Resultado da pesquisa (116)

Termo utilizado na pesquisa experimental poisoning

#91 - Experimental poisoning of goats by Vernonia mollissima (Compositae)

Abstract in English:

The aerial parts of Vernonia mollissima, a plant of the family Compositae, were given orally to 17 goats. An acute lethal poisoning was reproduced by the administration of single doses from 2.5 to 10 g of the plant material per kg body weight. The clinical manifestations of the poisoning were: anorexia, apathy, rumen atony, staggering gait, sternal-abdominal decubitus, hepatic sensibility, sometimes violent muscular contractions, hypothermia and death. The main post-mortem findings were observed in the liver, characterized by severe hepatic distrophy. Histological examinations revealed massive necrosis of the liver parenchyma in the animals with a clinical course of less than 24 hours. In the animals with a longer course (about 48 hours), disappearance of the hepatic cells and congestion in the center of the lobule were observed; the midlobular and peripheral parenchymal cells were swollen and vacuolized. Additionally, there were lesions in the kidneys, which consisted of regressive changes of the epithelial cells of the uriniferous tubules; they were slight in the animals with a clinical course of less than 24 hours, pronounced in the animals with a longer course. In the present investigation also data were obtained concerning the elevation of serie activity of alanine amino transferase (ALT), as parta te amino transferase (AST), lactic dehydrogenase (LDH), gamma-glutamyl transferase (GGT) and alkaline phosphatase (SAP), as well as those regarding the bilirubin and protein levels.

Abstract in Portuguese:

Descreve-se em caprinos um quadro clínico-patológico de evolução aguda, letal, pela administração de Vernonia mollissima Don, planta pertencente à família das compostas. Esta planta mostrou-se letal para 100% dos animais que receberam 10 g/kg e para 50% dos que receberam 5 e 2,5 g/kg. A dose de 1,25 g/kg não se mostrou tóxica para a espécie caprina. As doses únicas de 5 e 10 g/kg produziram intoxicação com evolução clínica inferior a 24 horas, enquanto com 2,5 g/kg a evolução foi superior a este período (de aprox. 48 horas). O quadro clínico caracterizou-se por anorexia, prostração, sensibilidade hepática, atonia de rúmen, emissão constante de berros e gemidos, decúbito esterno-abdominal e lateral, movimentos de pedalagem, às vezes contrações musculares violentas, hipotermia, estado de coma e morte. As principais lesões macroscópicas foram observadas a nível hepático, caracterizando uma grave distrofia hepática. Microscopicamente observou-se difusa necrose de coagulação no parênquima hepático, nos animais em que a evolução foi inferior a 24 horas, e desaparecimento das células centrolobulares e congestão centrolobular, além de tumefação e vacuolização dos hepatócitos nas zonas intermediária e periférica, nos casos de evolução mais prolongada. A nível renal observaram-se, na maioria dos animais, processos regressivos nas células epiteliais dos túbulos uriníferos, leves nos casos com evolução inferior a 24 horas e acentuados nos casos com evolução mais longa. O comportamento sérico das enzimas aspartato amino transferase (AST), alanina amino transferase (ALT), lactato desidrogenase (LDH), gama glutamil transferase (GGT) e fosfatase alcalina (SAP) foi de aumento progressivo e constante até o óbito. As bilirrubinas apresentaram níveis séricos variáveis individualmente e com o tempo de evolução clínica. O quociente GGT/AST foi inversamente proporcional ao grau de necrose hepática; o quociente AST/ALT foi diretamente proporcional ao grau de necrose hepática, atingindo índices elevados.


#92 - Experimental poisoning by Vernonia mollissima (Compositae) in sheep and cattle

Abstract in English:

The aereal parts of Vernonia mollissima Don, in its sprouting stage, were given experimentally to sheep and cattle. In both animal species an acute lethal poisoning was reproduced by the administration of single doses of the plant material. In cattle, additionally a subacute lethal poisoning was caused by the administration of repeated daily doses. It was not possible to induce a chronic poisoning with liver cirrhosis. In sheep, the clinical manifestations in the acute poisoning were: anorexia, rumen atony, apathy, somnolence, a staggering gait; the animals remained for long periods in sternal-abdominal decubitus, and finally fell on their side, had tachypnea and died. Post-mortem exarninations revealed in the liver areas with nutmeg appearance and others of yellowish colour, in the endocardium hemorrhages, and in the omasum, colon and rectum dried contents. Histological exarninations revealed massive necrosis of the liver parenchyma. In cattle, the clinical-pathological manifestations were also those of liver distrophy, similar to those observed in the sheep. The clinical manifestations of the subacute poisoning in cattle were characterized by anorexia, apathy, rough hair coat, dry muzzle, constipation, frequente sternal-abdominaldecubitus, absence of urination during the last days, and death. Post-mortem findings were an orange discoloration of the liver and marked perirenal oedema. Histological exarninations revealed severe necrosis of the kidney tubuli and moderate necrosis of the liver parenchyma. In those calves in which chronic poisoning was tempted, and which afterwards were euthanasied, only slight microscopic alterations were observed in kidney and liver. The data obtained in the experiments indicate that mortalities in sheep, which occur in southern Mato Grosso do Sul and in which symptoms and lesions analogous to those obtained experimentally are observed, may be caused by the ingestion of V. mollissima. On the other hand, the results of the experiments do not allow to relate in this region, possible cases of hepatic cirrhosis, to the ingestion of this plant species; but clinical cases of subacute course, with manifestations of renal disfunction, may be attributed to poisoning by V. mollissima.

Abstract in Portuguese:

Descreve-se em ovinos e bovinos um quadro clínico-patológico de evolução aguda, letal, e em bovinos, ainda um quadro de evolução subaguda, letal, pela administração experimental das partes aéreas, em fase de brotação, do subarbusto Vernonia mollissima Don, planta pertencente à família das Compostas. Não se conseguiu produzir em bovinos um quadro de intoxicação crônica com cirrose hepática. Nos ovinos, o quadro clínico agudo foi caracterizado por anorexia, atonia do rúmen, apatia, sonolência, andar cambaleante, longa permanência em decúbito esterno-abdominal, caindo finalmente em decúbito lateral, taquipnéia e morte. A necropsia revelou áreas com aspecto de noz-moscada no fígado, intercaladas por áreas de coloração amarelada, além de hemorragias no endocárdio e ressecamento do conteúdo do folhoso, colon e reto. Os exames histopatológicos revelaram necrose maciça do parênquima hepático. Na intoxicação aguda em bovinos, foi obtido um quadro clínico-patológico de "hepatite tóxica", semelhante ao observado nos ovinos. O quadro de intoxicação de evolução subaguda nos bovinos caracterizou-se clinicamente por anorexia, apatia, pelos arrepiados, focinho seco, constipação, decúbito esterno-abdominal freqüente, ausência de micção nos últimos dias e morte. À necropsia, o fígado tinha colotação alaranjada, e os rins, acentuado edema perirrenal. Ao exame histológico revelou-se necrose acentuada do túbulos uriníferos e necrose moderada no fígado. Nos bezerros submetidos à tentativa de produzir intoxicação crônica e sacrificados no decorrer do experimento, foram observadas apenas alterações a nível microscópico, de intensidade discreta a leve, nos rins e fígado. O conjunto desses resultados permite concluir que, casos de mortes em ovinos na região sul do Mato Grosso do Sul, com sintomas e lesões semelhantes aos obtidos experimentalmente na mesma espécie animal, podem ser atribuídos à intoxicação por V. mollissima. No tocante a bovinos, esses resultados não permitem relacionar casos de cirrose hepática, que venham a ser observados naquela região, à intoxicação por V. mollissima; no entanto, casos de evolução subaguda, com manifestações clínicas devidas a alterações renais, podem ser atribuídos a essa causa.


#93 - Experimental poisoning by Mascagnia rigida (Malpighiaceae) in rabbits

Abstract in English:

Dried and powdered leaves or fruit of Mascagnia rigida (fam. Malpighiaceae), a plant toxic for cattle and goats, were administered by stomach tube to 14 and 10 rabbits, respectively. The plant collected in June, 1984, in the county of Colatina, valley of the Rio Doce, State of Espirito Santo, kept in the shade at room temperature, and administered approximately 3 to 12 months later, was toxic for rabbits. Regarding the lethal dose of the leaves, 4 grams per kilogram of body weight caused the death of all seven rabbits in that group, while 2 g/kg killed none of other seven rabbits. Regarding the fruit, doses of 0.5 g/kg and above caused death of all three rabbits, 0.25 g/kg killed three of four, and 0.125 g/kg one of two rabbits. Thus, the fruit was approximately 20 times as·toxic as the leaves. The first symptoms were noted with leaves from 5h 47min to 11h 35min, and with fruit from 1h 15min to 28h 13min after ingestion. The course of the poisoning in the case of the leaves lasted from 1 to 2 minutes, in the case of the fruit form 1 to 4 minutes. The symptoms were the sarne in rabbits receiving leaves or fruit, those of "sudden death": the rabbits made sudden uncontrolled movements after which they fell on their side; some animals just fell onto their side; some screamed; respiration became difficult and intermittent and the animals died. The main post-mortem findings were in the liver and lungs. Congestion was noted in both the lungs and liver, and liver lobulation could also be observed. Microscopic lesions were present in tiver, kidney and heart, and were essentially degenerative and vascular in nature. These experiments show that the rabbit can be used as small laboratory animal in the continuation of the studies on the toxicity of the plant and in the identification of its toxic principies. Leaves and fruit probably contain the sarne toxic elements.

Abstract in Portuguese:

As folhas e os frutos dessecados de Mascagnia rígida Griseb., da família Malpighiaceae, planta tóxica para bovinos e caprinos, foram administrados a 14 e 10 coelhos, respectivamente. A planta, colhida em junho de 1984, nó município de Colatina, no vale do Rio Doce, no Estado do Espírito Santo, dessecada e guardada na sombra à temperatura ambiente, e administrada aproximadamente 3. a 12 meses após, demonstrou possuir toxidez para coelhos. Em relação à dose letal das folhas, 4 g/kg causaram a morte de todos os 7 coelhos e 2 g/kg não causaram a de nenhum dos 7 coelhos; em relação aos frutos, dose de 0,5 g/kg ou maiores causaram a morte de todos os 3 coelhos, 0,25 g/kg, de 3 dos 4, e 0,125, de 1 dos 2 coelhos que os receberam nessas doses. Desta maneira, os frutos foram aproximadamente 20 vezes mais tóxicos que as folhas. Os coelhos mostraram os primeiros sintomas de intoxicação, no caso das folhas, entre 5h 47min e 11h 35min, e no caso dos frutos, entre 1h 15min e 28h 13min, após a sua administração. A evolução do quadro clínico, no caso das folhas, foi de 1 a 2, e no caso dos frutos, de 1 a 4 minutos. O quadro clínico foi o mesmo, tanto nos coelhos que receberam as folhas como nos que receberam os frutos. Esse quadro foi o da síndrome da "morte súbita", isto é, os coelhos, de repente, fizeram movimentos desordenados e logo em seguida caíam em decúbito lateral; outros simplesmente caíram em decúbito lateral; alguns dos coelhos emitiram gritos; a respiração tornava-se difícil, espaçada e o animal morria. Os achados de necropsia principais eram do fígado e pulmão; o primeiro tinha a lobulação perceptível e congestão, o segundo tinha congestão. Os exames histopatológicos revelaram alterações no fígado, rim e coração, consistindo principalmente em alterações degenerativas e vasculares. Esses experimentos mostram que o coelho pode ser usado como animal experimental de pequeno porte na continuação dos estudos da toxidez da planta e na identificação de seus princípios ativos. É provável que as folhas e os frutos encerrem os mesmos princípios toxicos.


#94 - Experimental poisoning by Palicourea marcgravii (Rubiaceae) in sheep

Abstract in English:

The fresh leaves of Palicourea marcgravii St.Hil., a shrub poisonous to cattle when administered orally. were also toxic for sheep. The lethal dose varied from 0.5 to 1.0 g/kg of body weight. The plant did not loose its toxicity through drying. ln experiments where sheep were given repeated daily doses of 1 /2.5, 1 /5, 1 /10 or 1 /20 of the lethal dose of dried leaves, na accumulative toxic effect was noted. ln one series of experiments this effect was prominent with daily quantities of up to 1/10 of the lethal dose and less evident in daily quantities of 1/20 of the lethal dose. However, in other experiments only slight effects were seen with daily quantities of up to 1/5 of the lethal dose. The subsequent single administration of the lethal dose to surviving sheep of these experiments showed that the plant did not induce tolerance of immunity, and that the animals did not become more sensitive to the toxic properties of the plant. Symptoms and death of the sheep were caused or precipitated by exercise. P. marcgravii caused the clinical and pathological picture of "sudden death". that is, a poisoning of peracute course. In the experiments consisting of repeated administration of fractions of the lethal dose, sheep frequently exhibited short lasting symptoms of poisoning a few days prior to death, generally when exercised. The symptoms of poisoning by P. marcgravii in sheep were, in order of appearance: tachypnea; tachycardia; reluctance to walk; periods of prostration; walking with small steps and stiff legs; generalized muscular tremors; weakness of the legs which became generalized, making it impossible to remain standing, whereupon the animal lay down on its side; difficult and intermittent respiration; peddling movements with the legs; opisthotonus; and death. Post-mortem examination revealed pulmonary edema which was seen in 8 of the 11 sheep which received the plant repeatedly, but in none of the six which received only one administration. No other lesions were seen consistently. Histopathology revealed regressive and circulatory changes in the liver and kidney, and regressive, inflammatory and proliferative alterations in the heart. As regards kidney and liver changes, there was no difference in nature or incidence between sheep receiving the plant once or repeatedly, but heart lesions, mainly those of a proliferative nature, were seen principally in the sheep from experiments with repeated administrations of the plant.

Abstract in Portuguese:

As folhas de Palicourea marcgravii St. Hil., tóxicas para bovinos, administradas experimentalmente, em estado fresco, por via oral a ovinos, se revelaram tóxicas também para essa espécie de ruminantes. A dose letal variou de 0,5 a 1 g/kg. Dessecada, a planta não perdeu sua toxidez. Administrações diárias de 1/2,5, 1/5, 1/10 e 1/20 da dose letal das folhas dessecadas de P. marcgravii a ovinos demonstraram que a planta tem efeito acumulativo acentuado até a dose diária de 1/10 da dose letal e leve na dose diária de 1 /20 em uma série de experimentos, porém leve até as doses 1/5 da dose letal em outra série. A administração adicional de l dose letal, de uma só vez, aos sobreviventes desses experimentos, evidenciou que a planta não induz tolerância ou imunidade nem aumento da sensibilidade desses animais à ação tóxica da planta. A planta provocou nos ovinos o quadro clínico-patológico da "morte súbita", isto é, uma intoxicação de evolução superaguda, podendo os sintomas e a morte dos animais ser precipitados pelo exercício. Nos experimentos de administrações repetidas de frações da dose letal, os ovinos freqüentemente mostraram sintomas passageiros de intoxicação em dias anteriores ao da morte, geralmente quando movimentados. Os sintomas observados foram, na seqüência em que apareceram, taquipnéia, taquicardia, relutância em andar, eventual assunção de decúbito esterno abdominal, andar com passos curtos e membros rígidos, tremores musculares generalizados, fraqueza nos membros, depois em todo o corpo, impossibilidade de ficar em pé, assunção de decúbito lateral com respiração ofegante e espaçada, movimentos de pedalagem intermitentes, opistótono, morte. Entre os achados de necropsia destacou-se a presença de edema pulmonar, observado em 8 dos 11 ovinos que receberam a planta repetidamente e em nenhum dos 6 ovinos dos experimentos de administrações de doses únicas. Não foram constatadas outras alterações dignas de nota. Os exames histopatológicos revelaram alterações principalmente no fígado, rim e coração; no fígado e rim eram de natureza regressiva e circulatória, e no miocárdio, de natureza regressiva, inflamatória e proliferativa. As alterações renais e hepáticas mantiveram uniformidade em natureza e incidência, porém as alterações cardíacas, sobretudo as de natureza proliferativa, foram encontradas principalmente nos ovinos que receberam doses repetidas.


#95 - Experimental poisoning by Mascagnia pubiflora (Malpighiaceae) in rabbits

Abstract in English:

The dried and powdered leaves or fruit of Mascagnia pubiflora Griseb., a plant toxic for cattle, were administered by stomach tube to 14 and 9 rabbits, respectively. The plant, stored in the shade at room temperature for two to nine months after collection in the State of Mato Grosso do Sul, was shown to be toxic for this species also. The fruit proved to be approximately six times more toxic than the leaves. Six grams of the dried leaves per kilogram of body weight killed four of five rabbits, 4 g/kg killed three of eight, while 2 g/kg did not kill the one rabbit receiving that dose. Regarding the fruit, doses of 1 g/kg or above killed the five rabbits in each group, but 0.5 g/kg did not kill the four rabbits of that group. The first symptoms of poisoning with leaves were noted between 6h 02min. and 45h 39min., and with fruit between 2h 18min. and 20 hours after administration. The course of the poisoning lasted two to three minutes in the case of the leaves, and one to two minutes in the case of the fruit. Toe main symptoms, identical for rabbits receiving leaves or fruit, were those of "sudden death": the rabbits made sudden violent, uncontrolled movements and fell on their side; respiration became difficult and the animals died. In both groups of rabbits post-mortem examination showed congestion of the liver, and secondly, congestion of the lungs, while histology revealed degenerative and vascular alterations in the liver, kidneys and heart. These experiments show that the rabbit can be used as a small experimental animal in the continuation of the studies on the toxic properties of M pubiflora, and in the identification work of the toxic principles. It is probable that the leaves and fruit contain the sarne toxic elements.

Abstract in Portuguese:

As folhas e os frutos dessecados de Mascagnia pubiflora (Juss.) Griseb., planta tóxica a bovinos, foram administrados por sonda gástrica a 14 e 9 coelhos, respectivamente. A planta,·colhida em setembro de 1984 no Estado de Mato Grosso do Sul e guardada na sombra à temperatura ambiente durante 2 a 9 meses, demonstrou possuir toxidez também para essa espécie animal. Em relação à dose letal das folhas, 6 g/kg mataram 4 de 5 coelhos, 4 g/kg mataram 3 de 8 coelhos, 2 g/kg não mataram o único coelho que recebeu a planta nessa dosagem; em relação aos frutos, doses a partir de 1 g/kg mataram todos os 5 coelhos, enquanto que 0,5 g/kg não matou nenhum dos 4 coelhos. Dessa maneira, os frutos foram cerca de 6 vezes mais tóxicos que as folhas. Os coelhos mostraram os primeiros sintomas de intoxicação, no caso das folhas, entre 6h 02min. e 45h 39min., e no caso dos frutos, entre 2h 18min. e 20 horas, após a sua administração. A evolução do quadro clínico, no caso das folhas, foi de 2 a 3 minutos, e no caso dos frutos, de 1 a 3 minutos. O quadro clínico foi o mesmo, tanto nos coelhos que receberam as folhas, como nos que receberam os frutos. Esse quadro foi o da "morte súbita", isto é, os coelhos, de repente faziam movimentos desordenados violentos, caíam de lado, tinham a respiração difícil e logo morriam. Também os achados de necropsia e as alterações histopatológicas eram os mesmos para os animais intoxicados pelas folhas e pelos frutos. O achado de necropsia mais comum foi congestão hepática, em segundo lugar foi congestão pulmonar. Nos exames histopatológicos os órgãos principalmente afetados foram fígado, rim e coração, sob forma de alterações degenerativas e vasculares. Esses experimentos mostram que o coelho pode ser usado como animal experimental de pequeno porte na continuação dos estudos sobre a ação tóxica da planta, bem como nos trabalhos de isolamento e identificação de seus princípios ativos. É provável que as folhas e os frutos encerrem os mesmos princípios tóxicos.


#96 - Experimental poisoning by Vernonia mollissima (Compositae) in rabbits

Abstract in English:

The dried and powdered sprouts of Vernonia mollissima Don (fam. Compositae), a plant toxic for cattle, sheep and goats, were administered by stomach tube to 24 rabbits nine to 15 months after collection. The plant was shown to be toxic for this species also, but with much variation in the lethal dose: six grams per kilogram of body weight caused the death of three out of four animals; 4 g/kg-two of four; 2 g/kg-three of four; 1 g/kg-one of four; 0.5 g/kg-one of four; whereas with 0.25 g/kg all four rabbits survived. In all cases first symptoms were noted between one and eight days after administration of the plant. The course of the poisoning lasted from two to seven days in the ten lethal cases and from eight to 14 days in the three rabbits that showed moderate to severe symptoms but went on to recover. The main symptoms were anorexia with fewer smaller dark feces. These animals also drank less and urinated less. The main post-mortem findings were seen in the liver, kidneys and digestive tract. The color of the liver was lighter than normal and its lobulation could be distinguished; the kidneys were much lighter in color both inside and out; and congestion and hemorrhages were seen in the digestive tract, mainly in the stomach mucosa. Microscopic examination revealed a severe toxic nephrosis as the principal lesion in all 10 rabbits that died: a majority of the epithelial cells of the uriniferous tubules in the cortex suffered coagulation necrosis, with distrophic calcification in five cases. Severe lesions were also observed in the livers of all 10 rabbits: severe steatosis associated with an albuminous-granular-vesicular degeneration of all or the greater part of the liver parenchyma; the steatosis affected most heavily the liver cells on the periphery of the lobule and diminishing in intensity towards the center of the lobule where albuminous-granularvesicular degeneration predominated. These experiments show that the rabbit can be used as a small experimental animal in the continuation of studies of V. mollissima in regard to toxic principais and effects, but the great individual variation in sensibility to the toxic action of the plant among rabbits must always be kept in mind.

Abstract in Portuguese:

A brotação dessecada e pulverizada de Vernonia mollissima Don, planta tóxica a bovinos, ovinos e caprinos, administrada a 24 coelhos por via intragástrica, entre 9 e 15 meses após sua colheita, demonstrou possuir toxidez também para essa espécie animal; porém a dose letal variou muito: 6 g/kg causaram a morte de três de quatro coelhos, 4 g/kg, de dois de quatro coelhos, 2 g/kg, de três de quatro coelhos, 1 g/kg, de um de quatro coelhos, 0,5 g/kg, também de um de quatro coelhos; com 0, 25 g/kg os quatro coelhos usados sobreviveram. Os primeiros sintomas apareceram entre 1 e 8 dias após a administração da planta (casos letais e não letais). A evolução da intoxicação, nos 10 casos letais, foi de 2 a 7 dias, e nos 3 coelhos que adoeceram mas se recuperaram, de 8 a 14 dias. Os sintomas foram principalmente anorexia e diminuição das fezes (acentuada), da sede e da urinação. Os achados de necropsia localizaram-se principalmente no fígado, nos rins e no aparelho digestivo. O fígado era mais claro e percebia-se sua lobulação; os rins eram bem mais claros, tanto na superfície como ao corte, e no aparelho digestivo se observaram, principalmente na mucosa do estômago, congestão e hemorragias. Os exames histopatológicos revelaram em todos 10 coelhos que morreram, como alteração mais importante, grave nefrose tóxica, sob forma de necrose por coagulação das células epiteliais da maior parte dos túbulos uriníferos da cortical, em 5 casos com calcificação distrófica; no fígado também foram constatadas alterações graves, em todos 10 coelhos, consistindo em acentuada esteatose associada a uma degeneração albuminosa granular vesicular afetando todo ou a maior parte do parênquima hepático; a esteatose afetava em grau acentuado as células hepáticas na periferia do lóbulo, diminuindo em intensidade em direção ao centro do lóbulo, onde predominava a degeneração albuminosa granular vesicular. Concluiu-se que o coelho pode ser usado como animal experimental de pequeno porte na continuação dos estudos sobre a ação tóxica de V. mollissima, bem como nos trabalhos de identificação de seus princípios ativos, mas é preciso sempre levar em consideração a grande variaçao na sensibilidade dos coelhos à ação tóxica da planta.


#97 - Experimental poisoning of rabbits by Mascagnia aff. rigida (Malphighiaceae)

Abstract in English:

The dried and powdered leaves of Mascagniaaff. rigida (Juss.) Griseb., a plant toxic forcattle, were administered by stomach tube to 31 raobits, in doses which varied from 0.25 to 2.5 g/kg of body weight. Fourteen rabbits died. The lethal dose was quite constant; 2 g/kg killed all rabbits, 1 g/kg killed anywhere from none to all of the rabbits depending on when and where the plant was collected, 0.5 g/kg caused the death of only one rabbit. First symtoms were seen from 2h 45min. to 10h 30min. after ingestion of the plant. The course of the poisoning lasted from 1 to 4 minutes. The symptoms were those of "sudden death": the rabbit suddenly made violent uncontrolled movements, struggled or jumped, and then generally fell on its side. Respiration became difficult, intermittent and the animal died. From the beginning of symptoms until death half of the rabbits emitted screams. The post-mortem findings consisted only in slight lesions in the liver. Histopathological changes of degenerative-necrotic and vascular nature were found in the liver, as well as degenera tive lesions in the kidney and heart. In the liver there was necrosis, vacuolization and albuminous-granular degeneration, congestion, dissociation, and compressive atrophy of the liver cords, presence of eosinophilic sphaerules in the sinusoids and edema of Disse's space. The kidney showed hydropic-vacuolar degeneration of the epitelial cells of the distal convoluted tubules, swelling of the epithelial cells of the convoluted tu bules of the cortico-medular junction and fatty changes in various locations. Intracellular edema and dissociation of the muscle fibers, along with foci of increased eosinophilia were found in the heart.

Abstract in Portuguese:

As folhas dessecadas e pulverizadas de Mascagnia aff. rigida (Juss.) Griseb., planta tóxica para bovinos, foram administradas por via intragástrica a 31 coelhos, em quantidades que variaram de 0,25 a 2,5 g da planta por kg de peso vivo. Morreram 14 coelhos. A dose letal foi bastante constante; 2g/kg causaram a morte de todos os coelhos, enquanto que 1g/kg causou a morte de nenhum ou de todos os coelhos, dependendo da época da coleta e da procedência da planta; dos que receberam a dose de 0,5 g/kg apenas um coelho morreu. O início dos sintomas de intoxicação ocorreu de 2h 45min. a 10h 30min. após a administração da planta. A evolução da intoxicação durou de 1 a 4 minutos. Os sintomas de intoxicação foram os da síndrome de "morte súbita": o coelho fazia repentinamente movimentos desordenados violentos, debatia-se ou pulava, e em seguida geralmente caía de lado. A respiração tornava-se difícil, espaçada e o animal morria. Desde o início do aparecimento dos sintomas até à morte, cerca de metade dos coelhos emitiam gritos com maior ou menor freqüência. Os achados de necropsia se limitaram a leves alterações do fígado. Os exames histopatológicos revelaram alterações degenerativo-necróticas e vasculares no fígado, e degenerativas no rim e coração. No fígado foram observados necrose, vacuolização citoplasmática (em parte dos casos positivo para gordura) e degeneração albuminosa-granular dos hepatócitos, congestão, dissociação dos cordões hepáticos, atrofia compressiva desses, presença de esférulas eosinofílicas nos sinusóides e edema dos espaços de Disse; no rim, degeneração hidrópico-vacuolar das células epiteliais dos túbulos contornados distais, tumefação das células epiteliais dos túbulos contornados na junção córtico-medular e esteatose de variável localização; no coração, edema intracelular das fibras cardíacas, afastamento entre estas e presença de focos de eosinofilia aumentada no músculo cardíaco.


#98 - Experimental poisoning by the pods and pericarp of Dimorphandra mollis (Leg. Caesalpinoideae) in rabbits

Abstract in English:

During 14 days, four young rabbits were fed exclusively with dried pods, and four others with dried pericarps of Dimorphandra mollis. Two additional rabbits were fed concentrated ration and served as controls. The only clinical observation was a progressive weight loss, probably due, in part, to the low food consumption. The two animals that ingested the largest quantities of dried pods (25.4g/kg/day) and pericarp (22.9g/kg/day) were sacrificed. Necropsy revealed pale kidneys, while in one, the centers of the liver lobules were darker. The most importante histological findings were seen in the kidneys, which demonstrated a severe hydropic vacuolar degeneration of the proximal convoluted tubules and mild congestion of the glomeruli. In the liver of the animal that showed macroscopic liver alterations, degenerative necrotic lesions were seen in the periportal hepatocytes. The animals that were not killed were given ration and recovered. The histological altefations confirm the nephrotoxic character of D. mollis as already described for cattle. However, rabbits were shown to be more resistant to the toxic action of the plant, as they did not die when given doses much larger than those needed to cause death in cattle.

Abstract in Portuguese:

Durante um período de 14 dias, 4 coelhos jovens foram alimentados exclusivamente com a fava integral moída de Dimorphandra mollis Benth. e 4 outros com o pericarpo moído da fava; outros 2 coelhos servindo como controles receberam ração concentrada para coelhos. A única manifestação clínica observada nos coelhos testes foi emagrecimento progressivo, que foi, provavelmente em parte, devido ao baixo consumo de alimento. O sacrifício de 2 destes animais (que ingeriram as maiores quantidades de fava integral ou de pericarpo, médias de 25,37 g/kg/dia e 22,93 g/kg/dia, respectivamente) revelou à necropsia rins de coloração mais pálida e, em um caso, fígado com centro dos lóbulos mais escuros. Os achados histopatológicos mais importantes foram vistos nos rins, sob forma de severa degeneração hidrópico-vacuolar dos túbulos uriníferos contornados proximais e leve congestão dos glomérulos. No fígado do animal que revelara alterações hepáticas à macroscopia, observou-se ainda lesões necrótico-degenerativas nos hepatócitos periportais. Os animais que não foram sacrificados passaram a ser alimentados com ração e recuperaram-se. As alterações histopatológicas evidenciaram mais uma vez o caráter nefrotóxico da fava de D. mollis, como já foi descrito no bovino. Porém os coelhos mostraram-se mais resistente à ação tóxica da planta, pois os mesmos não morreram com doses bem superiores às que causaram a morte em bovinos.


#99 - Experimental poisoning in cattle by the pods of Dimorphandra gardneriana (Leg. Caesalpinoideae)

Abstract in English:

The ripe pods of Dimorphandra gardneriana Tul., a well-known tree of the "chapada" regions of Piauí, Maranhão and northern Goias, Brazil, are believed to be nutritfve for cattle. But, as it has been shown that the pods of another species of that genus, Dimorphandra mollis, are toxic for cattle, an experimental study was performed with the pods of D. gardneriana. ln these experiments the pods of D. gardneriana were also shown to be toxic, causing the sarne or a very similar clinical-pathological picture as has been caused by D. mollis, a plant which is nephrotoxic. The pods caused the death of the two bovines, which received 30 grams per kilogram of bodyweight, whereas 20 g/kg caused only slight symptoms of poisoning. Amounts os 2, or slightly over 3 lethal doses, divided into 10 equal sub-doses and given every day, did not cause any symptoms of poisoning. The first symptoms were seen approximately 18 hours after the ingestion of the pods, and lasted about 8 days. The symptoms were: anorexia, diminished to paralysed rumen movements, dried or soft feces containing bloody mucus, severe anuria, muscular tremors, subcutaneous edemas seen principally in the region of the buttocks, scrotum, perineum and the abdominal wall, and ascitis. Albumin was found in the urine. Post-mortem findings were subcutaneous edemas, large amounts of fluid in the abdominal and thoraxic cavities, severe perirenal edema, and changes in the digestive tract, especially in the large bowel which showed a congested mucosa, fluid contents and the presence of clotted blood. The most important histopathological changes were in the kidneys, where severe toxic tubular nephrosis was seen. Attention is drawn to the fact, that so·far there are no case histories or observations of poisoning by D. gardneriana occurring under natural conditions.

Abstract in Portuguese:

As favas maduras de Dimorphandra gardneriana Tul., ("fava-d'anta"), árvore bem conhecida das chapadas do Piauí, Maranhão e norte de Goiás, são tidas pela população como alimentícias para o gado. Porém, em virtude de ter sido demonstrado possuírem toxidez para bovinos as favas de Dimorphandra mollis, a "faveira" das Regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, foi feita uma série de experimentos também com D. gardneriana em bovinos. Nesses experimentos as favas maduras de D. gardneriana também se revelaram tóxicas para bovinos, provocando um quadro clínico-patológico igual ou muito semelhante ao causado por D. mollis, isto é, um quadro dominado pela sua ação nefrotóxica. As suas favas causaram a morte dos 2 bovinos que a receberam na dose de 30 g/kg, enquanto que 20 g/kg causaram somente leves sintomas de intoxicação. Quantidades correspondentes a duas e pouco mais que três doses letais, divididas em 10 doses iguais, administradas em dias seguidos, não causaram o aparecimento de sintomas de intoxicação. Os primeiros sintomas nos 2 bovinos que morreram apareceram em aprox. 18 horas após a ingestão da fava, e a evolução foi ao redor de 8 dias. Os sintomas observados foram anorexia, diminuição dos movimentos do rúmen até sua paralisação, fezes de consistência alterada (ressequidas ou pastosas) e escassas, com presença de muco sanguinolento, anuria acentuada, tremores musculares, edemas subcutâneos, sobretudo na parte posterior da coxa, no escroto, no períneo e na parede abdominal, e ascite; presença de albumina na urina. Os achados de necropsia foram edemas subcutâneos, coleções de líquido nas cavidades abdominal e torácica, edema acentuado perirrenal e das pregas do coagulador, alterações no trato digestivo, sobretudo intestino grosso, sob forma de congestão da sua mucosa, liquefação de seu conteúdo e presença de coágulos sangüíneos na sua luz. As alterações histopatológicas mais importantes foram renais sob forma de nefrose tubular tóxica muito grave. É chamada a atenção para o fato de que por enquanto não há históricos nem observações sobre a ocorrência da intoxicação por D. gardneriana sob condições naturais.


#100 - Experimental poisoning by Conium maculatum (Umbeliferae) in cattle and sheep

Abstract in English:

The fresh, recently collected leaves, inflorescences with flowers and immature seeds of Conium maculatum, of the Umbeliferae family, were administered orally to 7 calves and 10 sheep, of different ages. The plant, collected in Julio de Castilho, Rio Grande do Sul, between October·and December, was shown to be toxic for both cattle and sheep. In cattle, amounts of 2.6 g/kg of bodyweight or more always caused severe poisoning symptoms or death (5/5); in sheep, 5 g/kg or more caused these symptoms or death (5/7). First symptoms appeared 15 to 63 minutes in cattle and 25 minutes to 1h 40' in sheep, after the initiation of the administration of the plant. In cases ending in death, symptoms lasted from 5 minutes to 1h48' in cattle and from 20 minutes to 1h 48' in sheep. In the animals which recovered, symptoms lasted 5h 10' to 6 hours in cattle and 35 minutes to 4h 20' in sheep. Bovine death occurred between 35 minutes and 2h 32' and the death of sheep between 1 hour and 2h 43'; cattle recovered between 5h 40' and 7h 03' and sheep between 1 and 6 hours after the experiment began. Symptoms, post-mortem findings and histopathologic lesions were similar in cattle and sheep. In both species the symptoms were predominantly nervous in nature: difficulty in swallowing, difficulties in locomotion and stability, as noted by a swaying, staggering gait, inability to remain standing, a sudden lying down or falling to the ground, and muscular tremors. In cattle prolapse of the third eyelid was seen. Some animals of both species had regurgitation of ruminal contents and excessive eructus. Post-mortem examination of the 3 bovinos and 3 sheep which died showed froth and/or green fragments in the airways of some. Histopathology revealed only pulmonary lesions, an interlobular oedema in 3 bovines, congestion in 2 bovines and 2 ovines. In experiments in 10 calves which received the dried plant, 2 months to 2 years and 4 months after it had been collected, C maculatum had lost a great part of its toxicity.

Abstract in Portuguese:

As folhas, inflorescências com flores e sementes imaturas, e talos finos, frescos recém-coletados de Conium maculatum, da familía Umbeliferae, foram administrados, por via oral a 7 bovinos jovens desmamados e 10 ovinos jovens ou adultos. A planta, colhida sempre no município de Julio de Castilho, Rio Grande do Sul, nos meses de outubro a dezembro, se revelou tóxica para bovinos e ovinos. Nos bovinos doses a partir de 2,6 g/kg causaram a morte ou sintomas acentuados sem excessão (5/5); nos ovinos doses a partir de 5 g/kg causaram a morte ou sintomas acentuados na maioria dos experimentos (5/7). O prazo que decorreu desde o começo da administração da planta até o aparecimento dos primeiros sintomas, nos experimentos com ou sem êxito letal, foi nos bovinos de 15 a 63 minutos, nos ovinos de 25 minutos a 1h 48'. Em relação a evolução, nos casos de morte, nos bovinos o prazo foi de 5 minutos a 1h 48', nos ovinos de 20 minutos a 1h 48'; nos casos em que houve recuperação, nos bovinos o prazo foi de 5h 10' a 6 horas, nos ovinos de 35 minutos a 4h 20'. Desta maneira, o êxito letal nos bovinos se deu entre 35 minutos e 2h 32', nos ovinos entre 1 hora e 2h 43'; nos casos de recuperação, os bovinos estavam restabelecidos entre 5h 40' e 7h 03', os ovinos entre 1 hora e 6 horas, após o início da administração da planta. Os sintomas, achados de necropsia e histopatológicos observados no bovinos e ovinos também foram semelhantes. Em ambas as espécies os sintomas eram predominantemente de ordem nervosa, Consistiram em dificuldades de deglutir, dificuldades de locomoção e na estabilidade, manifestadas por andar desequilibrado, duro. Impossibilidade de o animal ficar em pé, deitando-se precipitadamente ou caindo ao chão, e tremores musculares. Em alguns bovinos foi observado prolapso da 3ª pálpebra. Foram ainda observados em alguns animais de ambas as espécies eructação forte e audível e regurgitação do conteúdo ruminal. Os achados de necropsia nos 3 bovinos e 3 ovinos que morreram, foram poucos e consistiram em parte dos casos principalmente na presença de espuma, às vezes associado a fragmentos verdes nas vias respiratórias. Os exames histopatológicos revelaram somente alterações pulmonares, edema interlobular em 3 bovinos, congestão em 2 bovinos e 2 ovinos. Em experimentos em 10 bovinos jovens com a planta dessecada, realizados entre 2 e 28 meses após sua coleta, verificou-se que C. maculatum tinha perdido grande parte de sua toxicidade.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV