Abstract in English:
Cats are susceptible to feline panleukopenia virus (FPV) and canine parvovirus type 2 (CPV-2). Therefore, coinfection and superinfection with multiple parvovirus strains may occur, resulting in high heterogeneity and recombination. Considering the importance of cats as a potential source of genetic diversity for parvoviruses, we investigated the frequency of parvovirus infection in cats using their blood and fecal samples and performed molecular characterization of parvovirus strains circulating in cat populations. Accordingly, the fecal and blood samples of 60 cats with gastroenteritis symptoms were collected from Turkey’s Burdur, Isparta, and Izmit provinces. Of these 15 fecal samples tested as parvovirus-positive by PCR, 14 were confirmed to have been infected with true FPV strains by sequencing analysis. Through the phylogeny analysis, those were located in the FPV cluster, closely related to CPV-2, and one was discriminated in the CPV-2b cluster. Additionally, sequence analysis of the VP2 gene of CPV and FPV revealed that the FPV strains detected in Turkey and the vaccine strains were highly related to each other, with a nucleotide identity of 97.7- 100%. Furthermore, 13 variable positions were detected in VP2 of the field and reference FPV strains. Three synonymous mutations were determined in the VP2 gene. Some amino acid mutations in the VP2 protein-affected sites were considered responsible for the virus’s biological and antigenic properties. The partial sequence analysis of the VP2 gene revealed that four FPV strains detected in Turkey have a single nucleotide change from T to G at the amino acid position 384 between the nucleotides 3939-3941, which was reported for the first time. Therefore, these four isolates formed a different branch in the phylogenetic tree. The results suggest that both FPV and CPV-2b strains are circulating in domestic cats in Turkey and cats should be considered as potential sources of new parvovirus variants for cats, dogs and other animals.
Abstract in Portuguese:
Os gatos são suscetíveis ao vírus da panleucopenia felina (FPV) e ao parvovírus canino tipo 2 (CPV-2). Portanto, coinfecção e superinfecção com múltiplas cepas de parvovírus podem ocorrer, resultando em alta heterogeneidade e recombinação. Considerando a importância dos gatos como uma fonte potencial de diversidade genética para parvovírus, investigamos a frequência da infecção por parvovírus em gatos usando suas amostras de sangue e fezes e realizamos a caracterização molecular de cepas de parvovírus circulantes nas populações de gatos. Amostras fecais e de sangue de 60 gatos com sinais de gastroenterite foram coletadas nas províncias de Burdur, Isparta e Izmit, na Turquia. Destas, 15 amostras fecais testaram positivas para parvovírus por PCR e 14 foram confirmadas como infectadas com cepas verdadeiras de FPV por análise de sequenciamento. Através da análise filogenética, aqueles foram localizados no agrupamento FPV que está intimamente relacionado com o CPV-2, e um foi discriminado no agrupamento CPV-2b. Além disso, a análise da sequência do gene VP2 de CPV e FPV revelou que as cepas de FPV detectadas na Turquia e as cepas vacinais eram altamente relacionadas entre si, com uma identidade de nucleotídeos de 97,7-100%. Além disso, 13 posições variáveis foram detectadas em VP2 das cepas de campo e FPV de referência. Três mutações sinônimas foram determinadas no gene VP2. Algumas mutações de aminoácidos nos locais afetados pela proteína VP2 foram consideradas responsáveis pelas propriedades biológicas e antigênicas do vírus. A análise da sequência parcial do gene VP2 revelou que quatro cepas de FPV detectadas na Turquia têm uma única mudança de nucleotídeo de T para G na posição do aminoácido 384 entre os nucleotídeos 3939-3941, o que foi relatado pela primeira vez. Portanto, esses quatro isolados formaram um ramo diferente na árvore filogenética. Os resultados sugerem que ambas as cepas FPV e CPV-2b estão circulando em gatos domésticos na Turquia e os gatos devem ser considerados como fontes potenciais de novas variantes de parvovírus para gatos, cães e outros animais.
Abstract in English:
This study describes an outbreak of avian poxvirus disease in previously pox-vaccinated turkeys in Brazil. The turkeys had suggestive gross lesions of cutaneous avian poxvirus in the skin of the head and cervical area without changes in the flock mortality rates. In the slaughterhouse, 30 carcasses were removed from the slaughter line to collect tissue from cutaneous lesions for histological analyses and characterization of the virus. The virus was identified by conventional polymerase chain reaction (PCR) and subsequent gene sequencing. Acanthosis, hyperkeratosis, and hydropic degeneration were seen on skin histopathology. Eosinophilic intracytoplasmic inclusion bodies (Bollinger) on keratinocytes were observed in 46.6% of the samples. Avian poxvirus DNA was detected on PCR in 83.3% of the total samples. PCR associated with histopathology had 93.3% of positivity for avian poxvirus. In the phylogenetic study, samples show 100% matching suggesting that the outbreak occurred by a single viral strain and was different from those strains affecting other wild birds such as canaries and sparrows. A single mutation (Adenine for Guanine) was detected in our study’s strain and in the strains of turkey, chickens, and vaccine strains published in GenBank. Also, when the sequence strain of the present study and sequences from GenBank of canarypox and sparrowpox strains were aligned, a Thymine was found replacing the Adenine or Guanine. The in ovo vaccination method as single-use in turkeys of this study apparently did not provide adequate protection against avianpox disease, but additional vaccination administered by wing-web when turkeys were 45-60 days old in the new flocks controlled the disease. In the subsequent year, new cases of this disease were not found. It was not possible to confirm the source of the virus strain, but infection with a field strain derived from chickens is one possibility, considering the poultry farm population in the area and biosecurity aspects. For wide characterization of avipoxvirus and differentiation among strains, the complete sequence of the viral genome is required.
Abstract in Portuguese:
Este estudo descreve um surto de bouba aviária em perus previamente vacinados contra poxvirus aviário no Brasil. Os perus apresentaram lesões macroscópicas, sugestivas de bouba aviaria cutânea, na pele da cabeça e região cervical sem alteração nas taxas de mortalidade do lote. No abatedouro, 30 carcaças foram retiradas da linha de abate para coleta de dois fragmentos de pele com lesões para análise histológica e caracterização do vírus. A identificação do vírus foi realizada por PCR convencional e posterior sequenciamento. No exame histopatológico das lesões de pele, houve acantose, hiperqueratose e degeneração hidrópica. Corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos eosinofílicos (Bollinger) foram encontrados em 46,6% das amostras. A técnica de PCR detectou o DNA do vírus da bouba aviária em 83,3% do total de amostras. PCR associado com a histopatologia resultou em 93,3% de positividade para o vírus da bouba aviária. No estudo filogenético, as sequências resultaram em 100% de identidade, sugerindo que o surto ocorreu por uma única estirpe de vírus diferenciada das outras estirpes que acometem canários e pardais. Uma única mutação (Adenina para Guanina) foi detectada nas estirpes deste estudo e nas sequências de perus, galinhas e estirpes vacinais publicadas no GenBank. Além disso, quando a sequência da estirpe do presente estudo e as sequências das estirpes de canarypox e sparrowpox foram comparadas, a Timina foi encontrada em substituição a Adenina ou Guanina. A vacinação in ovo em dose única utilizada nos perus deste estudo aparentemente não forneceu proteção adequada contra a doença causada pelo poxvirus aviário. Entretanto, a revacinação na membrana da asa em perus com 45-60 dias de idade dos novos lotes controlou a doença. No ano subsequente, novos casos desta doença não foram registrados. Não foi possível confirmar a origem da estirpe viral, mas estirpes de campo oriundas de galinhas seria uma possibilidade, considerando a população na área e os aspectos de biosseguridade. Para caracterização ampla do avipoxvirus e diferenciação entre as estirpes, a sequência completa do genoma viral é requerida.