Resultado da pesquisa (54)

Termo utilizado na pesquisa Flúor

#21 - Detection of fluoroquinolone resistance in Campylobacter strains from organic poultry, 35(7):613-619

Abstract in English:

ABSTRACT.- Frasão B.S., Côrtes L.R., Nascimento E.R., Cunha N.C., Almeida V.L. & Aquino M.H.C. 2015. [Detection of fluoroquinolone resistance in Campylobacter strains from organic poultry.] Detecção de resistência às fluoroquinolonas em Campylobacter isolados de frangos de criação orgânica. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(7):613-619. Departamento de Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal Fluminense, Rua Vital Brasil Filho 64, Niterói, RJ 24230-340, Brazil. E-mail: beatrizfrasao@id.uff.br Studies have shown that resistance to quinolones in Campylobacter strains is related with Threonine-86-Isoleucine mutation. In order to investigate the presence of this mutation in sensitive and resistant Campylobacter strains to ciprofloxacin and enrofloxacin, the cecal contents of 80 broilers from organic raising chickens, slaughtered under State Inspection Service (S.I.S) of the State of Rio de Janeiro, were collected and tested for the presence of Campylobacter. The determination of ciprofloxacin and enrofloxacin susceptibility was done by disk diffusion and agar dilution methods for determining the Minimum Inhibitory Concentration (MIC). The detection of mutation in Quinolone Resistance Determinant Region (QRDR) in gyrA gene was done by sequencing. Campylobacter was isolated from 100% of the samples, being 68.75% C. jejuni and 31.25% C. coli. By the disk diffusion method, resistance to ciprofloxacin was observed in all isolates and 56.25% of the strains were resistant to enrofloxacin. By agar dilution method, all strains were resistant to ciprofloxacin (MIC ≥ 16µg/mL to ≥ 64µg/mL) and full and intermediate resistance to enrofloxacin was detected in 42.50% (MIC ≥ 4-32μg/mL) and 38.75% (MIC =2μg/mL) of the strains, respectively. Mutation Thr-86-Ile was observed in 100% of the isolates investigated. In addition to this mutation, others no silent mutations (Val-73-Glu, Ser-114-Leu, Val-88-Asp, Ala-75-Asp, Gly-119-Ser, Arg-79-Lys) and silent mutations (His-81-His, Ser-119-Ser, Ala-120-Ala, Phe-99-Phe, Ala-122-Ala, Gly-74-Gly, Ile-77-Ile, Ala-91-Ala, Leu-92-Leu, Val-93-Val, Ile-106-Ile, Thr-107-Thr, Gly-113-Gly, Ile-115-Ile, Gly-110-Gly) were detected. All the enrofloxacin-sensitive strains by the phenotypic methods had the Thr-86 to Ile substitution, which suggests other mechanisms contributing to enrofloxacin resistance in Campylobacter.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Frasão B.S., Côrtes L.R., Nascimento E.R., Cunha N.C., Almeida V.L. & Aquino M.H.C. 2015. [Detection of fluoroquinolone resistance in Campylobacter strains from organic poultry.] Detecção de resistência às fluoroquinolonas em Campylobacter isolados de frangos de criação orgânica. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(7):613-619. Departamento de Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal Fluminense, Rua Vital Brasil Filho 64, Niterói, RJ 24230-340, Brazil. E-mail: beatrizfrasao@id.uff.br Estudos têm revelado que a resistência às quinolonas em cepas de Campylobacter está relacionada à presença da mutação Treonina-86 para Isoleucina. Com o objetivo de investigar a presença dessa mutação em cepas de Campylobacter sensíveis e resistentes à ciprofloxacina e enrofloxacina, o conteúdo cecal de 80 frangos de corte de criação orgânica, abatidos sob Serviço de Inspeção Estadual (S.I.E.) do Estado do Rio de Janeiro, foram coletados e investigados para a presença de Campylobacter. A determinação da resistência à ciprofloxacina e enrofloxacina foi feita pela técnica de difusão em disco e de diluição em ágar para determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM). A detecção da mutação na Região Determinante de Resistencia às Quinolonas (RDRQ) no gene gyrA foi realizada através de sequenciamento. Campylobacter foi isolado a partir de 100% das amostras avaliadas, sendo 68,75% correspondente à C. jejuni e 31,25% à C. coli. No teste de difusão em disco, 100% das cepas foram resistentes à ciprofloxacina e 56,25% das cepas foram resistentes à enrofloxacina. No teste de diluição em ágar, todas as cepas foram resistentes à ciprofloxacina apresentando CIM variando de ≥ 16-64µg/mL, e resistência ou resistência intermediaria à enrofloxacina foi detectada em 42,50% (CIM ≥ 4-32µg/mL) e 38,75% (CIM = 2μg/mL) das cepas, respectivamente. A mutação Tre-86-Ile, foi observada em 100% das cepas analisadas. Além dessa mutação, foram observadas outras mutações não silenciosas (Val-73-Glu, Ser-114-Leu, Val-88-Asp, Ala-75-Asp, Ser-119-Gli, Arg-79-Lis) e mutações silenciosas (His-81-His, Ser-119-Ser, Ala-120-Ala, Fen-99-Fen, Ala-122-Ala, Gli-74-Gli, Ile-77-Ile, Ala-91-Ala, Leu-92-Leu, Val-93-Val, Ile-106-Ile, Tre-107-Tre, Gli-113-Gli, Ile-115-Ile, Gli-110-Gli). A observação de que cepas sensíveis à enrofloxacina pelos testes fenotípicos apresentavam a substituição Tre-86 para Ile sugere que outros mecanismos podem contribuir para a resistência à enrofloxacina em Campylobacter.


#22 - Resistance to poisoning by Amorimia septentrionalis in goats induced by ruminal inoculation of the bacteria Pigmentiphaga kullae and Ancylobacter dichloromethanicus, 35(2):125-128

Abstract in English:

ABSTRACT.- Pessoa D.A.N., Silva L.C.A., Lopes J.R.G., Macêdo M.M.S., Garino Jr F., Azevedo S.S. & Riet-Correa F. 2015. [Resistance to poisoning by Amorimia septentrionalis in goats induced by ruminal inoculation of the bacteria Pigmentiphaga kullae and Ancylobacter dichloromethanicus.] Resistência à intoxicação por Amorimia septentrionalis em caprinos, induzida pela inoculação ruminal das bactérias Pigmentiphaga kullae e Ancylobacter dichloromethanicus. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(2):125-128. Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Avenida Universitária s/n, Bairro Santa Cecília, Patos, PB 58700-970, Brazil. E-mail: danipessoavet@gmail.com In Brazil is estimated that poisoning of livestock by sodium monofluoroacetate (MFA) containing plants causes the death of about 500.000 cattle per year. The ruminal inoculation of bacteria that degrade MFA has been proposed as a way to prevent the poisoning. This study aimed to evaluate in goats resistance to the MFA-containing plant Amorimia septentrionalis induced by ruminal inoculation of the bacteria Pigmentiphaga kullae and Ancylobacter dichloromethanicus. Twelve goats, without previous contact with MFA-containing plants, were divided into two groups of six animals each. In group 1, 60ml of a mixture of the two bacteria was inoculated every day for 10 days into each goat. In group 2, the goats did not receive the bacteria. At the 10th day of inoculation, A. septentrionalis began to be administered daily at a dose of 5g/kg body weight to both groups. The administration was interrupted in each goat after first clinical signs of poisoning were observed.. The goats of group 1 showed clinical signs 5.83±2.56 days after the administration of the plant, what differed significantly (p=0.037) from goats of group 2, that showed clinical signs 2.67±0 52 days after the beginning of ingestion. The amount of A. septentrionalis ingested by inoculated goats (28.83±12.97g/kg) to cause clinical sings was significantly greater (p=0.025) than the amount ingested by the non-inoculated (12.03±3.65) goats to cause clinical signs and was also statistically different between the groups. We concluded that the intraruminal administration of Pigmentiphaga kullae and Ancylobacter dichloromethanicus increases the resistance to poisoning by MFA-containing plants.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Pessoa D.A.N., Silva L.C.A., Lopes J.R.G., Macêdo M.M.S., Garino Jr F., Azevedo S.S. & Riet-Correa F. 2015. [Resistance to poisoning by Amorimia septentrionalis in goats induced by ruminal inoculation of the bacteria Pigmentiphaga kullae and Ancylobacter dichloromethanicus.] Resistência à intoxicação por Amorimia septentrionalis em caprinos, induzida pela inoculação ruminal das bactérias Pigmentiphaga kullae e Ancylobacter dichloromethanicus. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(2):125-128. Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Avenida Universitária s/n, Bairro Santa Cecília, Patos, PB 58700-970, Brazil. E-mail: danipessoavet@gmail.com No Brasil, estima-se que as intoxicações por plantas tóxicas que contém monofluoroacetato de sódio (MFA) causam a morte de aproximadamente 500.000 bovinos ao ano. A inoculação ruminal de bactérias que degradam MFA tem sido proposta como uma forma de prevenir a intoxicação. O presente trabalho teve como objetivo avaliar, em caprinos, a resistência ao MFA presente em Amorimia septentrionalis, induzida por inoculação ruminal das bactérias Pigmentiphaga kullae e Ancylobacter dichloromethanicus. Doze caprinos, que nunca tiveram contato prévio com plantas que contêm MFA, foram divididos em dois grupos, com seis animais cada. No grupo 1, 60 mL de uma mistura das duas bactérias foi inoculada, diariamente, durante 10 dias em cada caprino. No grupo 2, os caprinos não receberam as bactérias. A partir do 10º dia de inoculação, A. septentrionalis foi administrada, diariamente, na dose de 5g/kg de peso vivo, sendo interrompida em cada animal após a observação dos primeiros sinais clínicos da intoxicação. Os caprinos do grupo 1 apresentaram sinais clínicos 5,83±2,56 dias após a administração da planta o que diferiu significativamente (p=0,037) dos caprinos do grupo 2, que apresentaram sinais clínicos aos 2,67±0,52 dias. A quantidade de planta ingerida pelos caprinos inoculados (28,83±12,97g/kg) e os não inoculados (12,03±3,65g/kg) para desencadear os sinais clínicos foi, também, estatisticamente diferente entre os grupos (p=0,025). Conclui-se que a administração intraruminal de Pigmentiphaga kullae e Ancylobacter dichloromethanicus induz resistência à intoxicação por plantas que contêm MFA.


#23 - Verification of vertical transmission of Neospora spp. in horses, 35(1):29-32

Abstract in English:

ABSTRACT.- Quevedo P.S., Avila L.F.C., Saggin A., Silveira T.R., Feijó L.S., Frey Jr F., Curcio B.R. & Farias N.A.R. 2015. [Verification of vertical transmission of Neospora spp. in horses.] Verificação da transmissão vertical de Neospora spp. em equinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(1):29-32. Laboratório de Parasitologia do Instituto de Biologia, Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal de Pelotas, Campus Universitário s/n, Pelotas, RS 96010-900, Brazil. E-mail: pedrosquevedo@hotmail.com The genre protozoan Neospora is recognized as causing reproductive disorders and miscarriages in cattle. Among the horses little is known about the effects of infection by these protozoa. It is currently accepted that the effects of infection by Neospora hughesi in horses may occur in the central nervous system, and effects of Neospora caninum infection occur in the reproductive system of mares. The present study examined the presence of class immunoglobulin G in blood serum of a population of brood mares and their foals before colostrum ingestion. For this assignment was employed indirect immunofluorescence assay (IFA) using as antigen tachyzoites of Neospora caninum, the initial dilution employed in sera of the mares was 1:50 and dilution in the serum of foals was 1:16. Were assisted 78 deliveries and all foals had their blood serum collected immediately after birth. The presence of antibodies against Neospora spp. found in mares was 50 (64%) and 32 (41%) foals were positive. Of the 50 mares that had antibodies to Neospora spp. 24 generated positive foals. Among the 28 mares unreacted eight gave birth to foals positive. Having the results we can conclude that vertical transmission occurred Neospora spp. researched in horses.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Quevedo P.S., Avila L.F.C., Saggin A., Silveira T.R., Feijó L.S., Frey Jr F., Curcio B.R. & Farias N.A.R. 2015. [Verification of vertical transmission of Neospora spp. in horses.] Verificação da transmissão vertical de Neospora spp. em equinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(1):29-32. Laboratório de Parasitologia do Instituto de Biologia, Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal de Pelotas, Campus Universitário s/n, Pelotas, RS 96010-900, Brazil. E-mail: pedrosquevedo@hotmail.com O gênero protozoário Neospora é reconhecido como causador de desordens reprodutivas e abortos em bovinos. Entre os equinos pouco se sabe sobre os efeitos da infecção por estes protozoários. Atualmente é admitido que os efeitos da infecção por Neospora hughesi em equinos possam ocorrer no sistema nervoso central e, os efeitos provocados pela infecção por Neospora caninum recaiam sobre o sistema reprodutor de éguas. O presente trabalho verificou a presença de imunoglobulinas da classe G no soro sanguíneo de uma população de éguas de cria e, em seus respectivos potros antes da ingestão do colostro. Para execução deste trabalho foi empregada técnica de imunofluorescência indireta (RIFI), utilizando como antígeno taquizoítos de Neospora caninum, a diluição inicial dos soros das éguas foi de 1:50 e a diluição do soro dos potros empregada foi de 1:16. Foram assistidos 78 partos e todos os potros tiveram seu soro sanguíneo coletado imediatamente após o nascimento. A pesquisa de anticorpos contra Neospora spp. apontou que 50 (64%) éguas e 32 (41%) potros foram positivos. Das 50 éguas que apresentaram anticorpos contra Neospora spp. 24 geraram potros positivos. Entre as 28 éguas que não reagiram, oito deram a luz a potros positivos. De posse dos resultados encontrados podemos concluir que ocorreu a transmissão vertical de Neospora spp. nos equinos pesquisados.


#24 - Repeated administration of non-toxic doses of sodium monofluoroacetate does not protect against poisoning by this compound in sheep, 34(7):649-654

Abstract in English:

ABSTRACT.- Santos A.C., Riet-Correa F., Heckler R.F., Lima S.C., Silva M.L., Rezende R., Carvalho N.M. & Lemos R.A.A. 2014. [Repeated administration of non-toxic doses of sodium monofluoroacetate does not protect against poisoning by this compound in sheep.] Administração repetida de doses não tóxicas de monofluroacetato de sódio não protege contra a intoxicação por este composto em ovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(7):649-654. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Av. Senador Filinto Müller 2443, Campo Grande, MS 79074-460, Brazil. E-mail: lap.famez@ufms.br With the objective to assess whether repeated non-toxic doses of sodium monofluoroacetate (MFA) induce resistance to poisoning by this compound, 18 sheep were randomly divided into two experimental groups of nine animals each. Sheep from Group 1 ingested non-lethal increasing doses of MFA for six periods: 0.05mg/kg for 5 days; 0.08mg/kg for 4 days; 0.08mg/kg for 4 days; 0.1mg/kg for 3 days; 0.1mg/kg for 3 days and 0.25mg/kg for 3 days. Between the first and second period of administration and between the second and third period the animals did not receive MFA for 10 consecutive days, between the third and fourth period and during the remaining periods of administration the sheep were left 15 days without ingesting MFA. Group 2 was not adapted to the ingestion of MFA and received a single dose of 1mg/kg of MFA at the same time that Group 1 was challenged. After challenge, seven sheep of Group 1 showed clinical signs of poisoning and one sheep recovered. In Group 2, all animals showed clinical signs of poisoning by MFA, however two sheep recovered. The mortality rate was 66.6% in Group 1 and 77.7% for Group 2. These results suggest that repeated administration of non-toxic doses of MFA does not protect against acute poisoning by this compound; therefore other alternatives of prophylaxis for poisoning by plants containing MFA should be searched, mainly the use of intraruminal bacteria that hydrolyze MFA.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Santos A.C., Riet-Correa F., Heckler R.F., Lima S.C., Silva M.L., Rezende R., Carvalho N.M. & Lemos R.A.A. 2014. [Repeated administration of non-toxic doses of sodium monofluoroacetate does not protect against poisoning by this compound in sheep.] Administração repetida de doses não tóxicas de monofluroacetato de sódio não protege contra a intoxicação por este composto em ovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(7):649-654. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Av. Senador Filinto Müller 2443, Campo Grande, MS 79074-460, Brazil. E-mail: lap.famez@ufms.br Com o objetivo de avaliar se repetidas doses não tóxicas de monofluoroacetato de sódio (MFA) induzem resistência à intoxicação por essa substância, 18 ovinos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais de nove animais cada. Os ovinos do Grupo 1 ingeriram doses crescentes não letais de MFA por seis períodos: 0,05mg/kg por 5 dias; 0,08mg/kg por 4 dias; 0,08mg/kg por 4 dias; 0,1mg/kg por 3 dias; 0,1mg/kg por 3 dias e 0,25mg/kg por 3 dias. Entre o primeiro e o segundo período de administração e entre o segundo e o terceiro período os animais não receberam o MFA por 10 dias consecutivos; entre o terceiro e o quarto período e dentre os demais períodos de administração, os ovinos permaneceram 15 dias sem ingerir o MFA. Quinze dias após o último período de administração os ovinos foram desafiados com a dose única de 1mg/kg de MFA. O Grupo 2 não foi adaptado a ingestão de MFA, estes ovinos receberam dose única de 1mg/kg de MFA no mesmo período em que o G1 foi desafiado. No desafio sete ovinos do Grupo 1 apresentaram sinais clínicos da intoxicação e um ovino se recuperou. No Grupo 2 todos os animais manifestaram quadro clínico da intoxicação por MFA, no entanto, dois ovinos se recuperaram. Os coeficientes de mortalidade foram de 66,6% para o Grupo 1 e de 77,7% para o Grupo 2. Os resultados deste trabalho sugerem que a administração repetida de doses não tóxicas de MFA não protege contra a intoxicação aguda por este composto, portanto, outras alternativas para a profilaxia da intoxicação por plantas que contêm MFA deverão ser pesquisadas, principalmente a utilização intraruminal de bactérias que hidrolisam MFA.


#25 - Isoflurane minimum alveolar concentration in collared peccary (Tayassu tajacu), 34(6):576-581

Abstract in English:

ABSTRACT.- Oliveira M.G.C., Morais A.M.L., Lima A.G.A., Paiva A.L.C., Nunes T.L., Passos Y.D.B., Oliveira M.F. & Paula V.V. 2014. [Isoflurane minimum alveolar concentration in collared peccary (Tayassu tajacu).] Determinação da concentração alveolar mínima do isofluorano em catetos (Tayassu tajacu). Pesquisa Veterinária Brasileira 34(6):576-581. Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, BR-110 Km 47, Presidente Costa e Silva, Mossoró, RN 59625-900, Brazil. E-mail: glauciacarlos@hotmail.com Inhalation anesthesia has been widespread in veterinary medicine. Nevertheless, its use in wild animals is still limited, having no studies on its use been observed in the species. The objective of the research was to determine the isoflurane minimum alveolar concentration (MAC) in peccaries and present the effects of its administration on the hemodynamic and respiratory variables, as well as data concerning the anesthesia recovery. The study used 10 male animals with age ranging from one to three years, from the Centro de Multiplicação de Animais Silvestres of Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Brazil. All the animals had anesthesia induced with propofol 7mg.kg-1, were intubated and connected to the anesthetic circuit with isoflurane and 100% oxygen. The supramaximal noxious stimulation used was the interdigital pinch, which was performed after 15 minutes of waiting for each provided isoflurane concentration. When negative response to the stimulus was observed, the concentration was reduced by 20%; when positive response was verified, the stimulus was stopped, being the CAM value calculated from that point. Quantitative and qualitative data regarding recovery were also observed. Shapiro-Wilk test for normality was performed, as well as Levene test for equality of variance; the variables were subjected to One Way RM ANOVA for repeated measures followed by Tukey test, and the data expressed as mean and standard deviation. The MAC of isoflurane was 2.4% and the surgical MAC equal to 3.5%. Depressive action of isoflurane on blood pressure, heart and breathing rates was observed when compared to the average of the variables on awake animals; however, during maintenance of anesthesia, they remained stable. Metabolic acidosis was observed in the pre-anesthetic, which was offset after inhalation anesthesia. Recovery was quiet and smooth. It was concluded that the isoflurane MAC for peccaries was greater than that observed in related species. Isoflurane can be used in this species, being considered safe and effective. The animals’ recovery after anesthesia with isoflurane was free from excitement.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Oliveira M.G.C., Morais A.M.L., Lima A.G.A., Paiva A.L.C., Nunes T.L., Passos Y.D.B., Oliveira M.F. & Paula V.V. 2014. [Isoflurane minimum alveolar concentration in collared peccary (Tayassu tajacu).] Determinação da concentração alveolar mínima do isofluorano em catetos (Tayassu tajacu). Pesquisa Veterinária Brasileira 34(6):576-581. Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, BR-110 Km 47, Presidente Costa e Silva, Mossoró, RN 59625-900, Brazil. E-mail: glauciacarlos@hotmail.com A anestesia inalatória vem sendo amplamente difundida na medicina veterinária, no entanto seu uso em animais selvagens ainda é restrito, não sendo observado nenhum estudo referente à sua utilização na espécie Tayassu tajacu. O objetivo da pesquisa foi determinar a concentração alveolar mínima (CAM) do isofluorano em catetos e apresentar os efeitos desta administração sobre as variáveis hemodinâmicas e respiratórias, como também a qualidade da recuperação anestésica. Utilizou-se 10 animais, machos, com idade variando de 1 a 3 anos oriundos do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Brasil. Todos os animais tiveram anestesia induzida com 7mg.kg-1 de propofol e posteriormente foram conectados a circuito anestésico com isofluorano e oxigênio 100%. O estímulo noceptivo supramáximo adotado foi pinçamento interdigital, o qual era realizado após 15 minutos de espera para cada concentração de isofluorano fornecida. Ao ser observada resposta negativa frente ao estímulo a concentração era reduzida em 20%, quando verificada resposta positiva o estímulo era cessado, calculando-se a partir daí o valor da CAM. Observou-se dados quantitativos e qualitativos referentes à recuperação. Utilizou-se o teste de normalidade de Shapiro Wilk e de homogeneidade de variânica de Levene, as variáveis avaliadas foram submetidas à One Way ANOVA-RM para medidas repetidas, seguidas por Teste Tukey, sendo os dados expressos em média e desvio padrão. A CAM do isofluorano foi de 2,4%, sendo a CAM cirúrgica igual a 3,5%. Observou-se ação depressiva do isofluorano sobre a pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória quando comparada a média dessas variáveis para animais acordados, entretanto durante a manutenção anestésica mantiveram-se estáveis. Observou-se acidose metabólica no período pré-anestésico o qual foi compensado após a realização da anestesia inalatória. A recuperação anestésica foi tranquila e rápida. Concluiu-se que a CAM do isofluorano para catetos foi maior que a observada em espécies afins. O isofluorano pode ser utilizado nesta espécie, sendo considerado seguro e eficaz. A recuperação dos animais após anestesia com isofluorano foi livre de excitação.


#26 - Detection of IgG antibodies against Trypanosoma vivax in cattle by indirect immunofluorescence test, 33(12):1423-1426

Abstract in English:

ABSTRACT.- Guerra N.R., Monteiro M.F.M., Sandes H.M.M., Cruz N.L.N., Ramos C.A.N., Santana V.L.A., Souza M.M.A. & Alves L.C. 2013. [Detection of IgG antibodies against Trypanosoma vivax in cattle by indirect immunofluorescence test.] Detecção de anticorpos IgG anti-Trypanosoma vivax em bovinos através do teste de Imunofluorescência indireta. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(12):1423-1426. Laboratório de Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manuel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE 52171-900, Brazil. E-mail: leucioalves@gmail.com Trypanosoma vivax infects a wide range of wild and domestic ungulates, causing important losses for the livestock industry. The aim of the present study was to assess the detection of IgG antibodies against T. vivax in cattle from the state of Pernambuco, Brazil. Therefore, we analyzed 2.053 blood serum samples from cattle herds of municipalities in Pernambuco, what was made by Immunofluorescence Assay. The overall seroprevalence of IgG antibodies against T. vivax in cattle was 13.93% (286/2053). The frequencies, by region, varied from 11.90% to 15.99%. Thus, the data obtained allowed to characterize the state of Pernambuco as an area of enzootic instability for T. vivax. The frequency herein reported (i.e., 13.93%) indicates that Pernambuco is an endemic area for T. vivax, this parasite being spread throughout the state.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Guerra N.R., Monteiro M.F.M., Sandes H.M.M., Cruz N.L.N., Ramos C.A.N., Santana V.L.A., Souza M.M.A. & Alves L.C. 2013. [Detection of IgG antibodies against Trypanosoma vivax in cattle by indirect immunofluorescence test.] Detecção de anticorpos IgG anti-Trypanosoma vivax em bovinos através do teste de Imunofluorescência indireta. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(12):1423-1426. Laboratório de Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manuel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife, PE 52171-900, Brazil. E-mail: leucioalves@gmail.com Trypanosoma vivax infecta uma grande variedade de animais ungulados selvagens e domésticos, podendo causar grande impacto na produção de ruminantes. Este trabalho teve como objetivo avaliar a detecção de anticorpos IgG anti-Trypanosoma vivax em bovinos provenientes do estado de Pernambuco, Brasil. Para tanto, foram analisadas 2,053 amostras de soro sanguíneo de bovinos provenientes de rebanhos de municípios do estado de Pernambuco, os quais foram analisados através da Reação de Imunofluorescência Indireta. Das amostras testadas 13,93% (286/2.053) foram reagentes para anticorpos IgG anti-Trypanosoma vivax. As freqüências, por mesorregião, variaram de 11,90% a 15,99%. Assim, os dados obtidos permitiram a caracterização do estado de Pernambuco como uma área de instabilidade enzoótica e sugere que o estado Pernambuco é área endêmica para Trypanosoma vivax e este parasito está distribuído por todo o estado.


#27 - The importance of poisoning by Amorimia pubiflora (Malpighiaceae) in cattle in Mato Grosso: experimental reproduction of the poisoning in sheep and cattle, 33(9):1049-1056

Abstract in English:

ABSTRACT.- Becker M., Caldeira F.H.B., Carneiro F.M., Oliveira L.P., Tokarnia C.H., Riet-Correa F., Lee S.T. & Colodel E.M. 2013. [The importance of poisoning by Amorimia pubiflora (Malpighiaceae) in cattle in Mato Grosso: experimental reproduction of the poisoning in sheep and cattle.] Importância da intoxicação por Amorimia pubiflora (Malpighiaceae) em bovinos em Mato Grosso: reprodução experimental da intoxicação em ovinos e bovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(9):1049-1056. Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Corrêa da Costa 2367, Cuiabá, MT 78068-900, Brazil. Email: moleta@ufmt.br In the county of Colniza, Mato Grosso, the main limitation for livestock production is the occurrence of “sudden death” in cattle, which affects in some farms up to 50% of the herd. In visits to some of the farms where the problem occurred, in 2004, 2011 and 2012, the presence of Amorimia pubiflora on the pastures was associated with the occurrence of “sudden deaths” in cattle. The deaths occurred throughout the year, however more frequently at beginning of the rainy season, when A. pubiflora sprouts in the grazing areas. The poisoning was experimentally reproduced in sheep and cattle by the administration of young leaves of the plant collected during two seasons, and in sheep by the administration of mature leaves and fruits. In the sheep that died, the first clinical signs were observed between 34min and 17h34min after the administration of the plant, and the clinical course varied from 3min to 15h20min, with a final peracute phase of 3 to 21 minutes. The main clinical signs were tachycardia, engorgement of the jugular veins, muscle trembling, apathy and reluctance to move, which were more evident when the animals were moved. The peracute final phase was characterized by generalized tremors and muscle contractions mainly of limbs, head and neck, respiratory distress and abdominal respiration, sternal and quick lateral recumbence or falling to the ground with peddling movements, opisthotonus, nystagmus, nystagmus and cyanosis of the oral mucosa, followed by death. The young leaves of A. pubiflora, independent of the collection period, were more toxic and caused death of sheep and cattle after ingestion of 2g/kg and 3g/kg respectively. Mature leaves caused death at the dose of 20g/kg, and the fruits at 5g/kg. The young leaves contained 0.015% of sodium monofluoracetate which is responsible for clinical signs of the “sudden death”. These findings show the importance of Amorimia pubiflora for cattle raising in Midwestern Brazil. The plant is toxic also for sheep causing a clinical picture similar to that reported in cattle poisoned by monofluoracetate-containing plants.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Becker M., Caldeira F.H.B., Carneiro F.M., Oliveira L.P., Tokarnia C.H., Riet-Correa F., Lee S.T. & Colodel E.M. 2013. [The importance of poisoning by Amorimia pubiflora (Malpighiaceae) in cattle in Mato Grosso: experimental reproduction of the poisoning in sheep and cattle.] Importância da intoxicação por Amorimia pubiflora (Malpighiaceae) em bovinos em Mato Grosso: reprodução experimental da intoxicação em ovinos e bovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(9):1049-1056. Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Corrêa da Costa 2367, Cuiabá, MT 78068-900, Brazil. Email: moleta@ufmt.br No município de Colniza, Mato Grosso, a principal limitação para expansão pecuária é a ocorrência de “morte súbita” em bovinos, com registros de mortalidade próxima a 50% dos animais. Em visitas realizadas em áreas de ocorrência do problema, nos anos de 2004, 2011 e 2012, constatou-se que havia coincidência entre a ocorrência de “mortes súbitas” no rebanho e a presença de Amorimia pubiflora nas pastagens. As mortes ocorrem durante todo ano, porém acentuam-se no início do período das chuvas, quando há maior quantidade de brotação nas áreas de pastoreio. A intoxicação foi reproduzida em ovinos e bovinos através da administração de folhas jovens coletadas em dois períodos do ano, e, em ovinos, através de folhas maduras e dos frutos. Nos ovinos que morreram, as primeiras manifestações clínicas foram observadas entre 34min e 17h34min após a administração da planta e a evolução clínica foi de 3min a 15h20min, com uma fase final superaguda de 3 a 21min. As principais alterações clínicas encontradas foram taquicardia, evidenciação da jugular, tremores musculares, apatia e relutância à movimentação. Todos os sinais acentuavam-se após a movimentação. A fase final superaguda foi caracterizada por relutância para caminhar, cifose, tremores e contrações musculares generalizadas, principalmente de membros, cabeça e pescoço. Notou-se também taquipneia com respiração abdominal, decúbito esternal e rapidamente lateral ou quedas em decúbito lateral, opistótono, nistagmo e cianose de mucosa oral, seguidos de morte. As folhas jovens, independentemente do período da coleta, foram mais tóxicas; causaram a morte de ovinos a partir de 2g/kg e de um bovino que ingeriu 3g/kg. Já as folhas maduras revelaram-se tóxicas e causaram morte na dose de 20g/kg e os frutos ocasionaram a morte de um ovino que ingeriu 5g/kg. Concluímos que monofluoracetato de sódio (MFA), encontrado na concentração de 0,015% nas folhas em brotação de A. pubiflora, é o princípio tóxico responsável pela “morte súbita” causada por Amorimia pubiflora. Esse estudo mostra a importância de A. pubiflora para a região Centro-Oeste do Brasil, principalmente para a pecuária bovina do município de Colniza, MT. Essa planta é tóxica, também, para ovinos e o quadro clínico é similar ao descrito para bovinos.


#28 - Induction of resistance to Palicourea aeneofusca (Rubiaceae) poisoning by the continuous administration of non-toxic doses, 33(6):731-734

Abstract in English:

ABSTRACT.- Oliveira M.D., Riet-Correa F., Carvalho F.K.L., Silva G.B., Pereira W.S. & Medeiros R. M.T. 2013. [Induction of resistance to Palicourea aeneofusca (Rubiaceae) poisoning by the continuous administration of non-toxic doses.] Indução de resistência à intoxicação por Palicourea aeneofusca (Rubiaceae) mediante administração de doses sucessivas não tóxicas. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(6):731-734. Hospital Veterinário, CSTR, Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB 58700-000, Brazil. E-mail: rmtmed@uol.com.br Palicourea aeneofusca (Müll. Arg.) Standl. is a toxic plant which contains sodium monofluoroacetate (MFA). With the objective to investigate if repeated non-toxic doses of P. aeneofusca induce resistance to the intoxication by this plant, 12 goats were distributed in two similar groups. In Group 1, resistance was induced by the administration of the dry plant, during four alternate periods: 0.02g/kg during 5 days, 0.02g/kg during 5 days, 0.03g/kg during 5 days, and 0.03g/kg during 5 days. Between the first and second period of administration and between the second and the third period, the goats did not ingest P. aeneofusca for 10 days. Between the third and the fourth administration period the goats did not ingest the plant during 15 days. One goat died suddenly during the third administration period when was ingesting 0.03g/kg. The goats from Group 2 were not adapted to the consumption of P. aeneofusca. Fifteen days after the end of the adaptation period in Group 1, both groups ingested dry P. aeneofusca in the daily dose of 0.03g/kg during 19 days. From day 20 the daily dose was increased to 0.04g/kg, which was ingested for 12 days. The goats that showed clinical signs were removed from the experiment immediately after the observation of first signs. One goat from Group 2 showed clinical signs of poisoning and died on the 12th day of ingestion, and two showed clinical signs on day 24th; one recovered and the other died. At the end of the 31 days administration period, a new group (Group 3) with three goats was introduced in the experiment to investigate if the goats that did not become poisoned in Group 2 had acquired resistance. The three goats from Group 1, five goats from Group 1, and three from Group 2 started to ingest a daily dose of 0.06g/kg of dry P. aeneofusca. On the third day of ingestion the three goats from Group 3 showed clinical signs. Two died suddenly and another recovered 10 days after the end of ingestion. All goats of Groups 1 and 2 ingested 0.06g/kg/day during nine days without showing clinical signs. These results demonstrated that non-toxic repeated doses of P. aeneofusca increase significantly the resistance to the poisoning, and that this technique possibly could be used to control the poisoning by P. aeneofusca or other toxic Palicourea species. The results of previous research work suggest that resistance is due to the proliferation of MFA degrading bacteria in the rumen.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Oliveira M.D., Riet-Correa F., Carvalho F.K.L., Silva G.B., Pereira W.S. & Medeiros R. M.T. 2013. [Induction of resistance to Palicourea aeneofusca (Rubiaceae) poisoning by the continuous administration of non-toxic doses.] Indução de resistência à intoxicação por Palicourea aeneofusca (Rubiaceae) mediante administração de doses sucessivas não tóxicas. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(6):731-734. Hospital Veterinário, CSTR, Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB 58700-000, Brazil. E-mail: rmtmed@uol.com.br Com o objetivo de comprovar se doses não tóxicas repetidas de Palicourea aeneofusca (Müll. Arg.) Standl. criam resistência à intoxicação, 12 caprinos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais de seis animais cada. No Grupo 1 foi induzida resistência mediante a administração, durante quatro períodos alternados, de 0,02g/kg das folhas dessecadas de P. aeneofusca durante 5 dias, 0,02g/kg durante 5 dias, 0,03g/kg durante 5 dias e 0,03g/kg por mais 5 dias. Entre o primeiro e o segundo período de administração e entre o segundo e o terceiro período os animais não receberam planta por 10 dias consecutivos e entre o terceiro e quarto período de administração os animais permaneceram 15 dias sem ingerir a planta. Um caprino morreu subitamente quando estava recebendo 0,03 g/kg da planta, no terceiro período de administração. O Grupo 2 não foi adaptado ao consumo de P. aeneofusca. Quinze dias após a adaptação ao consumo de P. aeneofusca do Grupo 1, os dois grupos receberam P. aeneofusca na dose diária de 0,03g/kg durante 19 dias. A partir do 20º dia de administração continuada a dose diária de P. aeneofusca foi aumentada para 0,04g/kg. Esta dose foi administrada por mais 12 dias. Os animais que mostraram sinais clínicos foram retirados do experimento imediatamente após a observação dos primeiros sinais. Um caprino do Grupo 2 apresentou sinais clínicos de intoxicação e morreu no 12º dia de administração e dois apresentaram sinais clínicos no 24º dia; um se recuperou e outro morreu. Após finalizada esta fase do experimento e para comprovar se os caprinos que não tinham adoecido no Grupo 2 tinham também adquirido resistência, foi introduzido outro grupo com três caprinos. Esses três caprinos (Grupo 3), os cinco caprinos do Grupo 1 e os três sobreviventes do Grupo 2, ingeriram uma dose diária de 0,06g/kg. Os três caprinos do Grupo 3 adoeceram no terceiro dia após o início da ingestão, dois morreram em forma hiperaguda e o outro recuperou-se após 10 dias. Todos os caprinos dos Grupos 1 e 2 ingeriram P. aeneofusca na dose de 0,06g/kg/dia durante nove dias sem apresentar nenhum sinal clínico. Os resultados deste trabalho demonstram que a administração de doses não tóxicas repetidas de P. aeneofusca aumentam significativamente á resistência à intoxicação e que esta técnica poderia ser utilizada para o controle da intoxicação por P. aeneofusca e outras espécies de Palicourea com similar toxicidade. Os resultados de pesquisas anteriormente realizados sugerem que a resistência à intoxicação por plantas que contêm MFA é devida a proliferação de bactérias que degradam MFA no rúmen.


#29 - Comparison of indirect ELISA and indirect immunofluorescence in detection of antibodies to Neospora caninum in buffaloes (Bubalus bubalis), 33(4):431-434

Abstract in English:

ABSTRACT.- Silva S.P., Mota R.A., Faria E.B., Casseb A.R., Casseb L.M.N. & Dias H.L.T. 2013. [Comparison of indirect ELISA and indirect immunofluorescence in detection of antibodies to Neospora caninum in buffaloes (Bubalus bubalis).] Comparação das técnicas de ELISA indireto e Imunofluorescência indireta na detecção de anticorpos anti-Neospora caninum em búfalas (Bubalus bubalis). Pesquisa Veterinária Brasileira 33(4):431-434. Laboratório de Investigação e Diagnóstico de Enfermidades Animais, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brazil. E-mail: spatroca@yahoo.com.br To compare two serologic tests for detection of antibodies against Neospora caninum in sera from buffaloes, samples were collected from 288 buffaloes of 2 to 10 years of age. To identify the presence of IgG, anti-N. caninum was used for the indirect immunofluorescence assay (IFAT), with title 200 as the cutoff, and for the immunoenzymatic test (indirect ELISA), considering as positive samples with ratio S/P ≥0.5. There were 153 (53.12%) animals positive for N. caninum by IFAT, whilst 50 (17.36%) animals were reactive in ELISA. The presence of antibodies anti-N. caninum demonstrates that the parasite is circulating among buffaloes raised in Pará State, Brazil. ELISA and IFAT tests could be used to diagnose immunoglobulins against this agent. However there was a weak correlation (Kappa = 0.36) between both tests, considering the IFAT as the gold standard.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Silva S.P., Mota R.A., Faria E.B., Casseb A.R., Casseb L.M.N. & Dias H.L.T. 2013. [Comparison of indirect ELISA and indirect immunofluorescence in detection of antibodies to Neospora caninum in buffaloes (Bubalus bubalis).] Comparação das técnicas de ELISA indireto e Imunofluorescência indireta na detecção de anticorpos anti-Neospora caninum em búfalas (Bubalus bubalis). Pesquisa Veterinária Brasileira 33(4):431-434. Laboratório de Investigação e Diagnóstico de Enfermidades Animais, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brazil. E-mail: spatroca@yahoo.com.br Para comparar dois testes sorológicos na detecção de anticorpos anti-Neospora caninum em soros sanguíneos de búfalas, foram coletados amostras de 288 búfalas entre dois a dez anos de idade. Para identificar a presença de imunoglobulina G anti-N. caninum utilizou-se à reação de imunofluorescência indireta (RIFI), tendo o título 200 como ponto de corte, e o Ensaio Imunoenzimático indireto (ELISA-indireto), considerando-se positiva as amostras que obtiveram razão S/P≥0,5. Observaram-se 153 (53,12%) animais soropositivos para N. caninum, através da RIFI, enquanto que 50 (17,36%) animais foram reagentes no ELISA. A ocorrência de anticorpos anti-N. caninum demonstram que o parasito esta circulando entre búfalas criadas no estado do Pará, sendo que ambos os teste de RIFI e ELISA podem ser utilizados para diagnosticar imunoglobulinas contra este agente. No entanto observou-se uma fraca correlação (Kappa=0,36) entre ambos os testes, considerando a RIFI como padrão ouro.


#30 - Weight gain of Nelore cattle supplemented with different phosphorus sources, 33(2):188-192

Abstract in English:

ABSTRACT.- Lemos G.C., Costa R.M., Neto M.G. & Malafaia P. 2013. [Weight gain of Nelore cattle supplemented with different phosphorus sources.] Desempenho ponderal de bovinos Nelore suplementados com fontes alternativas de fósforo. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(2):188-192. Departamento de Nutrição Animal e Pastagem, Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ 23851-970, Brazil. E-mail: malafaia_ufrrj@yahoo.com.br Weight gain and possible interference of fluoride on animal health was investigated in Nellore cattle supplemented during 866 days with alternative sources of phosphorus with different phosphorus:fluor (P:F) ratios. The five treatments were: (1) Negative control (NC, without any supplemental P), (2) dicalcium phosphate (DCP 120:1, DCP 30:1 and DCP 10:1), (3) monodicalcium phosphate (MDCP 60:1), (4) triple superphosphate (TSF 30:1), and (5) cajati rock phosphate (RP 10:1). We used 49 oxen weaned with 8 months of age and an average weight of 230 kg, distributed into seven paddocks with water and mineral mixture formulated without P. A standard diet consisting of sugar cane bagasse (0.03% P) as roughage and a concentrate containing 0.239% P was provided on 1% of live weight to allow a weight gain of about 0.50 kg/day. Until day 134, there was no statistical difference between the various groups, including the treatment NC which received no supplemental phosphorus in the diet and gained weight of 71.6 kg or 0.633 kg/day. After 866 days of confinement (2.37 years), the oxen supplemented with dicalcium phosphate standard (120:1) gained less weight than those supplemented with sources MDCP 60:1, DCP 30:1 and TSF 30:1. Up to one year of supplementation with dicalcium phosphate artificially fluoridated with NaF or with rock phosphate did not result in damage to health or in weight gain of the animals. Analyses of phosphorus in bones showed statistical difference between treatments, and group NC that did not receive any supplemental P showed the lowest values. The concentration of fluoride in bones proved to be closely related to the amount of fluoride available in the sources used. As the ratio P:F in the diet decreased, characteristic signs related to dental fluorosis became more evident, and the animals that received P supplies with 10:1 ratio showed at the end of the experiment permanent malformed incisor teeth, brittle and whitish stained.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Lemos G.C., Costa R.M., Neto M.G. & Malafaia P. 2013. [Weight gain of Nelore cattle supplemented with different phosphorus sources.] Desempenho ponderal de bovinos Nelore suplementados com fontes alternativas de fósforo. Pesquisa Veterinária Brasileira 33(2):188-192. Departamento de Nutrição Animal e Pastagem, Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ 23851-970, Brazil. E-mail: malafaia_ufrrj@yahoo.com.br O desempenho produtivo e a possível interferência do flúor sobre a saúde dos animais foram investigados em bovinos Nelore suplementados, por 866 dias, com distintas fontes alternativas de fósforo com diferentes relações fósforo:fluor (P:F). Os tratamentos experimentais foram: Controle negativo (CONTNEG, sem qualquer suplementação com P), fosfato bicálcico (FB 120:1, FB 30:1 e FB 10:1), fosfato monobicálcico (FMBC 60:1), superfosfato triplo (SFT 30:1) e fosfato de rocha de Cajati (FR 10:1). Foram utilizados 49 novilhos, desmamados aos oito meses de idade, castrados e com 230 kg de peso médio, distribuídos em sete piquetes com água e mistura mineral formulada sem P. A dieta padrão foi feita com bagaço de cana (0,03% de P) como volumoso e um concentrado contendo 0,239 % de P oferecido na base de 1% do peso dos animais para permitir um ganho de peso aproximado de 0,50 kg/dia. Até o dia 134, não houve diferença estatística entre os diversos lotes, inclusive para o tratamento CONTNEG, que não recebeu fósforo suplementar na dieta e ganhou 71,6 kg de peso ou 0,633 kg/dia. Após 866 dias de confinamento (2,37 anos), os animais suplementados com o fosfato bicálcico padrão (120:1) ganharam menos peso que os suplementados com as fontes FMCB 60:1, FB 30:1 e SFT 30:1. Até um ano de suplementação fosfórica com fosfato bicálcico padrão (120:1) artificialmente fluoretado com NaF ou com o fosfato de rocha não se detectou danos à saúde ou ao ganho de peso dos animais. As análises de fósforo nos ossos mostraram diferença estatística apenas entre o tratamento CONTNEG e os que tinham fosfato bicálcico. As concentrações de flúor nos ossos se mostraram intimamente associadas à quantidade de flúor disponível nas fontes utilizadas. Conforme a proporção P:F na dieta foi diminuindo, características relacionadas à fluorose dentária ficaram mais evidentes, sendo que os animais que receberam fontes com relação 10:1, apresentaram, ao final do experimento, dentes incisivos permanentes mal formados, quebradiços e com manchas esbranquiçadas.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV