Abstract in English:
ABSTRACT.- Mazutti K., Locatelli-Dittrich R., Lunardon I., Kuchiishi S.S., Lara A.C., Zotti E. & Alberton G.C. 2013. Evaluation of the reagent test strips and microscopic examination of urine in the diagnosis of urinary tract infection in sows. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(9):1103-1108. Curso de Medicina Veterinária, Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Campus Curitiba, Rua Imaculada Conceição 1155, Prado Velho, Curitiba, PR 80215-901, Brazil. E-mail: kelly.mazutti@pucpr.br
The diagnosis of the urinary tract infection (UTI) in sows is usually performed by using reagent test strips, since it is a fast and practical method, and capable of being done at the farm. The microscopic examination of the urine is rarely used at the farm since it is a more time consuming and difficult technique. However, there are no studies on the accuracy of those two techniques for the UTI diagnosis on this species. This study aims to assess the accuracy of the reagent test strip and the urine microscopic examination in the diagnosis of ITU in sows, comparing them with the bacteriological examination of urine. In order to select the sows for this study, a chemical reagent test strip was carried out previously and a total of 139 sows were selected, 66 sows of which showed positivity to nitrite in the reagent test strip and 73 without nitrituria. Then, the next day, a new sample collection for performing a complete urinalysis was carried out from those 139 sows, which included physical, chemical, microscopic and microbiological examination of these urine samples. The results revealed that the nitrite test of the reagent strip showed 100% of specificity and 93% of sensitivity. The specificity of the microscopic examination for bacteriuria was 82% and the sensitivity was 100%. The UTI diagnosis by using reagent strips and/or the urine sediment test is reliable if compared to the urine bacteriological examination, which makes possible the rapid diagnosis of UTI in sows at the farm.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Mazutti K., Locatelli-Dittrich R., Lunardon I., Kuchiishi S.S., Lara A.C., Zotti E. & Alberton G.C. 2013. Evaluation of the reagent test strips and microscopic examination of urine in the diagnosis of urinary tract infection in sows. [Precisão da tira reagente e do exame microscópico da urina no diagnóstico de infecções do trato urinário em porcas.] Pesquisa Veterinária Brasileira 33(9):1103-1108. Curso de Medicina Veterinária, Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Campus Curitiba, Rua Imaculada Conceição 1155, Prado Velho, Curitiba, PR 80215-901, Brazil. E-mail: kelly.mazutti@pucpr.br
O diagnóstico de infecção do trato urinário (ITU) em porcas geralmente é feito com o auxílio de tiras reagentes, por ser um método rápido, prático e passível de ser realizado na própria granja. O exame microscópico da urina raramente é utilizado em granjas por ser uma técnica mais demorada e trabalhosa. No entanto, não existem estudos sobre a precisão destas duas técnicas no diagnóstico de ITU nesta espécie. O objetivo deste estudo foi avaliar a precisão da tira reagente e do exame microscópico da urina no diagnóstico de ITU em porcas, comparando-os com o exame bacteriológico da urina. Para selecionar as porcas que iriam compor o estudo foi realizado um exame químico prévio com tira reagente, do qual foram selecionadas 139 porcas, 66 positivas para nitrito na tira reagente e 73 negativas. No dia seguinte foi realizada uma nova coleta de urina destas 139 porcas para realização da urinálise completa, que incluiu os exames físico, químico, microscópico e microbiológico destas amostras de urina. Os resultados demonstraram que a prova de nitrito da tira reagente apresentou 100% de especificidade e 93% de sensibilidade. A especificidade do exame microscópico para bacteriúria foi de 82% e a sensibilidade de 100%. O diagnóstico de ITU com o uso de tiras reagentes e/ou com exame microscópico da urina é confiável, quando comparado com o exame bacteriológico da urina, o que torna possível o diagnóstico rápido de ITU em porcas na granja.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Araújo K.S.M., Nunes T.L., Oliveira M.G.C., Paiva A.L.C., Oliveira M.F. & Paula V.V. 2013. [Propofol use during anesthetic induction of Rheas (Rhea americana americana).] Uso do propofol na indução anestésica de emas (Rhea americana americana). Pesquisa Veterinária Brasileira 33(9):1121-1124. Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, BR-110 Km 47, Cx. Postal 137, Presidente Costa e Silva, Mossoró, RN 59625-900, Brazil. E-mail: valeria@ufersa.edu.br
Propofol is an intravenous anesthetic agent, which promotes rapid inductions and recovery as well, as limited toxicity. Despite its advantages, the dose and effects of such a drug on rheas has not been determined yet. This study aimed to evaluate the use of propofol in anesthesia induction of rheas, and to determine its dosage for the species. Twenty young male rheas were used, which were anesthetized with propofol administered intravenously. Heart rate (HR), respiratory rate (f), and cloacal temperature (TC) were measured before administration of propofol and soon after obtaining anesthesia. In those moments, venous blood was collected for hemogasimetric analysis. Interdigital pinch was held for evaluation of anesthesia, being determined, based on the response to the stimulus, the latency period as well as active period and anesthetic recovery. The dose able to induce anesthesia in rheas was 5mg.kg-1.The average HR, ƒ, TC levels were 138 bpm, 35rpm and 39.1°C, respectively; and after inducing the averages were 180 bpm, 25rpm and 40.6°C. Administration of propofol resulted in no significant changes in the values of oxygen partial pressure, base excess, bicarbonate, oxygen saturation, pH, and carbon dioxide partial pressure. The average induction time, active period of anesthesia and recovery time, in minutes, were respectively 2.48, 2.98 and 7.85. The dose of propofol found to rheas was compatible with those used for induction in other avian species. Propofol at a dose of 5 mg.kg-1 proved to be a safe drug for total intravenous anesthesia in rheas, enabling rapid induction and recovery from anesthesia in addition to promoting few changes in cardiorespiratory and blood gas in the species.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Araújo K.S.M., Nunes T.L., Oliveira M.G.C., Paiva A.L.C., Oliveira M.F. & Paula V.V. 2013. [Propofol use during anesthetic induction of Rheas (Rhea americana americana).] Uso do propofol na indução anestésica de emas (Rhea americana americana). Pesquisa Veterinária Brasileira 33(9):1121-1124. Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, BR-110 Km 47, Cx. Postal 137, Presidente Costa e Silva, Mossoró, RN 59625-900, Brazil. E-mail: valeria@ufersa.edu.br
O propofol é um anestésico injetável que promove indução e recuperação rápida, e toxicidade limitada. Apesar de suas vantagens, poucas pesquisas determinam a dose e os efeitos do propofol em emas. Objetivou-se com este estudo avaliar o uso do propofol na indução da anestesia de emas, bem como determinar a dose de indução anestésica do fármaco para a espécie. Foram utilizados 20 emas, machos jovens, os quais foram anestesiados com propofol, administrado por via intravenosa. A frequência cardíaca (FC) e respiratória (f), temperatura cloacal (TC) foram aferidas antes da administração do propofol e logo após a obtenção da anestesia. Nestes momentos, sangue venoso foi colhido para análise hemogasométrica. Para avaliação da anestesia, realizou-se pinçamento interdigital, sendo determinados, com base na resposta ao estímulo, o período de latência, período hábil e de recuperação anestésica. A dose capaz de promover anestesia nas emas foi de 5 mg.kg-1. As médias da FC, ƒ, TC basais foram 138 bpm, 35 rpm e 39,1°C, respectivamente e, após a indução as médias foram 180 bpm, 25 rpm e 40,6°C. A administração do propofol não resultou em alterações significativas nos valores de pressão parcial de oxigênio, excesso de base, bicarbonato, saturação de oxigênio, pH, pressão parcial de dióxido de carbono. As médias do tempo de indução, período hábil de anestesia e tempo de recuperação, em minutos, foram respectivamente 2,48; 2,98 e 7,85. A dose do propofol encontrada para emas foi compatível com as utilizadas para a indução em outras espécies de aves. O propofol, na dose de 5 mg.kg-1, mostrou-se um fármaco seguro para indução anestésica em emas, possibilitando recuperação rápida da anestesia além de promover poucas alterações cardiorrespiratórias e hemogasométricas na espécie.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Bitencourt E.H., Padilha V.S., Lima M.P.A., Beier S.L., Moraes A.N. & Oleskovicz N. 2013. [Sedative effects of the association Ketamine and Midazolam administered intranasally or intramuscular in parrots (Amazona aestiva and Amazona vinacea).] Efeitos sedativos da associação de Cetamina e Midazolam administrados pela via intranasal ou intramuscular em papagaio (Amazona aestiva e Amazona vinacea). Pesquisa Veterinária Brasileira 33(9):1125-1129. Hospital de Clínicas Veterinárias, Centro de Ciências Agroveterinárias, Universidade do Estado de Santa Catarina, Av. Luiz de Camões 2090, Lages, SC 88520-000 Brazil. E-mail: a2no@cav.udesc.br
The lack of safe sedation protocols for use in parrots in the literature, demonstrate the need to know that the anesthetics are effective in these animals. Due to low muscle mass this bird, it was noted the need to consider other routes of administration, less invasive and painful to the animal, such as intranasal. The aim of this study was to evaluate sedative effects of intranasal administration compared to intramuscular 15mg.kg-1 of Ketamine and Midazolam 1mg.kg-1. We used 14 parrots (Amazona aestiva and Amazona vinacea), adults, and mean weight of 388.5±29.1g. The animals were randomly into two groups: intramuscular (IM, n=7) and intranasal (IN, n=7). In group intramuscular, administration of anesthetics was performed in the pectoral muscles, using insulin syringes and intranasal group with a micropipette. We evaluated the latency period, duration, quality of sedation, and the total recovery time. The average for the period of latency in the IM group was 6.13±2.02 and IN group 4.84±2.37 minutes. As for the duration of sedation in the IM group was 35.81±29.56 and in IN group 24.52±14.83 minutes. Both pathways promoted adequate sedation, the mean score for the quality of sedation obtained by the IM group was 2±1.5 and 1.28±1.1 in the IN group. The total recovery time in the IM group was 27.04±11.69 and 17.67±11.64 minutes in the IN group. Although the IN group the lowest times of onset, duration and full recovery and have better scores on quality of sedation, there was no statistically significant difference between groups. The results of this study indicate that administration of ketamine (15mg.kg-1) and midazolam (1mg.kg-1) intranasal or intramuscular in parrots (Amazona aestiva/Amazona vinacea) produce adequate sedation for minor procedures, but the intranasal route could be an alternative less invasive when compared to intramuscular injection.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Bitencourt E.H., Padilha V.S., Lima M.P.A., Beier S.L., Moraes A.N. & Oleskovicz N. 2013. [Sedative effects of the association Ketamine and Midazolam administered intranasally or intramuscular in parrots (Amazona aestiva and Amazona vinacea).] Efeitos sedativos da associação de Cetamina e Midazolam administrados pela via intranasal ou intramuscular em papagaio (Amazona aestiva e Amazona vinacea). Pesquisa Veterinária Brasileira 33(9):1125-1129. Hospital de Clínicas Veterinárias, Centro de Ciências Agroveterinárias, Universidade do Estado de Santa Catarina, Av. Luiz de Camões 2090, Lages, SC 88520-000 Brazil. E-mail: a2no@cav.udesc.br
A falta de protocolos de sedação seguros para uso em papagaios na literatura demonstra a necessidade de conhecer os anestésicos que são eficazes nestes animais. Devido a pouca massa muscular desta espécie, notou-se a necessidade de estudar outra via de administração, menos invasiva e dolorosa ao animal, como a via intranasal. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos sedativos e a viabilidade da administração intranasal, em comparação à via intramuscular, de 15mg/kg de Cetamina e 1mg/kg de Midazolam. Foram utilizados 14 papagaios das espécies Amazona aestiva e Amazona vinacea, de ambos os sexos, adultos, peso médio de 388,5±29,1g. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: intramuscular (IM, n=7) e intranasal (IN, n=7). No grupo intramuscular, a administração dos anestésicos foi realizada nos músculos peitorais, utilizando seringas de insulina e no grupo intranasal, com auxílio de uma micropipeta. Avaliou-se o período de latência, tempo de duração, qualidade de sedação, e o tempo de recuperação total. A média para o período de latência no grupo IM foi de 6,13±2,02 minutos e no grupo IN de 4,84±2,37 minutos. Já para o tempo de duração da sedação no grupo IM a média foi de 35,81±29,56 e no grupo IN de 24,52±14,83 minutos. Ambas as vias promoveram sedação adequada, pois a média do escore da qualidade de sedação obtida pelo grupo IM foi 2±1,5 e pelo grupo IN 1,28±1,1. O tempo de recuperação total no grupo IM foi de 27,04±11,69 e no grupo IN de 17,67±11,64 minutos. Apesar do grupo IN ter apresentado os menores tempos de período de latência, duração e de recuperação total e ter obtido melhor escore na qualidade de sedação, não houve diferença estatística significativa entre os grupos. Os resultados obtidos neste estudo indicam que a administração de 15 mg/kg de cetamina e 1mg/kg de midazolam pela via intranasal ou intramuscular em papagaios (Amazona aestiva e Amazona vinacea) produzem sedação adequada para pequenos procedimentos como colocação de anilha, coleta de sangue e radiografias; porém a via intranasal mostrou ser uma alternativa menos invasiva quando comparado à via intramuscular.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Lima L.R., Mendes H.M.F., Magalhães J.F., Markowicz L.C., Cavalcanti C.B., Paes Leme F.O., Teixeira M.M. & Faleiros R.R. 2013. [Clinical and hematological evaluation of horses subjected to oligofructose-induced laminitis treated or not with a CXCR1/2 antagonist.] Avaliação clínica e hematológica de equinos submetidos ao modelo de laminite por oligofructose, tratados ou não com um agente antagonista de receptores CXCR1/2. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(8):992-998. Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Avenida Antônio Carlos 6627, Pampulha, Belo Horizonte, MG 30123-970, Brazil. E-mail: faleirosufmg@gmail.com
Leucocytes recruitment to tissues is an essential part of the innate immune response and an unregulated process can result in tissue damage. Thus, leucocytes infiltration has been implicated in the pathogenesis of acute laminitis. The objectives of this stud were to determine the effect of an antagonist for CXCR1/2, a chemokine receptor for neutrophils attraction on clinical signs and hematological parameters in horses given oligofructose to induce laminitis. Twelve horses were given oligofructose (10g/kg bw PO) in time 0 and divided into two groups: one treated (30mg/kg bw. ICXCR1/2 IV, times 6, 12, 18 e 24 h) and the other not treated. Cardiac and respiratory frequency, rectal temperature, mucous membrane colour, digital pulse, hoof sensitivity and Obel’s grade of lameness were recorded. Values for RBC, WBC and blood glucose, BUN, creatinin, ALT, AST, alkaline phosphatase, GGT, total bilirubin and serum protein concentrations were measured on times 0, 6, 12, 18, 24, 36, 48, 60 e 72 h. All the horses given oligofructose developed signs of endotoxemia like diarrhea, fever and leukocytosis and laminitis. Also, CXCR1/2 antagonist treatment did not cause any adverse effects. However, this substance when injected intravenously (30mg/kg) 6/6 hours in 4 applications, did not ameliorate clinical and hematological signs of endotoxemia.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Lima L.R., Mendes H.M.F., Magalhães J.F., Markowicz L.C., Cavalcanti C.B., Paes Leme F.O., Teixeira M.M. & Faleiros R.R. 2013. [Clinical and hematological evaluation of horses subjected to oligofructose-induced laminitis treated or not with a CXCR1/2 antagonist.] Avaliação clínica e hematológica de equinos submetidos ao modelo de laminite por oligofructose, tratados ou não com um agente antagonista de receptores CXCR1/2. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(8):992-998. Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Avenida Antônio Carlos 6627, Pampulha, Belo Horizonte, MG 30123-970, Brazil. E-mail: faleirosufmg@gmail.com
O recrutamento de leucócitos aos tecidos é uma parte essencial da resposta imune inata e esse processo de forma desregulada pode resultar em lesões aos tecidos. Assim, a infiltração de leucócitos tem sido implicada na patogênese de laminite aguda em equinos. Os objetivos dessa pesquisa foram verificar a ação da ICXCR1/2 sobre os sinais clínicos e parâmetros hematológicos de cavalos com laminite induzida por oligofrutose. Doze equinos receberam oligofrutose (10g/kg de peso vivo PO) no tempo 0 e foram divididos em 2 grupos: tratados (30mg/kg p.v. ICXCR1/2 IV, nos tempos 6, 12, 18 e 24 h) e não tratados. As frequências cardíaca e respiratória, temperatura retal, coloração de membranas mucosas, presença e intensidade de pulso digital, sensibilidade ao exame com pinça de casco e grau de claudicação segundo Obel, bem como parâmetros hematológicos e bioquímicos (hemograma e as concentrações sanguíneas de glicose, uréia, creatinina, ALT, AST, FA, GGT, bilirrubina total e proteína total) foram aferidos nos tempos 0, 6, 12, 18, 24, 36, 48, 60 e 72 horas . O modelo usando oligofructose foi adequado para induzir sinais de laminite e de sinais de endotoxemia, como diarreia, febre e leucocitose em cavalos sem raça definida de origem nacional. Também, não foram observadas quaisquer reações adversas clínicas ou hematológicas relacionadas ao uso intravenoso do antagonista de CXCR1/2, contudo essa substância, quando administrada na dose de 30mg/kg de peso vivo, 4 vezes ao dia, por 4 aplicações, não foi capaz de prevenir os sinais clínicos e as alterações hematológicas causadas pela administração de oligofructose nos equinos deste estudo.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Ribeiro R.R., Moura E.P., Sampaio W.M., Silva S.M., Fulgêncio G.O., Tafuri W.L., Michalick M.S.M. & Frézard F. 2013. Complement activation-related pseudoallergy in dogs following intravenous administration of a liposomal formulation of meglumine antimoniate. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(8):1016-1020. Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Campus Universitário Cruz das Almas s/n, Cruz das Almas, BA 44380-000, Brazil. E-mail: raul@ufrb.edu.br
The increasing use of nanotechnologies in advanced therapies has allowed the observation of specific adverse reactions related to nanostructures. The toxicity of a novel liposome formulation of meglumine antimoniate in dogs with visceral leishmaniasis after single dose has been investigated. Groups of 12 animals received by the intravenous route a single dose of liposomal meglumine antimoniate (group I [GI], 6.5 mg Sb/kg), empty liposomes (GII) or isotonic saline (GIII). Evaluation of hematological and biochemical parameters showed no significant changes 4 days after administration. No undesired effects were registered in the GIII. However, adverse reactions were observed in 67.7% of dogs from both groups that received liposomal formulations. The side effects began moments after bolus administration and disappeared during the first 15 minutes after treatment. Prostation, sialorrhea and defecation were the most frequent clinical signs, registered in 33.3% and 41.6 % of animals from the groups GI and GII, respectively. Tachypnea, mydriasis, miosis, vomiting and cyanosis were also registered in both groups. The adverse reactions observed in this study were attributed to the activation of the complement system by lipid vesicles in a phenomenon known as Complement Activation-Related Pseudoallergy (CARPA). The influence of the physical-chemical characteristics of liposomal formulation in the triggering of CARPA is discussed.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Ribeiro R.R., Moura E.P., Sampaio W.M., Silva S.M., Fulgêncio G.O., Tafuri W.L., Michalick M.S.M. & Frézard F. 2013. Complement activation-related pseudoallergy in dogs following intravenous administration of a liposomal formulation of meglumine antimoniate. [Pseudoalergia relacionada à ativação do complemento em cães após administração intravenosa de uma formulação lipossomal de antimoniato de meglumina.] Pesquisa Veterinária Brasileira 33(8):1016-1020. Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Campus Universitário Cruz das Almas s/n, Cruz das Almas, BA 44380-000, Brazil. E-mail: raul@ufrb.edu.br
O crescente uso das nanotecnologias nas terapias avançadas tem permitido a observação de reações adversas específicas relacionadas às nanoestruturas. A toxicidade de uma nova formulação lipossomal de antimoniato de meglumina após dose única foi avaliada em cães com leishmaniose visceral. Grupos de 12 animais receberam por via intravenosa uma dose única de antimoniato de meglumina lipossomal (grupo I [GI], 6,5 mg Sb/kg), lipossomas vazios (GII) ou solução salina isotônica (GIII). A avaliação de parâmetros hematológicos e bioquímicos não revelou alterações significativas quatro dias após a administração. Nenhum efeito indesejável foi registrado no GIII. No entanto, reações adversas foram observadas em 67,7% dos cães de ambos os grupos que receberam formulações lipossomais. Os efeitos colaterais iniciaram momentos após a administração em “bolus” e desapareceram no decurso dos primeiros 15 minutos após o tratamento. Prostração, sialorréia e defecação foram os sinais clínicos mais frequentes, registrados em 33,3% e 41,6% dos animais dos grupos GI e GII, respectivamente. Taquipnéia, midríase, miose, vômitos e cianose também foram registrados em ambos os grupos. As reações adversas observadas neste trabalho foram atribuídas à ativação do sistema complemento pelas vesículas lipídicas em fenômeno conhecido como Pseudoalergia Relacionada à Ativação do Complemento (PARAC). A influência das características físico-químicas da formulação lipossomal no desencadeamento de PARAC é abordada.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Brum J.S., Galiza G.J.N., Lucena R.B. & Barros C.S.L. 2013. [Salt poisoning in swine: epidemiological, clinical and pathological aspects and brief review of the literature.] Intoxicação por sal em suínos: aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos e breve revisão de literatura. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(7):890-900. Departamento de Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: claudioslbarros@uol.com.br
Salt poisoning occurs commonly in pigs by excessive intake of sodium chloride or by a period water deprivation for followed by free access to water. The objective of this work is to aggregate data from cases of salt poisoning, combining existing data in the literature and describe the main clinical and pathological features observed. We reviewed five outbreaks, one of which was carefully monitored. In three of them the intake of sodium chloride had been determined. Clinical signs were basically seizures with the lateral decubitus with paddling movements. Circling was observed in some cases. Sodium determination in muscle of and liver fragments, serum, cerebrospinal fluid and aqueous humor showed increased concentrations of this ion. There was eosinopenia characterizing increased recruitment eosinophils from the circulation into the brain. In all outbreaks eosinophil infiltration was observed in the meninges and the Virchow-Robin space of the cerebral cortex. Cortical laminar necrosis was more pronounced in the brain of pigs from one of the outbreaks in which animals were sick for six days. The combination of these two lesions characterizes the disease. The changes observed result from high concentrations of sodium in the brain causing cause edema that leads to increased intracranial pressure and decreased perfusion to the brain tissue causing diffuse ischemia and neuronal necrosis, with consequent malacia.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Brum J.S., Galiza G.J.N., Lucena R.B. & Barros C.S.L. 2013. [Salt poisoning in swine: epidemiological, clinical and pathological aspects and brief review of the literature.] Intoxicação por sal em suínos: aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos e breve revisão de literatura. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(7):890-900. Departamento de Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, Camobi, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: claudioslbarros@uol.com.br
ntoxicação por sal ocorre comumente em suínos por ingestão excessiva de cloreto de sódio ou por privação de água por um período de tempo, seguido de um livre acesso a água abundante. O objetivo deste trabalho é agregar dados de casos de intoxicação por sal, diagnosticados, compilar dados já existentes na literatura e caracterizar as principais alterações clínicas e patológicas observadas. Foram revisados cinco surtos, sendo que um deles foi minuciosamente acompanhado. Em três deles a ingestão de cloreto de sódio foi determinada. Os sinais clínicos eram basicamente convulsões, com intensos tremores musculares e desenvolvimento de opistótono. Os animais permaneciam em decúbito lateral, fazendo movimentos de pedalagem. Alguns andavam em círculos. Dosagens de sódio em fragmentos de músculo e de fígado, no soro, líquor e humor aquoso revelaram concentrações aumentadas do íon. A quantidade de eosinófilos circulantes foi baixa caracterizando grande recrutamento dessas células para o encéfalo. Em todos os surtos foi observada infiltração de eosinófilos nas leptomeninges e no espaço de Virchow-Robin do córtex cerebral. Necrose cortical laminar foi observada mais detalhadamente em um dos surtos onde os suínos estavam doentes há seis dias. A combinação dessas duas lesões caracteriza a doença. Todas as alterações observadas podem ser explicadas pela provável patogenia da doença em que as elevadas concentrações de sódio causam edema cerebral que leva ao aumento da pressão intracraniana e decréscimo da perfusão para o cérebro causando isquemia difusa e necrose neuronal, com consequente malacia.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Giannico A.T., Somma A.T., Lange R.R., Andrade J.N.B.M., Lima L., Souza A.C. & Montiani-Ferreira F. 2013. [Electrocardiographic values in marmosets (Callithrix penicillata).] Valores eletrocardiográficos em saguis-de-tufo-preto (Callithrix penicillata). Pesquisa Veterinária Brasileira 33(7):937-941. Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Paraná, Rua dos Funcionários 1540, Curitiba, PR 80035-050, Brazil. E-mail: amaliagiannico@uol.com.br
Knowledge of cardiac parameters in experimental animal models is essential for comparative medical research. Our study aimed to establish electrocardiographic parameters and reference values for marmosets (Callithrix penicillata). Nineteen healthy adult marmosets were used. A combination of tiletamine and zolazepam was used for chemical restrained before performing electrocardiography (ECG). A computerized ECG machine was used. Values of the ECG parameters were a mean heart rate of 264±74 beats/min, a variation MCA between 60° and -90°, a mean P wave duration of 34±6ms and amplitude of 0.132±0.051mV, a mean PR interval duration of 56±11ms, a mean QRS complex duration of 35±7ms and amplitude of 0.273±0.269mV, a mean QT interval duration 130±26ms, ST segment was isoelectric (13 animals) and with elevation (six animals) and a mean T wave amplitude of 0.19±0.083mV and positive. There was no significant difference between males and females. Thus, the electrocardiographic parameters obtained in our study in marmosets can be used as a reference values to in other future researches, providing researchers electrocardiographic parameters that contribute with the literature.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Giannico A.T., Somma A.T., Lange R.R., Andrade J.N.B.M., Lima L., Souza A.C. & Montiani-Ferreira F. 2013. [Electrocardiographic values in marmosets (Callithrix penicillata).] Valores eletrocardiográficos em saguis-de-tufo-preto (Callithrix penicillata). Pesquisa Veterinária Brasileira 33(7):937-941. Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Paraná, Rua dos Funcionários 1540, Curitiba, PR 80035-050, Brazil. E-mail: amaliagiannico@uol.com.br
O conhecimento de parâmetros cardíacos em animais modelo experimentais é essencial para a investigação médica comparativa. Nosso estudo teve como objetivo estabelecer parâmetros eletrocardiográficos e valores de referência para saguis-de-tufo-preto (Callithrix penicillata). Dezenove saguis-de-tufo-preto adultos saudáveis foram utilizados. Uma combinação de tiletamina e zolazepam foi empregada para contenção química antes da realização do exame eletrocardiográfico (ECG). Foi utilizado para o exame de ECG um equipamento computadorizado. Os valores dos parâmetros do ECG encontrados foram frequência cardíaca média de 264±74 bpm, uma variação do eixo cardíaco médio entre 60° e -90°, a duração da onda P média de 34±6ms e amplitude de 0,132±0,051mV, um intervalo PR com duração de 56±11ms, duração média do complexo QRS de 35±7ms e amplitude de 0,273±0,269mV, duração do intervalo QT de 130±26ms, segmento ST isoelétrico (13 animais) e com supradesnível (seis animais) e uma amplitude de onda T de 0,19±0,083mV e com polaridade positiva. Não houve diferença significativa entre machos e fêmeas. Os parâmetros eletrocardiográficos obtidos em nosso estudo em saguis-de-tufo-preto podem ser utilizados como referência em outras pesquisas futuras, oferecendo aos pesquisadores parâmetros eletrocardiográficos que contribuem com a literatura.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Oliveira L.S., Santos R.R.B., Melo M.B., Laranjeira D.F. & Barrouin-Melo S.M. 2013. [Computerized electrocardiography in dogs: a comparative study.] Eletrocardiografia computadorizada em cães: estudo comparativo. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(7):949-953. Departamento de Anatomia, Patologia e Clínicas, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal da Bahia, Av. Adhemar de Barros 500, Salvador, BA 40170-110, Brazil. E-mail: barrouin@ufba.br
Computerized electrocardiography (C-EKG) has been more frequently used in Veterinary Medicine. Many equipment models are available for this purpose. Due to possible device sensitivity and reproducibility differences during examination, the main goal of this study was to compare electrocardiographic parameters of dogs using two different C-EKG systems: Wincardio Micromed® (WIN) and TEB ECGPC® (TEB). Forty two healthy male and female dogs of different breeds (Cocker Spaniel, Dachshund, Labrador, Pinscher, Pitbull Terrier, Poodle, Schnauzer, Shih Tzu, Yorkshire and mongrel dogs), with age between 4 months and 16 years old were grouped according to weight and evaluated by both systems. The electrocardiographic measurements were performed on DII lead for both systems. The study showed that the TEB system was more sensitive for measurement of P wave and QRS complex duration, while the WIN system showed more sensitivity for the measurements of amplitude of the same parameters. The larger animals (26-37kg) showed greater variance in the measurements of P wave and QRS complex amplitude and duration than the groups of medium (14-25kg) or smaller (3-13kg) dogs. These differences must be considered when using diverse computerized electrocardiography systems to perform measurements due to the possibility of erratic interpretation of the results between veterinary medicine services.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Oliveira L.S., Santos R.R.B., Melo M.B., Laranjeira D.F. & Barrouin-Melo S.M. 2013. [Computerized electrocardiography in dogs: a comparative study.] Eletrocardiografia computadorizada em cães: estudo comparativo. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(7):949-953. Departamento de Anatomia, Patologia e Clínicas, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal da Bahia, Av. Adhemar de Barros 500, Salvador, BA 40170-110, Brazil. E-mail: barrouin@ufba.br
O método de eletrocardiografia computadorizada (ECG-C) vem sendo crescentemente difundido na medicina veterinária, havendo atualmente diversas marcas e modelos de eletrocardiógrafos disponíveis no mercado. Diante da possibilidade de diferenças na sensibilidade e na reprodutibilidade das medidas obtidas nos traçados, o presente estudo teve como objetivo comparar os parâmetros eletrocardiográficos de cães, obtidos por dois sistemas. Foram avaliados dois diferentes softwares computadorizados, o Wincardio Micromed® (WIN) e o modelo TEB ECGPC® (TEB). Quarenta e dois cães hígidos, de diferentes raças (Cocker Spaniel, Daschund, Labrador, Pinscher, Pit Bull Terrier Poodle, Schnauzer, Shit Tzu, Yorkshire e sem raça definida), machos e fêmeas e com idade entre 4 meses e 16 anos foram agrupados segundo o peso e examinados pelos dois sistemas. As medidas eletrocardiográficas dos diferentes traçados foram analisadas na derivação DII. Os resultados indicaram que o sistema TEB apresentou maior sensibilidade na obtenção das medidas de duração da onda P e do complexo QRS, enquanto o sistema WIN foi mais sensível para determinar as medidas de amplitude dos mesmos parâmetros. Os animais de maior porte (26-37kg) apresentaram maior variância nas medidas de duração e amplitude de onda P e duração do complexo QRS em comparação aos cães de médio (14-25kg) e pequeno (1-13kg) porte. O achado de diferenças entre os sistemas testados deve ser levado em consideração ao se empregar os diversos equipamentos para diagnóstico por meio de ECG-C na rotina clínica, de modo a evitarem-se divergências na interpretação dos exames entre diferentes prestadores de serviços veterinários.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Mendes L.C.N., Matsukuma B.H., Oliveira G., Peres L.C.T., Gerardi B., Feitosa F.L.F., Perri S.H.V. & Peiró J.R. 2013. [Effect of shearing on the skin temperature and other clinical parameters in sheep.] Efeito da tosquia na temperatura corpórea e outros parâmetros clínicos em ovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(6):817-825. Departamento de Clínica, Cirurgia e Reprodução Animal, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Estadual Paulista, Rua Clóvis Pestana 793, Araçatuba, SP 16050-680, Brazil. E-mail: lmendes@fmva.unesp.br
The aim of this study was to determine the variation of the temperature after shearing in sheep under dry and hot environment conditions and to compare the temperature changes with variation in cardiac and respiratory frequencies, ruminal movements and hydration status. Twenty Suffolk unshorn ewes were studied. Physical examination was performed in all animals three times a day at 7:00 AM, 1:00 PM and 7:00 PM, during 42 days (22 days before shearing and 20 days after shearing). The skin temperature was measured by infrared thermometer over several surfaces of the body. Data were submitted to analysis of variance, for comparisons between groups (shorn versus unshorn) at each time, and the significant difference was evaluated at level of P<0.05 by Tukey test. The respiratory frequency was statistically significant at all times. When air humidity was high, the respiratory frequencies were low. The thermal stress was clear in sheep of this study, reflecting marked changes in cardiac and respiratory frequencies and rectal temperature. The respiratory frequency was the parameter more reliable to establish a framework of thermal stress in the unshorn sheep, with values on average three times higher than those reported in the literature. The heart rate monitors the thermal variation of the environment and is also an indicator of heat stress. This variation shows the Suffolk breed is well adapted to hot climates. The correlation between the body surface temperatures with environment temperature and air humidity was negative, as explained by the effect of wool insulation, i.e. even with an increase in environment temperature and humidity, the body temperature tends to maintain a compensating balance. In the shorn animals, the correlation between skin temperature with environment temperature and air humidity showed that the skin temperature increases when the environment temperature increases. The increase in the environment temperature does not affect the body temperature of unshorn animals due the insulating effect of the wool. However, when environment temperature rises, the presence of the wool starts to affect the thermal comfort as the heat absorption is larger than the capacity of heat loss. In this study, the best thermal stress indicators were the respiratory frequency and rectal and skin temperatures. The temperatures of the skin measured at the perineum, axillae and inner thigh were considered the most reliable.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Mendes L.C.N., Matsukuma B.H., Oliveira G., Peres L.C.T., Gerardi B., Feitosa F.L.F., Perri S.H.V. & Peiró J.R. 2013. [Effect of shearing on the skin temperature and other clinical parameters in sheep.] Efeito da tosquia na temperatura corpórea e outros parâmetros clínicos em ovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(6):817-825. Departamento de Clínica, Cirurgia e Reprodução Animal, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Estadual Paulista, Rua Clóvis Pestana 793, Araçatuba, SP 16050-680, Brazil. E-mail: lmendes@fmva.unesp.br
Os objetivos deste estudo foram determinar a variação da temperatura após a tosquia de ovinos em condição ambiental quente e seca e comparar as mudanças de temperatura com variações de frequências cardíaca e respiratória, movimentos ruminais e estado de hidratação. Vinte ovelhas Suffolk não tosquiadas foram estudadas. O exame físico foi realizado em todos os animais três vezes ao dia às 7:00, 1:00 PM e 7:00 PM, durante 42 dias (22 dias antes do corte e 20 dias após o corte). A temperatura da superfície corporal foi medida pelo termómetro de infravermelho sobre vários pontos. Os dados foram submetidos à análise de variância, para comparações entre os grupos (tosquiado x não tosquiado) em cada tempo, e a diferença significativa foi avaliada em nível de P<0,05 pelo teste de Tukey. A frequência respiratória foi estatisticamente significativa em todos os horários de cólera (P<0,05). Quando a umidade do ar estava alta, as freqüências respiratórias foram baixas (P= -1). O estresse térmico foi claro em ovinos deste estudo, refletindo mudanças acentuadas nas frequências cardíaca e respiratória e temperatura retal. A frequência respiratória foi o parâmetro mais confiável para estabelecer um quadro de estresse térmico em ovelhas não tosquiadas, com valores em média de três vezes maior do que os relatados na literatura. A correlação entre as temperaturas de superfície corpórea com a temperatura ambiente e umidade do ar foi negativa, explicado pelo efeito de isolamento de lã, ou seja, mesmo com um aumento da temperatura ambiente e umidade, a temperatura do corpo tende a manter um equilíbrio de compensação. Nos animais tosquiados, a correlação entre a temperatura da pele com a temperatura ambiente e umidade do ar mostraram que a temperatura da pele aumenta quando aumenta a temperatura ambiente. O aumento da temperatura ambiente não afeta a temperatura do corpo dos animais não tosquiados devido ao efeito isolante da lã. No entanto, quando a temperatura ambiente sobe, a presença da lã começa a afetar o conforto térmico, já que a presença desta dificulta a perda de calor pela sudação. Neste estudo, os melhores indicadores de estresse térmico foram a frequência respiratória e temperaturas retais e da pele. As temperaturas da pele medidas na face interna da coxa, axilas e períneo foram consideradas as mais confiáveis.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Santos R.V., Merlini N.B., Souza L.P., Machado V.M.V., Pantoja J.C.F. & Prestes N.C. 2013. [Doppler ultrasonography in the renal evaluation of bitches diagnosed with pyometra before and after treatment with ovariohysterectomy.] Ultrassonografia Doppler na avaliação renal de cadelas diagnosticadas com piometra antes e após o tratamento com ovariosalpingohisterectomia. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(5):635-642. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Distrito de Rubião Júnior s/n, Botucatu, SP 18618-970, Brazil. E-mail: robertavaleriano@yahoo.com.br
The aim of this study was evaluate the renal hemodynamics of bitches with pyometra by means of laboratory tests, ultrasound B mode and Doppler, before and after treatment with ovariohysterectomy (OSH). This study evaluated 30 bitches with pyometra, all were subjected to OSH (moment 1) and 20 were evaluated after 7 days (moment 2). The renal perfusion, the resistivity index (RI) of the main renal artery and the interlobar arteries (cranial, middle and caudal) were statistically different between times 1 and 2 (p<0,05). There was no statistical difference for renal perfusion between the left and the right kidney at the time 1 and 2. The correlations between the IR of the main artery and the variables used to determine renal function were stablished at the time 1. For the correlated variables: urea, creatinine, proteinuria, ratio GGT/creatinine and protein/creatinine were curvilinear and positive associations with the resistivity index of the main renal artery (p<0,05), however these correlations were considered medium and weak. Comparing the RI of the main renal artery with different scores of dehydration and renal perfusion, there was statistical difference, and show increased of resistance renal in bitches with moderate reduction in renal perfusion as well as in dehydrated bitches. Were evaluated several features of renal morphology in ultrasound B mode, however, only the presence of pelvic dilatation, medullary signal and other changes as infarcts areas and diffuse hyperechoic spots in the renal cortical and medullary were statistically different from one moment to the other, most frequently at the time 2. The results of this study show that the Doppler ultrasound can identify changes of reduction in renal perfusion by color Doppler and the increasing of the resistivity index of the renal arteries in some bitches with pyometra. As well as, the ultrasound B mode, although has non-specific changes, can detect progressive renal disorders in bitches with pyometra.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Santos R.V., Merlini N.B., Souza L.P., Machado V.M.V., Pantoja J.C.F. & Prestes N.C. 2013. [Doppler ultrasonography in the renal evaluation of bitches diagnosed with pyometra before and after treatment with ovariohysterectomy.] Ultrassonografia Doppler na avaliação renal de cadelas diagnosticadas com piometra antes e após o tratamento com ovariosalpingohisterectomia. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(5):635-642. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Distrito de Rubião Júnior s/n, Botucatu, SP 18618-970, Brazil. E-mail: robertavaleriano@yahoo.com.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar a hemodinâmica renal de cadelas com piometra por meio de exames laboratoriais, ultrassonografia Modo B e Doppler, antes e após o tratamento cirúrgico com ovariosanpigohisterectomia (OSH). Foram utilizadas 30 cadelas com diagnóstico de piometra, todas foram submetidas a OSH (momento 1) e 20 foram reavaliadas sete dias após a cirurgia (momento 2). A perfusão renal, o índice de resistividade da artéria renal principal e de cada artéria interlobar (cranial, média e caudal) foi estatisticamente diferente entre os momentos 1 e 2 (p<0,05). Não foi observada diferença estatística para a perfusão renal entre o rim direito e esquerdo no momento 1 e 2. As correlações entre o índice de resistividade da artéria renal principal e as variáveis utilizadas para verificar a função renal foram estabelecidas no momento 1. Para as variáveis correlacionadas ureia, creatinina, proteinúria, relação GGT/creatinina e proteína/creatinina ocorreram associações curvilíneas e positivas com o índice de resistividade da artéria renal principal (p<0,05), no entanto essas correlações foram consideradas de média e fracas. Ao comparar o IR da artéria renal principal com diferentes escores de desidratação e perfusão renal, este foi estatisticamente diferente, e demonstrou aumento da resistência renal em cadelas com moderada redução da perfusão renal, assim como em cadelas desidratadas. Foram avaliadas diversas características de morfologia renal na ultrassonografia Modo B, no entanto, somente as variáveis presença de dilatação de pelve, sinal da medular e outras alterações como áreas de infartos e pontos hiperecogênicos difusos na cortical e medular renal foram estatisticamente distintas de um momento para o outro, com maior frequência no momento 2. Os resultados do presente trabalho demonstram que a ultrassonografia Doppler pode identificar alterações de redução na perfusão renal, por meio do Doppler colorido e o aumento do índice de resistividade das artérias renais em cadelas com piometra. Assim como, a ultrassonografia modo B, embora apresente alterações inespecíficas, pode detectar alterações renais progressivas em cadelas com piometra.