Resultado da pesquisa (16)

Termo utilizado na pesquisa Feedlot

#11 - Renal and bladder ultrasound changes in feedlot sheep and supplemented with ammonium chloride, 34(Supl.1):99-106

Abstract in English:

ABSTRACT.- Ferreira D.O.L., Santarosa B.P., Belotta A.F., Mamprim M.J., Silva A.A., Dias A., Chiacchio S.B. & Gonçalves R.C. 2014. [Renal and bladder ultrasound changes in feedlot sheep and supplemented with ammonium chloride.] Alterações ultrassonográficas renais e vesicais de ovinos confinados e suplementados com cloreto de amônio. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(Supl.1):99-106. Departamento de Clínica Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu. Distrito de Rubião Júnior s/n, Botucatu, SP 18618-970, Brazil. E-mail: ferreiradol@gmail.com The incidence of obstructive urolithiasis in sheep is high, especially in feedlot males, both for meat production, or the breeder of high genetic value. The urinary acidification is one of the methods for preventing this disease and can be performed efficiently with supplementation of ammonium chloride (AC) in the diet. It was used 100 male lambs, in a feedlot, crossbred (Ile de France X White Dorper), aged approximately three months. It was constituted three groups: Group 21AC (n=40) that received 400mg/kg/PV of ammonium chloride/animal/day for 21 consecutive days, the time of discontinuation of the urinary acidifiers (M3) and continued clinical follow until the end of the experiment (M6); Group 42AC (n=40), that received 400mg/kg/PV of ammonium chloride/animal/day for 42 consecutive days, Group control (n=20), that did not receive ammonium chloride throughout the experimental period. The feed consisted of total dry matter, composed of 15% ground hay and 85% concentrate, water and mineral salts ad libitum. After 14 days of adaptation to food and the environment, the moments (M) for clinical evaluation, and blood collection ultrasound examinations were performed with an interval of seven days, and M0 (immediately before the beginning of the treatment with ammonium chloride), M1 (seven days), M2 (14 days after), M3 (21 days after initiation of treatment and suspension of ammonium chloride in Group 21CA), M4 (28 days), M5 (35 days), and M6 (42 days), amounting to 56 days of feedlot. The serum urea and creatinine showed no change in renal function, although the urea was above the reference values for sheep. There were compatible ultrasound images with bladder stones and dilatation of the renal pelvis. In Group 21AC, 15% (6/40) of the animals had bladder stones; in Group 42AC 5% (2/40); and in Group control, 20% (4/20) of the lambs. It was visualized suggestive images of sediment and crystals in 31% (31/100) of examined animals. Ultrasonography allowed visualization of kidney and bladder abnormalities, which were not related to clinical symptoms of obstructive urolithiasis, appearing as an examination complement of great importance for the early detection of changes in the urinary system of sheep.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Ferreira D.O.L., Santarosa B.P., Belotta A.F., Mamprim M.J., Silva A.A., Dias A., Chiacchio S.B. & Gonçalves R.C. 2014. [Renal and bladder ultrasound changes in feedlot sheep and supplemented with ammonium chloride.] Alterações ultrassonográficas renais e vesicais de ovinos confinados e suplementados com cloreto de amônio. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(Supl.1):99-106. Departamento de Clínica Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu. Distrito de Rubião Júnior s/n, Botucatu, SP 18618-970, Brazil. E-mail: ferreiradol@gmail.com A incidência da urolitíase obstrutiva em ovinos é elevada, principalmente em machos confinados, tanto para produção de carne, quanto reprodutores de alto valor genético. A acidificação urinária é um dos métodos para prevenção desta enfermidade e pode ser realizada de forma eficaz com a suplementação de cloreto de amônio (CA) na dieta. Utilizaram-se 100 ovinos, machos não castrados, mestiços (Ile de France X White Dorper), confinados, com idade aproximada de três meses. Constituíram-se três grupos experimentais: Grupo 21CA (n=40) que recebeu 400mg/kg/PV de cloreto de amônio/animal/dia, por 21 dias consecutivos; Grupo 42CA (n=40) que foi suplementado com 400mg/kg/PV de cloreto de amônio/animal/dia, por 42 dias consecutivos; Grupo controle (n=20), que não recebeu CA. A alimentação consistiu de ração total, composta por 15% de feno triturado e 85% de concentrado, água e sal mineral ad libitum. Após 14 dias de adaptação à alimentação e ao ambiente, os Momentos (M) de avaliação clínica, colheita de sangue e exame ultrassonográfico foram realizados com intervalo de sete dias, sendo M0 (imediatamente antes do início do tratamento com cloreto de amônio), M1 (sete dias após), M2 (14 dias após), M3 (21 dias após o início do tratamento e suspensão do cloreto de amônio em Grupo 21CA), M4 (28 dias após), M5 (35 dias após) e M6 (42 dias após), totalizando 56 dias de confinamento. As dosagens de ureia e creatinina não evidenciaram alteração na função renal, embora a ureia estivesse acima dos valores de referência para espécie ovina. Observaram-se imagens ultrassonográficas compatíveis com cálculos vesicais e dilatação de pelve renal. No Grupo 21CA, 15% (6/40) dos animais apresentaram cálculos vesicais; no Grupo 42CA, 5% (2/40); e no Grupo controle, 20% (4/20) dos cordeiros. Visibilizaram-se também imagens sugestivas de sedimentos e cristais em 31% (31/100) dos animais examinados. A ultrassonografia permitiu a visibilização de alterações renais e vesicais, porém não relacionados ao quadro clínico de urolitíase obstrutiva, revelando-se como um exame complementar de grande relevância para o diagnóstico precoce de alterações no sistema urinário de ovinos.


#12 - Effect of supplementation of ammonium chloride on electrolyte and acid-base balances and urinary pH of feedlot sheep, 34(8):797-804

Abstract in English:

ABSTRACT.- Ferreira D.O.L., Santarosa B.P., Sacco S.R., Dias A., Amorim R.M., Chiacchio S.B., Lisbôa J.A.N. & Gonçalves R.C. 2014. [Effect of supplementation of ammonium chloride on electrolyte and acid-base balances and urinary pH of feedlot sheep.] Efeito da suplementação de cloreto de amônio sobre o equilíbrio ácido-básico e o pH urinário de ovinos confinados. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(8):797-804. Departamento de Clínica Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu, Distrito de Rubião Júnior s/n, Botucatu, SP 18618-970, Brazil. E-mail: ferreiradol@gmail.com The incidence of obstructive urolithiasis in sheep is high, especially in feedlot males, both for meat production, or the breeder of high genetic value. The urinary acidification is one way to prevent this disease and can be performed effectively supplementation with ammonium chloride in the diet, which may facilitate the installation of metabolic acidosis. The blood gas analysis evaluates the acid-base balance of blood in a practical and easy way. In this study, it was evaluated the effect of ammonium chloride on acid-base and electrolyte in feedlot sheep blood gas analysis to determine the occurrence of metabolic acidosis. It was used 100 male lambs, in a feedlot, aged approximately three months. It was constituted three groups: Group I (n=40) that received 400mg/kg/PV of ammonium chloride/animal/day for 21 consecutive days, the time of discontinuation of the urinary acidifiers (M3) and continued clinical follow until the end of the experiment (M6); Group II (n=40), that received 400mg/kg/PV of ammonium chloride/animal/day for 42 consecutive days, Group III (n=20), that did not receive ammonium chloride throughout the experimental period. The moments (M) of samples and clinical assessment were established on seven days of interval, M0 (immediately before the beginning of the treatment with ammonium chloride), M1 (seven days after), M2, M3, M4, M5 and M6, totalizing 56 days of feedlot. The feed consisted of a total mixed ration consisting of 15% of ground hay and 85 % of concentrate, water and mineral salt ad libitum. After 15 days of adaptation to the diet of feedlot, urine samples for measurement of pH, and venous blood for blood gas analysis were collected from all animals at different moments. The urinary acidification was maintained as was the administration of ammonium chloride in GI and GII. The values of Na+ and K+ remained within the normal range for the species. Ammonium chloride caused metabolic acidosis compensated change in GI and GII, confirmed by values of HCO3- and EB below the reference values, with a normal pH, and high levels of Cl-, and decreased SID. It was concluded that although ammonium chloride to cause decrease of alkalinity in the body, caused no loss in animal development and can be used as a preventive agent obstructive urolithiasis in sheep.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Ferreira D.O.L., Santarosa B.P., Sacco S.R., Dias A., Amorim R.M., Chiacchio S.B., Lisbôa J.A.N. & Gonçalves R.C. 2014. [Effect of supplementation of ammonium chloride on electrolyte and acid-base balances and urinary pH of feedlot sheep.] Efeito da suplementação de cloreto de amônio sobre o equilíbrio ácido-básico e o pH urinário de ovinos confinados. Pesquisa Veterinária Brasileira 34(8):797-804. Departamento de Clínica Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu, Distrito de Rubião Júnior s/n, Botucatu, SP 18618-970, Brazil. E-mail: ferreiradol@gmail.com A incidência da urolitíase obstrutiva em ovinos é elevada, principalmente em machos confinados, tanto para produção de carne, quanto reprodutores de alto valor genético. A acidificação urinária é um dos métodos para prevenção desta enfermidade e pode ser realizada de forma eficaz com a suplementação de cloreto de amônio na dieta, que pode propiciar a instalação de acidose metabólica. A hemogasometria avalia o equilíbrio ácido-básico sanguíneo de forma prática e fácil. Neste trabalho, avaliou-se o efeito do cloreto de amônio sobre o equilíbrio ácido-básico e eletrolítico de ovinos em confinamento para quantificar a acidose metabólica desenvolvida. Utilizaram-se 100 ovinos, machos, confinados, com idade aproximada de três meses. Constituíram-se três grupos experimentais: Grupo I (n=40), recebeu 400mg/kg/PV de cloreto de amônio/animal/dia por 21 dias consecutivos, momento da interrupção da administração do acidificante urinário (M3) e continuidade do acompanhamento clinico até o final do experimento (M6); Grupo II (n=40), 400mg/kg/PV de cloreto de amônio/animal/dia por 42 dias consecutivos; Grupo III (n=20), não recebeu cloreto de amônio durante todo o período do experimento. Os Momentos (M) de colheita de amostras e avaliação clínica foram estabelecidos com intervalo de sete dias, sendo M0 (imediatamente antes do início do tratamento com cloreto de amônio), M1 (sete dias após), M2, M3, M4, M5 e M6, totalizando 56 dias de confinamento. A alimentação consistiu de ração total, composta por 15% de feno triturado e 85% de concentrado, água e sal mineral ad libitum. Após adaptação de 15 dias à dieta de confinamento, colheram-se de todos os animais amostras de urina para mensuração do pH, e sangue venoso para hemogasometria, nos diferentes momentos. A acidificação urinária foi mantida enquanto houve a administração de cloreto de amônio nos grupos GI e GII. Os valores de Na+ e K+ permaneceram dentro da normalidade para a espécie. O cloreto de amônio provocou acidose metabólica hiperclorêmica compensada nos grupos GI e GII, comprovada pelos valores reduzidos de HCO3-, EB e SID, pelos valores elevados de Cl- e pelo pH normal. Concluiu-se que o cloreto de amônio apesar de provocar diminuição da reserva alcalina no organismo, não interferiu com o desenvolvimento dos animais, podendo ser empregado como agente preventivo da urolitíase obstrutiva em ovinos.


#13 - Impact of ivermectin-resistant gastrointestinal nematodes in feedlot cattle in Argentina, 32(5):419-423

Abstract in English:

ABSTRACT.- Fazzio L.E, Yacachury N., Galvan W.R., Peruzzo E., Sanchez R.O. & Gimeno E.J. 2012. Impact of ivermectin-resistant gastrointestinal nematodes in feedlot cattle in Argentina. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(5):419-423. Facultad de Ciencias Veterinarias, Universidad Nacional de La Plata, calle 60 y 118, CC 296, B1900AVW, La Plata, Argentina. E-mail: fazzio@fcv.unlp.edu.ar The aim was to evaluate for 75 days the impact on production of the remaining burden of ivermectin (IVM)-resistant parasites in naturally infected feedlot calves. The herds came from tick-infested areas of cattle breeding where the systematic use of IVM to control tick increases the gastrointestinal parasites resistant to this drug. This investigation was carried out in two commercial feedlots in Buenos Aires province. In feedlot A, two groups of 35 animal each received IVM 1% and the other received ricobendazole (RBZ) 10% respectively. The same was done in feedlot B. On day 0, two groups of 35 animals were made in feedlots A and B. Fecal samples were taken on days 0, 22, 54 and 75 pos-treatment (PT), and body weight was registered, from each animal. Fecal samples were processed for individual count of eggs per gram (EPG) and pooled fecal culture was carried out for identification of the parasite genus in each sampling. Fecal egg count reduction test (FECR) was calculated on day 22 PT. The study design used was a totally randomized block, with commercial feedlot and sex as block variables. For data analysis, a mixed model of the SAS statistical program was used. The FECR average on day 22 was 28.4% in the IVM group, and 94,2 % in the RBZ group . From this date on, significant differences in EPG were kept until day 54. EPG counts were only equal near the end of the trial, on day 75 (p=0.16). In both commercial feedlots, especially in the IVM group, Cooperia spp. was the most prevalent parasite in the fecal cultures. Significant differences in weight (P<0.01) on post-treatment day 75 was found between the average weight in the RBZ and the IVM group (246 vs. 238 kg respectively), what means a difference of 8.3% in gains. The importance for production in the antiparasite failure treatment in commercial feedlots was demonstrated, and the need of pos-treatment controls to evaluate the efficacy of the antiparasitic administered is emphasized.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Fazzio L.E, Yacachury N., Galvan W.R., Peruzzo E., Sanchez R.O. & Gimeno E.J. 2012. Impact of ivermectin-resistant gastrointestinal nematodes in feedlot cattle in Argentina. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(5):419-423. Facultad de Ciencias Veterinarias, Universidad Nacional de La Plata, calle 60 y 118, CC 296, B1900AVW, La Plata, Argentina. E-mail: fazzio@fcv.unlp.edu.ar O objetivo deste trabalho foi avaliar durante 75 dias o impacto sobre a produção da carga de parasita-ivermectina (IVM) resistentes remanescentes em bezerros naturalmente infectados no confinamento. Os rebanhos são provenientes de áreas infestadas por carrapatos, onde o uso sistemático de IVM para o controle do carrapato aumenta a resistência de parasita gastrintestinais a esta droga. Este trabalho foi realizado em dois confinamentos comerciais na província de Buenos Aires. Na fazenda A, dois grupos de 35 animais cada receberam IVM 1% e ricobendazole (RBZ) 10%, respectivamente. O mesmo foi feito no confinamento B. No dia 0, dois grupos de 35 animais foram feitos nas fazendas A e B. As amostras fecais foram tomadas nos dias 0, 22, 54 e 75 pós-tratamento (PT) e o peso corporal foi registrado, de cada animal. Amostras fecais foram processadas para a contagem individual de ovos por grama (EPG). Amostras fecais foram agrupadas para a identificação do gênero parasitária. O teste de redução de ovos fecais (TROF) foi calculado no dia 22 PT. O desenho do estudo utilizado foi aquele dos blocos inteiramente randomizados, sendo confinamento comercial e sexo as variáveis de bloco. Para a análise dos dados, um modelo misto do programa estatístico SAS foi utilizado. A média TROF no dia 22 foi de 28,4% no grupo IVM e 94,2% no grupo RBZ. A partir desta data, diferenças significativas na EPG foram mantidas até o dia 54. Contas de OPG só foram iguais perto do fim do estudo, no dia 75 (p=0,16). Em ambos os confinamentos comerciais, especialmente no grupo IVM, Cooperia spp. foram os parasitos mais prevalentes nas culturas fecais. Diferenças significativas no peso (P<0,01) 75 dias pós-tratamento foram encontradas entre o peso médio nos grupos RBZ e IVM (246 vs 238 kg, respectivamente), o que significa uma diferença de 8,3% nos ganhos. A importância para a produção no tratamento da insuficiência antiparasitários em confinamento comercial foi demonstrada, bem como a necessidade de controles pós-tratamento para avaliar a eficácia dos antiparasitários administrados é enfatizada.


#14 - Experimental poisoning by Brachiaria decumbens in feedlot sheep, 30(3):195-202

Abstract in English:

RESUMO.- Saturnino K.C., Mariani T.M., Barbosa-Ferreira M., Brum K.B., Fernandes C.E.S. & Lemos R.A.A. 2010. [Experimental poisoning by Brachiaria decumbens in feedlot sheep.] Intoxicação experimental por Brachiaria decumbens em ovinos confinados. Pesquisa Veterinária Brasileira 30(3):195-202. Departamento de Medicina Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS 79070-900, Brazil. E-mail: rlemos@nin.ufms.br Foi realizado estudo experimental de intoxicação por Brachiaria decumbens em ovinos confinados que receberam apenas esta forrageira como alimento. Os animais foram avaliados em três períodos do ano, com duração de 60 dias cada. As análises incluíram exame clínico e amostras de sangue para mensuração da atividade sérica das enzimas gama glutamiltransferase e aspartato aminotransferase com o objetivo de avaliar sua importância e utilidade no diagnóstico de fotossensibilização hepatógena causada pela planta. Foram descritos ainda, achados de necropsia e histopatológicos. Dos vinte e quatro animais confinados, cinco morreram no primeiro período (fevereiro a abril), quatro no segundo (junho a agosto) e dois no terceiro (outubro a dezembro), tendo como principais sinais clínicos anorexia, icterícia, fotofobia, dermatite leve, além de desidratação e apatia. Nos achados de necropsia foram constatados icterícia generalizada, vesícula biliar repleta e distendida, padrão lobular hepático evidente e, em dois casos, opacidade de córnea. As alterações microscópicas foram mais significativas no fígado com bilestase, tumefação e vacuolização de hepatócitos, sinusóides com macrófagos, proliferação de ductos e dúctulos biliares com infiltração linfocítica, que variaram na sua severidade conforme o tempo decorrido da ingestão da planta, além de imagens negativas de cristais no citoplasma de macrófagos presentes nos sinusóides hepáticos e no espaço periportal e cristais refringentes oticamente ativos, ocluindo a luz de ductos biliares. Os achados foram característicos de fotossensibilização hepatógena por B. decumbens, principalmente pela presença de fotofobia, mesmo quando os animais não apresentaram fotodermatite. O aumento da atividade sérica da gama glutamiltransferase teve alta correlação com a morte dos animais. O surgimento da elevação da atividade sérica de gama glutamiltransferase foi, em média, 11 dias antes da constatação dos sinais clínicos, validando sua importância no diagnóstico e na prevenção. A aspartato aminotransferase teve resultados inconsistentes. Treze animais não apresentaram sinais clínicos, apesar de serem constatadas significativas elevações nos níveis séricos das enzimas em questão, sugerindo a existência de indivíduos tolerantes/resistentes dentro do intervalo estabelecido. O modelo experimental foi adequado na caracterização da intoxicação de ovinos por B. decumbens, oferecendo subsídios para estimar preventivamente o risco de morte de ovinos intoxicados pela planta, além de ser útil para a realização de novos estudos da intoxicação por B. decumbens.

Abstract in Portuguese:

ABSTRACT.- Saturnino K.C., Mariani T.M., Barbosa-Ferreira M., Brum K.B., Fernandes C.E.S. & Lemos R.A.A. 2010. [Experimental poisoning by Brachiaria decumbens in feedlot sheep.] Intoxicação experimental por Brachiaria decumbens em ovinos confinados. Pesquisa Veterinária Brasileira 30(3):195-202. Departamento de Medicina Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS 79070-900, Brazil. E-mail: rlemos@nin.ufms.br Brachiaria decumbens was fed as exclusive source of food to feedlot sheep. Sheep were evaluated in three periods of the year, of 60 days each, regarding their clinical status and was performed collection of blood samples to measure enzymatic activity of gamma glutamyltransferase and aspartate aminotransferase to evaluate their diagnostic importance and usefulness besides the clinical signs, necropsy and histopathology finds in hepatogenous photosensitization Brachiaria related. Out of 24 feedlot sheep, five died in the first period (February-April), four in the second (June-August) and two in the third (October-December). Main clinical signs were anorexia, jaundice, photophobia and two cases of slight dermatitis, besides dehydration, apathy and corneal opacity. Necropsy revealed generalized jaundice, distended gall bladder and liver with evident lobular pattern. The histological changes varied in severity according the time after the beginning of the plant ingestion; they were more significant in the liver and included bilestasis, swelling and vacuolation of hepatocytes, foammy macrophages, bile duct proliferation and mononuclear inflammatory cell infiltration, further crystal negative images were found within cytoplasm of macrophages present inside of hepatic sinusoid and in the periportal space and also optically active refringent crystal in the lumen of bile tubules. These finds are characteristic of hepatogenous photosensitization, mainly by presence of photophobia, even when the sheep did not present photodermatitis. The results of serum biochemistry activity, during the course of poisoning with strong relation between increased gamma glutamyltransferase activity, and lethality. Onset of arising gama glutamyltransferase activity was 11 days, in average, before beginning of clinical signs. Aspartate aminotransferase had increased activity only close to the beginning of clinical signs. Serum biochemistry results of GGT suggest that they are useful for a precocious diagnosis preventing deaths caused by ingestion of B. decumbens. Thirteen sheep didn’t show clinical signs despite significant increases on serum enzyme activity, suggesting the existence of tolerant/resistant individuals. The experimental model of feedlot was adequate to study B. decumbens toxicosis in sheep.


#15 - Facial paralysis and vestibular syndrome in feedlot cattle in Argentina, 29(11):894-898

Abstract in English:

ABSTRACT.- Odriozola E., Diab S., Khalloub P., Bengolea A., Lázaro L., Caffarena D., Pérez L., Cantón G. & Campero C. 2009. Facial paralysis and vestibular syndrome in feedlot cattle in Argentina. Pesquisa Veterinária Brasileira 29(11):894-898. INTA EEA Balcarce, CC 276, (7620) Balcarce, Argentina. E-mail: eodriozola@balcarce.inta.gov.ar This paper reports 6 outbreaks of neurological disease associated with paralysis of the facial and vestibulocochlear nerves caused by intracranial space occupying lesions in feedlot cattle. The clinical signs observed were characterized by head tilt, uni or bilateral drooping and paralysis of the ears, eyelid ptosis, keratoconjunctivitis, and different degrees of ataxia. Morbidity and mortality rates ranged from 1.1 to 50% and 0 to 1%, respectively. Gross lesions observed included yellow, thickened leptomeninges, and marked enlargement of the roots of cranial nerves VII (facial) and VIII (vestibulocochlear). Histopathologically, there was severe, chronic, granulomatous meningitis and, in one case, chronic, granulomatous neuritis of the VII and VIII cranial nerves. Attempts to identify bacterial, viral, or parasitic agents were unsuccessful. Based on the morphologic lesions, the clinical condition was diagnosed as facial paralysis and vestibular syndrome associated with space occupying lesions in the meninges and the cranial nerves VII and VIII. Feedlot is a practice of growing diffusion in our country and this is a first report of outbreaks of facial paralysis and vestibular disease associated with space occupying lesions in Argentina.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Odriozola E., Diab S., Khalloub P., Bengolea A., Lázaro L., Caffarena D., Pérez L., Cantón G. & Campero C. 2009. Facial paralysis and vestibular syndrome in feedlot cattle in Argentina. [Paralisia facial e síndrome vestibular de bovinos em confinamento.] Pesquisa Veterinária Brasileira 29(11):894-898. INTA EEA Balcarce, CC 276, (7620) Balcarce, Argentina. E-mail: eodriozola@balcarce.inta.gov.ar Descrevem-se 6 surtos de uma doença neurológica com paralisia dos nervos facial e vestibulo-coclear causada por lesões intracraniais que ocupam espaço em bovinos em confinamento. Os sinais clínicos foram desvio da cabeça, queda e paralisia das orelhas, ptose palpebral, ceratoconjuntivite e diferentes graus de ataxia. As taxas de morbidade e mortalidade foram de 1.1%-50% e de 0-1%, respectivamente. As lesões macroscópicas incluíram engrossamento das meninges, que se apresentavam amareladas, e marcado engrossamento das raízes dos nervos cranianos VII (facial) e VIII (vestíbulo-coclear). Histologicamente observaram-se meningite crônica granulomatosa e, em um caso, neurite granulomatosa crônica do VII e VIII pares cranianos. Cultivos para bactérias ou vírus resultaram negativos. De acordo com as lesões observadas o quadro clínico foi diagnosticado como paralisia facial e síndrome vestibular associadas a lesões que ocupam espaço nas meninges e nervos cranianos VII e VIII. O confinamento é uma prática em expansão na Argentina e este é o primeiro relato, neste país, de surtos de paralisia facial e síndrome vestibular associados com lesões que ocupam espaço.


#16 - Clinical and pathological study of an outbreak of obstructive urolithiasis in feedlot cattle in southern Brazil, 23(2):61-64

Abstract in English:

ABSTRACT.- Loretti A.P., Oliveira L.O., Cruz C.E.F. & Driemeier D. 2002. Clinical and pathological study of an outbreak of obstructive urolithiasis in feedlot cattle in Southern Brazil. Pesquisa Veterinária Brasileira 23(1):61-64. Depto Patologia Clínica Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Cx. Postal 15094, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: lorettiufrgsvet3@aol.com The epidemiology, clinical picture and pathology of an outbreak of urolithiasis in cattle in southern Brazil are described. The disease occurred in August 1999 in a feedlot beef cattle herd. Five out of 1,100 castrated steers were affected. Clinical sigos included colic and ventral abdominal distension. White, sand-grain-like mineral deposits precipitated on the preputial hairs. Affected cattle died spontaneously 24-48 hrs after the onset of the clinical signs. Only one animal recovered after perineal urethrostomy. Necropsy findings included calculi blocking the urethral lumen of the distal portion of the penile sigmoid flexure, urinary bladder rupture with leakage of urine into the abdominal cavity and secondary fibrinous peritonitis. Daily water intake was low since water sources were scarce and not readily available. The animais were fed rations high in grains and received limited amounts of roughage. Biochemical analysis revealed that the calculi were composed of ammonium phosphate. A calcium-phosphorus imbalance (0.4:0.6) was detected in the feedlot ration. For the outbreak, it is suggested that contributing factors to urolith formation include insufficient fiber ingestion, low water intake and high dietary leveis of phosphorus. No additional cases were observed in that feedlot after preventive measures were established. Similar dietary mismanagement in fattening steers has been associated with obstructive urolithiasis in feedlot beef cattle in other countries.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Loretti A.P., Oliveira L.O., Cruz C.E.F. & Driemeier D. 2002. Clinical and pathological study of an outbreak of obstructive urolithiasis in feedlot cattle in Southern Brazil. Pesquisa Veterinária Brasileira 23(1):61-64. [Estudo clínico e anatomopatológico de um surto de urolitíase obstrutiva em bovinos confinados na Região Sul do Brasil.] Depto Patologia Clínica Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Cx. Postal 15094, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: lorettiufrgsvet3@aol.com Os aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos de um surto de urolitíase obstrutiva em bovinos são descritos. A enfermidade ocorreu em agosto de 1999 em um rebanho de bovinos de corte confinados na Região Sul do Brasil. De um total de 1.100 novilhos castrados, cinco foram afetados. O quadro clínico consistia em cólica, distensão abdominal ventral e acúmulo de material esbranquiçado, arenoso, aderido aos pêlos da bainha prepucial. Os animais afetados morriam espontaneamente 2448h após o início dos sinais clínicos. Um animal se recuperou após uretrostomia perineal. Os achados de necropsia incluíam a presença de urólitos obstruindo a luz uretral na porção distal da flexura sigmóide peniana, ruptura da bexiga com extravasamento de urina para a cavidade abdominal e peritonite fibrinosa difusa. O consumo diário de água era pequeno devido à escassez e acesso limitado às fontes hídricas. Os novilhos recebiam alimentação rica em grãos e pobre em forragem. A análise química revelou que os cálculos urinários eram formados por fosfato e amônio. Um desequilíbrio na relação cálcio-fósforo (0,4:0,6) foi constatado através da análise da ração utilizada. No presente relato, sugere-se que os fatores associados com a formação de urólitos foram o fornecimento insuficiente de fibra, a ingestão limitada de água e os níveis elevados de fósforo da ração. Não foram observados mais casos da enfermidade após o estabelecimento de medidas para prevenir a ocorrência de urolitíase neste rebanho. De forma semelhante, erros de manejo na alimentação de bovinos confinados têm sido associados à ocorrência de urolitíase em outros países.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV