Abstract in English:
Brucella melitensis and Brucella abortus are known to cause brucellosis in camels. It is especially seen in camels raised together with ruminants in regions where brucellosis is endemic. However, since this disease causes only a few clinical signs, unlike cattle, it is challenging to diagnose camel brucellosis. While camels bred in Asia and Africa are used for milk, meat, and transportation purposes, camel breeding in Turkey consists of small male camel populations raised under special conditions for cultural purposes. The aim of this study was to investigate the seroprevalence of brucellosis in camels in the Aegean region of Turkey using three serological tests – Rose Bengal plate test (RBPT), serum agglutination test (SAT), and complement fixation test (CFT) – and to compare their diagnostic performance. A total of 76 camel sera (72 Camelus dromedarius and four Camelus bactrianus) were collected from three cities (İzmir, Aydın, and Denizli) via random sampling. All sera were tested simultaneously using RBPT, SAT, and CFT. A positive control serum from a camel vaccinated with conjunctival B. abortus S19 and a negative control serum from a brucellosis-free newborn camel calf. It was determined that all 76 camel sera screened, except the positive control serum, gave negative results in RBP, SA, and CF tests. This comprehensive serological survey represents the first documented evidence of a brucellosis-free status in the camel population in Turkey. The findings suggest that the isolated and special conditions in which the camels are raised, the lack of contact with ruminants, and the predominantly male camel population contribute to the low risk of brucellosis in this region. These results highlight the importance of region-specific management practices in controlling camel brucellosis.
Abstract in Portuguese:
Brucella melitensis e Brucella abortus são conhecidas por causar brucelose em camelos. É especialmente observada em camelos criados em conjunto com ruminantes em regiões onde a brucelose é endêmica. No entanto, como essa doença causa apenas alguns sinais clínicos, ao contrário do que acontece com o gado bovino, o diagnóstico da brucelose em camelos é desafiador. Enquanto a criação de camelos na Ásia e na África é principalmente para produção de leite, carne e transporte, a criação de camelos na Turquia consiste em pequenas populações de camelos machos criados em condições especiais para fins culturais. O objetivo deste estudo foi investigar a soroprevalência da brucelose em camelos na região do Mar Egeu, na Turquia, utilizando três testes sorológicos – teste de placa rosa bengala (TPRB), teste de aglutinação sorológica (TAS) e teste de fixação de complemento (TFC) – e comparar seus desempenhos diagnósticos. Soros de 76 camelos (72 Camelus dromedarius e quatro Camelus bactrianus) foram coletados em três cidades (Izmir, Aydın e Denizli) por meio de amostragem aleatória. Todos os soros foram testados simultaneamente com RBPT, SAT e CFT. Foram incluídos um soro de controle positivo de um camelo vacinado com B. abortus S19 conjuntival e um soro de controle negativo de um camelo recém-nascido livre de brucelose. Foi determinado que todos os 76 soros de camelo examinados, exceto o soro de controle positivo, apresentaram resultados negativos nos testes PRB, AS e FC. Este abrangente levantamento sorológico representa a primeira evidência documentada de um status livre de brucelose na população de camelos na Turquia. Os resultados sugerem que as condições isoladas e especiais em que os camelos são criados, a falta de contato com ruminantes e a população predominantemente masculina de camelos contribuem para o baixo risco de brucelose nesta região. Esses resultados destacam a importância de práticas de manejo específicas para cada região no controle da brucelose em camelos.
Abstract in English:
Bluetongue (BT) is an infectious and non-contagious disease of compulsory notification which may affect domestic and wild ruminants, transmitted by Culicoides spp. midges. Despite the high morbidity and mortality in sheep, role of wild animals in the BT cycle remains unclear. Caprine arthritis-encephalitis (CAE) and Maedi-Visna virus (MVV) have been reportedly found in goats and sheep, but not described in wildlife species. Accordingly, serum samples from 17 captive Barbary sheep (Ammotragus lervia) from Curitiba zoo, southern Brazil, were tested for bluetongue, caprine arthritis-encephalitis (CAE) and Maedi-Visna viruses by agar gel immunodiffusion (AGID) and enzyme linked immunosorbent assay (ELISA). Antibodies for bluetongue were observed in 6/17 (35.3%) Barbary sheep by AGID test and in 7/17 (41.2%) by ELISA. All samples were negative for the presence of antibodies against caprine arthritis-encephalitis (CAE) and Maedi-Visna viruses. These findings indicate that Barbary sheep may be infected by bluetongue virus and act as wildlife reservoir in both captive and free-range environments.
Abstract in Portuguese:
A língua azul é uma doença infecciosa e não contagiosa, de notificação obrigatória, que pode afetar ruminantes domésticos e silvestres, transmitida por mosquitos do gênero Culicoides spp. Apesar da alta morbidade e mortalidade em ovelhas, o papel de animais silvestres no ciclo do vírus da língua azul é desconhecido. A artrite encefalite caprina (CAE) e Maedi-visna vírus (MVV) tem sido encontrados em cabras e ovelhas, porém não há descrição em espécies selvagens. Amostras de soro de 17 aoudads (Ammotragus lervia), mantidos em cativeiro no Zoológico de Curitiba, Sul do Brasil, foram testadas para os vírus da língua azul, da artrite encefalite caprina (CAE) e Maedi-visna, utilizando imunodifusão em gel de ágar e o teste de ELISA (enzyme linked immunosorbent assay). Foram observados anticorpos para o vírus da língua azul em 35,3% (6/17) aoudads utilizando a imunodifusão em gel de ágar e 41,2% (7/17) no ELISA. Todas as amostras foram negativas para a presença de anticorpos contra os vírus da artrite encefalite caprina e Maedi-visna. Esses resultados indicam que os aoudads podem ser infectados pelo vírus da língua azul e atuar como um reservatório silvestre tanto em cativeiro quanto em vida livre.
Abstract in English:
ABSTRACT.- Miranda F.R., Superina M., Vinci F., Hashimoto V., Freitas J.C. & Matushima E.R. 2015. Serosurvey of Leptospira interrogans, Brucella abortus and Chlamydophila abortus infection in free-ranging giant anteaters (Myrmecophaga tridactyla) from Brazil. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(5):462-465. Projeto Tamanduá, Rua Vergueiro 3432, apto 171, Vila Mariana, São Paulo, SP 07600-000, Brazil. E-mail: flavia@tamandua.org
A serological survey for antibodies against Leptospira interrogans, Brucella abortus, and Chlamydophila abortus was conducted in 21 clinically healthy, free-ranging giant anteaters (Myrmecophaga tridactyla) from Parque Nacional das Emas (Goiás State, Brazil; n=6), Parque Nacional da Serra da Canastra (Minas Gerais State, Brazil; n=9), and RPPN SESC Pantanal (Mato Grosso State, Brazil; n=6) between July 2001 and September 2006. Sera were screened for antibodies against 22 serovars of Leptospira interrogans with a microscopic agglutination test. Twelve tested positive for L. interrogans serovars sentot (n=5 in PN Emas, n=2 in PN Serra da Canastra), butembo (n=2 in PN Serra da Canastra), autumnalis, bataviae, and shermani/icterohaemorrhagiae (n=1 each in SESC Pantanal). One adult female tested positive for B. abortus with the buffered plate antigen test. All sera were negative for C. abortus using the complement fixation text. This is the first report of pathogens that may interfere with the reproduction and population dynamics of free-ranging giant anteaters.
Abstract in Portuguese:
RESUMO.- Miranda F.R., Superina M., Vinci F., Hashimoto V., Freitas J.C. & Matushima E.R. 2015. Serosurvey of Leptospira interrogans, Brucella abortus and Chlamydophila abortus infection in free-ranging giant anteaters (Myrmecophaga tridactyla) from Brazil. [Inquérito sorológico de Leptospira interrogans, Brucella abortus e Chlamydophila abortus em tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) de vida livre no Brasil.] Pesquisa Veterinária Brasileira 35(5):462-465. Projeto Tamanduá, Rua Vergueiro 3432, apto 171, Vila Mariana, São Paulo, SP 07600-000, Brazil. E-mail: flavia@tamandua.org
Inquéritos sorológicos para detecção de anticorpos contra Leptospira interrogans, Brucella abortus, e Chlamydophila abortus foram realizados em 21 tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) de vida livre do Parque Nacional das Emas (Goiás, Brasil, n=6), o Parque Nacional da Serra da Canastra (Minas Gerais, Brasil, n=9) e RPPN SESC Pantanal (Mato Grosso, Brasil, n=6) entre julho de 2001 e setembro de 2006. Os soros foram testados para anticorpos contra 22 sorotipos de Leptospira interrogans com um teste de aglutinação microscópica. Doze animais foram considerados positivos para L. interrogans sorovares sentot (n=5 em PN Emas, n=2 em PN Serra da Canastra), butembo (n=2 em PN Serra da Canastra), autumnalis, bataviae e shermani/icterohaemorrhagiae (n=1 para cada sorovar em SESC Pantanal). Uma fêmea adulta testou positivo para B. abortus com o teste do antígeno tamponado. Todos os soros se mostraram negativos para C. abortus através do teste de fixação do complemento. Este é o primeiro relato de patógenos que podem interferir na dinâmica reprodutiva de populações de tamanduás em estado selvagem.