: grupo I (60-120 dias); II (121- 170 dias); III (171-220 dias) e IV (221-290 dias). Foi encontrado um número significativamente maior de AgNORs nas células trofoblásticas gigantes (CTG) em relação às mononucleadas (CTM) (p<0,001) em todas as regiões e grupos gestacionais analisados, o que confirma sua intensa atividade de síntese no epitélio trofoblástico. A região central do placentônio inicia uma atividade proliferativa mais intensa já no grupo II, observada pelo número de clusters, enquanto que a margem do placentônio apresenta uma maior quantidade de clusters no grupo III. Estes dados sugerem que a região central do placentônio inicia uma intensa atividade proliferativa anteriormente a sua margem, ambas declinando no final da gestação. A área interplacentomal apresentou um maior número de AgNORs no último grupo gestacional, sugerindo uma maior atividade proliferativa dessas células no final da prenhez. Os resultados deste estudo indicam que a atividade proliferativa, determinada pela quantidade de AgNORs intranucleares, exibe padrões que são específicos não somente para cada tipo de célula trofoblástica, mas também para cada região específica da placenta bovina ao longo da gestação.


#1892 - Peritoneal fluid changes in horses subjected to small colon distension, 31(5):367-373

Abstract in English:

ABSTRACT.- Faleiros R.R., Macoris D.G., Saquetti C.H.C., Aita A.C., Farias A., Malheiros E.B. & Sampaio I.B.M. 2011. Peritoneal fluid changes in horses subjected to small colon distension. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):367-373. Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG 31270-901, Brazil. E-mail: faleiros@ufmg.br Intestinal devitalization in cases of small colon obstruction may be difficult to detect based only in clinical signs. The purpose was to serially evaluate blood and peritoneal fluid of horses subjected to small colon distension. Seventeen adult horses were allotted in three groups. In the small colon-distended group (DG, n=7) a surgically-implanted latex balloon was inflated to promote intraluminal small colon distension. In the sham-operated group (SG, n=5), the balloon was implanted but not inflated, and no surgery was done in the control group (CG, n=5). Blood and peritoneal fluid were sampled before and after (6 samples with a 30-minute interval) intestinal obstruction for cytological and biochemical analyses. No significant changes in clinical signs occurred within groups or across time during the experimental period. There were no statistical differences among SG and SG groups in hematologic and blood chemistry variables. Although total protein concentration and lactate dehydrogenase (LDH) activity in peritoneal fluid remained most of the time within reference values during the experimental period in all groups, increases from baseline values were detected in SG and DG groups. Such increases occurred earlier, progressively and with greater magnitude in the DG when compared with the SG (P<0.05). Increases from baselines values were also observed in total nucleated cells and neutrophils counts in the DG (P<0.05). In conclusion, distension of the equine small colon induced progressive subtle increases in total protein and LDH concentrations in the peritoneal fluid during the first hours. Serial evaluation of these variables in peritoneal fluid may be useful for early detection of intestinal devitalization in clinical cases of equine small colon obstruction.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Faleiros R.R., Macoris D.G., Saquetti C.H.C., Aita A.C., Farias A., Malheiros E.B. & Sampaio I.B.M. 2011. Peritoneal fluid changes in horses subjected to small colon distension. [Alterações no líquido peritoneal de equinos submetidos a distensão do cólon menor.]Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):367-373. Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinárias, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG 31270-901, Brazil. E-mail: faleiros@ufmg.br [Alterações no líquido peritoneal de equinos submetidos a distensão do cólon menor] A desvitalização do cólon menor em equinos pode ser difícil de ser detectada baseando-se apenas em sinais clínicos. O objetivo foi realizar uma avaliação seriada do líquido peritoneal de equinos submetidos à distensão do cólon menor. Dezessete cavalos adultos foram divididos aleatoriamente em três grupos. No grupo distendido (DG, n=7) um balão implantado cirurgicamente foi inflado para promover distensão do cólon menor. No grupo instrumentado (SG, n=5) o balão foi implantado, mas sem promover distensão e no grupo controle (CG, n=5) não houve anestesia ou cirurgia. Sangue e fluido peritoneal foram colhidos antes e durante 180 minutos após a cirurgia para análises citológicas e bioquímicas. Nenhuma interação significativa ocorreu entre grupos e tempos nas variáveis clínicas e hematológicas. Apesar dos valores de proteínas totais e da atividade da lactato desidrogenase (LDH) permanecerem dentro da normalidade durante quase todo o experimento, aumentos em relação aos valores basais ocorreram nos grupos SG e DG. Contudo, tais aumentos foram precoces, progressivos e em maior magnitude em DG quando comparados ao SG, mostrando que a distensão promoveu alterações significativas nessas variáveis (P<0.05). Aumentos em relação aos valores basais também ocorreram nas contagens de células totais nucleadas e neutrófilos (P<0.05). Em conclusão, a distensão experimental do cólon menor promove, nas primeiras horas, alterações subliminares progressivas nas concentrações de proteínas totais e na atividade de LDH no líquido peritoneal. Os resultados indicam que a avaliação seriada do liquido peritoneal pode ser útil para detectar desvitalização intestinal em casos clínicos de obstrução do cólon menor equino. A desvitalização do cólon menor em equinos pode ser difícil de ser detectada baseando-se apenas em sinais clínicos. O objetivo foi realizar uma avaliação seriada do líquido peritoneal de equinos submetidos à distensão do cólon menor. Dezessete cavalos adultos foram divididos aleatoriamente em três grupos. No grupo distendido (DG, n=7) um balão implantado cirurgicamente foi inflado para promover distensão do cólon menor. No grupo instrumentado (SG, n=5) o balão foi implantado, mas sem promover distensão e no grupo controle (CG, n=5) não houve anestesia ou cirurgia. Sangue e fluido peritoneal foram colhidos antes e durante 180 minutos após a cirurgia para análises citológicas e bioquímicas. Nenhuma interação significativa ocorreu entre grupos e tempos nas variáveis clínicas e hematológicas. Apesar dos valores de proteínas totais e da atividade da lactato desidrogenase (LDH) permanecerem dentro da normalidade durante quase todo o experimento, aumentos em relação aos valores basais ocorreram nos grupos SG e DG. Contudo, tais aumentos foram precoces, progressivos e em maior magnitude em DG quando comparados ao SG, mostrando que a distensão promoveu alterações significativas nessas variáveis (P<0.05). Aumentos em relação aos valores basais também ocorreram nas contagens de células totais nucleadas e neutrófilos (P<0.05). Em conclusão, a distensão experimental do cólon menor promove, nas primeiras horas, alterações subliminares progressivas nas concentrações de proteínas totais e na atividade de LDH no líquido peritoneal. Os resultados indicam que a avaliação seriada do liquido peritoneal pode ser útil para detectar desvitalização intestinal em casos clínicos de obstrução do cólon menor equino.


#1893 - Outbreak of infectious bovine keratoconjunctivitis and haemonchosis causing moratality in calves, 31(5):374-378

Abstract in English:

ABSTRACT.- Carmo P.M.S., Vargas A.C, Rissi D.R., Oliveira-Filho J.C., Pierezan F., Lucena R.B., Leivas Leite F.L. & Barros C.S.L. 2011. [Outbreak of infectious bovine keratoconjunctivitis and haemonchosis causing moratality in calves.] Surto de ceraconjuntivite infecciosa bovina e hemoncose causando mortalidade em bezerros. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):374-378. Departamento de Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, Avenida Roraima 1000, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: claudioslbarros@uol.com.br An outbreak of infectious bovine keratoconjunctivitis (IBK) with concomitant haemonchosis is described affecting a group of 116 yearling calves in southern Brazil. Twenty calves were affected and nine died. Clinical signs included wasting, marked oral mucosal pallor, serous ocular discharge, focal central corneal opacity, and reddening of the conjunctiva. More advanced stages displayed copious serous ocular discharge, corneal opacity, keratoconus, keratomalacia, and blindness. The diagnosis of IBK was based on the epidemiological, clinical, and pathological findings and confirmed by bacteriologic culture of a hemolytic strain of Moraxella bovis from the eye globe of two affected calves. The high lethality rate (45%) in this outbreak was caused by concomitant and severe haemonchosis.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Carmo P.M.S., Vargas A.C, Rissi D.R., Oliveira-Filho J.C., Pierezan F., Lucena R.B., Leivas Leite F.L. & Barros C.S.L. 2011. [Outbreak of infectious bovine keratoconjunctivitis and haemonchosis causing moratality in calves.] Surto de ceraconjuntivite infecciosa bovina e hemoncose causando mortalidade em bezerros. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):374-378. Departamento de Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, Avenida Roraima 1000, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: claudioslbarros@uol.com.br É descrito um surto de ceratoconjuntivite infecciosa bovina (CIB) e hemoncose intercorrente afetando um grupo de 116 bezerros de 1-2 anos de idade na região central do Rio Grande do Sul. Vinte bezerros foram afetados e nove morreram. Os sinais clínicos incluíam perda de peso, marcada palidez da mucosa oral, lacrimejamento, opacidade focal da córnea e avermelhamento da conjuntiva. Sinais mais avançados incluíam lacrimejamento copioso, opacidade da córnea, ceratocone, ceratomalacia e cegueira. O diagnóstico de CIB foi baseado nos achados epidemiológicos e clínico-patológicos e confirmado pela cultura de uma cepa hemolítica de Moraxella bovis dos olhos de dois terneiros afetados. O alto coeficiente de letalidade (45%) neste surto foi atribuído a grave hemoncose intercorrente.


#1894 - Prevalence of equine skin tumors diagnosed at the Laboratory of Veterinary Pathology of the Federal University Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brazil, 31(5):379-382

Abstract in English:

ABSTRACT.- Souza T.M., Brum J.S., Fighera R.A., Brass K.E. & Barros C.S.L. 2011. [Prevalence of equine skin tumors diagnosed at the Laboratory of Veterinary Pathology of the Federal University Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brazil.] Prevalência dos tumores cutâneos de equinos diagnosticados no Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):379-382. Departamento de Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: teitsouza@yahoo.com.br The aim of this study was to determine the prevalence of the equine skin tumors diagnosed at the Laboratory of Veterinary Pathology (LPV) of the Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Cases of equine skin biopsies diagnosed between January 1999 and December 2009 and filed at the LPV-UFSM were reviewed. In all cases the morphological diagnosis considered was the one written in the filed biopsy report. During the period studied 139 equine skin biopsies were submitted to the LPV-UFSM. Out of those, 108 (77.6%) were skin tumors, neoplastic or otherwise and 31 cases were non-tumoral dermatosis. Fifty three of the 108 horses were females (49.1%), 37 (34.2% %) were males and in 18 cases (16.7%) the sex was not stated in the report. Sixty six affected horse (61.1%) were purebreds, 13 (12%) were crosses and in 29 instances (26.9%) the breed was not stated in the report. The Crioulo was the most prevalent breed (44/108 [40.7%]) and the remaining 22 purebreds horses were distribute among seven different breed. The most prevalent age categories affected in decreasing order were 1-5 year-old (47/108 [43.5%]) and 6-14 year-old (21/108 [19.5%]); 12 horses (11,1%) were 15 year-old or above .Only one horse was less than 1-year-old. In 27 reports the age was not mentioned. More prevalent tumors included equine sarcoid (62/108 [57.4%]); squamous cell carcinomas (11/108 [10.2%]); pythiosis (9/108 [8.3%]); granulation tissue (“proud flesh”) (7/108 [6.5%]) and eosinophilic granuloma (4/108 [3.8%]). The remaining tumors accounted for approximately 14% of the cases.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Souza T.M., Brum J.S., Fighera R.A., Brass K.E. & Barros C.S.L. 2011. [Prevalence of equine skin tumors diagnosed at the Laboratory of Veterinary Pathology of the Federal University Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brazil.] Prevalência dos tumores cutâneos de equinos diagnosticados no Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):379-382. Departamento de Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: teitsouza@yahoo.com.br Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência das dermatopatias tumorais de equinos diagnosticadas no Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Rio Grande do Sul. Para isso, foram revisados os protocolos de biópsia de pele de equinos, arquivados no LPV-UFSM, entre janeiro de 1999 e dezembro de 2009. Em todos os casos, foram considerados os diagnósticos morfológicos que constavam nos protocolos. Durante esse período foram submetidas ao LPV-UFSM 139 amostras cutâneas de equinos. Dessas 139 amostras, 108 (77,6%) eram de tumores cutâneos, neoplásicos ou não; os outros 31 casos consistiam de dermatoses não tumorais. Dos 108 equinos, 53 (49,1%) eram fêmeas e 37 (34,2% %) eram machos, em 18 (16,7%) casos não estava descrito no protocolo o sexo. Quanto à raça, 66 (61,1%) eram de raça pura e 13 (12%) não tinham raça definida; em 29 (26,9%) protocolos não havia a descrição da raça. A raça mais prevalente foi a Crioula (44/108 [40,7%]), o restante dos 22 equinos de raça pura pertencia a outras sete raças diferentes. Quanto à idade, as categorias mais prevalentes em ordem decrescente foram a de 1-5 anos (47/108 [43,5%]) e a de 6-14 anos (21/108 [19,5%]), cavalos com 15 anos ou mais representaram 11,1% (12/108). Apenas um cavalo tinha menos de um ano de idade. Em 27 protocolos não constava a idade. Os tumores mais prevalentes incluíram: sarcoide (62/108 [57,4%]); carcinoma de células escamosas (11/108 [10,2%]); pitiose (9/108 [8,3%]); tecido de granulação (7/108 [6,5%]; e o granuloma eosinofílico (4/108 [3,8%]). Os outros tumores contaram com aproximadamente 14% dos casos.


#1895 - Relationship between lymphopenia and the persistence of alimentary papillomatosis in cattle chronically and spontaneously poisoned by bracken fern (Pteridium aquilinum), 31(5):383-388

Abstract in English:

ABSTRACT.- Masuda E.K., Kommers G.D., Rosa F.B., Barros C.S.L., Fighera R.A. & Piazer J.V.M. 2011. [Relationship between lymphopenia and the persistence of alimentary papillomatosis in cattle chronically and spontaneously poisoned by bracken fern (Pteridium aquilinum).] Relação entre a linfopenia e a persistência da papilomatose alimentar em bovinos intoxicados crônica e espontaneamente por samambaia (Pteridium aquilinum). Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):383-388. Laboratório de Patologia Veterinária, Departamento de Patologia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Maria, Avenida Roraima 1000, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail:glaukommers@yahoo.com Bovine papillomavirus type-4 (BPV-4) is responsible for the development of papillomas in the upper digestive tract (UDT) of cattle. The necessary steps for the development, growth and regression of papillomas are intimately related with the immunological status of the animal. The consumption of bracken fern (Pteridium aquilinum) has been pointed out as the major factor involved in the persistence of BPV-4 infection of the UDT. The theory involving the relationship between alimentary papillomas and the formation of squamous cell carcinomas (SCCs) suggests the persistence of alimentary papillomatosis through a chronic immunosupressive lymphopenic state induced by bracken fern. The papillomas would serve then as a development site of SCCs through the interaction of BPV-4 oncoproteins and bracken carcinogens. The objective of this study was to evaluate the relationship between lymphopenia and alimentary papillomatosis in spontaneous cases of chronic bracken fern poisoning of cattle. The age, intensity of papillomatosis and the leukon were evaluated of 40 cattle with SCCs of the UDT. Three animals had leukopenia and one had neutrophilia. The mean lymphocyte count (and standart deviation) of mild, moderate and severe papillomatosis was 5,395(±1,696)/mm3, 4,560(±1,561)/mm3 and 5,007(±1,786)/mm3, respectively. There were no statistically significant differences between the intensity of alimentary papillomasis, age and the lymphocyte count. Immunosupression by lymphopenia was a sporadic finding (three cases) in the present study. The results demonstrate that the persistence of alimentary papilomatosis in spontaneous cases of bracken fern-related SCCs of the UDT is not related to lymphopenia and it may be related to other immunological factors.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Masuda E.K., Kommers G.D., Rosa F.B., Barros C.S.L., Fighera R.A. & Piazer J.V.M. 2011. [Relationship between lymphopenia and the persistence of alimentary papillomatosis in cattle chronically and spontaneously poisoned by bracken fern (Pteridium aquilinum).] Relação entre a linfopenia e a persistência da papilomatose alimentar em bovinos intoxicados crônica e espontaneamente por samambaia (Pteridium aquilinum). Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):383-388. Laboratório de Patologia Veterinária, Departamento de Patologia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Maria, Avenida Roraima 1000, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail:glaukommers@yahoo.com Papilomavírus bovino tipo 4 (BPV-4) é responsável pelo desenvolvimento de papilomas no trato alimentar superior (TAS) de bovinos. Os passos necessários para o crescimento, o desenvolvimento e a regressão dos papilomas estão intimamente relacionados com o estado imunológico do animal. A ingestão de samambaia (Pteridium aquilinum) tem sido relacionada como o principal fator envolvido na persistência da infecção pelo BPV-4 no TAS. A teoria que estabelece a relação entre papilomatose alimentar e a formação de CCEs sugere a produção de um estado imunossupressivo crônico pela planta, permitindo a persistência dos papilomas no TAS. Os papilomas serviriam então como sítios de desenvolvimento dos CCEs através da interação entre as proteínas do BPV-4 e os carcinógenos da samambaia. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a quantidade de linfócitos circulantes e a papilomatose alimentar em casos de intoxicação espontânea crônica por P. aquilinum em bovinos com CCE no TAS. Quarenta bovinos com CCEs no TAS foram avaliados quanto à idade, à intensidade da papilomatose alimentar no TAS e ao leucograma. Três bovinos tinham leucopenia e um apresentava neutrofilia. A média de linfócitos foi de 5.395 (±1.696) na papilomatose leve, 4.560 (±1.561) na moderada e 5.007 (±1.786) na acentuada. Não houve diferença estatisticamente significativa entre o grau de papilomatose, a idade e a quantidade de linfócitos circulantes. Imunossupressão por linfopenia foi um achado esporádico (três casos) neste estudo. Os resultados indicam que a persistência da papilomatose alimentar em casos espontâneos de intoxicação crônica por samambaia em bovinos não tem relação com a quantidade de linfócitos circulantes e que talvez esteja relacionada a outros fatores imunológicos.


#1896 - A thymidine kinase-negative bovine herpesvirus 5 is highly attenuated for rabbits, but is neuroinvasive and establishes latent infection, 31(5):389-397

Abstract in English:

ABSTRACT.- Silva S.C., Brum M.C.S., Oliveira S.A.M., Weiblen R. & Flores E.F. 2011. A thymidine kinase-negative bovine herpesvirus 5 is highly attenuated for rabbits, but is neuroinvasive and establishes latent infection. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):389-397. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: eduardofurtadoflores@gmail.com Mutant viral strains deleted in non-essential genes represent useful tools to study the function of specific gene products in the biology of the virus. We herein describe an investigation on the phenotype of a bovine herpesvirus 5 (BoHV-5) recombinant deleted in the gene encoding the enzyme thymidine kinase (TK) in rabbits, with special emphasis to neuroinvasiveness and the ability to establish and reactivate latent infection. Rabbits inoculated with the parental virus (SV-507/99) (n=18) at a low titer (105.5TCID50) shed virus in nasal secretions in titers up to 104.5TCID50 for up to 12 days (average: 9.8 days [5-12]) and 5/16 developed neurological disease and were euthanized in extremis. Rabbits inoculated with the recombinant BoHV-5TKD at a high dose (107.1TCID50) also shed virus in nasal secretions, yet to lower titers (maximum: 102.3TCID50) and for a shorter period (average: 6.6 days [2-11]) and remained healthy. PCR examination of brain sections of inoculated rabbits at day 6 post-infection (pi) revealed a widespread distribution of the parental virus, whereas DNA of the recombinant BoHV-5TKD-was detected only in the trigeminal ganglia [TG] and olfactory bulbs [OB]. Nevertheless, during latent infection (52pi), DNA of the recombinant virus was detected in the TGs, OBs and also in other areas of the brain, demonstrating the ability of the virus to invade the brain. Dexamethasone (Dx) administration at day 65 pi was followed by virus reactivation and shedding by 5/8 rabbits inoculated with the parental strain (mean duration of 4.2 days [1 – 9]) and by none of seven rabbits inoculated with the recombinant virus. Again, PCR examination at day 30 post-Dx treatment revealed the presence of latent DNA in the TGs, OBs and in other areas of the brain of both groups. Taken together, these results confirm that the recombinant BoHV-5TKD is highly attenuated for rabbits. It shows a reduced ability to replicate in the nose but retains the ability to invade the brain and to establish latent infection. Additional studies are underway to determine the biological and molecular mechanisms underlying the inability of BoHV-5TKD to reactivate from latency.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Silva S.C., Brum M.C.S., Oliveira S.A.M., Weiblen R. & Flores E.F. 2011. A thymidine kinase-negative bovine herpesvirus 5 is highly attenuated for rabbits, but is neuroinvasive and establishes latent infection. [Cepa do herpesvírus bovino tipo 5 defectiva na timidina quinase é altamente atenuada para coelhos mas é neuroinvasiva e estabelece infecção latente.] Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):389-397. Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: eduardofurtadoflores@gmail.com Cepas virais mutantes defectivas em genes não essenciais se constituem em ferramentas úteis para o estudo da função de proteínas virais na biologia dos vírus. Este estudo relata uma investigação do fenótipo, em coelhos, de uma cepa recombinante do herpesvírus bovino tipo 5 (BoHV-5) defectiva na enzima timidina quinase (TK), com ênfase para a neuroinvasividade e capacidade de estabelecer e reativar a infecção latente. Coelhos inoculados com o vírus parental (SV-507/99, n=18) em baixo título (105,5TCID50) excretaram o vírus nas secreções nasais em títulos de até 104,5TCID50/mL por até 12 dias (média: 9,8 dias [5-12]) e 5/16 desenvolveram doença neurológica e morreram ou foram eutanasiados in extremis. Em contraste, coelhos inoculados com o recombinante BoHV-5TKD em alto título (107,1TCID50) excretaram o vírus em títulos inferiores (máximo 102,3TCID50/mL), por um período menor (média: 6,6 days [2-11]) e permaneceram saudáveis. A realização de PCR em seções do encéfalo no dia 6 pós-infecção (pi) revelou uma ampla distribuição do DNA do vírus parental, enquanto o DNA do vírus recombinante foi detectado apenas nos gânglios trigêmeos [TGs] e nos bulbos olfatórios [OBs]. Não obstante, durante a infecção latente (52pi), o DNA do vírus recombinante foi detectado nos TGs, OBs e em outros locais do encéfalo, demonstrando que o vírus recombinante mantém a neuroinvasividade. Tratamento com dexamethasona (Dx) no dia 65 pi resultou em reativação e excreção viral por 5/8 dos coelhos inoculados com o vírus parental (duração média de 4,2 dias [1-9]) e por nenhum dos sete coelhos inoculados com o vírus recombinante. No entanto, PCR realizado no dia 30 pós-Dx revelou a presença de DNA latente do BoHV-5TKD nos TGs, OBs e em outras áreas do encéfalo. Esses resultados confirmam que o recombinante BoHV-5TKD é altamente atenuado para coelhos. A sua capacidade de replicação na mucosa nasal é reduzida, mas mantém a capacidade de invadir o encéfalo e estabelecer infecção latente. Estudos adicionais estão em andamento para elucidar os mecanismos responsáveis pela incapacidade do recombinante de reativar a infecção latente.


#1897 - Serum and liver concentrations of copper, iron, zinc and molybdenum in sheep and goats in the state of Pernambuco, 31(5):398-406

Abstract in English:

ABSTRACT.- Marques A.V.S., Soares P.C, Riet-Correa F., Mota I.O., Silva T.L.A., Borba Neto A.V., Soares F.A.P. & Alencar S.P. 2011. [Serum and liver concentrations of copper, iron, zinc and molybdenum in sheep and goats in the state of Pernambuco.] Teores séricos e hepáticos de cobre, ferro, molibdênio e zinco em ovinos e caprinos no estado de Pernambuco. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):398-406. Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Recife, PE 52171-900, Brazil. E-mail: psoares@dmv.ufrpe.br The aim of this research was to determine serum and liver concentrations of Cu, Mo, Fe and Zn in sheep and goats slaughtered in the semiarid region of the state of Pernambuco, northeastern Brazil, during the rainy and dry seasons, and to establish if Cu deficiency which occurs in the region is primary or secondary to high levels of Mo and/or Fe. Serum and liver samples from 141 goats and 141 sheep were submitted to wet digestion in nitric-perchloric acid and analyzed by coupled plasma atomic absorption spectrophotometry (ICPOES). The mean serum concentrations of Cu were 9.85±2.71µmol/L in sheep and 11.37±2.57µmol/L in goats. Mean Cu liver concentrations were 158.45±83.05mg/kg in sheep and 152.46±79.58mg/kg in goats. Mean serum concentrations of Fe were 35.58±14.89µmol/L in sheep and 25.06±8.10µmol/L in goats. Mean liver concentrations of Fe were 156.10±55.99mg/kg in sheep and 210.53±121.99mg/kg in goats. Mean serum concentrations of Mo were 0.28±0.11µmol/L in goats and 0.31±0.16µmol/L in sheep. Mean liver concentrations of Mo were 6.53±4.13mg/kg in goats and 8.10±4.01mg/kg in sheep. Mean serum concentrations of Zn were 11.9±6.07µmol/L in sheep and 11.79±7.42µmol/L in goats. Mean liver concentrations of Zn were 126.43±51.50mg/kg in sheep and 132.91±55.28mg/kg in goats. Based on Cu serum and liver concentrations and on the sporadic occurrence of enzootic ataxia, Cu supplementation is recommended for grazing sheep and goats during the dry and the rainy seasons. Considering that serum and hepatic concentrations of Fe and Mo are within normal ranges or are marginal, it is suggested that the low Cu concentrations are not related with high Fe or Mo ingestion. Non significant differences were observed between serum and liver con-centrations of Cu and Mo, and between serum concentrations of Fe in samples collected during the rainy season and the dry season. Liver concentrations of Fe and serum and liver concentrations of Zn were significantly higher during the rainy season. Taking into account that serum and liver Zn concentrations in sheep and goats are considered marginal, supple-mentation with Zn is suggested for grazing sheep and goats, mainly during the dry season. O trabalho objetivou conhecer os teores de Cu, Mo, Fe e Zn em soro e fígado de ovinos e caprinos criados na região semiárida do estado de Pernambuco e abatidos nas épocas da chuva e seca, e estabelecer se a carência de Cu é causada por deficiência primária de Cu ou secundária à ingestão de quantidades excessivas de Fe ou Mo. Amostras de soro e fígado de 141 ovinos e 141 caprinos foram submetidas à digestão úmida em ácido nítrico-perclórico e, posteriormente, analisados em espectrofotômetro de absorção atômica indutivamente acoplado (ICPOES). A concentração sérica de Cu em caprinos teve uma média de 9,85±2,71µmol/L e em caprinos de 11,37±2,57µmol/L, enquanto que a concentração hepática média foi de 158,45±83,05mg/kg para ovinos e 152,46±79,58mg/kg pa-ra caprinos. Os teores séricos de Fe foram de 35,58± 14,89µmol/L em ovinos e de 25,06±8,10µmol/L em caprinos e as concentrações no fígado foram de 156,10±55,99mg/kg em ovinos e 210,53±121,99mg/kg em caprinos. As concentrações médias séricas de Mo foram de 0,28±0,11µmol/L em caprinos e 0,31±0,16µmol/L em ovinos, enquanto que no fígado sua concentração foi de 6,53±4,13mg/kg e 8,10± 4,01mg/kg, respectivamente. A concentração sérica de Zn foi de 11,9±6,07µmol/L em ovinos e 11,79±7,42µmol/L em caprinos e a concentração no fígado foi de 126,43 ±51,50mg/kg e 132,91±55,28mg/kg em ovinos e caprinos, respectivamente. Verificou-se variação na concentração destes minerais considerando os fatores de variação, como o período sazonal, espécie e sexo. Baseado nos valores observados, considerados marginais, e na ocorrência de surtos de ataxia enzoótica em caprinos e ovinos na região, recomenda-se a suplementação com Cu em animais a campo, tanto na seca quanto na chuva. Considerando as concentrações séricas e hepáticas de Fe e Mo, sugere-se que as concentrações marginais de Cu não estejam diretamente relacionadas com o excesso destes minerais. Não foram encontradas diferenças significantes nas concentrações séricas e hepáticas de Cu e Mo e nas concentrações séricas de Fe entre as amostras coletadas na época da chuva a as coletadas na época seca. As concentrações hepáticas de Fe e as concentrações séricas e hepáticas de Zn foram significativamente maiores na época da chuva. Considerando que os teores de Zn sérico encontram-se abaixo dos valores considerados como marginais e os hepáticos dentro do limite de normalidade, embora próximos ao limite inferior da referência, recomenda-se a suplementação com Zn, principalmente durante o período da seca.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Marques A.V.S., Soares P.C, Riet-Correa F., Mota I.O., Silva T.L.A., Borba Neto A.V., Soares F.A.P. & Alencar S.P. 2011. [Serum and liver concentrations of copper, iron, zinc and molybdenum in sheep and goats in the state of Pernambuco.] Teores séricos e hepáticos de cobre, ferro, molibdênio e zinco em ovinos e caprinos no estado de Pernambuco. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):398-406. Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n, Recife, PE 52171-900, Brazil. E-mail: psoares@dmv.ufrpe.br O trabalho objetivou conhecer os teores de Cu, Mo, Fe e Zn em soro e fígado de ovinos e caprinos criados na região semiárida do estado de Pernambuco e abatidos nas épocas da chuva e seca, e estabelecer se a carência de Cu é causada por deficiência primária de Cu ou secundária à ingestão de quantidades excessivas de Fe ou Mo. Amostras de soro e fígado de 141 ovinos e 141 caprinos foram submetidas à digestão úmida em ácido nítrico-perclórico e, posteriormente, analisados em espectrofotômetro de absorção atômica indutivamente acoplado (ICPOES). A concentração sérica de Cu em caprinos teve uma média de 9,85±2,71µmol/L e em caprinos de 11,37±2,57µmol/L, enquanto que a concentração hepática média foi de 158,45±83,05mg/kg para ovinos e 152,46±79,58mg/kg pa-ra caprinos. Os teores séricos de Fe foram de 35,58± 14,89µmol/L em ovinos e de 25,06±8,10µmol/L em caprinos e as concentrações no fígado foram de 156,10±55,99mg/kg em ovinos e 210,53±121,99mg/kg em caprinos. As concentrações médias séricas de Mo foram de 0,28±0,11µmol/L em caprinos e 0,31±0,16µmol/L em ovinos, enquanto que no fígado sua concentração foi de 6,53±4,13mg/kg e 8,10± 4,01mg/kg, respectivamente. A concentração sérica de Zn foi de 11,9±6,07µmol/L em ovinos e 11,79±7,42µmol/L em caprinos e a concentração no fígado foi de 126,43 ±51,50mg/kg e 132,91±55,28mg/kg em ovinos e caprinos, respectivamente. Verificou-se variação na concentração destes minerais considerando os fatores de variação, como o período sazonal, espécie e sexo. Baseado nos valores observados, considerados marginais, e na ocorrência de surtos de ataxia enzoótica em caprinos e ovinos na região, recomenda-se a suplementação com Cu em animais a campo, tanto na seca quanto na chuva. Considerando as concentrações séricas e hepáticas de Fe e Mo, sugere-se que as concentrações marginais de Cu não estejam diretamente relacionadas com o excesso destes minerais. Não foram encontradas diferenças significantes nas concentrações séricas e hepáticas de Cu e Mo e nas concentrações séricas de Fe entre as amostras coletadas na época da chuva a as coletadas na época seca. As concentrações hepáticas de Fe e as concentrações séricas e hepáticas de Zn foram significativamente maiores na época da chuva. Considerando que os teores de Zn sérico encontram-se abaixo dos valores considerados como marginais e os hepáticos dentro do limite de normalidade, embora próximos ao limite inferior da referência, recomenda-se a suplementação com Zn, principalmente durante o período da seca.


#1898 - Equine leukoencephalomalacia (ELEM) due to fumonisins B1 and B2 in Argentina, 31(5):407-412

Abstract in English:

ABSTRACT.- Giannitti F., Diab S.S., Pacin A.M., Barrandeguy M., Larrere C., Ortega J. & Uzal F.A. 2011. Equine leukoencephalomalacia (ELEM) due to fumonisins B1 and B2 in Argentina. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):407-412. Laboratorio de Diagnóstico Veterinario, calle 25 de Mayo 139, Bahía Blanca (8000), Buenos Aires, Argentina. E-mail: fgiannitti@yahoo.com In August 2007 an outbreak of neurological disease and sudden death in Arabian horses occurred in a farm located in Coronel Rosales County, Buenos Aires Province, Argentina. The animals were on a pasture of native grasses and supplemented ad libitum with corn kernels and wheat bran. Three horses were observed having acute neurologic signs including blindness, four leg ataxia, hyperexcitability, aimless walking and circling, followed by death in two of them. Four other horses were found dead overnight without a history of neurologic signs. The morbidity, mortality and lethality rates were 11.6%, 10% and 85.7%, respectively. Grossly, the brain showed focal areas of hemorrhage, brown-yellow discoloration and softening of the sub-cortical white matter. The microscopic brain lesions consisted of extensive areas of malacia within the white matter of the cerebral hemispheres, brainstem and cerebellum, characterized by rarefaction of the white matter with cavitations filled with proteinaceous edema, multifocal hemorrhages and mild infiltration by neutrophils, and rare eosinophils. Swollen glial cells with abundant eosinophilic cytoplasm, distinct cell borders, intracytoplasmic deeply eosinophilic globules and eccentric, hyperchromatic, occasionally pyknotic nucleus were present throughout the areas of rarefaction hemorrhage, edema and necrosis. The feed supplements contained 12,490µg/kg of fumonisin B1 and 5,251µg/kg of fumonisin B2. This is the first reported outbreak of ELEM associated with consumption of feed supplements containing high concentrations of fumonisins in Argentina.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Giannitti F., Diab S.S., Pacin A.M., Barrandeguy M., Larrere C., Ortega J. & Uzal F.A. 2011. Equine leukoencephalomalacia (ELEM) due to fumonisins B1 and B2 in Argentina. [Leucoencefalomalacia equina devida a fumonisinas B1 e B2 na Argentina.] Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):407-412. Laboratorio de Diagnóstico Veterinario, calle 25 de Mayo 139, Bahía Blanca (8000), Buenos Aires, Argentina. E-mail: fgiannitti@yahoo.com Em agosto de 2007, ocorreu um surto de doença neurológica e morte súbita em cavalos árabes em uma propriedade localizada no município de Coronel Rosales, na província de Buenos Aires, Argentina. Os animais estavam em pasto nativo e eram suplementados ad libitum com grãos de milho e farelo de trigo. Três cavalos foram observados com sinais neurológicos agudos, incluindo cegueira, ataxia nas quatro pernas, hiperexcitabilidade, e andar sem rumo e em círculo, seguidos de morte em dois animais. Outros quatro cavalos foram encontrados mortos durante a noite sem histórico de distúrbios neurológicos. A mortalidade, morbidade e letalidade foram de 11,6%, 10% e 85,7%, respectivamente. Macroscopicamente, o cérebro tinha áreas focais de hemorragia, coloração amarelada e amolecimento da substância branca sub-cortical. Microscopicamente, as lesões cerebrais consistiram de extensas áreas de malácia na substância branca dos hemisférios cerebrais, do tronco encefálico e do cerebelo. Estas lesões da substância branca se caracterizaram por rarefação, cavidades contendo fluido proteináceo (edema), hemorragias multifocais e moderado infiltrado por neutrófilos e raros eosinófilos. Células gliais tumefeitas com abundante citoplasma eosinifílico, limites celulares evidentes, globules citoplasmáticos eosinofílicos, e núcleo excéntrico, hipercromático e ocasionalmente picnótico foram observadas nas areas de rarefacção, edema, hemorragias e necrose. Os suplementos alimentares continham 12.490µg/kg de fumonisina B1 e 5.251µg/kg de fumonisina B2. Este é o primeiro surto reportado na Argentina de leucoencefalomalácia equina associado ao consumo de suplementos alimentares contendo altas concentrações de fumonisinas.


#1899 - Pulmonary hemorrhage in horses seropositive to leptospirosis, 31(5):413-415

Abstract in English:

ABSTRACT.- Hamond C., Martins G., Reis J., Kraus E., Pinna A. & Lilenbaum W. 2011. Pulmonary hemorrhage in horses seropositive to leptospirosis. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):413-415. Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ 24210-030, Brazil. E-mail: mipwalt@vm.uff.br The aim of this study was to verify the occurrence and severity of pulmonary hemorrhage (PH) in horses seropositive or not to leptospirosis. A total of 84 training horses were tested for anti-Leptospira antibodies and submitted to endoscopy of the upper airways 30-60 minutes after exercise. Forty-nine (46.4%) horses were seropositive (titer³100) to serovar Copenhageni. Seventeen horses (20.2%) presented PH in different grades, significantly more commonly observed in seropositives (34.7%) than seronegatives (8.6%) (p<0.05), and also more severe in the first. Additionally, a seropositive horse is 4.26 times more likely (OR) to present PH than a seronegative one. Fifteen days after specific antibiotic treatment for leptospirosis a significant improvement in grade of hemorrhage was observed. Therefore it is suggested that leptospirosis may potentiate the severity of PH and that specific antibiotic treatment directed towards leptospirosis may help to control the disease.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Hamond C., Martins G., Reis J., Kraus E., Pinna A. & Lilenbaum W. 2011. Pulmonary hemorrhage in horses seropositive to leptospirosis. [Hemorragia pulmonar em cavalos soropositivos para leptospirose.] Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):413-415. Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ 24210-030, Brazil. E-mail: mipwalt@vm.uff.br O objetivo foi estudar a ocorrência e severidade de hemorragia pulmonar (HP) em cavalos soropositivos ou não à leptospirose. Um total de 84 cavalos em treinamento foi testado para anticorpos anti-Leptospira e submetidos à endoscopia das vias aéreas superiores de 30-60 minutos após exercício. Quarenta e nove (46,4%) animais foram soropositivos (títulos³100) para o serovar Copenhageni. Dezessete cavalos (20,2%) apresentaram HP, significativamente mais observada em soropositivos (34,7%) do que em soronegativos (8,6%) (p<0,05) e também mais grave nos primeiros. Adicionalmente, um cavalo soropositivo tem 4,26 mais chances (OR) de apresentar PH do que um soronegativo. Quinze dias após o tratamento com antibiótico específico para leptospirose uma melhoria significativa no grau de hemorragia foi observada. Portanto, sugere-se que a leptospirose pode potencializar a severidade da HP e que o tratamento com antibióticos específicos recomendados para leptospirose pode ajudar a controlá-la.


#1900 - Clinical aspects and ruminal chemistry in goats with lactic acidosis and sodic monensin supplementation, 31(5):416-424

Abstract in English:

ABSTRACT.- Miranda Neto E.G., Silva S.T.G., Mendonça C.L., Drummond A.R.F. & Afonso J.A.B. 2011. [Clinical aspects and ruminal chemistry in goats with lactic acidosis and sodic monensin supplementation.] Aspectos clínicos e a bioquímica ruminal de caprinos submetidos à acidose láctica experimental e suplementados ou não com monensina sódica. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):416-424. Clinica de Bovinos, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Cx. Postal 152, Garanhuns, PE 55292-901, Brazil. E-mail: eldinemneto@hotmail.com The aim of the present study was to analyze clinical and laboratory findings regarding goats submitted to the incorporation of monensin in their feed and assess its effects on the prevention of experimentally induced ruminal lactic acid. Clinical aspects as well as physiochemical and microbiological characteristics of the ruminal fluid were assessed. Twenty clinically healthy, castrated, male, mixed-breed goats with a mean weight of 30kg were used, in which permanent ruminal cannulae were implanted. Two groups of ten animals were formed: A control group (CG) and a group that received 33mg/kg of monensin (GM) per animal in the diet for 40 days. Ruminal acidosis was induced by administering 10g of sucrose/kg of live weight, prior to the morning meal. Clinical observations and the collection of ruminal fluid were carried out at 4, 8, 12, 24, 32, 48 and 72h post-induction (PI). At 4 hours PI, there were signs of apathy, capricious appetite or anorexia, tachycardia, tachypnea, rumen stasis, abdominal distention and diarrhea of varying severity. The reflux of rumen fluid through the nostrils, signs of colic intestinal and serous bilateral nasal discharge was observed in some animals of the CG, and laminitis in GM. There was an average loss of body weight of 900g in CG (P>0.05) and 1.3kg in GM (P<0.05). There was a significant decrease (P<0.05) rumen pH falls below six; uptime sedimentation and flotation, viability, motility and density of protozoan, as of four hours of induction in GC and four to 24 hours in GM, the number of infusers, at 4 PI, both in CG and GM, which remained until the end of 72 hours, and the values of acetic, propionic and butyric acids in GM. The values of butyric acid in the GC reduced there is not significant difference (P>0.05). The color of the rumen fluid became milky, acid smell and watery consistency. There was a significant increase (P <0.05) the acidity, of the test time reduction of methylene blue, the values of chloride and lactic acid. The dynamics of the fauna and flora has changed, with a predominance of Gram-positive. In some animals there was no full restoration of all variables. The use of monensin did not prevent the onset of the disorder fermentation in animals that received.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Miranda Neto E.G., Silva S.T.G., Mendonça C.L., Drummond A.R.F. & Afonso J.A.B. 2011. [Clinical aspects and ruminal chemistry in goats with lactic acidosis and sodic monensin supplementation.] Aspectos clínicos e a bioquímica ruminal de caprinos submetidos à acidose láctica experimental e suplementados ou não com monensina sódica. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(5):416-424. Clinica de Bovinos, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Cx. Postal 152, Garanhuns, PE 55292-901, Brazil. E-mail: eldinemneto@hotmail.com Objetivou-se com este trabalho estudar o comportamento clínico e laboratorial de caprinos submetidos à incorporação da monensina sódica na alimentação e avaliar os seus efeitos na prevenção da acidose láctica ruminal induzida experimentalmente. Foram avaliados os aspectos clínicos como atitude, comportamento, apetite, coloração das mucosas externas, frequência cardíaca e respiratória, motilidade retículo-ruminal, temperatura retal e o aspecto das fezes, e as características físico-químicas e microbiológicas do fluido ruminal. Foram utilizados 20 caprinos, machos, castrados, cruzados Anglo Nubiana x Saanen, com peso médio de 30kg, clinicamente sadios e submetidos a implantação de cânulas ruminais permanentes. Foram formados dois grupos de 10 animais, um grupo controle (GC) e outro que recebeu a monensina sódica (GM) através da cânula, na dose diária de 33mg/kg da dieta, por animal, no decorrer de 40 dias. A acidose láctica ruminal foi induzida fornecendo 10g de sacarose/kg de peso corpóreo, antes da alimentação matinal. As observações clínicas e a colheita das amostras de fluido ruminal foram efetuadas em intervalos de 4h, 8h, 12h, 24h, 32h, 48h e 72h pós-indução (PI). A partir das 4 horas PI, evidenciou-se sinais como apatia, apetite caprichoso ou anorexia, taquicardia, taquipnéia, atonia ruminal, distensão abdominal e diarréia de intensidade variável. O refluxo de fluido ruminal pelas narinas, sinais de cólica intestinal e secreção nasal serosa bilateral foi observado em alguns animais do GC, e laminite no GM. Ocorreu perda média de peso corpóreo de 900g no GC (P>0,05) e de 1,3kg no GM (P<0,05). Houve uma diminuição significativa (P<0,05) do pH ruminal para valores abaixo de seis; do tempo de atividade de sedimentação e flotação; da viabilidade, densidade e motilidade dos protozoários, a partir das quatro horas da indução no GC e de quatro a 24 horas no GM; no número de infusórios, às 4h PI, tanto no GC como no GM, que se manteve até o final das 72h; e nos valores dos ácidos acético, propiônico e do butírico no GM. Os valores do ácido butírico no GC reduziram sem que houvesse diferença significativa (P>0,05). A cor do fluido ruminal tornou-se leitosa, o odor ácido e a consistência aquosa. Houve um aumento significativo (P<0,05) da acidez titulável, do tempo na prova de redução do azul de metileno, nos valores do teor de cloretos e do ácido láctico. A dinâmica da fauna e flora foi alterada, com predomínio de bactérias Gram-positiva. Em alguns animais não ocorreu o restabelecimento pleno das variáveis analisadas. A utilização da monensina sódica não preveniu o desencadeamento do distúrbio fermentativo nos animais que a receberam.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV